Kyoto

Kyoto Yasunari Kawabata




Resenhas - Kyoto


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AdemarSilveira 06/06/2021

Kyoto - Yasunari Kawabata
Assim que pudermos viajar novamente com segurança, o Japão está na minha lista de prioridades para viajar, li o livro Kyoto e me apaixonei por cada detalhe e a forma que o livro é escrito. Vi algumas pessoas comentando que a leitura é lenta e o livro tem que ser ?degustado?, mas acabei lendo em dois dias.

A narrativa, centrada na jovem Cheko, demonstra o período pós segunda guerra mundial, em um Japão se modernizando e adentrando na cultura ocidental, ao mesmo tempo em que se mantém atrelado à culturas milenares daquele País. Cheko é filha de um produtor de Kimonos, presa em uma história por não ser filha legítima dos pais que a criaram, e que participa da cultura original-tradicional enquanto busca as suas próprias origens.

Ler Kawabata é como ter um Panorama de uma pintura japonesa sendo narrado: cada detalhe da cultura, cada beleza e riqueza vai sendo delicadamente passado ao leitor. Sem dúvida uma das leituras mais agradáveis que se possa fazer.

É uma leitura incrível, mas não é um livro que eu recomendaria para qualquer pessoa, e sim para alguém que esteja interessado em conhecer um pouco mais sobre o Japão.
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Gabi Rosemberg 04/05/2023

Uma avalanche sensorial
O que eu mais gostei do livro foi como Kawabata expressa sentimentos através das plantas e da vida à natureza, usando metáforas visuais tão perfeitas. Expressões como ?Cores outonais? ou ?aura que emana das mãos? deixam o livro vivo. Adorei a história e conhecer mais da cultura japonesa
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Icaro 07/04/2023

Fino e delicado como uma pétala de cerejeira
Kyoto é uma obra de contradições sutis entre os valores da antiga capital imperial e a moderna ocidentalização, os grandes jardins urbanos e as montanhas de cedro do interior, ou a vida de duas irmãs separadas pelo nascimento.
Kawabata escreve uma obra de arte na medida em que a narrativa possui um plano de fundo tecido cuidadosamente como complemento do eixo principal. Ao mesmo tempo em que acompanhamos a vida de Chieko e Naeko passeamos pelas belezas de Kyoto, com suas cerejeiras, ruas estreitas, palácios e templos.
Suas metáforas dão ao livro um tom inconclusivo e subjetivo, tornando a obra sublime e refinada.
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Mario Miranda 23/04/2020

Uma Pintura Japonesa
Kyoto é uma das obras mais brilhantes de Kawabata. Talvez por ser uma das últimas obras a serem escritas pelo autor, demonstra um refinamento na arte de sua escrita.

A narrativa, centrada na jovem Cheko, demonstra o período pós segunda guerra mundial, em um Japão se modernizando e adentrando na cultura ocidental, ao mesmo tempo em que se mantém atrelado à culturas milenares daquele País. Cheko é filha de um produtor de Kimonos, presa em uma história por não ser filha legítima dos pais que a criaram, e que participa da cultura original-tradicional enquanto busca as suas próprias origens.

A obra faz diversos aprofundamentos nas seitas e cerimoniais japoneses, não de uma maneira detalhada como vemos em Mil Tsurus, mas de uma maneira mais abrangente e complexa.

Ler Kawabata é como ter um Panorama de uma pintura japonesa sendo narrado: cada detalhe da cultura, cada beleza e riqueza vai sendo delicadamente passado ao leitor. Sem dúvida uma das leituras mais agradáveis que se possa fazer.
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vanessa 03/04/2021

Reflexivo e muito poético
É um livro que traz bastante reflexões principalmente sobre os problemas sociais do Japão imperial e também sua situação econômica. A única coisa que eu não gostei muito foi o final, me senti muito trouxa achando que tava faltando páginas kkkk, mas mesmo assim é uma leitura que recomendo muito.
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Raíssa 29/01/2022

Kyoto
Amei ler sobre os aspectos culturais de Kyoto no pós-guerra pela visão de Kawabata, que soube descrever muito bem a beleza da cidade e suas tradições. O que mais me chamou atenção foram as diferenças na personalidade e modo de pensar entre as gêmeas por conta da influencia do ambiente em que cada uma viveu já que foram criadas separadas.


No entanto, achei que a história delas ficou bem em segundo plano (e fiquei um pouco decepcionada com isso) parece mesmo que o autor quis manter a cidade de Kyoto como protagonista do livro, focando mais em demonstrar a sua beleza, paisagens e seus costumes.
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Leo 14/02/2022

Kyoto, de Kawabata Yasunari, publicado pela Estação Liberdade e com tradução de Meiko Shimon, conta a história de um Japão pós ocupado pelos Estados Unidos, com seus personagens passando pela mudança cultural e ocidentalização do espaço. Chieko, a protagonista, é filha de um proprietário de uma loja de quimonos em decadência – assim como outros comércios em volta – e descobre que, quando bebê, foi separada de sua família biológica. A história passa por três estações, em que ela se encontra com sua irmã gêmea de criação muito mais simples, Naeko, passa por um processo de amadurecimento e vê as mudanças que ocorrem à sua volta.

A obra é um pouco difícil de ler devido às diversas notas de rodapé e conceitos diferentes do que estamos acostumados do ocidente, porém é muito interessante poder ver uma cultura do ponto de visto de um autor que descreve as coisas com tanta delicadeza e nuance. Kawabata consegue deixar até mesmo a descrição da fabricação de quimonos interessante, e acredito que o final em aberto da história seja também uma invitação para refletirmos sobre mudanças culturais, a ocidentalização do mundo e a preservação da memória.

(E o marca página que vem junto é lindo!)

Senti vontade de ler mais do autor!

site: https://www.instagram.com/p/CZ9sPQtrZ_V/
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Cello 10/03/2022

Kawabata é simplesmente impressionante! Sua escrita me transportou para Kyoto dos anos 60 e a delicadeza com que trata suas personagens é algo especial. Não foi à toa que este livro foi citado no Nobel de 1968.
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Arthur254 14/05/2023

Dia a dia com os pés no chão
Mais uma bela obra de Kawabata, trata com muita descrição o dia a dia da protagonista, uma moradora de Kyoto durante as transformações da modernidade, com uma trama envolvendo sua linhagem familiar
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Raphael 20/07/2020

Instrutivo, mas esquecível...
Foi uma leitura agradável, instrutiva, capaz de entreter e de instigar a curiosidade, mas ao mesmo tempo foi uma leitura bastante esquecível.

Em Kyoto, conhecemos Chieko, uma jovem que, quando bebê, fora abandonada à porta de um casal de ricos, porém decadentes atacadistas, tendo sido adotada e criada por eles como filha. Chieko eventualmente acaba descobrindo que tinha uma irmã gêmea, de nome Naeko, que, órfã desde muito cedo, vivia em circunstâncias socioeconômicas bastante duras.

O livro parece uma crônica do cotidiano do Japão do Pós-Guerra, conjugando um esforço entre o cultivo das tradições japonesas e um perene mal estar com a crescente ocidentalização dos costumes então em voga. Kawabata resgata as festas tradicionais, as celebrações dos santuários, as crenças populares, a cultura material. Suas descrições são arrebatadoras, tremendamente visuais, e têm o condão de nos fazer querer prestar mais atenção à beleza das árvores, das flores, da vida.

Alguns incômodos: em vários momentos, Kawabata interrompe muito abruptamente cenas e diálogos, de maneira um tanto desconcertante. Esse pode ser um traço de seu estilo - não sei - mas não me agrada muito.

Um colega já havia me alertado que, embora ele mesmo goste do autor, que esse seu estilo um tanto quanto inconclusivo não agradasse a todos. Bem, também achei o livro esteticamente bonito, mas realmente cheguei ao final com aquele "então é isso? acabou?".

Para além das cenas do cotidiano, há uma pitada de drama na vida da protagonista, introduzida com a descoberta da irmã gêmea, mas ele não é tão desenvolvido. Tive a sensação de que a própria Chieko e todo o núcleo de personagens são descentralizados - isto é, importam menos que o cenário. A cidade de Kyoto brilha como um quase personagem do livro, mas seus personagens humanos e sua protagonista perdem em densidade. Por isso, para mim foi uma leitura esquecível.
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Jessé 25/06/2019

Tradições e costumes.
Esse livro foi bem diferente do que achei que seria, quando li a sinopse dele.
A história do livro é sobre duas irmãs gêmeas que são separadas após seu nascimento, e 20 anos depois se reencontram por um acaso da vida.

Mas a estória sobre as irmãs, na verdade, fica bem em segundo plano, porque 70% desse livro, sao de descrições longas sobre as paisagens de Kyoto, sobre kimonos, tecelagens, e sobre os costumes e tradições da cidade, e das famílias que vivem na cidade.

Por o livro descrever muito pouco os personagens, acabei não me apegando a quase ninguém, com exceção da Chieko, que é a personagem usada com mais frequência na estoria, e que por consequência acaba sendo a personagem mais bem definida pelo autor.

Eu sinceramente, não acho que todas essas descrições ocuparem boa parte do livro, seja um defeito. Pois acho que a intenção do kawabata, era realmente criar algo contemplativo.

Mas eu sinceramente estava esperando algo diferente. Talvez uma sinopse mais elaborado pela editora, tivesse me preparado melhor para o que eu encontraria.

Mas enfim.... não acho que foi tempo perdido. Acho que vale a pena dar uma chance pro livro. Mesmo com muitas descrições, ele tem passagens muito belas, e o Kawabata sabia descrever cenários de uma maneira muito rica em detalhes. Sem falar que é legal saber como funcionavam alguns costumes e festejos em Kyoto nos anos 60.
Betega 12/09/2019minha estante
Fiquei com a mesma sensação de que se a sinopse fosse melhor, eu teria gostado mais do livro. Nem sempre isso é tão importante mas, creio que por esse livro ser bastante diferente do que estamos acostumados, fez diferença. Mas valeu a pena, agora quero ler outro do Kawabata pra ver o que penso.




Mandark 21/03/2022

Sensível...
Um livro sensorial e uma experiência geográfica no Japão de décadas atrás... Uma narrativa delicada e sensível sobre o reencontro de dois mundos afastados no nascimento que convergem para a maturidade da feminilidade, em duas instâncias diferentes e ao mesmo tempo iguais.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 15/11/2018

Yasunari Kawabata - Kyoto
Editora Estação Liberdade - 256 páginas - Tradução de Meiko Shimon - Lançamento 2006.

O japonês Yasunari Kawabata (1899-1972), prêmio Nobel de literatura de 1968, é mais conhecido do público brasileiro pelo seu romance "A casa das belas adormecidas" em que trabalha com a estranha combinação de morte e sensualidade ao descrever um bordel no qual homens de idade avançada podem passar as noites com jovens virgens que dormem sob o efeito controlado de narcóticos. Lidando com a sexualidade, ou a perda da sexualidade, de um homem na idade madura, as descrições de Kawabata abordam de forma inusitada a perda da juventude e representam a busca de uma felicidade que não pode ser alcançada. "A casa das belas adormecidas" também inspirou o colombiano Gabriel Garcia Marques quando escreveu "Memória de minhas putas tristes" no qual aborda a impossível história de amor entre um ancião e uma menina de catorze anos.

Neste romance, lançado originalmente em 1962, a cidade de Kyoto, que foi a capital do Japão de 794 à 1868, é uma das protagonistas mais importantes e as descrições líricas dos eventos religiosos, costumes locais e belezas naturais da cidade são um legado cultural que o Japão ficou devendo a Kawabata. O livro narra a história de duas irmãs gêmeas, Chieko e Naeko, que foram separadas quando bebês e criadas em ambientes distintos. Chieko foi adotada por um comerciante tradicional de quimonos da área central de Kyoto e sua irmã Naeko ficou na aldeia de Kitayama, região montanhosa localizada na periferia da cidade. As duas, apesar de fisicamente idênticas, têm personalidades muito distintas por conta da influência do ambiente e da educação. Enquanto Chieko tem características de formação próprias dos jovens de classe média urbana, influenciados pela cultura ocidental, Naeko é mais sensível e amadurecida emocionalmente por conta da simplicidade da vida e do trabalho no campo.

“Os cedros da aldeia de Kitayama eram todos administrados por pequenos empresários. Contudo, nem toda família era dona de terra. Pelo contrário, poucos o eram. Chieko cogitava se seus pais também teriam sido empregados de alguma família proprietária. A própria Naeko dissera: ‘Estou trabalhando para...’ Tudo havia acontecido vinte anos antes. Chieko teria sido abandonada porque, na época, ter filhos gêmeos era considerado uma vergonha, além do que se acreditava na dificuldade de criá-los com saúde. Era possível que tivessem se preocupado também com os escassos rendimentos da família. Chieko esquecera de perguntar três coisas a Naeko. Por que abandonaram a ela e não a irmã? Quando ocorrera o acidente do pai, sua queda do alto do cedro? Naeko dissera ser ‘recém-nascida’ na época, no entanto... Havia dito também ter nascido na casa do avô materno, um lugar bem mais remoto do que a aldeia dos cedros. Nesse caso, qual seria o nome do lugar?”

No meu entendimento, os contrastes entre as duas irmãs gêmeas simbolizam o conflito entre a cultura tradicional e a modernização do Japão na época do pós-guerra. Kyoto foi um dos últimos trabalhos de Kawabata antes do suicídio em 1972, ele soube, com maestria, expressar a essência da mente japonesa, como destacado pela academia sueca ao premiá-lo com o Nobel de literatura.
Márcio_MX 15/11/2018minha estante
Faz muito tempo que li. Acho que foi meu primeiro com a literatura japonesa e me marcou muito.
Ótima resenha, parabéns


Alexandre Kovacs / Mundo de K 16/11/2018minha estante
Obrigado Márcio, já tinha publicado esta resenha há algum tempo no blog e passei para o Skoob.




Wilson 18/09/2019

Bom livro
Bom livro de Kawabata, mas tive o azar de ler uma antiga edição portuguesa, o que dificultou a leitura.
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Matheus945 10/06/2020

Definitivamente, Kyoto
Nessa minha segunda leitura de Kawabata, tudo que eu gostei de ler no primeiro livro ainda está presente. A escrita delicada, personagens no meio de conflito interno, descrições singelas do ambiente...

Nesse livro o autor nos apresenta uma declaração à cidade de Kyoto, com seus INÚMEROS festivais, tradições que ainda continuam fortemente presentes e muitos detalhes sobre a produção de kimonos na cidade. A cada palácio, praça, região que ele descrevia eu acaba procurando na internet pra ter imagens do lugar e, se alguém me desse uma passagem de avião pra ir pra lá eu iria sem pensar duas vezes. Um lugar tão lindo que inclusive tem uma história de que a cidade foi poupada dos ataques com as bombas que atingiram Hiroshima e Nagasaki justamente por ser uma cidade bonita.

Mas o resto da história, sobre Chieko e sua origem, não é tão forte assim. Ela quase perde seu protagonismo pra própria Kyoto e outras subnarrativas como a da decadência da loja da família, o conflito interno do pai, entre outros. Gostaria que a presença dela fosse maior na história e por isso avaliei com 3 estrelas, mas não é jamais um livro ruim.
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