AnaCarolina 22/07/2016
Existe uma lenda acerca de um pássaro que só canta uma vez na vida, com mais suavidade que qualquer outra criatura sobre a terra. A partir do momento em que deixa o ninho, começa a procurar um espinheiro-alvar e só descansa quando o encontra. Depois, cantando entre os galhos selvagens, empala-se no acúleo mais agudo e mais comprido. E, morrendo, sublima a própria agonia e despede um canto mais belo que o da cotovia e o do rouxinol. Um canto superlativo, cujo preço é a existência. Mas o mundo inteiro pára para ouvi-lo, e Deus sorri no céu. Pois o melhor só se adquire à custa de um grande sofrimento"
Pássaros Feridos, é uma saga, sobre a família Cleary, iniciando no século 20, com a vida da família na Nova Zelândia e a sua ida para a fazendo Drogheda, na Austrália, cuja dona, Mary Carson, é irmã de Paddy, o patriarca da família Cleary.
Além de contar a história dos membros da família, alguns com mais profundidade, e outros não, conta com um maior protagonismo de Meggie, a única filha do casal Paddy e Fee, que tem sua história contada desde os 7 anos até a sua velhice, como a reitora de Drogheda.
Há também no livro, uma personagem muito importante, o Padre Ralph de Bricassart, que se afeiçoa a Meggie, desde sua chegada a Drogheda, e conforme seu crescimento, esse envolvimento aumenta, tendo consequências para ambos, Meggie e Ralph.
É um livro lindo, uma leitura que em alguns momentos chega a ser pesada, cansativa, densa, devido a narrativa descritiva da autora, mas é lindo ver o amadurecimento de Meggie, sua superação e aceitação de quem se é. Vale a pena, um ótimo trabalho de escrita da autora Collen McColloungh.
546 páginas, Ed. Bretand.