A Casa das Lembranças Perdidas

A Casa das Lembranças Perdidas Kate Morton




Resenhas - A Casa das Lembranças Perdidas


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jbueno2023 27/01/2022

A casa das lembranças perdidas
É um bom livro, porém, achei que a autora enrolou muito, e ficou devendo sobre parte da vida da Grace.
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Larissa 16/06/2022

No início não gostei muito do livro, porém foi se desenvolvendo e o final foi bem surpreendente. História de como na velhice nossa mente vaga.
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Gabriela.Jeronymo 11/04/2022

Gostei muito do livro, esses flashbacks de passado e presente é muito bom.
No começo o livro foi um pouquinho arrastado, mas segui firme, não me arrependi.
Mas fico me perguntando como seria se Grace realmente tivesse entendido a carta de Hannah.
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Diane Ramos 19/11/2021

A CASA DAS LEMBRANÇAS PERDIDAS
Desde que a Arqueiro anunciou que relançaria A Casa das Lembranças Perdidas fiquei animadíssima e muito ansiosa para realizar a leitura, pois a autora Kate Morton é a minha autora favorita e nunca me canso de admirar e panfletar suas obras... pode parecer tietagem e exagero de fã, mas, se você tem um autor favorito, certamente entende do que estou falando! A Casa das Lembranças Perdidas já tinha sido lançado aqui no Brasil por outra editora, mas estava indisponível há anos e, pra nossa felicidade, a Arqueiro o relançou e ainda trouxe um prefácio escrito pela própria autora, como um presente aos fãs. Iniciei a leitura muito animada, da mesma forma que uma criança aguarda por um doce!



O livro traz a história de Grace Bradley, uma jovem que foi trabalhar na Mansão Riverton como criada quando era apenas uma menina, antes da Primeira Guerra Mundial. Durante anos, sua vida esteve ligada à família Hartford, mais particularmente às filhas, Hannah e Emmeline. Sempre vivendo nas sombras, Grace foi crescendo e acompanhando os mais diversos segredos dessa família tão imponente.


No verão de 1924, em uma festa na casa, o belo, rebelde e misterioso poeta Robbie Hunter se mata com um tiro durante uma das festas que decretam os últimos suspiros da poderosa aristocracia inglesa. As únicas testemunhas foram as duas meninas e apenas elas – e Grace – sabem a verdade daquele fatídico dia.


Muitos anos depois, em 1999, Grace tem 98 anos e vive seus últimos dias em uma casa de repouso quando recebe a visita de uma diretora que está fazendo um filme sobre os acontecimentos daquele verão. E, com isso, vem resgatar todos os detalhes de um passado cheio de segredos que permanecem guardados na memória de Grace Bradley, única testemunha ainda viva do drama vivido por uma família e das profundas transformações vividas pela sociedade da época.


A diretora leva Grace de volta para a Mansão Riverton e desperta suas memórias e seus fantasmas. Há tempos escondidos nos recantos da mente da senhora, eles voltam a assombrá-la. Um terrível segredo ameaça vir à tona, algo que a história apagou, mas que Grace ainda lembra.



Com uma trama misteriosa e emocionante, A Casa das Lembranças Perdidas é o retrato fascinante de uma época, uma reflexão sobre a memória e a devastação da guerra. Um romance vívido de suspense e paixão, com personagens e um final que o leitor nunca vai esquecer.





A Casa das Lembranças Perdidas é narrado em primeira pessoa pela Grace, a criada da família Hartford, e, assim, acompanhamos pelo ponto de vista de uma empregada, a exuberância e a decadência de um família da aristocracia inglesa. Intercalando o passado de Grace, na época que ela era uma criada, com os dias atuais, onde ela está numa casa de repouso, a narrativa funciona com se a Grace idosa nos contasse a história dos Hartford, tudo sob o ponto de vista da “ala de serviço”. Diferente dos outros livros da autora, A Casa das Lembranças Perdidas é menos enigmático que os outros já publicados, o livro possui menos mistérios também, e, alguns deles, até consegui desvendar antes de serem revelados, o que nunca tinha conseguido antes! Porém, aquela sensação de “quero saber como foi” me fez ficar agoniada com alguns personagens durante vários momentos da leitura.



O livro possui vários personagens, cada um ocupando o seu devido espaço e contribuindo para a demonstração de grandiosidade da aristocracia inglesa. A narradora Grace, é uma velhinha encantadora, que já viu muito do mundo, e que relata através de suas lentes, uma vida inteira de segredos, de fidelidade, de amores e de suas próprias tristezas. Não vou descrever todos os personagens, pois, o mais legal é ter a surpresa de conhecer quem é quem durante a leitura, mas, posso dizer, que o personagem por quem mais afeiçoei foi Hannah, ela é uma mulher decidida, á frente de seu tempo, mas, que vive aprisionada por causa dos costumes ingleses. Ela me fez rir, me fez ter esperanças, partiu meu coração e me fez chorar muito durante a leitura... sem dúvida, uma personagem que vai ficar por muito tempo na minha memória.



A Casa das Lembranças Perdidas é um livro muito enriquecedor, onde a autora nos apresenta os hábitos dos ingleses muito ricos, suas perspectivas e realidades, perdas e ganhos durante a Primeira Guerra e a engenhosidade dos aristocratas em “parecer ser”, apesar de nada condizer com a realidade. Com uma aura sombria, Kate Morton foi extremamente competente em descrever os anos que antecederam a Grande Guerra. A divisão de classes, a nobreza e a classe inferior, a fome, e, como os empregados domésticos de alguns nobres ainda agradeciam pela “dádiva” de serem serviçais deste ou daquele nobre. Tudo isso é muito bem colocado no decorrer da trama e eu simplesmente amei! Já na segunda parte, o livro aborda os impactos da Grande Guerra, já mostra a derrocada de muitos nobres, as ruínas, a crueldade, mostra também a luta pelos direitos dos trabalhadores, pela liberdade das mulheres. Por isso, digo que o livro é sombrio, afinal, a história do mundo é sombria.



Apesar da sinopse prometer um mistério a cerca da morte do poeta Robbie Hunter, o livro não é somente sobre isso, A Casa das Lembranças Perdidas é um livro que fala sobre o passado que vem assombrar o presente, a insistência em manter debaixo de sete chaves os segredos de família, a centralidade da herança (material, psicológica e física), mulheres aprisionadas (seja física ou socialmente), a diferença entre classes e a necessidade de manter as aparências. A Casa das Lembranças Perdidas é um livro que fala sobre o tempo, como ele nos molda e como ele pode ser implacável, e, parafraseando a própria Grace, “o tempo é o senhor da perspectiva. Um senhor desapaixonado, mas extremamente eficiente.”



Enfim, essa resenha está parecendo uma aula de História, mas, os livros da Kate Morton tem muito dessa mistura de real e fictício mesmo. A Casa das Lembranças Perdidas já ocupa um lugar especial no meu coração e já anseio por novas obras da autora! Se você procura uma história viciante, que mistura crueldade e paixão, romance e suspense, tenho certeza que esse livro é pra você!!!






Curiosidade.: Apesar de ser o quarto livro publicado pela arqueiro, A Casa das Lembranças Perdidas, é o romance de estreia da Kate Morton. Esse título é o mais bem-sucedido na Inglaterra desde O código da Vinci, com direitos de tradução vendidos para dezenas de países.



site: https://coisasdediane.blogspot.com/2021/11/resenha-231-casa-das-lembrancas-perdidas.html
Patrícia 23/11/2021minha estante
Que resenha maravilhosa ?? Irei ler, com certeza.




Gisela.Luckmann 16/09/2023

Foi uma leitura interessante, eu curto livros de época, confesso que teve uma das revelações que eu não esperava. Mas foi muito bom.
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Carla 30/03/2022

Muitas lembranças e segredos
A história se passa em 1999 e tem flashbacks do passado, a partir de 1915.
Grace tem 98 anos e vive em uma casa de repouso, trabalhou como criada na mansão Riverton quando jovem, depois se tornou uma arqueóloga, tem uma filha chamada Ruth e um neto Marcus que escreve romances policiais.
Grace é procurada por Ursula que vai fazer um filme sobre acontecimentos da juventude dela, quando um conhecido poeta se suicidou em Riverton. Muito bem escrito, vai alternando entre o presente e o passado, muitos segredos e lembranças e um final inesperado. A autora escreve muito bem, não consegui desgrudar do livro. Gostei muito.
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Luanna.Maba 15/02/2022

Me surpreendeu.
Confesso que comecei esta leitura não muito empenhada, achei que não iria gostar, mas foi uns dos melhores livros que já li.
Na sinopse do livro é falado sobre segredos, estes demoram a ser desenrolados nos fazendo sentir próximos a cada personagem. Os detalhes do dia a dia de cada um deles se torna muito interessante e sentimos cada coisa passada nas páginas.
Terminei o livro feliz por essa obra tão boa, mas também com o coração apertado. Tudo me surpreendeu. Eu não sei expressar mais nada. Apenas leiam este livro e fiquem chocados também!
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Let 25/02/2022

Eu gostei muito do livro, no começo a leitura é arrastada, a escrita um pouco difícil por que é um livro de época, as ideias machistas dos homens me irritaram mas eu amei, chorei no final por conta de algumas lembranças, eu não imaginava o plot final do livro, eu amei não podia ter imaginado uma reviravolta melhor que essa, mesmo achando muito triste. No momento nao lembro de quase nada mas ok.
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DIRCE 13/04/2017

Nos instantes final, eis que surgem: cartas que decidiram destinos.
Bem, vou direto ao assunto. A casa das lembranças perdidas até o final da terceira parte me levou a uma leitura desenfreada, o motivo , contudo, foi a vontade de terminar logo um livro que não estava correspondendo à minha expectativa. Achei desnecessárias tantas personagens além de faltar nelas profundidade psicológica e, se não bastasse, achei um dos mistérios óbvio demais. K. Morton deixou tantas pistas acerca desse mistério que se assemelhou a demarcação do caminho feita pelo Joãozinho – personagem do Conto infantil João e Maria- para encontrar o caminho de volta ao lar.
Na Nota da autora ( às paginas 533 a 535) , K. Morton cita inúmeras fontes que se utilizou para criar o cenário do início do século XX com todas suas implicações: guerra, o desmoronamento da aristocracia e da sutil mudança no papel social que a mulher desempenhava, porém, ela não conseguiu me comover tampouco me convencer.
Por sorte, na quarta parte, ao “ressuscitar” Robbie Hunter a autora consegue criar um suspense , um mistério envolvendo um triangulo amoroso muito mais convincente daquele que envolvia a mãe da Grace e a leitura se tornou mais agradável para mim.
É um livro que vale a pena ser lido? Bem, se você não leu os excelentes livros A Sombra do Vento, Reparação , O Morro dos Ventos Uivantes ( cito esses livros, pois eles se equiparam ao estilo do A Casa das Lembranças Perdidas) ou se os leu, consegue se desvencilhar das suas lembranças, creio que vale a pena se aventurar nas 532 páginas do livro para , somente nos instantes final, ficar sabendo o teor das cartas que decidiram destinos.
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@lendosonhando 19/06/2023

Grace tem 98 anos e passou uma boa parte da sua vida sendo empregada de uma família inglesa muito importante: Os Hartfords.
Atualmente, Grace vem pensando muito nessa família e começa a revisitar suas lembranças sobre os segredos e dramas que rondavam a mansão Riberton, que incluem a morte de um poeta famoso.

A casa das lembranças perdidas é um romance maravilhoso, mas tenho a consciência que ele pode não agradar a todas as pessoas. Como é um livro bem memorialista ele pode ser extremamente narrativo e em certos pontos ficar cansativo.

Eu particularmente fiquei fascinada com tudo que Grace contava sobre aquela família que aos poucos foi do brilho à decadência, do amor ao ódio. Uma família que de certa forma não soube lidar com as mudanças sociais que ocorreram após as duas grandes guerras.

Outro ponto que me cativou durante a leitura foi o retrato muito fidedigno da posição dos empregados naquela época. Eles assumiam um tom de lealdade, orgulho e gratidão apenas por servirem àquela família, quando na verdade eram muitas vezes explorados e tratados de forma invisível. Muito do que Grace viu e ouviu foi em parte porque nunca foi considerada um ser humano e sim apenas mais um item que pertencia a mansão Riverton.

Essa co- dependência de Grace com a família Hartford, especialmente com sua patroa, Hannah fez com que ela participasse de momentos muito decisivos na família, mesmo que de forma indireta e também selou seu destino quando colocou a sua família empregadora em primeiro lugar em detrimento dos seus próprios sonhos.

Foi um prazer ler mais uma obra da Kate Morton que sabe unir presente e passado na sua narrativa como ninguém, trazendo o lado mais obscuro, mas também o mais sonhador e poético dos seus personagens, mostrando que nem sempre as coisas terminam da maneira como desejamos, deixando aquele sabor agridoce ao fim da leitura.
Super recomendo a leitura!
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LuKütter 28/06/2022

Ou seria a casa das vidas perdidas?
Essa leitura traz uma grande reflexão sobre a vida. Em vários aspectos: as escolhas que fazemos em nosso tempo de vida, o modo como podemos ou depois como escolhemos vivê-la, a quem dedicar seu tempo... Difícil falar isso, um conselho que eu daria para Grace: Viva a SUA vida!!!! Um conselho pra todos nós.
Alerta de possíveis spoilers, se assim acharem, sem revelar grandes segredos e final.
A escrita é extremamente minuciosa em todos, absolutamente todos os detalhes, uma rica viagem ao início do século XX. No meio da leitura parei pra pensar se precisava de tudo isso, pois acabou ficando uma leitura mais lenta, Grace narra toda história, inclusive de personagens secundários ou até terciários, mas ao ir me aproximando cada vez mais do final e agora ao terminar, não me arrependo em nada, foi uma leitura incrível, e era assim que tinha que ser, vagarosa, porém cheia de riquezas, com tantas reflexões, e adoro essa sensação.
Não restou dúvidas que a protagonista da narrativa é a Hanna e não a Grace, parei de ler várias vezes pra pensar sobre isso. A escritora me ganhou muito por aí, Grace é a protagonista do livro, afinal as lembranças são dela, mas a protagonista da história, das lembranças de Grace é Hanna. Grace aos 98/99 anos contando tudo isso sobre sua vida, seu passado e fiquei com muita emoção e dó quando percebi que ela viveu a vida de outra pessoa, seu grande segredo não é seu, mas de outra pessoa, o grande romance, o trágico romance tbm não não era sobre si, eram de outras pessoas. Valeu a pena Grace? Sim pelo ponto de vista que ela tem essa bela/misteriosa/trágica história pra contar, porém na minha opinião perdeu de viver sua vida. Não, ela não parece arrependida, sim com alguns remorsos, em nenhum momento lamentou seu tempo passado. Decerto, eu lamento muito, quando percebi tudo isso meus olhos arderam e senti certa angústia por ela.
Entendendo a Grace e meu sentimento angustiante em relação à ela: Praticamente não teve infância, começou trabalhar com 14 anos, camareira com dedicação 24 hs (por escolha própria) a sua patroa (Hanna); todas as decisões baseadas no que Hanna precisava; iludida em um amor fraternal que não existiu, por mais bem tratada que fosse era apenas [*****]mplice e empregada; perdeu de viver um grande amor por causa da patroa; perdeu de conseguir trabalhos melhores também pelo mesmo motivo, ou seja, ela viveu a vida ou viveu pela vida de outra pessoa em toda a sua juventude. Essa é a jovem Grace, que mesmo que depois de velha tenha mudado sua maneira de ver as coisas e ter outras escolhas, ou até ter vivido sua vida por um tempo, não me satisfaz pensar que uma pessoa se entregou tanto a outra sem ter nada em troca, nem abraço fraterno, reconhecimento da sua origem sem nenhum reparo, apenas certa cumplicidade. Parecia um mundo paralelo, ela se apoiava nessa ilusão que a Hanna precisava dela, mas ela que precisava daquilo, via graça e satisfação em fazer tudo pela outra. Hanna não era uma pessoa má, a culpa não foi de ninguém, como disse foram escolhas da Grace e isso me entristeceu muito. perceber que a pessoa não tem nada, entra naquele mundo e começa a fazer parte daquela casa e daquelas vidas sem realmente pertencer a nada, pensar que está vivendo, mas não está, está apenas assistindo a um filme. Observação para o os pontos na metáfora do triangulo e para a para a parte da estenografia, tanto falada no início e logo no final acontece aquilo, se soubesse estenografia uma tragédia poderia ter sido evitada, essa escritora foi realmente muito boa na elaboração de todos esses detalhes.
Minha referência a vidas perdidas, não apenas à mortes, mas tempo de vida perdido, más escolhas. Desde os pais, filhos, irmãos, maridos/esposas, ninguém foi feliz em Riverton.
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Ju Romero 07/09/2022

A Mansão Riverton
Descobri este livro em uma visita despretenciosa à livraria. O título me instigou a saber mais sobre a história, e a sinopse me levou a inseri-lo à minha lista de desejos. Por fim, ganhei o livro de presente de aniversário de uma amiga, e sou extremamente grata por isso.

Se você gosta de Downton Abbey e de suspense, você vai se apaixonar por este livro, assim como eu me apaixonei. Quanto carinho guardarei pelos personagens desta história, principalmente Grace e Hannah.
Em um brilhante rememorar de lembranças, Grace narra os acontecimentos de uma vida na Casa Riverton e seus desdobramentos aos destinos de cada pessoa que passou pela mansão dos Hartford.

Grandes mistérios envolvem os sentimentos dos personagens, cujas vidas são extremamente afetadas pelas decisões das pessoas de quem são mais próximas. E assim também é a vida real: amores rompidos pela escolha de um abrem caminhos para novos começos; mudanças para outras cidades que separam e distanciam os já conhecidos aproximam os desconhecidos; e mentiras influenciam o desenlace de sinas.

Brilhantemente escrito, o presente ambientado em 1999 volta ao passado nos tempos da Primeira Guerra Mundial, numa alternância de cenários que instiga o leitor a continuar e descobrir a verdade sobre os acontecimentos de uma noite memorável.

Recomendo e muito este romance envolto em mistério, que me fez derramar lágrimas e suspirar de emoção.
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Julinho 01/03/2021

Dor & sofrimento
"A casa das lembranças perdidas" me remeteu a séries/filmes ingleses como "Downton Abbey", "Downstairs, upstairs", "Gosford Park" - obra sobre estratificação social na rígida sociedade inglesa da primeira metade do século XX.
E assim como "A casa do lago", está para a obra de Charles Dickens, esse livro é uma homenagem para a obra de Agatha Christie - não você não vai encontrar uma história de detetive, mas existem citações afetivas a obra da autora e uma passagem fictícia que alude a um jantar entre os protagonistas e a dama do mistério.
Christie tematiza as regras sociais inglesas, quase intransponíveis em um de seus melhores livros "Noite sem fim", no original "Endless night" - o final do romance remete diretamente a autora, mas é anti-climatico, pois passamos o romance inteiro "achando" que sabemos a verdade sobre a morte de Robbie, mas não:
Hannah matá-lo pra salvar Emmeline é puramente Aghateano, o desentendimento com o bilhete cifrado também é uma saída inteligente digna dos romances da autora.
Eu particularmente não senti a morte de Robbie, não tivemos tempo pra simpatizar com o romance dele ou com a personagem e sim, e ele foi um cafajeste (sua versão adulta não lembrava em nada a infantil, e não há trauma de guerra que justificasse essa mudança).
Hannah também foi uma personagem intragável - o romance tentou a vender como uma mulher forte, a frente do seu tempo, mas na verdade ela foi uma dondoca egoísta, que sacrificou a felicidade de todas as pessoas ao seu redor por alguns caprichos.
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emiliapsouza 15/03/2023

O preço que se paga às vezes é alto demais...
"A história verdadeira, o passado, não é assim. Não é plano nem linear. Não tem contornos. É escorregadio como um líquido; é infinito e desconhecido como o espaço. E é mutável: quando você pensa que enxerga um padrão, a perspectiva muda, outra versão é apresentada, uma lembrança há muito esquecida vem à tona."

Sou apaixonada por romances e ficções históricas e com esse livro, não poderia ter sido diferente! Me apaixonei rapidamente por toda a história que podemos encontrar nele.

Por se passar em praticamente três épocas diferentes, o livro explora e demonstra com maestria a atmosfera da Inglaterra no início do século XX, além dos panoramas dos períodos pré e pós 1ª guerra. Também é possível compreender um pouco das tensões sociais daquele período, onde a autora explora temas como os movimentos trabalhistas e o sufrágio feminino. Além disso, a forte ambientação que detalha ricamente a classe alta britânica da época.

Na narrativa, o livro explora temas como amizade, amor, traição, inveja, mentiras e principalmente os segredos. Toda a premissa do livro baseia-se em segredos que são revelados aos poucos, compondo a grande teia da história de Grace, nossa protagonista.

Eu adorei esse livro! Não conhecia nada da autora e me surpreendi bastante. Porém em alguns momentos fiquei incomodada com a demora do desfecho, mas entendi o que a autora quis demonstrar com essa lentidão. No mais, é um romance maravilhoso e com personagens incríveis e marcantes!
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