Resenhas - Além do Bem e do Mal

SILVIA 15/01/2016

Não estou preparada
Acho que ainda não estou pronta para ler Nietzsche. Ou talvez eu tenha escolhido o livro errado para me aventurar a enfrentar esse desafio.
Li que Nietzsche considera esse livro sua obra mais importante e mais abrangente. Supus que seria ótimo começar por ela. Aprofundar minhas reflexões e meus conhecimentos em filosofia.
Foi um engano terrível!

site: http://reflexoeseangustias.com

Nena 13/02/2016

Quem não gosta de devaneios filosóficos, nem se atreva a enveredar por essa leitura. Nietzsche e seu excesso de realidade, sempre ácido. Nesta obra ele fala um pouco de tudo: personalidades históricas, religião, conceitos morais, mulheres, judeus, sexualidade, alemães. Um livro além do bem e do mal, da razão e da loucura.

“A mulher aprende a odiar à medida que desaprende a fascinar.”

“Quem deve enfrentar monstros deve permanecer atento para não se tornar também um monstro. Se olhares demasiado tempo dentro de um abismo, o abismo acabará por olhar dentro de ti.”

“Não se odeia àquele que se despreza, mas se odeia apenas àquele que acreditamos igual ou superior a nós.”

Rafael2157 26/03/2022

Pra ler com uma aspirina do lado
O Nietzsche faz SEIS capítulos como introdução ao que ele define como a tese do livro: o que eu entendi como a moral dos senhores e a moral dos escravos.

Ler filosofia é extremamente complicado. Mas esse de fato foi uma tarefa a parte. Ler, reler, grifar, pesquisar, voltar e avançar páginas. Chegando nos 60% eu simplesmente não tive saco pra continuar.

A leitura ainda que instigante, é extremamente cansativa e só te faz querer terminar. Com a exceção de alguns conceitos que tu fica querendo aprender mais sobre.
São esses conceitos aí que me prendem na filosofia do Nietzsche, quando ele fala sobre as verdades metafísicas do mundo, como a religião por exemplo.


O segundo, terceiro e quarto capítulo são o ápice do livro.

2. Espírito livre: Aqui a tese fundamental é que o espírito livre é o filósofo que busca a transcendência: ser capaz de distinguir a essência dos exageros de uma moral pré-estabelecida, isso é, estar ACIMA DO BEM E DO MAL. Essa premissa de liberdade de consciência, de superar a moral judaico-cristã no Ocidente é o que o autor vai defender no livro inteiro.

3. O caráter religioso: Esse capítulo é quase que ligado o anterior. Aqui ele vai mostrar como a religião pôs o que ele chama de moral dos fracos acima da moral dos senhores.
"A fé cristã, é, desde seus primórdios, sacrifício: sacrifício de toda a independência, de toda a altivez, de toda a liberdade de espírito, ao mesmo tempo escravidão, auto-humilhação, automutilação." (p.62)

4. Máximas e Interlúdio: De longe o que eu mais gosto nos livros do autor. Aqueles pequenos aforrismos que te fazem refletir quando você vai dormir ou lavar a louça.

94 "A maturidade do homem consiste em ter reencontrado a seriedade que tinha nos brinquedos quando era criança."

105 "Por meio da música, as paixões desfrutam de si próprias."

118 "Existe uma ingenuidade na admiração. É aquela do homem que não considera a possibilidade de ele também poder ser admirado um dia."

146 " Aquele que luta contra os monstros deve vigiar para não se tornar um deles. Ora, quando teu olhar se fixa por muito tempo no fundo do abismo, o próprio abismo penetra em ti."

175 " Amamos, em definitivo, somente nossas inclinações e não aquilo a que nos inclinamos."

Apesar de todos os problemas pessoais com o livro, ele é realmente muito bom. Só que como eu tô vindo de uma sequência intensa de filosofia nietzschana foi mais desgastante do que poderia ser.

Rodrigo 02/11/2020

Não entendi mas gostei kkkk
Olha essa foi uma leitura difícil, muitas vezes me perdi nós raciocínios do autor e não o compreendi muito bem. Mas dos pontos que consegui entender gostei bastante, não por concordar com o filósofo mas por conseguir acompanhar seu raciocínio. Percebi que Nietzsche tinha alguns preconceitos, principalmente com as mulheres. Enfim recomendo a leitura e não esperem entender tudo oq ele diz.

Fatimaluiza19 25/04/2022

"Studying Nietzsche, studying Biggie"
Na música 'Rare, o rapper Nas faz uma referência a dois grandes filósofos: Friedrich Nietzsche e Biggie Smalls (também conhecido como Notorious B.I.G ou simplesmente Biggie ou Big). As músicas de Biggie são uma grande influência para o hip hop como o é. Assim como os escritos de Nietzsche para a filosofia moderna. A diferença entre os dois não está na cor da pele, na localização geográfica, muito menos na temporal: enquanto o que Nietzsche escreveu é visto como o ultra culto da realidade, inatingível, inteligível, inteligente demais, incompreensível, as músicas de Biggie, por mais poéticas que sejam, atreladas à realidade 'além do bem e do mal' da cultura urbana da costa oeste dos Estados Unidos, é muito mais fácil ver um culto ao filósofo alemão enquanto 'core' acadêmico que ao poeta do Brooklyn. Obviamente, o alemão veio antes com sua sucessão de pensamentos conexos apenas com sua alma e sua alma apenas. Ele seria fã de Biggie se fossem contemporâneos.

Eduardo 21/01/2010

Abandonei porque....
Porque é uma leitura de difícil compreensão e não me manteve cativo.
Esperava muito mais visto a popularidade do livro.

Orca 14/02/2022

eu antes de ler isso: https://youtu.be/rYpO6LfYVts
n entendi, tá escrito em inteligente



ps: aparentemente pra entender oq esse esquisito tá falando pra além de uma concepção dele mesmo, vc precisa entender do que ele tá falando ( contextualização histórica e conhecimento sobre filosofia pq ele critica até o método científico da época). basicamente oq eu burro oficial entendi é que ele tá criticando tudo e todos usando palavras rebuscadas e sentenças estranhas e confusas que vc n sabe se é por arrogância do Nietzsche numa tentativa de parecer superior ou porque é esse o modo que ele encontrou pra expressar essas ideias. Acredito ser razoável considerar as duas possibilidades porque o ser humano criou sistemas de linguagens complexos pq é uma criatura complexa, dai certas palavras e sentenças sejam a única coisa que soe plausível pra descrever certos sentimentos e ideias. é isso ou eu sou burro mesmo n tem oq fazer realmente. Acesse o link abaixo pra uma experiência mais vívida:

site: https://twitter.com/AcervoLoirinha/status/1425951947362816005

Sarahzeit 03/05/2024

Me questionei se era alfabetizada ao me deparar com esse livro
Sim eu sei que clássicos são diferentes, foram escritos há anos e anos atrás e o problema não é a escrita e sim o fato de eu não entender a maioria das palavras (risos amarelos, quase verdes).
As poucas partes que compreendi de primeira eu gostei e muito, Nietzsche é certeiro em suas questões e reflexões, ele é firme e ao mesmo tempo irônico, não de uma forma debochada e sim de uma forma extremamente inteligente.

Não posso falar mais pois foram apenas 70 páginas lidas (e sofridas). Abandonei momentaneamente pois não gosto da ideia de abandonar livros. Pretendo retomar a leitura, um dia, um dia....

joedson 15/12/2010

ALÉM DO BEM E DO MAL

transvalora os valores
fora medo de escravos
dentro audazes senhores

Roger 10/09/2013

Nietzsche apresenta de forma poética, muitas vezes hermética, seu projeto filosófico, a partir do qual o pensador problematiza o projeto da modernidade (Século XIX) e suas promessas e lança uma nova maneira de pensar o papel do conhecimento e atitude que o homem nobre deve ter diante dele, a moral religiosa (cristianismo) e os assuntos que achei os mais pertinentes no livro todo, a escola do sofrimento e a vontade de poder. Não recomendo a leitura ao grande público, mas àqueles procuram um pensamento e um debate ricos sobre o homem, a filosofia e a vida, este título é uma opção.

Lucas 02/02/2015

Livro difícil de entender com uma excelente linguagem. Muito focado no espirito alemão da época. Acho muito interessante a critica dele a outros filósofos, discutir filosofia não é coloca-la como intocável. Achei brilhante como ele critica a premissa dos filósofos pelo ideal e sua necessidade de ideal, como seus efeitos deixados, se mostrando um epicurista e não romântico. Achei curioso suas criticas a democracia como uma mediocrização, e discordo. Posso ter interpretado errado, mas creio que sua visão ao mesmo tempo que é instintiva, é altruísta. E que de certa forma previu o Nazismo e a URSS.

Peterson Boll 14/12/2009

Máxima
"Amamos, em definitivo, somente nossas inclinações e não aquilo que nos inclinamos"