A Casa das Lembranças Perdidas

A Casa das Lembranças Perdidas Kate Morton




Resenhas - A Casa das Lembranças Perdidas


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LuKütter 28/06/2022

Ou seria a casa das vidas perdidas?
Essa leitura traz uma grande reflexão sobre a vida. Em vários aspectos: as escolhas que fazemos em nosso tempo de vida, o modo como podemos ou depois como escolhemos vivê-la, a quem dedicar seu tempo... Difícil falar isso, um conselho que eu daria para Grace: Viva a SUA vida!!!! Um conselho pra todos nós.
Alerta de possíveis spoilers, se assim acharem, sem revelar grandes segredos e final.
A escrita é extremamente minuciosa em todos, absolutamente todos os detalhes, uma rica viagem ao início do século XX. No meio da leitura parei pra pensar se precisava de tudo isso, pois acabou ficando uma leitura mais lenta, Grace narra toda história, inclusive de personagens secundários ou até terciários, mas ao ir me aproximando cada vez mais do final e agora ao terminar, não me arrependo em nada, foi uma leitura incrível, e era assim que tinha que ser, vagarosa, porém cheia de riquezas, com tantas reflexões, e adoro essa sensação.
Não restou dúvidas que a protagonista da narrativa é a Hanna e não a Grace, parei de ler várias vezes pra pensar sobre isso. A escritora me ganhou muito por aí, Grace é a protagonista do livro, afinal as lembranças são dela, mas a protagonista da história, das lembranças de Grace é Hanna. Grace aos 98/99 anos contando tudo isso sobre sua vida, seu passado e fiquei com muita emoção e dó quando percebi que ela viveu a vida de outra pessoa, seu grande segredo não é seu, mas de outra pessoa, o grande romance, o trágico romance tbm não não era sobre si, eram de outras pessoas. Valeu a pena Grace? Sim pelo ponto de vista que ela tem essa bela/misteriosa/trágica história pra contar, porém na minha opinião perdeu de viver sua vida. Não, ela não parece arrependida, sim com alguns remorsos, em nenhum momento lamentou seu tempo passado. Decerto, eu lamento muito, quando percebi tudo isso meus olhos arderam e senti certa angústia por ela.
Entendendo a Grace e meu sentimento angustiante em relação à ela: Praticamente não teve infância, começou trabalhar com 14 anos, camareira com dedicação 24 hs (por escolha própria) a sua patroa (Hanna); todas as decisões baseadas no que Hanna precisava; iludida em um amor fraternal que não existiu, por mais bem tratada que fosse era apenas [*****]mplice e empregada; perdeu de viver um grande amor por causa da patroa; perdeu de conseguir trabalhos melhores também pelo mesmo motivo, ou seja, ela viveu a vida ou viveu pela vida de outra pessoa em toda a sua juventude. Essa é a jovem Grace, que mesmo que depois de velha tenha mudado sua maneira de ver as coisas e ter outras escolhas, ou até ter vivido sua vida por um tempo, não me satisfaz pensar que uma pessoa se entregou tanto a outra sem ter nada em troca, nem abraço fraterno, reconhecimento da sua origem sem nenhum reparo, apenas certa cumplicidade. Parecia um mundo paralelo, ela se apoiava nessa ilusão que a Hanna precisava dela, mas ela que precisava daquilo, via graça e satisfação em fazer tudo pela outra. Hanna não era uma pessoa má, a culpa não foi de ninguém, como disse foram escolhas da Grace e isso me entristeceu muito. perceber que a pessoa não tem nada, entra naquele mundo e começa a fazer parte daquela casa e daquelas vidas sem realmente pertencer a nada, pensar que está vivendo, mas não está, está apenas assistindo a um filme. Observação para o os pontos na metáfora do triangulo e para a para a parte da estenografia, tanto falada no início e logo no final acontece aquilo, se soubesse estenografia uma tragédia poderia ter sido evitada, essa escritora foi realmente muito boa na elaboração de todos esses detalhes.
Minha referência a vidas perdidas, não apenas à mortes, mas tempo de vida perdido, más escolhas. Desde os pais, filhos, irmãos, maridos/esposas, ninguém foi feliz em Riverton.
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Margo_livros 20/08/2022

O reviver
Enredo bem construído, personagens fortes, mulheres vivendo além do seu tempo com desejos de independência, para algumas, e servidão, para outras, contudo as marcas deixadas são os definidores dos caminhos seguidos.

A narrativa de Grace é nostálgica, questionadora. Os eventos são contados da perspectiva de uma senhora vivendo em uma casa de repouso, envolvendo toda a magia do romance vivido em tempos outros, bem como a relação única, cúmplice e eterna com seu neto.

Leitura agradável, daquelas sem pressa para o desenrolar, com realismo ímpar dentro do mundo de fantasias ???
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jacqueline 17/09/2023

Spoiler... livro chato. A autora faz um dramalhão bárbaro para acharmos que terão grandes acontecimentos. Nada demais nos acontecimentos que ela promete em todoooo o livro. Detestei
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emiliapsouza 15/03/2023

O preço que se paga às vezes é alto demais...
"A história verdadeira, o passado, não é assim. Não é plano nem linear. Não tem contornos. É escorregadio como um líquido; é infinito e desconhecido como o espaço. E é mutável: quando você pensa que enxerga um padrão, a perspectiva muda, outra versão é apresentada, uma lembrança há muito esquecida vem à tona."

Sou apaixonada por romances e ficções históricas e com esse livro, não poderia ter sido diferente! Me apaixonei rapidamente por toda a história que podemos encontrar nele.

Por se passar em praticamente três épocas diferentes, o livro explora e demonstra com maestria a atmosfera da Inglaterra no início do século XX, além dos panoramas dos períodos pré e pós 1ª guerra. Também é possível compreender um pouco das tensões sociais daquele período, onde a autora explora temas como os movimentos trabalhistas e o sufrágio feminino. Além disso, a forte ambientação que detalha ricamente a classe alta britânica da época.

Na narrativa, o livro explora temas como amizade, amor, traição, inveja, mentiras e principalmente os segredos. Toda a premissa do livro baseia-se em segredos que são revelados aos poucos, compondo a grande teia da história de Grace, nossa protagonista.

Eu adorei esse livro! Não conhecia nada da autora e me surpreendi bastante. Porém em alguns momentos fiquei incomodada com a demora do desfecho, mas entendi o que a autora quis demonstrar com essa lentidão. No mais, é um romance maravilhoso e com personagens incríveis e marcantes!
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Julinho 01/03/2021

Dor & sofrimento
"A casa das lembranças perdidas" me remeteu a séries/filmes ingleses como "Downton Abbey", "Downstairs, upstairs", "Gosford Park" - obra sobre estratificação social na rígida sociedade inglesa da primeira metade do século XX.
E assim como "A casa do lago", está para a obra de Charles Dickens, esse livro é uma homenagem para a obra de Agatha Christie - não você não vai encontrar uma história de detetive, mas existem citações afetivas a obra da autora e uma passagem fictícia que alude a um jantar entre os protagonistas e a dama do mistério.
Christie tematiza as regras sociais inglesas, quase intransponíveis em um de seus melhores livros "Noite sem fim", no original "Endless night" - o final do romance remete diretamente a autora, mas é anti-climatico, pois passamos o romance inteiro "achando" que sabemos a verdade sobre a morte de Robbie, mas não:
Hannah matá-lo pra salvar Emmeline é puramente Aghateano, o desentendimento com o bilhete cifrado também é uma saída inteligente digna dos romances da autora.
Eu particularmente não senti a morte de Robbie, não tivemos tempo pra simpatizar com o romance dele ou com a personagem e sim, e ele foi um cafajeste (sua versão adulta não lembrava em nada a infantil, e não há trauma de guerra que justificasse essa mudança).
Hannah também foi uma personagem intragável - o romance tentou a vender como uma mulher forte, a frente do seu tempo, mas na verdade ela foi uma dondoca egoísta, que sacrificou a felicidade de todas as pessoas ao seu redor por alguns caprichos.
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patriciasortsac 12/03/2022

Final inesperado!
Gostei da leitura, embora extremamente longa e por vezes arrastada. Do meio pro final prende mais. Dá vontade de descobrir onde a trama enfim leva.
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Karen 26/02/2022

Downton Abbey em livro
Lendo as primeiras páginas só conseguia lembrar da série Downton Abbey, mas como essa veio pós livro, o correto seria lembrar do livro assistindo a série.
Também veio aquela pontinha de lembrança de Vestígios do Dia, de Kazuo Ishiguro, e essa referência não foi à toa, pois ao final do livro a autora o cita como fonte de pesquisa.
Resumindo, o que há para não gostar da leitura tendo referências como estas?
Houve uma enroladinha meio desconexa mais para o final da estória, mas nada que comprometesse o enredo.
Curti bastante e já adquiri outro título da mesma autora.
"Gente demais gastando dinheiro demais para impressionar gente estúpida demais para perceber.".
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Laura.biral 25/02/2022

Inesquecível
Eu tenho certeza que essa leitura vai permanecer comigo pra sempre, a forma como a autora nos envolve com a história, com os personagens… demorei um bom tempo para lê-lo porque não queria acabar, não queria me despedir desse universo tão encantador. O mistério também é ótimo, é de partir o coração na verdade. Recomendo para quem quer sentir todas as emoções ao ler um livro.
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jessyfioravante 08/02/2023

Achei que não ia ter fim
Que livro cansativo! Pensei muitas vezes em abandonar. Não abandonei porque a avaliação era boa por aqui. Não é o tipo de história que me agrada muito, todas essas regras de etiqueta, a forma como lidavam com a criadagem e a sociedade antiga me cansam. Revirei os olhos diversas vezes, em pensar que isso já foi comum!! Li pelo mistério, acreditando que seria algo relevante, mas que decepção! Era óbvio que o Hunter não tinha se matado e que tinha sido uma das duas. Muito sem graça. Acho que só vale mesmo pra quem curte essas histórias do começo do século XX.

Ps: achei que faltou muito da história. Não se fala mais sobre Grace ser irmã de Hannah e Emmeline. Ela descobriu isso e não falou pra ninguém??? Não se fala sobre a Ursula ser bisneta da Hannah, e consequentemente, parente de Grace. Apesar de dar um pouco a entender, parece que faltou uma lacuna do livro, visto que um livro tão detalhado pra certas coisas, deveria ter explicado mais essas também!
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Déa 04/02/2022

Que leitura!
Uma história do jeitinho que eu gosto, com muito drama, romance, pós-guerra e surpresas no decorrer da história.

Narrada por Grace e mesclando entre passado e presente, a trama é rica em detalhes e bem construída. No passado, Grace foi criada na mansão Riverton, servindo à família Hartford, e ficou próxima das meninas Hannah e Emmeline. Em um verão, durante uma festa na propriedade, uma pessoa suicidou-se e tanto Grace quanto as meninas testemunharam o ocorrido. Ou seja, somente elas conhecem a verdade.

Na atualidade, Grace está com 98 anos e recebe uma visita de uma diretora, que irá gravar um filme sobre essa história do passado. E ela leva a encantadora senhora na mansão, o que desperta diversos sentimentos e lembranças, escondidos na mente da única pessoa viva dessa época, que é Grace.

Segredos são revelados num enredo envolvente que Kate construiu de uma maneira emocionante, descrevendo uma família e sua decadência perante a aristocracia inglesa. Sabe o que me lembrou? A série Downton Abbey, onde também foram apresentados os mesmos temas, inclusive o pós-guerra e traumas decorridos do período.

Foi uma leitura que fiz lentamente, aproveitei os detalhes e as informações, tentando compreender todos os dramas e perspectivas dos personagens, e posso dizer que valeu a pena.

Esse livro foi o primeiro livro publicado pela autora, o que fez-me admirar ainda mais a forma que ela narra suas histórias.

Acompanhe-me no IG @dealeitora
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Biaaa. 17/02/2023

É okayzinho
Eu já tinha lido "A casa do lago" e a autora me impressionou com uma trama muito bem escrita e envolvente... Esse eu já tinha pesquisado e visto que era o primeiro livro dela, claramente ela testou algumas coisas para livros posteriores mas acho que ela de perdeu uma parte. A história da Grace é ótima, você tem empatia por ela mas chega num ponto que se perde num romance chato, de um casal sem química e que não agrega. Eu queria mais da Grace na guerra, pós guerra, do doutorado e das escavações e muito menos da Hannah e da insuportável Emmeline.
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nyttah.maia 29/12/2021

O melhor dos 3, que li da autora. Porém, acostume-se com a mesma base de sempre: "ingleses + 2 Grandes Guerras + homens com o mesmo grau de "estresse pós guerra" + uma casa com um lago na propriedade + família desestruturada + um mistério!
A própria Kate afirma que são os assuntos que a agradam. Mas, que podem entediar quem gostar da escrita da autora e desejar ler as suas outras obras.
Algo que me incomoda em todas as suas histórias é o mesmo modelo de "homem que volta da com os mesmos sintomas de estresse pós guerra". Por mais abastada e culta que seja a família relacionada com tal personagem, não há aprofundamento de tratamento ou outros questionamentos. A autora, mesmo afirmando pesquisar a fundo sobre e usar temas psicanalíticos, os usa de forma um tanto simples.... Recalque é algo que aparece sempre ...
Ainda assim, o que mais gostei da autora! Recomendo.
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CLAUDIA 19/03/2023

Triste
Uma leitura que te prende do início ao fim drama romance suspense uma história comovente vale muito a pena
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Ana 06/08/2022

Uma ótima história para quem gosta de livros de época, retrata muito bem as tradições e os conflitos vividos por aquela geração, a preocupação em manter as aparências e o bom nome da família, o papel da mulher na sociedade, as relações de trabalho e claro os efeitos da guerra na vida das pessoas. A trama se desenvolve de maneira a capturar a atenção do leitor, com vários personagens interessantes e suas complexidades. Gostei especialmente da relação de afeto e cumplicidade entre os irmãos, Hannah, Emmeline e David. Vale a leitura!
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