As vinhas da ira

As vinhas da ira John Steinbeck




Resenhas - As Vinhas da Ira


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Cyntia Bender 03/05/2020

Uma leitura super atual
Eu não sabia o que esperar dessa leitura, sabia que era um clássico e foi até ai meu conhecimento sobre o livro. Quando vi que eram 600 páginas de leitura clássica, pensei que não ia dar conta dentro do cronograma de leitura do clube que participo, mas a leitura é até bem fluída e o envolvimento com os personagens principais acaba levando a gente a correr atrás do que vem em seguida. Todo o livro é uma grande crítica ao que aconteceu com as famílias de pequenas terras que foram expulsas por grandes organizações que vinham modernizar as plantações nos EUA, causando um grande êxodo dessas famílias para terras como a Califórnia em busca do "sonho americano" de melhores condições de vida. Me senti impotente e inútil o livro inteiro, pois no fim é uma crítica que ainda pode ser aplicada hoje em dia, quantas famílias mundo a fora não são a família Joad, grupo central da história. É uma leitura de grande reflexão, e muitas vezes difícil de acompanhar, mas com certeza vale o esforço.
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Maura Regina 05/05/2020

Soco no estômago
Me pergunto agora mesmo: “por que, em todos esses anos, nunca ouvi falar dessa obra-prima?”.
Steinbeck consegue transmitir de forma primorosa o sofrimento passado por essas famílias. A narrativa te prende do início ao fim. Queria poder registrar a minha cara reagindo aos dramas vividos pelos Joad. Seguro seria uma cara de incomodo e tristeza. A gente se vê impotente em meio a tanta injustiça. É difícil acreditar que isso é o retrato da realidade. Dói mais ainda saber que injustiças como essas permanecem acontecendo.
A sra Joad representa muitas mães e pais que lutam com unhas e dentes para defender a família e os que estão ao seu redor.
Ao mesmo tempo que o livro nos traz muitas reflexões com relação ao modelo sócio-econômico e desmistifica o conceito meritocrático por muitos defendidos, o livro nos faz ter esperança na humanidade e na importância da união entre aqueles que vivem em sociedade e lutam por igualdade.
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Beto | @beto_anderson 11/05/2020

Dilacerante
Confesso que algumas partes do livro são meio enfadonhas, especialmente os capítulos entre os que narram a vida dos Joad. Alguns personagens bem chatos, como Al e Rosachar. E é muito sofrimento. Apesar da cena final ser maravilhosa, não ter um desfecho mais redondo, o que é bem justificável, me deixou meio decepcionado. Tom e a mãe já estão entre os meus personagens favoritos da vida. É um livro que me fez refletir sobre como nós não sabemos dar valor ao que nós temos, e sobre a difícil vida de quem não tem um lar, ainda nos dias de hoje. Recomendo a leitura.

site: https://www.instagram.com/beto_anderson/
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Natalia.Martineli 12/05/2020

Essa com certeza foi uma das melhores leituras que realizei ao longo desse ano, sem mais.
Em As vinhas da ira somos transportados para o Oeste dos Estados Unidos na década de 1930, em que a Grande Depressão assolava os estados norte americanos e o cenário da fome e da miséria era algo constante de se ver ao longo desta época. Além disso, a mecanização do espaço agrícola também toma o espaço dos trabalhadores rurais, e a constante procura por emprego faz parte da rotina diária destes trabalhadores.
A história se inicia com Tom Joad voltando para sua casa e encontra toda a sua família indo embora, mais especificamente, foram expulsos de suas terras, já que todo o maquinário moderno tomou conta e naquele local não há mais trabalho para eles. Desse modo, toda a família, movida pela esperança, parte rumo a Califórnia, já que inúmeros panfletos fazem a propaganda de que há trabalho naquele local. Desse modo, a família junta todas as suas economias e parte rumo a essa longa viagem.
Ao longo do caminho eles descobrem que não são os únicos que se dirigiram ao local e que, talvez, não haja um trabalho digno naquele local. A história, basicamente, irá nos mostrar todo o caminho percorrido pela família e acredito que a mensagem mais importante é a esperança que os move a não desistir e de sempre tentar encontrar alguma solução diante de tantas adversidades.
A mãe de Tom foi uma personagem que me chamou muito a atenção e que me marcou, pois dentre todas as personagens ela é a que possui esperança e persistência diante de toda a situação.
Por fim, apesar da obra se passar em um contexto de tristeza, em que tais pessoas sofreram muito, John Steinbeck narra com maestria os adventos da época, o que torna a leitura muito envolvente, que nos traz uma grande reflexão acerca da realidade da época em um relato doloroso, mas que vale muito a pena.
Fica aqui a minha indicação!!
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Mari Castelo Branco 15/05/2020

5º - um clássico da literatura estrangeira / ficção. Virou filme. Primeiro gostaria de dizer que todos merecem ler esse livro. Ele é um livro desafiador porque é bem grande e muito denso, sobretudo no começo. Os excessos de detalhes podem nos deixar um pouco cansados. Mas não se iludam! Os detalhes têm propósitos extremamente pensados e estrategicamente articulados para que o leitor consiga imaginar cada cenário, passos, e sentimentos dos personagens! Cada mínimo detalhe revela um motivo. Sim, os personagens são incríveis, bem construídos, odiosos e amorosos, tudo ao mesmo tempo. O livro se passa na 3ª pessoa. O autor do livro - um cara GENIAL, só pode - estruturou o livro de forma que um capítulo narra o contexto histórico / ambiental do enredo, e no outro capítulo conta a história concreta da família principal, os ?JOAD?. O livro se passa na época da depressão dos EUA (não diz ao certo, mas creio que seja lá pela década de 1930, por aí), e, traz temáticas rurais, como: propriedades engolidas pela ?mecanização? do desenvolvimento, condições climáticas desfavoráveis, bem como o papel dos bancos (os GRANDES proprietários). Então, como consequência, a temática gira em torno do Êxodo de milhares de famílias em busca de potenciais trabalhos em outras áreas (como na Califórnia). E é neste ínterim, nessa passagem, que o autor te prende! O que essa família, em especial, precisa passar para driblar fome, sede, desconfortos, perdas, injustiças, NÃO É BRINCADEIRA! O que fica é o essencial e a coragem para sobreviver. Então, se quiserem alimentar o humano que existem em vocês, leiam esta obra. Não desistam. Vão até o final. E pensem: essa história não está tão longe do que nossa sociedade vive. É uma miséria atrás da outra, e, ensinamentos profundos. Que encontro. Foi um especial encontro. Um grande crescimento! ??
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Fran 25/05/2020

Que livro grandioso! Que história incrível! Sem palavras para expressar o quanto essa história mexeu comigo. Sem contar os personagens, tão bem construídos e inesquecíveis! A minha personagem preferida foi a mãe, grande mulher.
O sofrimento, a dor, a força, a persistência. Já entrou para a minha lista de livros preferidos da vida.
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Larissa.Airoldi 25/05/2020

Fome e Ira
As Vinhas da Ira não é um livro fácil, embora seja uma leitura extremamente necessária e humana.

Ao contar a história da família Joad, Steinbeck narra a vida de milhares de pessoas que tiveram suas terras dominadas por bancos após a grande crise de 1929. Em sua forma de retratar a odisseia dos Joad, o autor coloca em palavras poéticas a dor, a fome, o sofrimento e a luta de um povo sem chão.

Não é uma narrativa que me prendeu desde o início, por vezes Steinbeck testa nossa paciência com detalhes de mais, alguns que não parecem necessários, e isso faz com que seja cansativo até certo ponto. Ao chegar aos 30%, aproximadamente, é que a batalha dos Joad começa e podemos então acompanhar a trajetória de uma família que está buscando uma nova vida com nada mais do que um caminhão, poucos pertences e esperança. Muita esperança.

Depois do embalo da viagem, já estamos totalmente apegados a eles e torcemos para que tenham uma vida digna, afinal. Que eles possam viver como seres humanos, que tenham o básico necessário pra viver. Mas é aí que as Vinhas da Ira surgem.

"Há um crime nisso tudo, um crime que está além da compreensão humana. Há uma tristeza nisso, a qual o pranto não pode simbolizar. Há um fracasso nisso, o qual opõem barreiras ante todos os nossos sucessos: à terra fértil, às terras retas de árvores, aos troncos vigorosos e às frutas maduras. E crianças, sofrendo de pelagra, têm que morrer, porque a laranja não deve deixar de dar o seu lucro. E médicos-legistas devem declarar nas certidões de óbitos: "Morte por Inanição", porque a comida deve apodrecer, deve ser forçadas a apodrecer."

E o final? Não achei um final digno para o tamanho da história. Achei um final aberto de mais, apesar de ser profundamente humano e sensível. De toda a forma, obrigada por essa história, Steinbeck! Grande aprendizado.
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KesiaSeles 28/05/2020

Duro e realista
As Vinhas da Ira é livro totalmente fora da minha zona de conforto e admito que a leitura só engrenou depois da metade do livro, ele é ao mesmo tempo poético e cru, mostrando o sofrimento como ele é, e sem nenhum romantismo. Me lembrou muito Vidas Secas, que na minha opinião é melhor. A escrita do autor é muito boa, mas confesso que me decepcionei com o final, pois ouvi muitas pessoas dizendo que era surpreendente, então meu conselho é ler sem expectativas e sem saber nada a respeito da obra.
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Leticia 31/05/2020

O sofrimento de uma época
O Romance de Steinbeck, As Vinhas da Ira, agraciado com o prêmio Pulitzer. Uma obra acusada de ser um "livros vermelho" , comunista. Foi censurado em diversos países e queimado em praça pública. A obra retrata o período da Grande Depressão americana, acompanhamos uma família de agricultores de Oklahoma, os Joad, em uma grande "Road Trip".

Os Joad eram uma simples família que vivia da terra. A partir da Crise de 1929, combinada com uma extensa seca, tempestades de areias e consequentemente plantações arrasadas, os agricultores não conseguiram pagar suas dívidas com o banco, e o banco tomaram-lhe as terras. Assim, os Joad e várias outras famílias partem em busca de uma vida melhor na Califórnia, como boias-frias. Contudo, o que encontram são terríveis condições de trabalho, exploração, miséria, doenças e fome. Se defrontam com latifundiários preocupados somente em maximizar o lucro em cima da miséria de vários, um estado omisso com os seus.

Um ponto interessante na obra é a construção de personagens, que são extremamente humanos, falam de suas dores, dificuldades e alegrias. Personagens que mesmo em meio a grande injustiças, conseguem ser resilientes, e encontrar na família e na amizade pontos de ancoragem. O livro mesmo sendo denso, com suas mais de 800 páginas, é muito fluido. Com certeza uma das melhores leituras da minha vida.
"Nós viveremos para sempre, pai, viveremos porque somos o povo".
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Inês 20/06/2020

Vinhas da Ira
É um livro absolutamente fantástico. Dá todo um contexto sobre a vida das pessoas do meio rural nos Estados Unidos, após o Crash da Bolsa e do Dust Bowl. Por norma, falamos dos grandes indústrias sempre que este tema é abordado em História, é interessante ver a perspetiva das outras "classes".

Inicialmente demorei-me para começar a leitura, a escrita de Steinbeck pode ser muito detalhada. Os primeiros capítulos foram complicados, mas assim que comecei a entrar no ritmo da História fiquei "imparável".


A obra é tão bela, mas por um lado imensamente revoltante e intrigante. Há medida que os Joad (a família do livro) eram cada vez mais humilhados e explorados eu sentia uma indignação interna inexplicável.


Repleto de frases belas. Deixo aqui algumas:

?Nos olhos dos homens reflete-se o malogro. Nos olhos dos esfaimados cresce a ira. Na alma do povo, as vinhas da ira crescem e espraiam-se pesadamente, pesadamente amadurecendo para a vindima.? - Capítulo XXV

?Para a mulher tudo corre sem parar, como um rio cheio de remoinhos e de cascatas, mas correndo sem parar. É assim que a mulher encara vida. Não morremos, continuamos? mudamos, talvez, um pouco, mas continuamos sempre firmes.? - Capítulo XXVIII

No capítulo XIX, são escritas duas frases notáveis ?E também o facto gritante, que ecoa por toda a História: a repressão só conduz ao fortalecimento e união de todos os oprimidos. Os poderosos proprietários ignoram os três gritos da História?.
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Cla 20/08/2020

As vinhas da Ira
Esse livro é simplesmente incrível. Acredito ser impossível terminar a leitura do mesmo modo que começou, recomendo para todas as pessoas, simplesmente necessário.
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Camila Borges 21/08/2020

Intenso
Nunca li descrições tão vívidas e tão chocantes. É quase possível sentir a fome, a agonia, o desamparo, a vontade de uma família de encontrar um lugar sob o sol, uma terra que possa chamar de sua novamente. Ao mesmo tempo que Steinbeck está focando em contar a história dos Joad, a partir dela ficamos sabendo sobre a realidade de muitas outras famílias. Muitos hectares de terra nas mãos de poucos, que oferecem um salário ínfimo, que os trabalhadores tinham que aceitar porque não podiam deixar a família passar fome. Me emocionei muito com essa história, com cada um dos personagens, é uma jornada mas vale muito a pena!!!
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Carolina.Oliveira 27/08/2020

Soco no estômago!
O livro conta a história de uma família de meeiros que são expulsos de suas terras em Oklahoma e viajam para a Califórnia em busca do sonho americano. E a história se desnrola em persistência e decepções e mostra o quanto é possível ser solidário mesmo diante da miséria.

As cenas e personagens são muito bem descritos. E me chamou atenção a figura da mãe como pilar para não deixar aquela família desistir.

O autor intercala capítulos em que narra a história da família com capítulos menores e poéticos que trata do contexto geral, os quais são muito tocantes.

O final do livro causa uma estranheza inicial, mas quando você digere percebe que não poderia ter um final melhor.

Esse livro mudou meu olhar sobre o mundo, tendo em vista que tudo que acontece nele continua acontecendo o tempo todo. Livro incrível!
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Heidi Gisele Borges 07/09/2020

E fim... Terminei "As vinhas da ira" (The Grapes of Wrath, 1939), de John Steinbeck (1902-1968). Que livro intenso! Que personagens reais! Não à toa ganhou o Pulitzer.

Há algum tempo um livro não me fazia pensar na história sempre que precisava parar, não me fazia ter vontade de voltar a ele a todo momento.

Acompanhar a família Joad me fez sentir medo do futuro. Não tem histórias felizes, são histórias fortes e carregadas de verdade de uma família que viaja em um caminhão carregado com pessoas e coisas úteis, como panelas, colchões e cobertores.

Em cada um o sonho de uma vida melhor. Mas a vida sempre prega peças das mais trágicas. E a família vai se desmantelando enquanto luta pela sobrevivência sem nunca desistir.

Leia esse clássico essencial!
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