A casa das belas adormecidas

A casa das belas adormecidas Yasunari Kawabata




Resenhas - A Casa das Belas Adormecidas


234 encontrados | exibindo 136 a 151
10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16


Jessé 06/11/2020

Estranho mas muito bom!
Cara, esse com certeza foi um dos livros mais estranhos que li na minha vida.
Foi um daqueles livros que eu gostei, mas ele causa uma certa repulsa. Quem já leu Lolita talvez tenha uma noção do que estou dizendo.

Inclusive já deixo avisado, que é livro que pode incomodar bastante, então vão com cuidado nessa leitura.

E eu não vou contar nada da estória, porque eu acho que seria legal as pessoas pegarem esse livro pra ler no escuro.

Até pra que já leu Kawabata como é o meu caso, vai perceber um certo diferencial nesse livro se comparado a outras obras dele.

Foi uma das coisas mais estranhas e diferentes que já li, e isso já são motivos suficientes eu dar 5 estrelas pra esse livro.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



luisfelipe.monteiro2 19/10/2020

Forte e perturbador.
É difícil gostar de uma obra como esta. Perturbador em alguns momentos; digno de pena em outros; reflexivo em sua maior parte, mas acima de tudo, visceral. Não é uma leitura para todos, apenas para aqueles que entendem onde o autor quer chegar. Leia, mas com sua conta em risco.
comentários(0)comente



iguteixeira 14/10/2020

Bom. Eu realmente queria ter gostado mais desse livro, foi o primeiro livro que li do Kawabata; sou bastante curioso para conhecer mais sobre a literatura do chamado ?lado ocidental? do planeta. A descrição minuciosa dos detalhes e das voltas temporais de vida do protagonista deixaram a minha leitura um pouco lenta e muitas vezes senti tédio. No entanto, e isso fica também como dica para mim: é necessário parar e contemplar os detalhes - até os que podem ser tediosos inicialmente - a valorização da vida acontece nesse processo de contemplação do vil, do cotidiano, do outro, do eu. Enfim, parar, desacelerar e contemplar o considerado ?descartável? e ?sem importância/valor? (nos dias de hoje) é essencial, principalmente na lógica capitalística em que estamos inseridos, na qual todo momento é tempo de produzir. NÃO! Parar e contemplar é necessário. Boa leitura, caros aventureiros ;))
Jessé 05/11/2020minha estante
Acho que vc deveria deixar Kawabata pra quando estiver mais acostumado com literatura Japonesa. Te aconselho começar pelos contemporâneos primeiro, e deixar esses mais clássicos pra depois, já que a literatura japonesa muitas das vezes é bastante contemplativa e detalhista. Quando morei lá, notei que a literatura deles, muitas das vezes é de uma cultura muita fechada.


iguteixeira 05/11/2020minha estante
Obrigado pela dica. E agora consertando a palavra que meu corretor trocou e não percebi: ?oriental?. Abraços :))




Camille.Pezzino 08/10/2020

RESENHA #142: ESPECTROS E FANTASMAS DA VELHICE
[ESCRITO POR FERNANDA FOLLE]

Devo iniciar essa resenha dizendo que esse é provavelmente um dos livros mais perturbadores que eu já li. Publicado em 1961, A Casa das Belas Adormecidas foi a obra que inspirou, anos mais tarde, o mundialmente aclamado Memórias de Minhas Putas Tristes do escritor Gabriel García Márquez. Não é um enredo agradável, especialmente se você for uma mulher ou um idoso.

O senil Eguchi passa a conhecer, através da recomendação de um amigo, uma casa onde homens acima dos 60 anos podem observar jovens virgens adormecidas e onde possuem a oportunidade de dormir ao lado delas. Curioso e inicialmente cético, o velho resolve fazer uma visita à casa e experimentar os eventos a ele descritos em primeira mão.

A cada noite, ele encontra diferentes moças e, através delas, reencontra mulheres que de alguma forma marcaram o seu passado. O que há em comum entre os fantasmas de seu passado e essas meninas é o que o assola: a distância, a solidão. Mãe, filhas, amores cujos momentos divididos pertencem a um passado inalcançável. A partir do primeiro encontro noturno, Eguchi exporá ao leitor discussões que conectam intrinsecamente a velhice, a masculinidade e a morte. Tudo isso enquanto nos fechamos (e afligimos) num pequeno cômodo com moças inconscientes, em meio a cortinas carmesim e cobertores elétricos de um minúsculo hotel à beira-mar.

A crítica subjetiva, máxima e poderosa se dá quanto à objetificação da mulher e nos reflexos da fragilização da masculinidade do homem com o passar do tempo. O medo do envelhecimento é um sentimento que aflige a grande maioria dos seres humanos, pois os efeitos irreversíveis do tempo implicam em pensamentos negativos envolvendo aspectos físicos e mentais (perda da mobilidade, dificuldades de memória e raciocínio, doenças degenerativas, fatores estéticos) que levam, na cultura brasileira de modo geral, a construção de uma certa apatia e desinteresse pelos idosos na sociedade. Similarmente, no Japão existe também a ideia do idoso como um “inútil” que pode morrer pois a sociedade não teria a necessidade de sustenta-lo. Tal pensamento é terrivelmente comum e leva muitos idoso ao suicídio.

ACESSE O RESTO EM: https://gctinteiro.com.br/resenha-142-espectros-e-fantasmas-da-velhice/


É um livro repleto de metáforas e simbolismos que são de tirar o fôlego. Concordo com a Folle.

site: https://gctinteiro.com.br/resenha-142-espectros-e-fantasmas-da-velhice/
comentários(0)comente



Razuki 08/10/2020

"Gente velha corteja a morte!"
Um livro escrito na década de 60 que fala do corpo feminino com muito cuidado e doçura. Uma história simples que me prendeu do início ao fim sem me causar ojeriza, muito pelo contrário foi até prazeroso passear pelas memórias de Eguchi a cada noite com as belas jovens. Foi interessante ler sobre os homens que não são mais assim considerados por conta de uma condição fisiológica, seus pensamentos, medos e desejos. Foi uma leitura rápida, simples e prazerosa.

"Começou a perceber que a força mágica da vida de uma mulher não era pouca coisa."
comentários(0)comente



Ve Domingues 07/10/2020

Um livro complexo. Ao mesmo tempo em que o autor narra imagens lindas, como se estivesse descrevendo quadros, ele se coloca em uma situação bastante bizarra. A obra fala sobre envelhecimento e solidão, mas também sobre o quanto é difícil se encaixar nos padrões da sociedade. Nem sempre o que o mundo espera de nós é a melhor opção.
comentários(0)comente



herbert.goncalves 18/09/2020

reflexivo
livro com um ritmo moroso, mas que me agradou muito. tem algumas sequencias que me deixaram de queixo caido, e me fez repensar muitas coisas na vida. muito bom!!!

site: https://filmow.com/usuario/herbert_
comentários(0)comente



Lú Ribeiro 17/09/2020

Pureza e Ternura
Um livro sensível, genuíno e autêntico.
Cheio de mistério, e boas surpresas.
Indico.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Diego 28/08/2020

Reflexões de um velho.
O livro discorre sobre Eguchi e seu mais novo hábito, frequentar a casa das belas adormecidas. O ponto central do livro foi a reflexão do personagem que se encaminha para o fim da vida. Estimulado pelo seu novo hábito ele revisita momentos marcantes de sua vida ligado as mulheres, casamento, filhas, amantes e a própria mãe. Eguchi sabe que o tempo não voltará, e isso norteia suas ações.
Mesmo compreendendo o desconforto, principalmente das leitoras, confesso que o autor conduziu de maneira muito sábia um tema sensível e em um culto ao corpo feminino, narrou de forma única as reflexões do personagem.
comentários(0)comente



Felipe 27/08/2020

Essa foi uma das leituras que mais me incomodaram até hoje. Causa muito estranhamento um senhor ir até uma casa onde garotas ficam "adormecidas" durante todo o período em que ele está com elas. Talvez a busca que Eguchi está fazendo, é uma espécie de reconciliação com um passado já esquecido, e no corpo dessas meninas, ele procura não o prazer carnal em si, mas a busca de sensações, toques, cheiros, sem ser julgado, visto que as mesmas não sabem com quem estão se deitando, por conta do sonífero. É um exercício de tentar entender os motivos que o levam até essa casa, e na minha visão, a solidão da velhice é o maior motivo. Mas é um livro polêmico sim, ao estilo "Lolita" eu diria.

"[...] Decerto os velhotes não possuíam seu Buda, diante do qual pudessem ajoelhar-se e orar. Por mais que abraçassem fortemente a bela desnuda, derramassem lágrimas frias, se desmanchassem em choro convulsivo ou berrassem, a garota nada ficaria sabendo e jamais acordaria. Os velhotes não haveriam de se envergonhar, nem ficariam com seu orgulho ferido. Estavam inteiramente livres para se arrepender e se lamentar à vontade. Consideradas dessa forma, seriam as "belas adormecidas" uma espécie de Buda? E, além de tudo, um Buda vivo? A pele e o cheiro jovem das garotas seriam, então, o perdão e o consolo desses pobres velhotes."
comentários(0)comente



Lescano Romão 24/08/2020

Velhice e juventude: um desejo de vida e um temor da morte
Reflexão de um velho que redescobre dua vitalidade projetada nas jovens adormecidas. A vida porém não segue os cursos esperados e brinca com as expectativas...
comentários(0)comente



234 encontrados | exibindo 136 a 151
10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR