O Cavaleiro inexistente

O Cavaleiro inexistente Italo Calvino




Resenhas - O Cavaleiro Inexistente


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Leila de Carvalho e Gonçalves 18/07/2018

A Armadura Oca
Entre os oficiais de Carlos Magno, havia um diferente dos demais. Apesar de sua correção no cumprimento das funções militares, o que atraia a antipatia dos companheiros, sua armadura aparentemente não abrigava ninguém, era oca...

Na verdade, seu proprietário era uma criatura sobrenatural, o Cavaleiro de Selimpia Citeriores e Fez ou Agilulfo para os íntimos, protagonista de uma original história de cavalaria às avessas que encerra a trilogia "Nossos Antepassados" de Italo Calvino, da qual também fazem parte "O Visconde Partido ao Meio" e "O Barão nas Árvores".

Quem narra suas aventuras é uma penitente, Irmã Teodora, reclusa num convento. Apesar de inexperiente em assuntos bélicos, sua história surpreende ao exibir um sarcástico e fantasioso retrato dos cristãos em batalha contra os infiéis, inclusive, com um rei que mais se assemelha a um Zé Ninguém.

Entre os soldados, destaca-se Gurdulu, o escudeiro abobalhado de Agilulfo, que ao contrário do patrão, existe sem a menor consciência do fato. Aliás, ambos se completam, corpo e mente, formando a dupla ideal, perseguida sem sossego por Bradamante, uma destemida guerreira, que em busca do amante perfeito acaba apaixonada por um cavaleiro que não existe...

Contudo, nessa trama rocambolesca existem outras personagens curiosas cujos conflitos permitem diferentes discussões. A mais simbólica é a defesa da honra, abordada num momento difícil da vida do escritor, um conhecido militante comunista que acabara de deixar o partido por conta de suas divergências com o violento governo stalinista.

Muitos críticos também apontam "O Cavaleiro Inexistente" como severa critica ao nosso dia a dia. Ele representa o "vazio" da sociedade que, seduzida pelas aparências, coloca de lado seus valores essenciais. Há ainda quem considere, uma denúncia a robotização, isto é, a perda da individualidade pessoal.

Sem dúvida, uma leitura inteligente e divertida. Com pouco mais de cem páginas, também é uma boa recomendação para quem pretende conhecer o autor.
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Gisele 09/01/2018

Meu primeiro contato com algo do Italo Calvino foi uma surpresa agradável e divertida. A narração da história vem em forma de penitência a ser cumprida por uma freira, e gira em torno de Agilulfo, um cavaleiro metódico, burocrático, péssimo em entender ironias e brincadeiras, e que não existe.
Com um cavaleiro inexistente na história, pode-se esperar tudo de mais absurdo. E é exatamente o que acontece conforme a história vai se desenvolvendo, então temos batalhas, naufrágios, romances, tudo narrado com um humor que gira em volta do ilógico, o que me fez lembrar bastante de Monty Python.
A leitura é bem fácil e rápida, e os personagens que vão surgindo ao longo da narrativa são muito interessantes. Tudo para fechar com um final que eu não esperava de jeito nenhum, foi bem surpreendente.
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Frankcimarks 03/08/2017

Existir é errar
Não existem pessoas perfeitas!
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Denny Messoliver 25/11/2016

Cavaleiros, Amores e Noviças
Eu confesso que não estava esperando muito desse livro, mas me surpreendi com história e com o humor que existe nela.
O livro é narrado por uma Freira, que vive confinada em um convento, cuja penitência é escrever o livro. Com muito humor ela conta as aventuras do Cavaleiro Inexistente, por nome Agilulfo Emo Bertrandino dos Guildiverni e dos Altri de Corbentraz e Sura, Cavaleiro de Selimpia Citeriore e Fez.
Agilulfo é metódico, burocrático e desperta a irritabilidades dos demais colegas de cavalaria, ele ingressa como paladino da França sob o comando do imperador Carlos Magno, porém tem uma peculiaridade, ele não existe. Dentro de sua armadura branca, tão alva como a neve, não há nada, apenas uma voz metálica que quer servir com fé e vontade a causa da Cristandade.
No acampamento da cavalaria ele conhece Rambaldo, um jovem destemido que deseja vingar a morte de seu pai, e que acaba se apaixonando por um companheiro cavalariço, que se revela do sexo feminino.
Agilulfo alcançou sua posição de cavaleiro, por ter defendido a virgindade de uma donzela, porém ao ver sua honra ser colocada em dúvida, ele parte em busca de "uma virgindade perdida quinze anos atrás", e é justamente essa sua partida que dá margem a uma série de acontecimentos engraçados.
Outros personagens surgem no decorrer da história, como Torresmundo, Sofrônia e Gurdulu.

É uma leitura fácil e rápida, com boas doses de humor.
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Marina 09/09/2016

Melhor livro do ano!
Muito filosófico e com uma narrativa muito intrigante, irreverente, diferente e divertida.
Faz a gente pensar sobre as coisas que mesmo que não existem, existem mesmo assim. hahaha. Pois é!
Simplesmente muito bom!
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Carolina 30/08/2016

O clássico também pode ser divertido
Indicado por uma professora de literatura, o Cavaleiro Inexistente é leve, engraçado e te transporta para um cenário rústico. Perfeito para quebrar o tabu de que literatura clássica é chata e enfadonha.
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Paulo Silas 21/06/2016

Um romance de cavalaria peculiar que narra a existência de algo que inexiste. Isso pelo fato de que o protagonista, Agilulfo, trata-se de um cavaleiro que não existe. Revestido por algo que é visível tão somente por se tratar de uma externalidade, a saber, sua reluzente e notável armadura branca, Agilulfo não é observável em decorrência de sua curiosa condição. Por não existir, não pode ser visto. Sua presença somente é sentida por estar sempre com a armadura, além de também falar e ser ouvido. Num plano corpóreo, portanto, não há Agilulfo.

A história é narrada pela irmã Teodora, a qual vive reclusa num convento e às duras custas descreve algumas das sofríveis façanhas de Agilulfo. Honrarias, vingança, batalhas, amores e tudo mais o que uma história de cavalaria tem direito se faz presente na história do cavaleiro que não existe.
Em que pese o livro conte com uma "introdução longa" até que se chegue no ponto central da história, fato este reconhecido e lamentado pela narradora, o cerne da história se dá na demonstração das peculiaridades do protagonista e a busca deste pela honradez de seu nome. Tal jornada se dá em decorrência de Agilulfo ter a própria palavra questionada, pondo em dúvida um feito notório antigo que auxiliou na propagação de seu nome. É quando então o cavaleiro inexistente parte rumo à comprovação de uma virgindade que assim se manteve, com o fito de corroborar sua história e manter o seu bom nome.
Agilulfo é um cavaleiro peculiar, mas que é referência para todos os que se aventuram nas batalhas do exército de Carlos Magno. Agilulfo não dorme, luta de forma maestral e executa todas as atribuições de um cavaleiro de maneira digna e precisa.

O leitor poderá contar com diversas peripécias ocorridas no decorrer da história. Mesmo sendo um livro curto, os acontecimentos são diversos: batalhas travadas, um aspirante à cavaleiro que roga por uma chance no exército para poder vingar seu pai, um cavaleiro que se descobre ser uma mulher, viagens marítimas com seus percalços, um vilarejo que supostamente é protegido por uma Ordem e acaba descobrindo um lado mais obscuro da própria história e muito mais, além de um final feito para surpreender.
Vale a leitura!
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Our Brave New Blog 06/05/2016

RESENHA O CAVALEIRO INEXISTENTE - OUR BRAVE NEW BLOG
Acho incrível que a literatura italiana seja extremamente ignorada por aqui, geralmente os blogs ficam em Umberto Eco (que descanse em paz), e se foram cara de pau o suficiente, A Divina Comédia (nem dá para falar que é Dante porque... ele não escreveu mais nada que a gente conheça né?). Aí os excluídos acabam caindo nesse canto obscuro da internet e sobra para eu ter que falar do sensacional Italo Calvino e O Cavaleiro Inexistente.

Italo parecia ser um cara muito legal para se andar no recreio, quase um Borges não fascista, entendia demais de livros, adorava a literatura fantástica, escreveu uma quantidade gigante de livros, fez umas coisas com a forma de escrever sensacionais, que nem Joyce conseguiu cobrir naquele livrão dele. Organizou coletâneas de contos, escreveu um monte de coisa sobre a literatura, e coisas sensacionais como esse livrinho. Melhor pessoa, apenas.

Vamos ao que trata O Cavaleiro Inexistente: Agilulfo Emo Bertrandino dos Guildiverni e dos Altri de Corbentraz e Sura é um dos grandes paladinos que luta ao lado de Carlos Magno, e se distingue dos outros companheiros por vários motivos, seja por sua armadura reluzente e livre de arranhões, total cuidado com as questões da caravana e, claro, o fato de não ter nada dentro da armadura. Neste relato de uma freira que se põe a escrever como trabalho para o convento é narrado as aventuras do cavaleiro inexistente e seus parceiros de guerra.

Calvino dá uma de irmãos Wayans e zoa todo tipo de livro de cavalaria que você já leu por aí, a começar por Agilulfo: para um cavaleiro branco ser tão perfeito como ele, que cumpre todas as suas obrigações certinho, se mantém glorioso e sem um arranhão sequer, só pode... Não existir! E o italiano não poupa nenhum aspecto, mesmo sendo apenas uma novelinha...

CONTINUE LENDO NO SITE http://ourbravenewblog.weebly.com/home/o-cavaleiro-inexistente-por-italo-calvino

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isa.dantas 10/03/2016

Conto prazeroso
A curta história de O Cavaleiro Inexistente é uma leitura agradável e divertida. É muito fácil se entreter entre suas páginas. Uma bela história por Italo Calvino.
Matheus.Dias 04/04/2016minha estante
Estou a procura da referencia bibliografica porem ainda n encontrei. poderia me passar ?




Franklin30 26/11/2015

Todo o inexistente pode existir
Achei o início do livro um pouco tedioso e quase desisti de lê-lo, mas do meio pra frente ele vai se tornando mais interessante e fecha (ou não) a história de forma excelente.

Valeu a pena a persistência!
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Tathiana.Siqueira 10/11/2015

Leitura suave e interessante
Agilulfo é, sem dúvida, o paladino mais dedicado de todo o exército francês. Reconhecido pelo rei, Carlos Magno, e por toda a França, é apaixonado por sua ocupação. Mas, será essa paixão capaz de movê-lo? Pois essa é a história que O Cavaleiro Inexistente conta, porque Agilulfo é apenas uma armadura vazia movida pela força de vontade. O clímax da história está em Agilulfo sair em busca de Sofrônia, dama que ele acreditava ter salvo de perder sua virtude. Mas uma revelação chocante de Raimundo afirmando ser ela sua mãe pode colocar o cargo de Agilulfo em risco. Juntamente com uma ciranda de amor, incluindo Bradamante estar apaixonada por Agilulfo, e Rambaldo por Bradamante, Agilulfo sai em busca de Sofrônia para tirar essa dúvida.
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Jessé 09/09/2015

Fantástico!
Leitura agradável, enrendo muito atraente.
Uma estória divertida, engraçada, sútil e com um alto teor crítico.
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Calu 26/11/2014

Sátira!
Brilhante, como toda a obra de Italo Calvino.

Publiquei uma resenha no meu blog:

site: http://livrosparalernesteverao.blogspot.com.br/2014/09/resenha-o-cavaleiro-inexistente-italo.html
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Matheus Lopes 11/02/2014

Incrível.
Esta foi a terceira vez que o li. A primeira foi há 7 ou 8 anos, a segunda há 5 e, a cada nova leitura, tenho uma visão completamente diferente de tudo que vi.
Apesar de só ter lido este livro de Italo Calvino, sua escrita me encanta. O modo como um contemporâneo nosso consegue resgatar tão bem a composição de cavalaria, modos de se expressar, acontecimentos e detalhes de guerra é, certamente, assustador.
Em primeiro lugar, a comicidade através da qual críticas ao sentido das guerras santas, títulos, nomes e batalhas são compostas é digna de um prêmio por si só. Ao longo de todo o livro diversos temas recorrentes, principalmente ao longo da história da Filosofia, são analisados de forma majestosa.
A apresentação do amor; a idealização do ser perfeito em algo inexistente; a inexistência de reflexão nos viventes; o poder que um povo tem para se libertar da forma de governo que o sujeita (caso dos camponeses de Curvaldia) e a falta de organização como limitador de possíveis rebeldias.
Tudo é apresentado através de contos divertidos e exemplificadores do grande escritor que foi Italo Calvino. Aguardo ansiosamente o acesso a outros livros dele!
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Israel145 18/10/2013

O cavaleiro Inexistente trata da história de Agilulfo Emo Bertandrino dos Guidiverni e dos Altri de Corbentraz e Sura, um cavaleiro que ocupa uma armadura vazia e que pelo próprio título faz-se perceber que não existe. Apesar da curiosidade inicial devido a estranheza, o livro cansa muito rápido.
Calvino domina a arte de conceber histórias, principalmente nos “moldes antigos” que desperta a imaginação e “marca” o leitor. Porém, esse formato só combina com histórias passadas em épocas distantes e que atualmente a meu ver não despertam interesse do grande público leitor e sim de um pequeno nicho.
Recheada de um humor e reviravoltas malucas, a saga do cavaleiro se arrasta paralelamente à história de um outro cavaleiro, Torrismundo, que tem que provar que é filho dos da ordem dos cavaleiros do Santo Graal. Enfim, uma história cansativa num formato obsoleto para um público cada vez menor.
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