A peste

A peste Albert Camus




Resenhas - A Peste


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pedro.cezar.142 21/08/2021

Sensacional
?E visto que um homem morto só tem significado se o vemos morrer, cem milhões de cadáveres semeados ao longo da história esfumaçam-se na imaginação?

Camus e o romance filosófico tão atual ?A Peste? nos convidam ao enfrentamento do individualismo, da indiferença quanto ao flagelo do outro, combate às autoridades políticas que negligenciam medidas necessárias, a reconquista da esperança e o risco eminente do retorno das pestes. Sim, pestes, pois o livro trata tanto do combate coletivo sobre uma epidemia, bem como é uma alegoria à presença do Nazismo e sua ocupação francesa durante a Segunda Guerra Mundial, além das imposições que os indivíduos colocam sobre si mesmos diante de algo tão absurdo.

?O flagelo não está à altura do homem; diz-se então que o flagelo é irreal, que é um sonho mau que vai passar. Mas nem sempre ele passa e, de sonho mau em sonho mau, são os homens que passam, e os humanistas em primeiro lugar, pois não tomaram suas precauções. Nossos concidadãos não eram mais culpados que os outros. Apenas se esqueciam de ser modestos e pensavam que tudo ainda era possível para eles, o que pressupunha que os flagelos eram impossíveis. Continuavam a fazer negócios, preparavam viagens e tinham opiniões. Como poderiam ter pensado na peste, que suprime o futuro, os deslocamentos e as discussões? Julgavam-se livres, e nunca alguém será livre enquanto houver flagelos.?
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Bi Tondin 19/08/2021

Peste negra
A primeira metade do livro foi uma leitura bem difícil pra mim, lutei em manter o foco, achei muitas partes bem massantes mas consegui vencer o desânimo enfim. O livro terminou de maneira trágica mas ao mesmo tempo indiferente, o Camus tem essa característica trágica também observada em "o estrangeiro". Acho incrível poder ver as semelhanças de ums história de 1947 com a pandemia do covid-19, pude repensar no sofrimento do isolamento em uma época onde os meios de comunicação eram tão precários e no comportamento da sociedade diante das medidas preventivas, a morte e a fé. A tecnologia avança exponencialmente enquanto que nossos cérebros evoluem tão lentamente que ainda temos muito em comum com a sociedade daquela época.
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Eve.books 13/08/2021

Rapaz, se esse livro é pra pessoas inteligentes, estudadas e blá blá blá
Foi mal, eu sou burra, não entendi muita coisa, mas tem tudo a ver com a pandemia, é bem atual, da de citar ele no Enem pô
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Felipe 12/08/2021

A Peste
Não poderia ter lido A Peste num momento diferente. É irônico e infeliz como uma obra produzida em 1947 reflete a atualidade. Diferente do que dizem, a obra não "é sobre" a Segunda Guerra Mundial. É sobre a atitude humana e o absurdo natural frente a qualquer catástrofe. De uma doença devastando famílias, corpos sendo enterrados aos montes sem possibilidade de cerimônia, a indivíduos irresponsáveis que colocam seus prazeres acima do bem comum, Oran não se diferencia da Terra em 2020/21. Fazer uma resenha é quase repetir o que todos já presenciamos nos últimos dois anos.
Camus aproveita para pincelar a trama com sua filosofia do absurdo. A impotência dos cidadãos perante a morte e ainda assim a força para lutar. Deixando clara sua ideia, abordada em obras anteriores, do ?Sísifo feliz? por ter um objetivo, mesmo que inalcançável. Sísifo aqui representado pelos protagonistas Rieux (o médico), Cottard (homem que já tentou suicídio), Paneloux(o padre) e outras figuras que, muito além de qualquer alegoria, tem histórias que funcionam perfeitamente sozinhas. Uma obra sufocante e com um toque de mistério cercando alguns personagens. Torcemos por eles como torcemos por nós.
///...Porque ele sabia o que essa multidão eufórica ignorava e se pode ler nos livros: o bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido nos móveis e na roupa, espera pacientemente nos quartos, nos porões, nos baús, nos lenços e na papelada. E sabia, também, que viria talvez o dia em que, para desgraça e ensinamento dos homens, a peste acordaria seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz./// Nós somos a cidade. A Peste acordou.
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Duda 08/08/2021

Até quando o mal fica ?adormecido??
Confesso que foi uma leitura bem difícil pra mim, achei chato, tedioso, criei um bloqueio e, com isso, não conseguia enxergar o que estava além das palavras? Mas após muito refletir, juntar pontinhos, amarrar as milhões de pontas soltas desse livro- na verdade eu acho que esse livro é formado por elas, basta a gente amarrar- consegui compreender e me encontrei sem palavras, em choque, na verdade nem sei dizer? Camus faz analogias, na minha humilde opinião, bem complexas, demorei pra entender que os ratos não eram ratos e que eles não sumiram por acaso, cada parte do livro é de extrema importância e traz algo a ser pensado. O mal como ?castigo de Deus?, até o momento que ele atinge uma criança indefesa (ou até mesmo o próprio religioso que pregava essa ideia), demorei muito para ler porque voltava mil vezes na mesma página, sem querer deixar nada para trás. É injusto tentar colocar tudo que essa obra tem a nos dizer em um mero texto, ele precisa ser lido e relido. No final, me resta dizer que Camus foi inteligente, complexo e desafiador!
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Ana 31/07/2021

Atemporal!!!!
O romance A Peste foi publicado em 1947, pouco após o fim da Segunda Guerra Mundial, e conta a história da chegada de uma epidemia à cidade argelina de Orã. O personagem principal é um médico, Rieux, que combate a doença até o momento em que ela se dissipa, depois de muitas mortes. O narrador descreve como a população reage, indo da apatia à ação, e como alguns se expõem a risco para enfrentar a disseminação da peste.
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Arthur 28/07/2021

subestimei um pouco o livro e a leitura inicial, porém, quando se passou umas 30 paginas de leitura, o livro se desenvolve de uma forma que mostra a grandeza do autor, indicaria essa obra pra qualquer pessoa, livro muito bom
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Lukedo 24/07/2021

A Peste
The Plague - Albert Camus (1 reading): 76/100

Existe algo de poético na fragilidade que envolve a vida humana, e essa se torna clara na situação que envolve a trama do livro.

Sinceramente, sempre tive um preconceito com Camus. Toda essa filosofia absurdista, vinda de um ateu materialista, simplesmente nunca fez minha mente.

Fácil imaginar que eu sempre me esquivei de ler qualquer obra dele, porém, ao visitar meus avós, encontrei uma edição datada do natal de 75 na biblioteca do meu avô ? presente que ele recebeu da minha falecida tia-avó, que nunca tive a oportunidade de conhecer.

Então, me coloquei na leitura desse livro por alguns dias, e ele me surpreendeu por não ser um panfleto filosófico do existencialismo disfarçado de romance, mas um livro realmente interessante e consistente.

O início da narrativa nos apresenta Rieux, um médico que eventualmente travará uma espécie de embate contra a peste, na tentativa de salvar o máximo de pessoas possíveis.

A retórica de Camus é seca, o que me leva a acreditar que este é um dos motivos dos quais esse livro atingiu um status "cult". Frases como "sofrem, sem saber porquê" e "a peste é a vida" são recorrentes na narrativa, que mesmo sendo frases que pouco adicionam na descrição, incrementam para a atmosfera do livro.

Personagens como Paneloux, Cottard e Grand são, definitivamente, a melhor parte do livro. Seus dilemas pessoais são narrados de forma magistral. As crises de fé do padre, o remorso de Grand e a felicidade ? e eventual angústia ? de Cottard (que eu diria ser o personagem mais interessante do livro), tornam a narrativa mais interessante até mesmo do que quando é narrado os eventos dos personagens "principais", como Rieux, Tarrou e Rambert.

Os "tramas secundários", que foi a forma que decidi denominar essas sessões, são outra parte interessante do livro. Muitas vezes o narrador descreve eventos que generaliza os cidadãos de Oran, assim vemos reações gerais à epidemia, como crises de fé, rebeliões contra a injustiça e insatisfação com o governo.

A parte alegórica do livro é, também, interessante. A peste mostra o absurdo da vida, que pode subitamente nos pôr de cabeça pra baixo. Clichê, porém bem executada.

No geral, a trama é interessante, mas seus pontos negativos também são gritantes: A retórica de Camus por vezes alterna entre cansativa e prolixa para seca e sem-graça. Existem capítulos que parecem inúteis, e a revelação do último capítulo chega a ser decepcionante, como que se o autor teve a idéia de última hora.

No fim, A Peste é um bom livro, mas a parte mais interessante dele é contrapor-o com a situação que passamos na pandemia de 2020, eu gostaria de ter o lido antes desse evento, pois desde então, essa leitura nunca mais será a mesma. Assim sendo, apesar de não ser um livro perfeito, é uma leitura que eu recomendo para todos.
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Rodrigo 24/07/2021

Ainda que eu tenha gostado mais de "O estrangeiro", "A peste" é o grande livro de Camus, e um clássico da literatura. Na condição de obra atemporal, o livro permite grandes reflexões sobre a sociedade e a alma humana.

Cada um de seus personagens é uma caricatura, quase um tipo ideal weberiano: temos o voluntário bom samaritano, o padre descrente, o sujeito desesperado no ambiente de quarentena e com racionamento de produtos alimentícios, aqueles que querem tirar vantagem da situação, o indivíduo insano que se acostuma e passa a apreciar viver nesse ambiente.

Enfim, sujeitos em busca de justiça em uma situação desesperadora, o que quer que signifique a justiça para cada um deles... E, nesse sentido, importante ressaltar que as decisões políticas nem sempre foram justas (ou ao menos as mais acertadas), seja porque agiam de má fé, por interesses obtusos ou egoístas, por desconhecimento da doença, etc.

Trata-se de uma bela crônica de indivíduos que formaram uma comunidade que lutou contra um inimigo em comum, a peste. No final das contas, mais importante do que o sucesso ou não no enfrentamento da epidemia, da morte ou não de alguns indivíduos, o principal mérito da obra é narrar em detalhes essa situação desesperadora, expor as estratégias dos indivíduos frente à doença, suas interações, e as transformações psicológicas dos personagens que passaram por essa situação.
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ferbrito__ 12/07/2021

Eu já havia lido esse livro e relendo agora lembrei o motivo de ele estar entre meu top 10 livros favoritos. Quando eu li em 2019 nunca imaginaria que em 2020-2021 estaria vivenciando uma situação semelhante a de Riuex, achava uma loucura o descaso do governo com a peste. Mas hoje, em meio a todo esse caos eu percebo o quão verídico esse livro é, mesmo se tratando de uma ficção.
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Dani Carrara 12/07/2021

É impressionante o deja vu que eu tive quando o autor começou a narrar sobre a cidade entrando em quarentena. Assustadoramente real. Recomendo.
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Mario.Marianno 08/07/2021

Os dias de hoje... cem anos atrás.
A similaridade do livro com os dias atuais é surreal. Baseado na experiência europeia da peste bubônica, vemos que as soluções básicas de hoje, foram usadas a mais de cem anos atrás. A frieza com que é conduzida a trama pode ser comparada a frieza quando falamos números de mortos e não os seus nomes. Livro impactante pelo momento que vivemos, demorei a ler mais do que planejei (bem mais!) pois em alguns momentos, era impossível prosseguir.
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Arthur Sanches 07/07/2021

O que Camus faz nesse livro é inacreditável, ainda mais considerando que estamos vivendo um cenário de pandemia. ele descreve com riqueza de detalhes o que é passar por um momento deste. Sem dúvidas uma obra prima.
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skuser02844 06/07/2021

Denso, porém com uma linguagem fluida
Não sei se a leitura no meio da pandemia atrapalhou minha percepção desse livro, mas tá entre meus favoritos da vida.
Quando comecei a leitura, fiquei abismada com as similaridades do que estamos vivendo ainda em 2021. Talvez por isso, eu demorei tanto pra terminar de ler. A escrita do autor é muito fluida e um fato vai levando ao outro. Mas eu me confundi com os personagens, que são todos homens e com nomes em francês. Não é uma crítica, só uma observação inútil. Kkkk

Quero adquirir o livro físico e marcar as páginas pra um dia, quando a atual peste acabar, reler.
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