Memorial do Convento

Memorial do Convento José Saramago




Resenhas - Memorial do Convento


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CrisBauer 18/09/2010

Esse foi meu primeiro Saramago e há alguns anos atrás. Talvez eu tenha que relê-lo para apreender melhor a história.
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Mônica Firmida 13/07/2009

Mas achei bom!
Acho a escrita de Saramago interessante, mas de leitura cansativa.
Apesar de ter abandonado, eu estava gostando muito da estória deste livro.
Ainda pretendo ler.
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Franziska 06/08/2009

podia ser muito melhor
Fui obrigada a ler como trabalho escolar e tenho que admitir que não me convenceu muito nas primeiras páginas/capítulos. É cansativo e a escrita de Saramago demora a entrar.
No entanto, dou-lhe pontos por a história se tornar interessante e por todas as ironias escondidas.
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Bruno 13/03/2010

Primeiro parágrafo do livro.
D. João, quinto nome na tabela real, irá esta noite ao quarto de sua mulher, D. Maria Ana Josefa, que chegou há mais de dois anos da Áustria para dar infantes à coroa portuguesa e até hoje ainda não emprenhou. Já se murmura na corte, dentro e fora do palácio, que a rainha, provavelmente, tem a madre seca, insinuação muito resguardada de orelhas e bocas delatoras e que só entre íntimos se confia. Que caiba a culpa ao rei, nem pensar, primeiro porque a esterilidade não é mal dos homens, das mulheres sim, por isso são pudiadas tantas vezes, e segundo, mateial prova, se necessário ela fosse, porque abundam no reino bastardos da real semente e ainda agora a procissão vai na praça. Além disso, quem se extenua a implorar ao céu um filho não é o rei, mas a rainha, e também por duas razões. A primeira razão é que um rei, e ainda mais se de portugal for, não pede o que unicamente está em seu poder dar, a segunda razão porque sendo a mulher, naturalmente, vaso de receber, há-de ser naturalmente suplicante, tanto em novenas organizadas como em orações ocasionais. Mas nem a persistência do rei, que, salvo dificultação canónica ou impedimento fisiológico, duas vezes por semana cumpre vigorasamente o seu dever real e conjugal, nem a paciência e humildade da rainha que, a mais das preces, se sacrifica a uma imobilidade total depois de retirar-se de si a da cama o esposo, para que se não perturbem em seu gerativo acomodamento os líquidos comuns, escassos os seus por falta de estímulo e tempo, e cristianíssima retenção moral, pródigos os do soberano, como se espera de um homem que ainda não fez vinte e dois anos, nem isto nem aquilo fizeram inchar até hoje a barriga de D. Maria Ana. Mas Deus é grande...
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pool 11/04/2010

Belíssimo livro. Além de nos ensinar a história do nosso antigo colonizador nos ensina muito sobre o ser humano.
Uma linda história de amor entre um soldado maneta e uma mulher que enxerga dentro das coisas e pessoa, amor herético mas abençoado pelo famoso padre Bartholomeu Gusmão um dos principais personages deste romance.
Nada como ler um livro de Saramago para nos depararmos com um clássico, pois é ele o único escritor contemporâneo capaz de fabricar um.
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Gláucia 31/03/2010

Surreal
Narra o amor de Baltazar e Blimunda de uma maneira que lembra um pouco o realismo mágico de Cem Anos de Solidão, ambientado numa Portugal medieval, na prosa poetisada de Saramago.
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Ana Emilia 18/10/2012

Um livro com qualidade Saramago
Mais um obra genial desse escritor português. Memorial do Convento conta a história de Blimunda e Baltasar Sete-Sóis. Ela vidente e ele um ex-soldado maneta, que se juntam ao Padre Bartolomeu Lourenço para construir a passarola, uma máquina que voa. Como pano de fundo e fio condutor, Saramago narra as desventuras da construção do convento de Mafra, no século 18, fruto de uma promessa do rei D. João V, para que engravidasse sua esposa, e nos mostra, com seu característico sarcasmo e fina observação, os costumes e disparates da corte portuguesa.

Talvez caiba a aqui a classificação de romance histórico. Contudo, Saramago não se limita a contar-nos apenas fatos históricos e nos presenteia com uma bela história de amor.

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Guga 27/07/2010

Saramago mostra porque ganhou o Prêmio Nobel.
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Iza 13/11/2010

genial Saramago !!

Apesar de achar a linguagem um tanto difícil a princípio, a sensibilidade do autor, aliada a sua fina ironia , me prenderam pela beleza e delicadeza do texto. Bonito também o amor que une Blimunda e Baltazar, amor verdadeiro, puro.
O olhar crítico sobre o cristianismo, à religião católica, às desigualdades sociais, com o sarcasmo peculiar de sua escrita, fazem desta uma leitura deliciosa!




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Hildeberto 10/07/2011

Memorável.
Memorial do Convento é um livro no qual a realidade parece ficção e esta, por sua vez, parece mais real do que aquela. Um recorte sobre a história, a gente o soberano de um único povo. Em sua narrativa Saramago contrasta dois mundos destintos, o mundo dos Reis de Portugal, e o submundo dos seus miséraveis súditos. Mas o contraste é aparente, pois uma idéia muito defendida pelo o autor é que não a diferenças sérias entre ambos, apenas aquelas criadas pelo o homem, pois para a natureza (em si e a natureza humana) e Deus, não há discrepâncias.

Deus é um tema decorrente do livro. Deus ou a religião, que são duas coisas distintas no livro. Um romance filósofico, talvez, pois com o auxílio e fala dos personagens refleções são feitas, conclusões criadas, juízos induzidos.

Memorial do Convento tem um alto teor crítico e sarcástico/irônico. É um conto de amor, e amor como o de Blimunda e Baltazar Sete-Sóis maior nunca li.

É um livro que ambientado em Portugal do século XVIII, não se limita a ele e a seus personagens. O livro, com todo seu poder literário, trata (ao menos para mim) de uma única e universal coisa: a natureza humana.

É díficil fazer um cometário sobre um livro tão complexo em seu tema, tão simples em sua estrutura. Apenas indico como um ótimo livro. Mas nem sempre os ótimos livros são aqueles que te deixam contente. Esse é o caso.

A literatura tem o poder de nos levar para os cantos mais distantes e desconhecidos. Nesse sentido, Memorial é paradoxal: seu efeito é ao mesmo tempo de transporte para o proposto pelo livro como uma ligação com o mundo e seus diversos problemas, que já haviam em 1700 e que continuam a existir, embora com mais tecnologia e com um discurso mais aperfeiçoado.
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Evy 02/11/2011

DESAFIO LITERÁRIO 2011 - Tema: Nobel de Literatura / Mês: Outubro (Livro 2)
Seria muito difícil dar menos de cinco estrelas para esta obra de Saramago. Este autor é realmente genial e fico feliz de ter tido a oportunidade de conhecê-lo através de Ensaio sobre a Cegueira e hoje me encantar com cada um de seus livros, pois pretendo ler todos! Tive o primeiro contato com o título Memorial do Convento com uma amiga que compartilha a mesma paixão pela leitura e que me recomendou muito o livro. Alguns anos se passaram e finalmente pude ler essa história fascinante.

A obra está dividida em duas histórias que vão sendo brilhantemente apresentadas de forma paralela. Uma conta a história de Portugal através da construção do Convento de Mafra por D. João V, promessa feita a um padre franciscano para que a rainha engravidasse e lhe desse um herdeiro; e a outra narra a história de amor entre Baltazar sete-luas e Blimunda sete-sóis, envolvidos na construção de uma “máquina de fazer voar” projetada pelo Padre Bartolomeu Dias.

A narrativa de Saramago é muito envolvente e acredito que grande parte desse sucesso tenha se dado pelo fato de ele utilizar a ficção e o fantástico misturados aos fatos históricos reais da época, como os Autos de Fé, as procissões de penitentes e a própria construção do Convento de Mafra envolvendo o sacrifício da população pobre e fazendo muitas vítimas no carregamento da grande pedra para o pórtico. Nos primeiros capítulos senti bastante a irônia de Saramago ao narrar os hábitos da realeza e a intenção de desvendar o poder exercido pela igreja sobre o povo oprimido. Já quando começa a narrar a história de amor entre Blimunda e Baltazar, notei a mudança para um plano fantástico de sonho e fantasia.

É encantadora a forma como Saramago construiu maravilhosamente esses dois personagens. Blimunda tem poderes especiais e em jejum, consegue ver as pessoas por dentro e se torna, desta forma, a responsável por captar as vontades das pessoas que são recolhidas e servem de combustível para a Passarola. Baltazar fora soldado, e na guerra, perdeu a mão esquerda. É mandado embora do exército por não ter mais serventia. Sonha frequentemente que ainda tem sua mão esquerda, mas é forte e destemido. Blimunda e Baltazar se apaixonam e a história dos dois é muito bonita. Destaco um trecho do texto:

"Baltazar Mateus, o Sete-Sóis, está calado, apenas olha fixamente Blimunda, e de cada vez que ela o olha a ele sente um aperto na boca do estômago, porque olhos como estes nunca se viram, claros de cinzento, ou verde, ou azul, que com a luz de fora variam ou o pensamento de dentro, e às vezes tornam-se negros noturnos ou brancos brilhantes como lascado carvão de pedra".

No início da leitura nem imaginava que a história iria focar este casal, pois inicialmente o foco era o casal Real e a construção de Mafra, mas adorei a relação entre Baltasar e Blimunda. O amor dos dois que fica claro desde o início e que está fora de todos os códigos e regras sociais da época, tornando-se símbolo da transgressão e alcançando uma perfeição inimaginável em nosso mundo.

Este livro é fantástico e percorre um período de quase 30 anos na história de Portugal na época da Inquisição. O Pe. Bartolomeu é perseguido, inclusive, pela idealização da “máquina de voar” e acaba tendo que fugir para Toledo, onde morre tempos depois. Todo o cenário é ricamente descrito por Saramago que além de contar os fatos históricos, reconstitui a vivência popular e cultura das regiões. Para quem não está acostumado com a narrativa sem parágrafos e pontuações de Saramago, pode ser uma leitura cansativa, mas que ainda assim, vale muito a pena.

Leitura super recomendada!
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