Isabella Pina 01/01/2013Fofinho, mas não muito real.Sabe aquele livro que você lê tantas resenhas que, no final das contas, sente que conhece o livro inteiro sem nem tê-lo lido? Pois é, Não sou esse tipo de garota foi meio como isso. Eu fui uma das últimas a receber e, por isso, quando fui ler não esperava uma grande história, profunda e reflexiva. Eu já conhecia o livro lá fora, mas nunca achei muito interessante... Nada que valesse a pena comprar em inglês mesmo. No entanto, fiquei muito feliz quando a NC lançou! Era a minha oportunidade de tirar a dúvida se o livro era mesmo superficial, ou se era mais que o que aparentava.
Se eu me surpreendi com a história? Bem, não. Como eu disse, eu já conhecia muitos fatos do livro, na verdade eu sabia até alguns spoilers e por isso, fica difícil se surpreender (ainda mais sendo um livro normalzinho, que não foi feito pra surpreender). Mas, isso não significa que o livro é ruim! Ele é divertido, tem algumas reflexões (?) até que interessantes e seus personagens são daquele tipo bem estereotipados, o que, nesse caso, não foi ruim pois conforme você lê nota que todos esses “pré-julgamentos” são falsos, que ninguém é exatamente o que parece. A narrativa é bem leve, pra vocês terem noção, li o livro em apenas um dia, nem isso, porque era daqueles livros para “passar uma tarde”, gostosinho de ler haha.
Ah, falando mais sobre os personagens (não falarei de alguns justamente para não atrapalhar a sua futura leitura), eu realmente não me afeiçoei a nenhum. E não é porque li o livro rapidamente, é porque eles são meio difíceis de se apegar mesmo. Natalie foi a que mais gostei, apesar de seu comportamento meio burro, foi a que mais consegui entender, visto que há algumas coisas que eu faria a mesma coisa que ela (sim, somos meio parecidas mas isso não significa que sou uma paranoica que nem ela). Spencer... Honestamente? Menina bipolar!! Sério, foi a que ganhou o prêmio de irritante nesse livro, seu comportamento é totalmente sem noção, doido, sem pensar nas consequências, além de na maioria das vezes, acabar agindo (e sendo julgada como) como uma verdadeira piriguete (e não no sentido literário). Simplesmente não deu pra achá-la muito legal, já que, apesar de termos praticamente a mesma idade, seu comportamento era tão... sem sentido... que nem dava pra você falar que a entendia (tá, eu achei que ela era uma rebelde sem causa mas whatever). Autumn, a melhor amiga da Natalie, é inteligente, é legal e também tem um comportamento que se modifica rapidamente, às vezes ela é bem parecida com a Natalie, outras vezes age mais como a Spencer. Não achei que ela foi realmente uma grande amiga para a protagonista, sinceramente. Teve algumas coisas que, se fosse comigo, sei não se perdoaria.
Mas o que me decepcionou nesse livro foi o final. Quando faltava apenas umas dez páginas, comecei a pensar: “Caramba, como a Siobhan vai resolver isso??” porque ao meu ver, a conclusão parecia difícil de acontecer tão rapidamente... Mas foi exatamente o que aconteceu! Natalie de repente resolve fazer tudo que sempre falou que não faria, começa a agir toda “Que o mundo se ferre, a vida é minha”, e assim... foi uma mudança rápida, demais. O final em si não foi bom, não me contentou.
No final das contas, é um bom livro, você vai se divertir lendo-o, mas não espere um grande final ou personagens incríveis. Mas, vou confessar, a capa tá muito linda e totalmente a ver com a história!
Obs.: A Natalie me lembrou muito a Spencer de PLL, e o estranho é que tem uma personagem chamada Spencer no livro!! o.O
Obs. 2: O livro me lembrou pelo final aquele filme, Coisas de garotos e garotas, porque, apesar de adorá-lo, o final é muito idiota, com a menina abandonando a chance de ir para a YALE para ficar com o cara. Tipo, eu jamais faria isso, mas enfim.