Resenhas - Mansfield Park

Aline Oliveira 28/08/2022

Primeiro livro da Jane na minha vida, (só tive contato com as adaptações), acho que vai ser o último. Apesar de ter sublinhado o livro quase todo, não sei explicar o fenômeno. A história é insossa, deu uma melhorada no final, mas mesmo assim.
Gostei de ter lido, mas gostei mais ainda de terminar.

Tais Zeni 11/07/2022

Mansfield Park
Nem acredito que shippei o casal certo de um dos romances de Jane Austen. Eu errei dos outros dois.
A história é linda, A jovem Fanny vai morar com os tios. A princípio é difícil pra ela, e ela não se sente muito valorizada por eles. Mas sua bondade a faz dar sempre seu melhor para ser útil e agradável.
Quando volta para casa ela começa a refletir sobre as diferenças entre Manfield Park e a casa de seus pais. Ela percebe que é como comparar água ao vinho. Ela percebe quem ela se tornou vivendo com os tios e quem ela se tornaria vivendo com os pais e choca à ela a diferença gritante entre ambas as famílias.
Existe muito material para reflexão em Mansfield Park, mas esse é uma parte que cabe a cada leitor fazer por si mesma.
Leia, e comente quais reflexões fez ;)

A edição da Penguin Companhia tem algumas notas que achei um tanto desnecessárias, apesar de informativas, a grande maioria eram informações que não davam maior acréscimo a história.
Um livro para ler e reler!

Leituras e Reflexões 07/07/2022

Realmente esta obra é muitoooooo diferente do estilo de ORGULHO E PRECONCEITO. Mas nem por isso deixa de ser um romance muito bom para se ler nos momentos de lazer.
A protagonista, o extremo oposto de Liz, quieta, calma, recatada e muito sábia, ganha espaço no nosso coração, ao mesmo tempo que recebe nossos maiores ?puxões de orelha? por não se posicionar e esperar demais.
Intrigas, invejas e traições que nos dão uma lição: decisões definem futuro!
Deslizes nos fazem perder tempo é muito do que lutamos para conquistar.
Amo histórias que nos ensinam algo de bom!

SUPER INDICO!

Alexia 05/07/2022

Recomendo!!
Fanny não é de longe a minha personagem favorita, mas também não chega perto das que eu menos gostei. Gosto dela, mas não a amo. Durante a leitura eu achei muito bonito o jeito como ela sempre estava pensando nos outros, mas achava que ela deveria ter pensado mais em si mesma. No entanto, após algum tempo analisando o livro, percebi que a pessoa que Fanny mais cuidava e respeitava era ela mesma. Isso se torna muito evidente quando ela não cede a pressão do casamento com o Henry, mesmo com todos a dizendo que ela não encontraria oportunidade melhor que aquela e com a insistência dele em provar que a amava. Fanny fez a escolha mais coerente, pois ela não vai com a cara dele desde a primeira vez em que o viu.

Confesso que na segunda parte do livro estava até torcendo por um romance entre eles porque realmente parecia que ele não era a mesma pessoa que foi apresentada na primeira parte do livro. Mas Fanny não se convenceu e no final estava certa.

Não amei o fato de ela terminar com o Edmund porque mesmo que ele fosse quem Fanny amava a vida toda, ele nunca me pareceu gostar dela como mais do que uma grande amiga. No entanto, acho que ela e Edmund eram o casal mais previsível, que estava sempre na nossa cara, mas que por tantas questões externas me parecia bem longe de serem um casal, ainda mais por não ter percebido que Edmund poderia se interessar romanticamente pela Fanny.

O que eu mais gosto nos livros da Jane Austen, além das personagens principais sempre incríveis, é o romance. Amo ir vendo o desenvolvimento dos casais e tentar adivinhar os pares no final, mas nesse livro não gostei de nenhum casal que foi formado.

Eu recomendo para quem gosta de Jane Austen. Por mais que o final não tenha sido o que eu esperava, ao final do livro entendi que talvez ele não seja sobre ter um casal amado, ou ter personagens espirituosas como em seus outros livros, mas sim sobre uma fiel descrição da sociedade que a autora acompanhou e todos os seus aspectos ruins, porém verdadeiros, nos mostrando a todo momento a realidade do que se era esperado para as mulheres da época de acordo com sua posição social, assim como os outros livros da autora.
Foi uma leitura muito rápida, não consegui parar de ler até terminar e acredito que possa ser uma boa leitura para quem gosta dos livros da autora.

Bruna Gomes 03/07/2022

Jane Austen nos ensinando a identificar embuste desde 1814
Que aula!
Mansfield Park parece um belo conto de fadas com clara lição de moral no final.

Um livro que vale a pena ser lido, cheio de ensinamentos valiosos; saio dessa leitura mais alerta aos detalhes de conduta das pessoas, com mais certeza da importância de se manter fiel a si, da importância da prudência, ai.. tantos ensimentos deliciosamente embalados numa estória muito gostosa de ser lida.

Só posso agradecer a Jane Austen!

lalidesu 06/06/2022

Austen sendo Austen
Se você gosta de ler e assistir romances românticos de Jane Austen, logo no início deste já tem idéia dos amores que se formarão ao final. Mas essa constante na forma da nossa querida Jane escrever não nos priva de deleitar-mo-nos nos acontecimentos da trama que levarão as personagens ao fim já esperado. Mais uma obra gostosa e que vale à pena ser lida, com personagens complexos e tias irritantes.

Sarinhah 19/05/2022

Mansfield Park
Mais uma vez a Jane Austen me surpreendeu com a sua grande habilidade de conduzir uma história. Eu já tinha visto algumas resenhas em que falavam que esse é um dos livros mais ?fracos? dela, mas foi completamente ao contrário. Talvez por ter sido escrito durante o seu período de maior maturidade, tenha contribuído para que sua escrita e desenvolvimento pudessem ser mais complexos.

Quanto a personagem principal, Fanny, eu fiquei apaixonada por ela. Ela não é uma Elizabeth Bennet, que é confiante e decidida, mas é importante e necessário termos personagens como Fanny, pois ela representa uma maioria que é igual ou parecida com a sua personalidade. No entanto, não posso negar que em alguns momentos ela me irritou um pouco com todo o seu escrúpulo.


?? SPOILER!!! ??-


Confesso que não esperava aquele final, foi um dos plot twist que mais me surpreendeu. E só me mostrou, mais uma vez, que Jane Austen sabe o que ela está escrevendo.
Fiquei surpresa como desenrolou tudo porque eu já não tinha mais esperanças da Fanny ficar com o Edmund. Achei até estranho porque ele basicamente foi o irmão mais velho dela. Eu sei que naquela época era comum ter casamento entre primos e que eles são primos, mas ela cresceu sob, praticamente, os cuidados dela. Então, por isso, achei difícil me acostumar
com a ideia dos dois juntos.

Mimi 15/04/2022

Preciso ser sincera: se eu não tivesse comprado essa edição da Companhia com a Penguin, não acredito que ia gostar tanto da história quanto eu gostei. Isso porque eu li os textos de apoio e introdutórios que vem com esta edição, antes de começar a ler a história de fato; e eles me ajudaram muito mais a entender as nuances e as críticas que a Jane Austen estava fazendo e a gostar muito mais da protagonista.
Fanny Price é uma jovem tímida e reclusa que vive em Mansfield Park com seus tios e primos. Os pais dela não tinham muitas condições financeiras para criar tantos filhos e por isso mandaram-na para a casa do tio rico dela, que pode lhe dar uma educação melhor, mas ao mesmo tempo queria que ela fosse consciente de que ela não vinha do mesmo berço de ouro que seus primos.
A natureza tímida de Fanny e a sua criação mais rígida, mas não menos confortável, em Mansfield Park veio a torná-la uma jovem mais consciente, submissa e introspectiva; tornou-a num modelo ideal de caráter que seus tios almejavam. E isso só ficou claro quando Fanny e suas primas atingiram a idade para escolherem seus pares e se casarem.
No meio dos flertes impróprios das primas, Fanny sempre se manteve à margem de uma classe social que não era a dela e quando um jovem de futuro promissor, mas muito devasso, se declara para ela, Fanny se mantém obstinada em seus princípios e recusa-o.
Para muitos, Fanny é submissa demais, mas esta heroína não tem sua história contada por acaso. Com cenas e diálogos que significam mais do que os olhos vêem, Fanny nos mostra como devemos nos manter verdadeiros à nossa natureza e seguindo o nossos princípios para acreditar que o que estamos fazendo é o certo: para nós e para a sociedade.

Abeener 03/03/2022

Mansfield Park como não amar !
Não consigo descrever em palavras como este livro é incrível, Fanny acaba capturando o leitor com muito facilidade que chega a ser assustador. Ficamos presos à história, clamando justiça pela a nossa querida heroína, acompanhar suas angústias, medos, privações na esperança que ela um dia possa dar a volta por cima. Por fim fica aqui uma reflexão, sejamos todos incorruptíveis como Fanny Price, zeloso com os que amamos como William Price e Defensor dos desamparados como Edmund Bertram.

Nicaele.Luiza 02/03/2022

Bom mas esperava mais do romance
Jane Austen sempre é muito sagaz em seus livros, e nesse não é diferente. Contém bastante ironia, e críticas indiretas em relação aos matrimônios na época. Mas apesar de ter vários personagens bons, e que nos mantém curiosos para saber o final de cada um, o romance em si ficou muito de lado. Edmund literalmente amava outra pessoa, e eu senti como se Fanny foi para ele uma segunda opção, pois desde o início ele a tratava como uma irmã, e como uma confidente. Fanny é que o amava desde o início e eu senti que foi injusto dar a ela esse lugar de segunda opção. Mas ao todo não é um livro ruim, vi péssimas resenhas sobre ele, mas não senti que foi uma leitura desagradável ou parada. Eu me sentia como se estivesse assistindo uma série de época, com personagens de personalidades distintas e diversificadas. Tive relações de amor e ódio com os Crawford e muitas vezes fiquei estressada com a lerdeza do Edmund, ele é o mocinho mais fraco da Jane Austen. Eu recomendo para quem deseja sair de uma ressaca literária e quer uma leitura mais leve.

Thiago 14/02/2022

Duplamente surpreendente
Não se pode dizer que este livro é um autêntico romance de Jane Austen. A obra possui alguns traços típicos da escritora, como críticas a certos comportamentos de membros da sociedade e valorização daqueles que possuem bom caráter. Estão destacados os personagens invejosos, gananciosos, indolentes e despudorados. Também vemos uma heroína fraca - neste caso, quase que completamente insuportável -, o que é até comum para a autora. No entanto, também vemos uma obra com mais de uma reviravolta, o que não costuma acontecer em outros romances de Jane Austen. Neste, ela começa a desenhar uma narrativa e, por volta da metade do livro, realiza uma guinada. Começamos a pensar que a história está definida e, no meu caso, até torcer por essa definição. No entanto, há uma nova reviravolta surpreendente que impacta positivamente a leitura.
Como em outros, o final é um tanto quanto brusco e o ritmo é bem lento no início. Como já mencionado, a protagonista é bastante chata, fazendo com que seja até difícil torcer por ela. Alguns costumes são bastante diferentes do que os nossos, fazendo com que haja a necessidade de adaptação, pois, de outra forma, a leitura torna-se ininteligível, não sendo possível perceber os conflitos.
Destaco que, a partir do último terço, a edição apresentou diversos problemas de pontuação e até mesmo de tradução. Em alguns momentos, o personagem se chama "Edmund", enquanto em outros, "Edmundo", o que prejudica um pouco a leitura e, consequentemente, afeta a nota.

isabelle 04/02/2022

Livro bem mediano. Em todo o trecho que eles decidem fazer uma peça teatral o livro se torna muito irritante (e isso se alonga por taaanto tempo), mas depois disso a história melhora de pouco a pouco. As coisas acontecem de maneira bem lenta, só causando impacto de verdade no finalzinho. Eu só insisti na leitura porque li uma resenha aqui no skoob que descrevia a história como "um castelo de cartas que vai sendo montado e de repente desmorona". É exatamente isso que acontece, e o desfecho é mesmo bem legal.
A Fanny (e eu não vou chamar ela de chata por ser tímida) é com certeza um dos weak links da história; ela me lembra aquele escritor de Amélie Poulain que quer publicar um livro no qual o protagonista pensa mas não faz nada, e obviamente ninguém ia querer ler um livro assim.
Enfim, por já ter lido (e gostado de) Orgulho e Preconceito não vou basear meu juízo de valor
da Jane Austen nesse aqui. Deve ser um dos trabalhos dela mais fraquinhos. E não é romance!

Lívia 09/01/2022

É interessante o destaque qua a autora dá a questão moral. As personagens corretas são recompensandas, enquanto as outras são vítimas de suas próprias fraquezas.

Maíra Marques 23/10/2021

Sabe o castelo de cartas que vai sendo montado e de repente desmorona? Senti isso na leitura desse livro.
Quando tudo parecia estar se encaminhando para um final todo desenhado ao longo do livro, com dois casais sem sal e pouco açúcar, já no final do livro, vem o plot e tchram...
Gosto da escrita da Jane Austen e esse livro me agradou bem mais do que Orgulho e preconceito. Recomendo para quem gosta de romances de época.

Le 20/10/2021

Gostei muito desse livro porque de certa forma ele é o mais realista de todos que já li da Jane até agora. Personagens chatos, vida um pouco entediante, regras sociais rígidas e sem sentido, galera sem muito o que fazer no dia a dia, parece bem real e até perdi um pouco a vontade de viver naquela época, o que achei muito bom.
Tive momentos e momentos com a Fanny, porque ela é muito boazinha e as vezes chegava a ser até um pouco chato, ela é muito muito certinha, e tive dificuldade de entender porque algumas coisas não eram certas. O Edmund é um amor, eu também me apaixonaria por ele. O resto passa, gente chata e sem graça.
Confesso que tive um pouco de dificuldade de me conectar com o livro e com os personagens, o que é incomum com os livros da Jane. Só fui me apegar mais à história lá pelos 60%. Me perdi em muitas partes, achei que a Jane se alongou demais em alguns trechos e eu não entendi e também não fez a menor falta.
Em suma, é um livro bem ok, o "menos bom" da Jane pra mim. Não leria e novo, mas recomendo a leitura pros fãs da Austen, porque é bom compreender o outro lado e ver todas as nuances da escrita dela.