Minha querida Sputnik

Minha querida Sputnik Haruki Murakami




Resenhas - Minha querida Sputnik


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Lara 05/06/2021

Intrigante
O livro é narrado pelo jovem japonês K. Ele conta sua historia e claro sua paixão por sua amiga Sumire. Só que Sumire se descobre lésbica e apaixonada por uma mulher mais velha. Eu gostei bastante de como o autor retratou isso, como os personagens lutavam internamente para refrear suas paixões juvenis, mas ao mesmo tempo carregavam sentimentos de solidão/crise existencial pesados para suas idades. Só li o Kafka a beira mar desse mesmo autor, acho que as obras dele propiciam a reflexão sobre inúmeras coisas, e o que senti a respeito desses livros foi que o foco era muito mais sentimental, do que se prender a explicações. Haruki sabe construir muito bem emoções vividas dos personagens, pois enquanto sentimos junto com eles a história contada, ficamos também divididos entre querer solucionar o mistério, e pensar sobre outras questões ao qual o autor nos joga nesse percurso da historia principal. Enfim, é uma leitura fluida e instigante, Haruki não é um autor que a gente lê e logo se esquece.
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Nath Mel 12/10/2022

Leitura que me prendeu desde o início. Murakami aborda dois temas caros à sua obra: a solidão de seus personagens e a busca da identidade.

Enquanto a solidão aparece na forma como K., Sumire e Miu não conseguem ter relacionamentos amorosos com as pessoas que realmente amam, a busca da identidade aparece muito ligada aos caminhos que decidem tomar. Nesse aspecto, Sumire e Miu incorporam mais visivelmente o conflito de ter que tomar decisões que definirão os próximos capítulos de sua vida, na velha dicotomia seguir seu sonho vs. pagar as contas.

O realismo mágico é utilizado de forma claramente metafórica, simbolizando o grande conflito de escolhas e caminhos
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nico.angelis 09/07/2020

O outro lado
Estou com um sentimento de perplexidade desde que finalizei o livro, até mesmo de atordoamento. Minha querida Sputnik mexeu demais comigo, foi algo diferente de tudo que já li.
O Hurakami nos transporta para a história de uma forma tão intensa com sua sensibilidade e escrita subjetiva e, ao mesmo tempo, simples. Durante a leitura foi como se eu acessasse campos de minha mente dos quais eu não tinha conhecimento e estou até agora refletindo sobre eles. Será que era essa a intenção de Hurakami? Não sei.
Li uma vez, um conto sobre um fantasma e um rapaz, onde dizia que o toque significava a criação de um laço emocional entre a assombração e o assombrado. Não dizendo que o livro é uma assombração assustadora, mas a história me tocou e se tornou palpável para mim, não de forma literal, mas acho que entendem o que quero dizer.
Eu sinto que, a partir de hoje, carregarei uma marca deixada em mim por esse livro. E espero que outras pessoas possam dar uma chance para esta obra e serem marcadas também; recomendo a experiência.
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skyxlord 18/01/2022minha estante
por mais resenhas suas, amo amo




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Nara 17/02/2023

A metafísica, a manic pixie dream girl e o Murakami
"Este é o último dia da pessoa que sou agora. O último crepúsculo. Quando amanhecer, a pessoa que sou não estará mais aqui. Outro ocupará este corpo."

Esse livro me cativou em tantos aspectos que é difícil enumerar, ou ao menos tomar um início. A escrita do autor me leva, como em uma montanha russa, para abstrações altas, sublimes, profundas e de repente, me apresenta o mormaço, cotidiano, extremamente comum. A habilidade de imersão através dessa técnica, que é tão bem articulada, é inacreditável.
A atmosfera é tão bem situada, tem cheiro, vozes, sentimento.
A abordagem metafísica em Minha Querida Sputnik, também foi um dos pontos altos que me surpreendeu. Não sei se por minha inclinação gostar de assuntos relacionados a tal tópico, mas o autor escreve de maneira a ser difícil encarar como digressão, ou até mesmo entediante.
Foi meu primeiro contato com a obra de Murakami. Antes disso já tinha ouvido falar comentários ruins a respeito da persona e outros que a endeusavam. Por fim, reconheço o nível de machismo na obra, apesar da complexidade de Sumire, o forma com a qual o narrador a trata coloca na caixinha "manic pixie dream girl". Algo nada incomum nas obras de prestígio do século 21. Mas, apesar disso, como principante, diria que é um ponto que estaria disposta a superar, colocando na balança juntamente da grandeza realizada aqui.
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Vellasco 23/12/2020

Um livro para se degustar. Com calma, apesar de ser uma leitura rápida

A solidão dos personagens é muito bem retratada, e bem descrita de uma maneira bem leve e tocante.
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Edoarda 31/12/2021

Haruki Murakami mais uma vez dá uma aula de entrelinhas, de paralelos, de como apresentar cenas pesadas usando o sobrenatural como um recurso a fim de deixar a cena mais leve.
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Aegla.Benevides 13/07/2021

Sur(real) demais
Único romance de Murakami em que a personagem principal não é um homem, Minha querida Sputnik aborda temas sensíveis e cada vez mais comuns na nossa realidade, como a solidão, a obsessão e os relacionamentos conturbados, com uma pitada de surrealismo que faz toda diferença.

O narrador é K, um professor universitário (sem graça) que é apaixonado por sua melhor amiga Sumire (a excelentíssima personagem principal). Sumire é uma jovem que adora livros e que largou a faculdade para se dedicar à vida de escritora ? vida essa que não vemos se concretizar na história. O enredo começa quando Sumire se apaixona por Miu, uma empresária casada e mais velha, e começa a viver em função dela.

Nas poucas páginas desse romance, vemos uma autodescoberta que foge do padrão da maioria dos enredos LGBTQIA+ e conseguimos sentir, durante a leitura, cada sentimento que desabrocha em Sumire ? ainda que o narrador seja K. Vemos a personagem principal dar passo a passo em direção à perdição, que se concretiza nos 30% finais do livro de forma esplendorosa.

Foi minha primeira experiência com Murakami e fiquei fascinada, pois não conhecia o surrealismo do autor. Enquanto insere elementos mágicos (ou espirituais?) na história, ele mantém o tom do enredo natural, como se nada de estranho tivesse acontecendo, e deixa que o final seja imaginado pelo leitor. Definitivamente, uma das melhores experiências literárias que já tive na vida.
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Mari Pereira 09/02/2021

O livro é gostoso de ler, prende bastante. O enredo? Meio juvenil demais pro meu gosto.
Personagens descritos como excêntricos, mas que me parecem apenas imaturos.
O livro começa morno, meio sem dizer a que veio. Chega em um ápice, que faz você querer devorar cada página, ansiosa para saber o que vem a seguir. E depois do ápice, só rola ladeira abaixo.
O tal realismo mágico, que seria uma característica do autor, me pareceu uma saída preguiçosa e mal elaborada, que pouco explica e pouco contribui para a trama. Os últimos capítulos são bastante desconexos. O que para uns é genialidade, pra mim só pareceu presunção.
Com bonitas frases de efeito e uma narrativa envolvente, é um bom entretenimento.
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Vilamarc 15/02/2021

Sensação de vazio imensurável
Poético, metáforas líricas como o gatinho que brinca sozinho na grama com as patinhas levantadas no ar, depois corre e sobe uma árvore, e daí não consegue mais descer por dias... ou ainda, o mar que deixa a praia limpa depois da maré alta...
Era pra ser a história de um triângulo amoroso entre a aspirante de escritora Sumire, a empresária Miu e o narrador Professor K. Mas quando finalmente Sumire toma a iniciativa, descobre a profundidade da frígida Miu.
A partir desse momento, 50% do livro, a história passa a ser de vazios, de todas as trajetórias individuais. Imensurável como diz o próprio narrador.
Quem conseguir, junte as pontas... ou desista de Murakami e seus finais escancarados.
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Jon 01/02/2021

Excelente
Sou suspeito para falar e como adoro as obras do Murakami, essa não foi diferente. Adoro maneira como ele aborda a solidão de suas personagens e os desenvolve que é impossível não criar empatia por elas.
Esse livro conta a história de amor e amizade entre K, Sumire e Miu de uma maneira sensível e poética, com um desfecho inusitado.
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Luciana 17/03/2021

Esse livro é curto, o que não deixa de ser uma jornada e tanto... difícil descrever a escrita do Haruki, entre personagens complexos, poesia e fantasia tem sempre um tapa na cara.
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Raphael 23/01/2013

Surpreendente.
Sabe, queria resenhar esse livro desde os seus primeiros capítulos, mas ao chegar ao fim, por algum motivo, me senti intimidado. Como se o que quer que fosse que eu viesse a escrever aqui, não o faria justiça. Este não se trata do melhor livro da história (não chega nem perto), provavelmente não seja nem o melhor do autor, no entanto me surpreendeu profundamente e me tocou de forma pessoal. Em vários momentos me percebia completamente distraído com memórias de um passado recente, de uma melhor amiga que "desapareceu feito fumaça". Mas chega de mim e vamos a obra.

O livro faz uso de um triângulo amoroso - seria mesmo um triângulo? Sempre pensei que, para formá-lo, um dos lados teria que ser correspondido, mas isso não acontece aqui. Não se trata de um triângulo, mas de três pessoas que se amam de formas diferentes. K. (narrador) ama e sente uma profunda atração sexual por Sumire, sua melhor amiga, aspirante a escritora e, naquela época pelo menos, amante de Kerouac (indico que leiam algo dele primeiro). Ela, por sua vez, ama e sente uma profunda atração sexual por Miu, uma ex-pianista, empresária, casada e, de início, um tanto fria; e ama K., mas não sente por ele, atração sexual alguma. Miu gosta de Sumire, mas não sente atração sexual por ninguém. Qualquer coisa dita além disso estragará o livro por completo. Esse é um daqueles que quanto menos se sabe, melhor fica. Só aviso que a coisa fica bastante surreal.

Murakami tem um estilo próprio, tanto que a revista NY Times desenvolveu o divertido "bingo do Murakami", para ser jogado durante a leitura de seus livros. É formado por pequenos quadros, contendo em cada um uma imagem representativa de um dos hábitos do autor (vai de fetiche por orelhas até conversas com gatos). O jogo é bastante preciso, muitas das características descritas nele estão presentes no livro - embora eu não tenha completado nenhuma fileira... -, isso é importante para o autor - personalidade, difícil encontrar isso nos livros de hoje.

Enfim, o livro é ótimo. Fala, acima de tudo, sobre relacionamentos nos tempos modernos ou, pra ser exato, da falta deles. Cada personagem tem sua visão de mundo muito bem explorada, principalmente Sumire - que personagem fantástica! Palmas para Murakami, que conseguiu ser dois escritores em um livro. Todos têm seu tempo de desenvolvimento e suas histórias completadas. Vale a pena a leitura.
Raphael 18/10/2012minha estante
Versão mais completa em: http://delirandoeescrevendo.blogspot.com.br/2012/10/minha-querida-sputnik-haruki-murakami.html




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