Carta ao pai

Carta ao pai Franz Kafka




Resenhas - Carta ao Pai


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Sophia.Kelmer 15/02/2024

Carta ao pai
Toda vez que vou ler kafka choro por horas em posição fetal, o cara consegue definir bem emoções que eu sinto...
JAlia377 15/02/2024minha estante
esse livro é incrível! a escrita do kafka é sensacional




naoeumaresenha 15/02/2024

Sempre complicado ler algo biográfico.

nessas cartas que kafka direciona ao pai são tantos relatos de uma relação dolorosa e frustrante que chega a deixar o próprio leitor frustrado.

uma leitura rapida mas nao tão leve, instigante e como ser apunhalado eu diria
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maria20502 14/02/2024

?para mim, sempre foi incompreensível sua total falta de sensibilidade em relação à dor e a vergonha que podiam me inflingir com palavras e juízos, era como se você não tivesse a menor noção da sua força?. é difícil de engolir assim. como pode tal figura paterna influenciar tanto na formação de identidade de uma pessoa.
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Malu.Vieira 14/02/2024

E até difícil falar dessa carta ,ela é muito intimista e falar fosse pensamentos e sentimentos dele sobre o pai e ele mesmo as vezes chega até ser desconfortável o cara era realmente bem ruim
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Nayara364 13/02/2024

Não dá para resenhar a carta de um filho para o pai sem parecer pretensiosa então deixo os trechos que mais me impactaram:

"Para mim, sempre foi incompreensível sua total falta de sensibilidade em relação à dor e à vergonha que podia me infligir com palavras e juízos: era como se você não tivesse a menor noção da sua força."


"Se eu tivesse obedecido menos, você na certa estaria muito mais satisfeito comigo. O fato é que as suas medidas educativas acertaram no alvo; não me esquivei a nenhuma investida sua; assim como sou (naturalmente pondo de lado os fundamentos e a influência da vida), sou o resultado da sua educação e da minha docilidade."


"Você só pode tratar um filho como você mesmo foi criado, com energia, ruído e cólera, e neste caso isso lhe parecia, além do mais, muito adequado, porque queria fazer de mim um jovem forte e corajoso."


"Uma noite eu choramingava sem parar pedindo água, com certeza não de sede, mas provavelmente em parte para aborrecer, em parte para me distrair. Depois que algumas ameaças severas não tinham adiantado, você me tirou da cama, me levou para a pawlatsche7 e me deixou ali sozinho, por um momento, de camisola de dormir, diante da porta fechada. Não quero dizer que isso não estava certo, talvez então não fosse realmente possível conseguir o sossego noturno de outra maneira; mas quero caracterizar com isso seus recursos educativos e os efeitos que eles tiveram sobre mim. Sem dúvida, a partir daquele momento eu me tornei obediente, mas fiquei internamente lesado."


"Também eu com certeza muitas vezes o magoei com palavras, mas depois sempre o reconheci, isso me doía mas eu não podia me dominar, refrear a palavra, já me arrependia enquanto a pronunciava. Mas você desfechava sem mais as suas, não se condoía de ninguém, nem durante nem depois, contra você estava-se completamente sem defesa."


"É fato também que você nunca me bateu de verdade. Mas os gritos, o enrubescimento do seu rosto, o gesto de tirar a cinta e deixá-la pronta no espaldar da cadeira para mim eram quase piores."
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Lê ;) 13/02/2024

?De todos os lados eu desembocava na sua culpa.?
Acho que nunca senti tanta diversidade de sentimentos lendo apenas um livro. É uma carta muito (muito mesmo) íntima e profunda, e extremamente identificável.
De alguma forma, entender alguém no seu mais profundo, e consequentemente se entender no seu mais profundo foi muito bom pra mim.
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_izz.1d 10/02/2024

"tudo que não é literatura me aborrece"
Esse livro é tudo que falam e bem mais, nem consigo adicionar nada sobre ele direito
é muito interessante a visão que Kafka tinha de si mesmo, e como o relacionamento com o pai afetou diretamente nisso. a repulsa e admiração

"ao invés disso sempre me escondi de você, no meu quarto, com os meus livros, com amigos malucos, com ideias extravagantes"
esse livro é genuinamente incrível
mirai0 11/02/2024minha estante
Quero muito ler esse




Maricotacotacota 10/02/2024

Primeiro lido do ano e segundo deste autor
O que dizer quando o livro já começa assim: ?Você me perguntou recentemente por que eu afirmo ter medo de você. Como de costume, não soube responder, em parte justamente por causa do medo que tenho de você, em parte porque na motivação desse medo intervém tantos pormenores, que mal poderia reuni-los numa fala.? E com apenas esse trecho o Kafka já me cativou mais uma vez.
Assim como em ?A Metamorfose?, Franz trouxe a melancolia, angústia, solidão, medo e um teor existencial (como sempre) a obra, voltados em específico, para a sua relação com o seu pai, ora assim como o nome da própria obra sugere ? ?Carta ao Pai?. Nessa perspectiva, o autor vai se ver imerso nesses sentimentos do personagem-autor e mergulhar com mais afinco em algumas partes, mas em outras nem tanto (o motivo para os meus 3,5). Do mais, um livro SUPER curtinho, mas muito denso e intenso.

?Você assumia para mim o que há de enigmático em todos os tiranos, cujo direito está fundado, não no pensamento, mas na própria pessoa. Pelo menos assim me parecia.?
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myhtuck 10/02/2024

Carta ao pai
Real, pesado, triste e profundo.
Leva a muitas reflexões sobre as relações familiares, sobretudo quando se tratam de relações imperativas, ?tiranas? e desprovidas de afeto.

?Você se equivoca por completo se acredita que, por amor e fidelidade, eu faço tudo pelos outros, e por frieza e traição, não faço nada por você e pela família.?

Nota: 3/5
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Letícia 07/02/2024

Incrível. Sem mais.
Esse foi o meu primeiro contato com o Kafka, me interessei de conhecer ele de uns meses pra cá, e ao finalizar essa leitura eu consegui entender a fama dele como escritor. Que homem artístico, cheio de poesia dentro de si, consegue transmitir e explodir os seus sentimentos do papel e caneta pra fora, pra dentro do peito do leitor, foi assim que eu me senti lendo esse livro.

É uma carta igual a todos dizem aqui nas resenhas: muito íntima e profunda, parece que estamos dentro de flashbacks de memórias do Kafka, da infância até a vida adulta. Que foi extremamente ríspida, cheia de atitudes passivas agressivas. Uma criança ferida, e um adulto transtornado. Literalmente o "daddy issues".

A umas semanas atrás tinham algumas pessoas comentando no twitter o fato dele nunca ter casado, alegando que ele era um homem machista e etc, quando na verdade o problema dele era muito mais enraizado do que isso, se tratava do fato de o seu pai ter entrado tanto dentro de suas entranhas que ele tinha se tornado incapaz de conseguir construir uma vida com alguém, com o mesmo medo e sentimento de culpa que ele carregava, pois acreditava que iria repetir os erros do seu pai, e isso reflete na frase mais famosa desse livro, a que ele diz que só se pode criar uma criança como se foi criado.

Por conta disso, se tornou uma crença limitante, e acredito que se tornou até uma forma dele privar uma criança e uma mulher da sua miséria emocional. Kafka possuía muitas tempestades dentro de si, e a forma que ele arranjou pra extrapolar isso pra fora de si foi a literatura. Até comentei uns dias atrás que a maioria dos nossos gênios literários eram pessoas extremamente perturbadas, que conseguiram revolucionar seus séculos com sua escrita, conseguiram fazer épocas conservadoras e desumanas descobrirem sobre os sentimentos dentro de um ser humano. Uma obra de arte. Vai se tornar um dos meus escritores favoritos, com certeza.
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Laureana 07/02/2024

Me surpreendi positivamente
Comecei o livro achando que leria algo sofre família, o que realmente foi, mas sob uma profundidade que eu não esperava. Nunca tinha lido nada de Kafka e me simpatizei tanto com ele e como ele soube falar sobre as cicatrizes de nossas relações familiares. Me fez pensar sobre minha própria vida.
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Kety! 06/02/2024

Simplesmente kafka.
Nada a dizer pq não tenho palavras pra expressar o quão doloroso é a leitura de carta ao pai, dói e simplesmente toca em qualquer ferida. leiam!!
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m4yarabrito 06/02/2024

"Ou muito me engano, ou tu ainda parasitas em mim com esta carta?.

Kafka abre seu lado mais íntimo nessa carta para falar sobre toda a sua relação com seu pai, e como ele foi afetado por ela em todos os aspectos da sua vida.
É complexo e de certa forma interessante ver a maneira como Franz relata sobre a sua infância, sua escolha de carreira, sua inquietude para se casar. Na verdade não eram nada mais que um escapismo e uma ânsia por liberdade das garras do seu genitor. Ele vê a si mesmo como um figura incapaz de conseguir fazer qualquer coisa sem a influência do pai, e me identificar com algumas passagens torna as coisas ainda mais tristes e complicadas.
Esse primeiro contato com a escrita do Kafka foi algo que eu já esperava gostar bastante, mas a leitura correu de forma tão fluida que eu pude contemplar a riqueza dos detalhes da sua escrita do começo ao fim. Agora tô ansiosa pra ler "A Metamorfose" e espero gostar tanto quanto gostei desse.
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Julia.Presner 06/02/2024

Kafka é sempre surpreendente
O livro é muito bom, uma carta real que Kafka faz ao seu pai (o qual nunca chegou a ler, pois negou o recebimento dela assim como negou o mínimo da compreensão e do afeto aos seus filhos).
A carta retrata de forma mais que sincera todos os motivos responsáveis pelo desenvolvimento do psicológico de Franz Kafka, foi como foi por consequência da falta de amor e senso de humanidade de seu pai autoritário e insensível. O conservadorismo falha em todos os aspectos, e isso causa um dano insuportável ao formar o caráter de uma pessoa, seja ela quem for.

A leitura é pesada, dá pra fazer uns 50 artigos psicológicos sobre traumas paternos. Mas não podemos deixar de problematizar a mãe de Kafka também, até porquê, quem assiste a uma situação como aquela sobre seus próprios filhos e se submete por seja lá qual motivo, se torna cúmplice. A mãe de Kafka me pareceu pacificamente fria e covarde, achando que o mínimo que fazia e o mínimo do amor que demonstrava, era o suficiente para suprir a falta de empatia do marido.

Infelizmente é uma realidade ainda atual de muitas famílias em todo canto do mundo, o que nos faz refletir sobre a responsabilidade imensa que temos sobre o próximo, e mais ainda sobre aquelas mais próximos ainda. O tratamento com os outros vai além do simples respeito. Há muito para entendermos sobre a importância de acolher a sensibilidade das pessoas, mesmo que seja de um desconhecido.
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