Memorial do Convento

Memorial do Convento José Saramago




Resenhas - Memorial do Convento


183 encontrados | exibindo 106 a 121
1 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13


Lucília 07/12/2021

Uma grande obra, considerada pelos portugueses a melhor do autor, com uma linguagem marcante, faz uma crítica colossal às características históricas de Portugal e sua exploração sobre o Brasil colonial. Seus personagens são referenciados em personagens reais. E o casal Blimunda e Baltazar são maravilhosos. Uma obra de fato ímpar, entretanto, para mim, e quem sou eu para dizer isso? Mas digo: um pouco cansativa. Mas isso não tira o brilho de sua existência.
comentários(0)comente



Alê 13/12/2021

Longe de ser uma leitura fácil, traz uma ótima história enredada na construção de um convento em Mafra.
comentários(0)comente



Evy 19/12/2021

"quanto basta para que o mundo se torne suportável"?
Seria muito difícil dar menos de cinco estrelas para esta obra de Saramago, ainda mais com aquele final estarrecedor. Este autor é realmente genial. Já tinha lido esse livro em 2011 e tive a oportunidade de relê-lo este ano em LC com amigos.

A obra está dividida em duas histórias que vão sendo apresentadas paralelamente: a de Portugal através da construção do Convento de Mafra por D. João V, promessa feita a um padre franciscano para que a rainha engravidasse e lhe desse um herdeiro, e a de Baltazar Sete-Sóis e Blimunda Sete-Luas, envolvidos na construção de uma "máquina de fazer voar" projetada pelo Padre Bartolomeu Dias.

Saramago traz diferentes formas para abordar esss histórias, sendo bastante irônico ao narrar os hábitos da realeza e o poder exercido pela igreja sobre o povo oprimido e mais sonhador nos capítulos em que narra Blimunda e Baltazar. Saramago une a ficção e o fantástico aos fatos históricos reais da época, como os Autos de Fé, as procissões de penitentes e a própria construção do Convento de Mafra envolvendo o sacrifício da população pobre e fazendo muitas vítimas no carregamento da grande pedra para o pórtico, um episódio muito marcante na obra.

O livro percorre um período de quase 30 anos na história de Portugal na época da Inquisição e todo o cenário é ricamente descrito por Saramago que além de contar os fatos históricos, reconstitui a vivência popular e a cultura das regiões. Confesso que achei essa parte um pouco mais cansativa, embora interessante.

Me encantei mesmo foi com Blimunda e seus poderes especiais de ver as pessoas por dentro quando está em jejum, se tornando desta forma, a responsável por captar as vontades das pessoas que são recolhidas e servem de combustível para a Passarola e Baltazar, soldado expulso do exército por perder a mão esquerda na guerra, e que apesar de sonhar constantemente que ainda a tem, é determinado e destemido. A história dos dois é muito bonita, um amor fora de todos os códigos e regras sociais da época, e com um final estarrecedor.

"Todo o lugar da terra é antecâmara do inferno, umas vezes vai-se morto a ele, outras vai-se vivo e a morte é depois que vem, Por enquanto estamos vivos, Amanhã estaremos mortos".

Leitura super recomendada!
comentários(0)comente



Thaise @realidadeliteral 23/12/2021

Melhor Saramago?
“O Memorial do Convento” é um romance histórico no qual temos dois principais arcos narrativos. O primeiro conta a história do rei D. João V, que faz uma promessa a um padre de construir um convento em Mafra caso consiga, enfim, um herdeiro, e quando isso acontece acompanhamos a construção do “Palácio Nacional de Mafra” custeado pelo ouro e pedras preciosas extraídas do Brasil, sua colônia de exploração e pelo suor e sangue de muitos operários.
Já no segundo arco temos a história de Blimunda Sete-Luas e Baltazar Sete-Sóis, que se conhecem no dia da morte da mãe da moça condenada por bruxaria - vale lembrar que a história se passa no século XVIII ainda durante a inquisição - e dali em diante nunca mais se separam. Nesse dias Baltazar também conhece o padre Bartolomeu de Gusmão, um cientista nato que sonha em construir um pássaro voador. Blimunda possui o dom peculiar de “ver as pessoas por dentro” e recolher suas “vontades” o que será muito importante para a construção da máquina de voar do padre.
Que história senhores! Um dos melhores livros do Saramago que li, ouso dizer que só perde para ‘Ensaio Sobre a Cegueira”. A dicotomia alto clero/nobreza e pessoas pobres é uma crítica à época dos fatos, mas que perdura nos dias atuais. As pessoas pobres são obrigadas a se sujeitar aos nobres, mas em contrapartida são o arco mais evoluído em vários sentidos, eles parecem entender o sentido da vida, o que vem na contramão do lado afortunado de bens materiais e que só esbanja com coisas supérfluas e do trabalho e ate da vida dos menos favorecidos. E Saramago nos mostra isso de forma magistral, satirizando as passagens que temos a realeza e enchendo de amor e poesia as partes onde encontramos Blimunda, Baltazar, padre Bartolomeu e os seus.
Indo na contramão de vários livros do autor, O Memorial do Convento tem leitura fluida, fácil, envolvente (não que eu não ame os outros, mas tem uns que só Deus na causa). Estou impactada e acho que isso nunca vai passar! A ciclicidade dos acontecimentos que culminam em um final digno de toda a jornada travada durante suas páginas.
É muito difícil ser sucinta falando de Saramago, e principalmente desse livro. Não vou me estender mais, só deixo a minha recomendação de um dos melhores livros que já li, Saramago se superou na delicadeza e nos socos no estômago (tá vendo a dualidade até aí?).
comentários(0)comente



Amanda 31/12/2021

Memorial do Convento - José Saramago
Saramago une aqui ficção fantástica e realidade com sua maneira única de escrever. Ora afiadíssimo em suas críticas históricas e sociais, ora poético.

Neste romance seguimos a EXTRAIORDINÁRIA jornada de duas construções:
1. o Convento de Mafra: a partir de uma promessa do Rei português, D. João V, a fim de ser agraciado com um herdeiro.
2. a Passarola: uma máquina de voar idealizada pelo Padre (-Cientista, porque não?) Bartolomeu de Gusmão.

Paralelamente seguimos o casal amigo do Padre: Baltazar Sete-Sóis, um ex-soldado que vai participar de ambas as construções e Blimunda Sete-Luas, detentora de um dom especial, podendo ver o interior das pessoas e colhedora de suas vontades.

Saramago é preciso! E que delícia é ler esses momentos.

Usa sarcasmo e ironia em críticas religiosas e também aos caprichos da coroa portuguesa. O Convento gerou um desperdício de riquezas (roubadas do Brasil!) e desperdício de vidas (aqueles muitos que a história não menciona e que Saramago da identidade, da contexto e da valor).

Ao mesmo tempo, ao retratar a construção da Passarola aborda o inimaginável de voar, graças ao sonho e a ciência de Bartolomeu, a perseverança em construir e manter de Baltazar e a espiritualidade de Blimunda. Liberdades estas avessas a Inquisição bem forte na época, e que Saramago nos faz sentir e temer do início ao fim.

O narrador sabe nos informar, divertir e emocionar. Coisas que tenho certeza absoluta que vou encontrar em obras de José Saramago. Amei este livro!
comentários(0)comente



Hey Lyla 01/01/2022

Entre a Delicadeza da Esperança e a Crueldade da Realidade.
A construção do Convento de Mafra, a opulenta realeza de D. João V contrastando com a miséria e ignorância do povo, a vida de milhares de operários, a Inquisição e o sonho de um padre que queria voar.
E no meio de tudo isso: Baltazar e Blimunda.
Sete Sóis e Sete Luas.
comentários(0)comente



louise118 27/01/2022

leitura muito difícil
em primeiro lugar, esse foi meu segundo livro de saramago. depois, foi uma leitura que fiz devido a um trabalho de português. foi uma leitura muito, muito arrastada, difícil e diga-se de passagem, nem um pouco prazerosa. é um livro interessante, porque nos mostra um contexto histórico totalmente diferente dos dias atuais e a realidade do povo português e da coroa portuguesa naquele período, os protagonistas são bem desenvolvidos e suas respectivas histórias são bem exploradas, porém...é um livro que não agrada a todos, e sou uma delas. com o perdão da palavra, é um livro entediante. não me apeguei a nenhum personagem, não senti nenhum entusiasmo em qualquer momento. não dei uma estrela só porque foi interessante imaginar os cenários lisboetas da época, estou acostumada ao ambiente de lisboa portanto foi muito fácil imaginar todo o pano de fundo e as situações em si. é um livro meramente histórico e simbólico ao modo de saramago. mas não me agradou.
comentários(0)comente



Alex.Santos 27/01/2022

Saramago é foda!
Considerado obra prima do José Saramago, esse romance é um romance histórico sobre portugal.
O rei D. João V decide construir um convento para cumprir uma promessa feita para garantir a sucessão do trono.
Diante deste cenário teremos personagens marcantes como Baltasar sete sóis e sua amada Blimunda e tbm o padre Bartolomeu de Gusmão.
comentários(0)comente



Luisa.Maria 31/01/2022

Do sonho nasce a vontade
Era uma vez um rei que fez a promessa de levantar um convento em Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido.
Era uma vez...
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



anarutyp 30/03/2022

Saramago e sua eloquência
Ler Memorial do Convento foi uma aventura e tanto. Há algum tempo atrás li Cem Anos de Solidão do Gabo e, sinceramente, me trouxe várias lembranças, não só quanto ao enredo, mas também pelos personagens. Em muitos trechos do livro de Saramago, percebe-se a solidão dos personagens e as críticas sociais, sendo essa última, marca constante nas obras desse autor.

Entrando na história, porém, sem spoilers, falo um pouco do casal Baltasar Sete-sóis: "porque vês às claras'' e Blimunda Sete-Luas: "porque vês às escuras". Quando vi o nome desses dois, imediatamente comecei a leitura.

Leitores dessa resenha, digo a vocês: - Esse livro é simplesmente impressionante!

Em uma época onde a inquisição barroca reinava ( séc. XVIII) e a soberania do rei predominava, Saramago critica severamente o uso indevido de riquezas vindas, inclusive, do nosso Brasil, bem como as atrocidades cometidas pela exploração do trabalho e da vida, que segundo D. João V, o quinto na linha de sucessão, "essas são baratas".

Em meio a todas essas barbaridades, temos Baltasar e Blimunda representando o Amor e a Cumplicidade. Esses dois vivem várias reviravoltas em seus destinos, no entanto, permanecem fiéis um ao outro. Ambos retratam o homem e a mulher contemporâneos, pelo menos, vi dessa forma. Tanto Blimunda quanto Batalsar enfrentam seus medos e estão dispostos a lutarem por seus objetivos, um pouco clichê isso, mas, realmente é o que acontece.
Tem vários outros personagens importantes, não cabe aqui citar todos. Leiam a obra e tirem suas próprias conclusões.
comentários(0)comente



@ALeituradeHoje 21/04/2022

Perfeito
Saramago nunca erra. Terminei o livro aos prantos e sempre que leio ele penso que o homem que coloca em palavras tudo que ele coloca (sentimento, pensamento, sonho...) não devia ser desse mundo.
Eu fiquei em choque.
Sofri horrores. Mas sofri amando intensamente.
comentários(0)comente



Marcella 09/05/2022

leitura difícil
Leitura difícil, foi preciso insistir muito para finalizar mas é uma leitura importante. É uma história repleta de críticas sociais, retrata um amor que nem a morte separou, um amor incondicional que perdurou. Não é um livro ruim, pelo contrário, porém não pude dar mais estrelas pelo fato da leitura ter sido um pouco exaustiva.
comentários(0)comente



Inês 11/05/2022

Não é para esquecer o memorial
Se é difícil entrar na escrita de Saramago ao primeiro contacto, é depois ainda mais difícil largar o conteúdo do contador de histórias.
O livro é perfeito, desde a caracterização da sociedade no tempo do absolutismo joanino ao romance de Baltasar e Blimunda, Sete-Sóis e Sete-Luas.
O mais importante do livro é sem dúvida percebermos a crueldade da história da religião cristã católica em Portugal e as atrocidades do Santo Ofício, assim como a exploração do homem pelo homem na construção do Convento de Mafra. Ficamos a perceber o palco de sangue, suor e lágrimas que foram o Rossio e Mafra.
Não se pode deixar repetir a perseguição pela religião e o fanatismo religioso exacerbado, nem as famílias que destruiu a construção do Palácio-Convento de Mafra.
O segundo foco do livro é, então, o romance. Baltasar e Blimunda contrastam com D. João V e D. Maria Ana, mostram-nos como o amor deve ser vivido com paixão e não deve ser apenas um contrato para a procriação. O casal do povo mostra-nos como o amor vai muito mais além do que ter filhos e como o amor é a entrega total um ao outro.
Relativamente ao Padre Bartolomeu de Gusmão faz-nos, novamente, refletir acerca do poder da Inquisição e de como a religião católica tinha de ser seguida sem questionamentos. Alerta-nos para a necessidade de questionar tudo o que nos rodeia e não aceitar/acatar tudo o que nós é ensinado ou dito. Rejeitem os dogmas.
Por fim, falando agora de Saramago, é um homem genial, desde a história, desde a crítica social à história e à criatividade da mesma.
Absolutamente, um dos meus livros favoritos de sempre.
comentários(0)comente



183 encontrados | exibindo 106 a 121
1 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR