Sentimento do Mundo

Sentimento do Mundo Carlos Drummond de Andrade




Resenhas - Sentimento do Mundo


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Brunov 01/04/2022

Lírica e política
Drummond encarna o olhar do poeta tradicional e fleumático que tem que sair do campo para as cidades e cai no mundo percebendo-se ao notar o Outro, diverso de si, que também diversifica-o do que fora.

Nessa posição sente as agitações sociais contrastando com os privilégios de classe, que são os próprios, mas com os quais não pode mais se identificar, pois ao sair lírico do campo, entendo que a cidade não está parada e coisas fluem de um jeito ou de outro.

Averso a coerção e sua morbidez, mira na felicidade em coisas simples, mas entende que para passar para um modo de vida que recupere a simplicidade e a intimidade, precisa encarar a violência opressiva, nem que seja com ímpeto revolucionário, bélico e flamígero.

Ao mesmo tempo entende que a violência revolucionária também é violência e isso sobrepuja suas resoluções pessoais, sua capacidade individual de determinar algo, mesmo uma conexão afetiva.

Há esperança num porvir, mas o terror da morte o aliena é alienado é coberto de melancolia. Afinal: fascismo, revolução ou segue-o-de-sempre-por-enquanto ?

Visto sob contexto de sua época e à luz de sua biografia, Drummond dá voz ao socialista pequeno burguês. No entanto, reconstruído seu 'zeitgeist', hoje em dia soa um pouco mais com um paleoconservador ou alguém que tomada a redpill recai na blackpill.
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SSandes 19/01/2021

Eu li, mais não entende, não gostei, enfim.
Eu sei que é um clássico da literatura e afins, mas não me passou emoção, nenhum sentimento.
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Bárbara 26/01/2021

Poesia
Um livro curto mas que revela juntas a leveza e a densidade do cotidiano, e da vida como um todo, em seus poemas.
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Natche 14/02/2021

Atemporal
Uma leitura atemporal. É necessário ler Carlos Drummond de Andrade e enaltecê-lo. Ler esse livro nos tempos de pandemia me trouxe várias reflexões.
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Ricardo 07/06/2022

Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo
Um livro incrível que traz poemas memoráveis, como "sentimento do mundo", "mundo grande" e "congresso internacional do medo".

Recomendado para quem curte poesia.
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Gabriela Gonçalves 06/03/2021

Desilusão, esperança e atualidade, Drummond sabe fazer o leitor sentir
Recentemente li um livro de contos e depois li esse, de poemas. Tinha esquecido como eu gosto de ler poemas (sem ser no estilo Rupi Kaur hihihi). Desde que ouvi um professor meu recitar uma parte do poema Sentimento do Mundo, eu fiquei encantada com ele. É exatamente como sinto. Ganhei de presente o livro e fiquei feliz de conhecer o autor, pois ainda não tinha lido nada dele.

É um livro de poemas muito bonito e triste. Mas também é um livro de esperança. Amei demais e indico. É um daqueles livros que você pode estar sempre relendo ou então pegar algum poema específico para ler. Tenho outros livros de poemas do Drummond que peguei de graça na Amazon e quero lê-los ainda esse ano. Vale super a pena entrar em contato com os poemas desse livros, alguns são extremamente atuais ao mundo em que vivemos em 2021 no Brasil.
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debroua 19/09/2022

Profundo
Eu sempre quis ler algo do Drummond e comecei logo pelo livro mais melancólico do autor. Esperava: paixão, romance; Recebi: depressão. No entanto, me gerou várias reflexões.
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Natália 21/04/2021

Carlos Drummond de Andrade nunca decepciona. Livro lindo, apesar de eu ter achado uma compreensão um pouco difícil. De grande sensibilidade, com marcas de melancolia nos poemas. Recomendo.
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Cassionei 30/04/2021

NO MEIO DO CAMINHO TINHA UM VÍRUS
Carlos Drummond de Andrade foi o maior poeta do país. Isso é quase uma unanimidade e ainda bem que seja quase. Nelson Rodrigues, nosso maior dramaturgo, escreveu em uma de suas crônicas: “não sou um escritor unânime, porque a unanimidade é uma burrice”. Da vasta obra poética drummondiana (ele também foi um excelente cronista), meu livro preferido é “Sentimento do mundo”, de 1940, cuja edição mais recente é da Companhia das Letras.

Pode-se dizer que Drummond é daqueles poetas proféticos. Sempre encontramos algum verso que fala sobre “o tempo presente, os homens presentes, / a vida presente”, como escreveu em “Mãos dadas”, poema desse mesmo livro, em que ironicamente diz que não será “o poeta de um mundo caduco”. Mas foi e continua sendo esse poeta. É também desse volume, por exemplo, “Elegia 1938”, cujos versos foram relembrados na época do atentado ao World Trade Center, no fatídico 11 de setembro de 2011: “Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição / porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.” Já um poema dos anos 80, “Lira itabirana”, publicado apenas em jornal, foi resgatado depois da tragédia na barragem de Brumadinho: “O Rio? É doce. / A Vale? Amarga. / Ai, antes fosse / Mais leve a carga. / Entre estatais / E multinacionais, / Quantos ais! / A dívida interna. / A dívida externa / A dívida eterna. / Quantas toneladas exportamos / De ferro? / Quantas lágrimas disfarçamos / Sem berro?”

O poeta era de Itabira, cidade de Minas Gerais, onde também há barragens e extração de ferro. Em “Sentimento do mundo”, temos sua “Confidência de itabirano”, em que evoca o “ferro nas calçadas” e o “ferro nas almas” de sua população, sendo que o próprio eu lírico diz ser “triste, orgulhoso: de ferro”. Drummond, no entanto, parte de sua aldeia para o mundo (“Itabira é apenas uma fotografia na parede”), que na época entrava na Segunda Grande Guerra, mostrando-se angustiado com as transformações de ordem política e o que elas afetam no indivíduo e nas relações humanas: “Os camaradas não disseram / que havia uma guerra / e era necessário / trazer fogo e alimento. / Sinto-me disperso”.

Como seus versos são atemporais, é inevitável lê-lo pensando na pandemia que estamos vivenciando, o que traz mais uma vez à baila o seu caráter profético. Em “Congresso internacional do medo”, lemos aquilo que talvez mais nos afete atualmente, ao não poder, por precaução, nos aproximar das pessoas queridas devido ao vírus: “Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços”. Assim como vemos nossas “lideranças” perdidas, afirmando aquilo que pode nos levar a um destino que tememos: “cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas, / cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte”. E o que dizer sobre aqueles que não querem ficar em casa, Drummond? “Chegou um tempo em que a vida é uma ordem”, escreve em “Os ombros suportam o mundo”.

No seu primeiro livro, “Alguma poesia”, de 1930, Drummond escreveu que “no meio do caminho tinha um pedra”. Hoje, no meio do nosso caminho existe um vírus. Sempre houve pedras e vírus no nosso caminho (“Os perigos que Clara temia eram a gripe, o calor, os insetos”), sempre houve gente incapaz que nos lidera, sempre vivemos tempos ruins. No entanto, sempre o mundo sobreviveu. Ou não? Às vezes, Drummond é pessimista: “O mundo não tem remédio… / Os suicidas tinham razão”. Em outros versos, porém, dá um pouquinho de esperança nesse isolamento social: “Neste terraço mediocremente confortável, / bebemos cerveja e olhamos o mar. / Sabemos que nada nos acontecerá. / O edifício é sólido e o mundo também”.

site: https://cassionei.blogspot.com/2020/04/no-meio-do-caminho-tinha-um-virus.html
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Rogério 04/06/2021

Que negócio é esse de dentaduras duplas?
Realmente, não foi falta de vontade; juro que li cada poema mais de duas vezes, parava, pensava , olhava pro vazio e não conseguia entender quase nada... Poesia não é um gênero literário que funciona pra mim.
Dos poucos poemas que entendi, é perceptível o tom nostálgico e melancólico do autor em relação ao passado, como em " Confidência do itabirano" e "Lembrança do mundo antigo". A apresentação do livro também ajudou a compreender algumas passagens que mencionam os acontecimentos da época, como a Segunda Guerra e o Estado Novo no Brasil, como em " Congresso Internacional do Medo". Já "Privilégio do mar" e "Inocentes do Leblon" fazem críticas sociais úteis ainda nos dias de hoje, em relação ao ostracismo que certas pessoas ricas vivem.
PORÉM há poesias que nem se eu batesse a cabeça na parede saía alguma coisa, como um que fala de dentaduras duplas !!!
Enfim, sei da importância deste livro pra nossa literatura, mas é algo que dificilmente retornarei algum dia.Talvez leia o livro seguinte do autor após este, 'A rosa do povo', parece que ele é mais direto nas críticas.
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carolina.doce.1 19/06/2021

"Tenho apenas duas mãos
e o sentimento do mundo"

Esse início do livro enuncia a profundidade e a sensibilidade de Carlos Drummond de Andrade nessa obra.

Foi meu primeiro contato com o autor e gostei muito. Em seus poemas ele introduz temas importantes como preocupações de cunho político, injustiças e desigualdades sociais incluindo às vezes um tom irônico e também melancólico, mas sempre regado por muita sensibilidade, o que torna sua crítica mais carregada de significado.
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julianvaes 28/08/2021

Incrível
Adoro drummond, um dos meus autores favoritos. Seus livros e poemas são incríveis, e esse não foi diferente. Todo o humor com que ele abrange certos assuntos me fizeram rir e pensar. Gostei muito e levarei no coração.
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Lara 30/09/2021

Sentimento Reais do Mundo
Os poemas mostram com clareza os sentimentos de medo, inseguranças e incertezas que o autor presenciou na época em que os escreveu, sendo interessantes sua escolha de palavras a cada estrofe.

Mesmo os que não são fãs de poesia irão gostar do livro, por ter um contexto histórico da Segunda Guerra Mundial. O final do livro também ajuda a entender um pouco desse contexto e também da escrita do Carlos Drummond de Andrade.

Eu particularmente não gosto muito do gênero, mas recomendo para aqueles que realmente curtem uma boa poesia.
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sophia 13/10/2021

o que falar desse livro?
drummond é um dos maiores escritores que a língua portuguesa já viu, e sentimento do mundo escancara a genialidade dele em conjunto as temáticas da guerra, a dor e o vazio que as palavras expressam e o sentimento de união mundial que é construído em cada palavra, impecável,
tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo.
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mari 03/12/2021

incrível
li por recomendação de vini. acho lindo que ele sabe falar de cada sentimento de um jeito que ninguém nunca falou, um estilo pessoal pra falar de como ele sente todo mundo
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