The Aleph and Other Stories

The Aleph and Other Stories Jorge Luis Borges




Resenhas - O Aleph


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Ana Ruppenthal 16/05/2017

Erudito, inteligente, mas não foi o melhor
Amo a literatura argentina, e a literatura hispânica em geral, em especial a literatura hispano-americana, por isso sabia que podia esperar de Jorge Luis Borges algo genial. E de fato: O autor demonstra muita, mas muita erudição, desses que ficam lendo teologia medieval, que estudam história de algum povo esquecido de um canto desconhecido do mundo, que estuda linguística, grego e latim, e por aí vai. E por outro lado, em vários dos contos desse livro ele demonstra aquela genialidade literária que a gente sabe que só um genuíno artista das palavras detém. Só assim para alguém escrever um intrigante conto do ponto de vista do Minotauro de Creta. Mas infelizmente essa obra deixou muito a desejar. Em muitos contos parece que o autor escreveu aleatoriamente, sem vontade, parece que ele pegou um rascunho e publicou. O primeiro conto, "El inmoral", bem como vários outros, dão a impressão de que o autor não terminou de escrever, que alguém o interrompeu abruptamente e o conto foi publicado assim mesmo. Outros, como "História del guerrero y de la cautiva" não tem qualquer lógica ou coerência. E na maioria dos outros (fora aqueles contos de velho-oeste argentino como "El muerto"), ele satura de erudição, tanto que torna a leitura muito fastidiosa e entediante. Não demonstra um planejamento da escrita, cujos personagens e metáforas são bons, mas muito mal explorados. Parece que ele se forçou a escrever e jogou no papel tudo que veio em mente. Foi o primeiro livro que li do autor e a impressão que fica é que tem que ter muita persistência para encarar as suas páginas. Minha esperança é que essa obra seja apenas uma desconexa das suas obras centrais, e que as obras primas do tão aclamado Borges me façam rever esse conceito. Ou não
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adjalina.menezes 01/03/2016

Não era o que eu esperava. O texto é bom, mas a minha leitura não fluiu bem. Talvez só não esteja preparada para apreciá-lo devidamente
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Júlio 23/02/2015

Esse livro foi meu primeiro contato com a obra de Borges, e por si já foi o suficiente para coloca-lo entre meu escritores favoritos. Desde Kafka que eu não tinha lido tantos contos geniais em um só livro.

É incrível como a escrita acompanha as idéias temáticas fantásticas/mágicas apresentadas nos contos. Borges emprega uma técnica de descrever seus personagens e situações de forma que parte da trama se desenvolve na reflexão do leitor e não no texto, como nos contos A Casa de Astérion, O Zahir e no conto título. O conteúdo das narrativas e relatos são muitas vezes complexos e requerem uma certa bagagem do leitor, isso é mais do que uma forma de adicionar profundidade à narrativa, é uma das ferramentas que o autor utiliza para que o ar de realidade do conto se torne mais espesso.

Temas como labirintos (explorados de forma incansável em toda obra de Borges), xadrez, espelhos, imortalidade e tigres estão presentes, presentes de forma tão constante que a obra se torna ligada de forma a montar um universo que difere de qualquer outra coletânea ou coleção de contos que eu já pude ter a oportunidade de conferir.

É uma obra fundamental, não só para os interessados em contos ou literatura sul-americana, mas para qualquer leitor que queira verificar até onde o alcance criativo de um escritor pode chegar.
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Cintia 20/10/2014

Uma série de contos misturando ora ficção científica com história, ora contos baseados em trechos da bíblia e fantasia, ora mitologia.
Nunca tinha lido nada desse tipo. Gostei.
Ficção científica e mitologia foram meus preferidos.
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Sérgio 20/04/2013

Fantástico Borges
Título original: El Aleph
Gênero: Contos / Realismo Fantástico
Ano de lançamento: 1949
Ano desta edição: 2008
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 160
Idioma: Português (tradução de Davi Arrigucci Jr.)

Citação: "Era muito religioso; acreditava ter com o Senhor um pacto secreto, que o eximia de agir bem, a troco de orações e devoções."

Jorge Luis Borges é um dos maiores nomes da literatura mundial. E não há nada mais que precise ser dito sobre ele.

"O Aleph" é uma das obras essenciais para quem quer conhecer este expoente do realismo fantástico, junto com outros escritores de língua espanhola, como Julio Cortázar e Gabriel García Márquez. E em praticamente todos os contos de "O Aleph" este é o aspecto mais marcante: a inserção de um elemento fantástico de uma maneira que a história não se torne absurda, de maneira tênue em que o sentimento de estranhamento por aquele novo elemento quase não existe. O fantástico se torna aceitável na escrita de Borges.

O primeiro conto, "O Imortal", traduz bem isso, ao apresentar o encontro do protagonista, um general romano, que parte em busca da Cidade dos Imortais. Tais imortais, ele vem a descobrir mais tarde, incluem em suas fileiras ninguém menos que Homero, escritor da Ilíada e da Odisseia; a imortalidade física representada no conto acaba se revelando uma homenagem aos clássicos literários, e à literatura em si. Aliás, cabe aqui um adendo: literatura, filosofia, mitologia e história são elementos referenciados o tempo todo por Borges, tornando a leitura da obra difícil para quem não tenha o mínimo de conhecimento nessas áreas, e, mesmo com o mínimo, a sensação de "estar perdendo algo" é constante durante a leitura. É uma leitura difícil, mas não impossível. É um livro para ser relido a cada dez anos, para apreciação de suas múltiplas camadas com o conhecimento acumulado.

Temas como a perda da memória e de identidade são comuns em seus contos: em "A Busca de Averróis", um árabe tenta traduzir a "Poética" de Aristóteles, e na impossibilidade de encontrar termos semelhantes a tragédia e comédia em sua cultura, simplesmente deixa de existir; em "Aben Hakam, o bokari, morto em seu labirinto" uma morte inexplicável esconde uma trama de roubo de identidade; em "O Imortal", o protagonista se confunde com os fatos que ele próprio acabou de narrar; em "A Outra Morte", Pedro Damián, que morreu velho em uma cidade, é lembrado como o covarde que fugiu de batalhas por uma pessoa, ou pelo corajoso soldado que se sacrificou valorosamente enquanto jovem por outra (enquanto a primeira parece ter suas lembranças alteradas repentinamente). Além disso, há a exploração da figura do duplo: em inúmeros contos temos personagens que, de alguma maneira, se espelham em outros, sejam personagens parecidos ou diametralmente opostos. Em "O Imortal", há o protagonista e Homero; em "O Morto", Benjamin Otálora e o homem que ele deseja substituir, o chefe de seu bando, Azevedo Bandeira (este conto, por sinal, um espetáculo de concisão: sete páginas que poderiam facilmente se tornar um romance); em "Os Teólogos", um intelectual sempre à sombra de seu rival, em duelos de retórica, também abordando aqui a questão da identidade; em "História do Guerreiro e da Cativa", há três personagens relacionados: o guerreiro de um antigo poema, e a mulher inglesa do presente do escritor que abandonaram seus povos e foram assimilados por novas culturas, e essa mesma mulher e a avó de Borges, que se sente completamente excluída numa terra estrangeira; em "A Casa de Astérion", o duplo aparece até mesmo na forma de um amigo imaginário (este conto, por sinal, um dos mais interessantes, com suas referências ao mito de Teseu e Ariadne); até mesmo em "O Zahir" ele consegue inserir a temática do duplo ao falar de uma obssessão por uma moeda; e "O Aleph" em si, a letra hebraica, representa "um homem que aponta para o céu e para a terra, indicando que o mundo inferior é o espelho e o mapa do superior"; e a lista prossegue.

Borges também abre espaços para contos com personagens da América do Sul, como "O Morto" e "Biografia de Tadeo Isidoro Cruz (1829-1874)", em que um soldado se junta a um desertor, Martín Fierro (citado novamente em "A Outra Morte"), e que vem a ser um poema épico, pináculo da literatura argentina, sobre um gaúcho dos pampas que deserta e passa a combater milícias em seu país. Outra referência literária, desta vez bastante ligada à identidade argentina.

O livro conclui com o conto que dá nome ao livro, fechando um ciclo e fazendo, novamente, uma homenagem à literatura: o Aleph do livro é uma espécie de ponto no espaço, "onde estão, sem se confundirem, todos os lugares do planeta, vistos de todos os ângulos". Este Aleph, descoberto por um rival de Borges (personagem deste, e de outros contos, e neste com seu duplo!) em seu porão, seria a fonte para sua inspiração literária. Um conceito bastante complexo, para o qual Borges deu a seguinte explicação: "O que a eternidade é para o tempo, o aleph é para o espaço". Se esse ponto, ao invés de Aleph, fosse chamado Borges, poderia ser bastante apropriado.


P.S.: Agradeço imensamente aos membros do Clube de Leitura da Companhia das Letras, cujas opiniões durante o debate sobre o livro foram descaradamente usadas nesta resenha. No próximo encontro, "As Virgens Suicidas"!

Resenha originalmente publicada em: http://catharsistogo.blogspot.com.br/2013/03/o-aleph-jorge-luis-borges.html
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Ronaldo 07/10/2012

Literatura Fantástica (nos dois sentidos)
Lamento ter demorado tanto a ler este livro, muito melhor do que "História Universal da Infâmia". Inspirado nas Mil e Uma Noite e no fatalismo dos povos árabes, Borges faz o que se costuma chamar de literatura fantástica, mas sem recorrer muito a temas sobrenaturais - com poucas exceções, como o conto que dá o nome ao livro - nem abusar de situações ilógicas e absurdas. Sua mensagem é que o fantástico e o absurdo, mais do que um minotauro preso em um labirinto, ou um aleph em uma escada de porão pode estar na forma como as pessoas se encaminham de forma cega a um destino inevitável. Excelente. O tipo de livro que depois de você ler ainda fica pensando um bom tempo sobre ele.
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Leonardo Rosa 06/08/2012

O enciclopedista fantástico
Borges era um leitor de enciclopédias. Consequentemente é necessário recorrer a elas para compreender a trama criada. Um livro para leitores avançados mas prazeroso e fantástico como o próprio estilo do autor.
Rafael 07/09/2012minha estante
Curiosidade sobre o autor:
http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/6-escritores-consagrados-que-nao-enxergavam-direito/?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_super


Leonardo Rosa 21/01/2013minha estante
Rafael, ótimo link. Muito obrigado!




Noyz 25/07/2012

O mundo de Borges é um mundo difícil de alcançar e contemplar, mas depois que chegamos lá, sua diversidade e riqueza de cores e símbolos misteriosos, (como bibliotecas, tigres, escadarias, livros, mapas etc. que ele apresenta em sua forma não convencional de ser e estar)nos cativa e assim queremos ficar para sempre no mundo de Borges.
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Gláucia 14/05/2012

O Aleph - Jorge Luis Borges
Foi meu primeiro livro do autor, gostei de seu estilo de narrar, o modo como ele parece combinar as palavras mas a leitura não me envolveu. Senti como se ele escrevesse sobre fatos ou pessoas que todos deveriam conhecer, então não compreendi muito bem seus contos. Talvez tenha faltado um pouco de pesquisa ou mesmo conhecimento de minha parte para entender suas várias referências.
Em resumo, acho que não sou (ainda) leitora para JLB.
Hélio Rosa 15/05/2012minha estante
Seu relato é de uma sinceridade franciscana! (rs)


Sávio Lopes 25/05/2016minha estante
Gláucia, estou lendo o Aleph, e tenho sentido menos dificuldade depois de começar a ler Ficções com a ajuda da Aline Aimee, uma youtuber estudiosa e aficcionada por Borges. Me ajudou muito. Dá uma olhada: https://www.youtube.com/watch?v=vzx_WVQHJxI




ElKaiser 07/03/2010

Os contos de Borges são artesanais, minimamente pensados e bem construídos. O universo dele é sedutor demais para ser ignorado
Walkí­ria Silva 06/05/2018minha estante
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Biu.V 24/09/2009

Borges escreveu, conscientemente, para a eternidade, para o infinito. Não existe palavras para descrever o prazer de ler os contos, todos sem exerções me deixou num estado de ânimo que ao final de cada a vontade era dar um tempo, o suficiente para degustar uma garrafa de um bom vinho e digerir cada palavra escrita, deixar o próximo conto para o dia seguinte ou gritar Gooooll! Deixando os outros acharem que sou um louco. Acho que este livro vai ser o meu "Zahir". Fantástico!
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Bell_016 26/08/2009

Eu não vou aqui chover no molhado dizendo que o livro é bom, só escrevi essa resenha para dar um conselho pra quem vai começar o livro agora. Borges utiliza um monte de referências no livro, fala de pessoas, lugares e acontecimentos famosos. Não creio que exista alguém que capte de primeira todas as referências que ele coloca (mas se existir uma pessoa assim e eu tivesse que escolher com quem passaria o resto da minha vida numa ilha deserta seria com ela), mas o fato é que o livro se torna infinitamente mais prazeroso, impressionante, *insira outros adjetivos aqui* se você captar esses detalhes por isso aconselho a lê-lo perto de um computador e der sempre uma procurada pelo menos nos nomes que o autor usa. Como exemplo eu deixo o conto "Abenjacan, o Bokari, morto em seu labirinto" onde é mencionado um homem de nome Fermat, procure saber quem ele é quando cruzar com ele no texto antes de prosseguir a leitura.
Nádia C. 12/12/2011minha estante
além disso ele é altamente prolixo, tive que ir ao dicionário diversas vezes.


Vinícius 14/04/2012minha estante
Já ouvi falar de Pierre de Fermat. Foi um matemático francês e é conhecido como o príncipe dos amadores, já que era matemático mas não graduado. Já li uma referência a respeito dele no livro "O último Teorema de Fermat".




nanda 09/07/2009

jorge luis borges
uma propriedade patenteada, singular, terminante, irrevogável é borges.
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Sudan 10/05/2009

O Aleph
Coletânea de contos do mais radical transformador da literatura em língua espanhola do século XX, que aqui reformula todo um gênero literário (o fantástico) e dilui as fronteiras entre crítica e criação, filosofia e literatura, história e ficção. Nova edição, revista.
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Nádia C. 12/12/2011minha estante
Não o acho o mais radical, prefiro Cortázar, muito mais.




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