Incidente em Antares

Incidente em Antares Erico Verissimo




Resenhas - Incidente Em Antares


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Ana 04/02/2020

Pra mim, Incidente em Antares é a obra-prima de Érico Veríssimo!
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Igor.Banin 06/05/2020

Ótima leitura
Um ótimo livro para tempos de quarentena com ótimas construções de personagens.
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Fabio.Nunes 20/07/2022

Venha conhecer o Brasil
Sempre fui fã de romances históricos, mas, por falta de experiência literária, só conhecia autores estrangeiros: Ken Follet, Christian Jacq, Bernard Cornwell, Conn Iggulden. E pensava cá comigo: cara, seria muito maneiro se a gente tivesse um autor brasileiro que fizesse o mesmo com a nossa própria história, tão rica, complexa e conflituosa. Era óbvio que este autor já existia e eu que era o ignorante: Érico Veríssimo.
Incidente em Antares é um livro dividido em duas partes. Na primeira, o autor nos dá uma aula de história do Brasil, apresentando rapidamente história da fictícia cidade de Antares dentro do cenário nacional - da monarquia ao fim do Estado Novo. A segunda parte já narra o tal incidente.
Em todo o livro há críticas recheadas de ironia ao totalitarismo, ao coronelismo, às elites conservadoras que não enxergam as mazelas da pobreza, à polícia política e à hipocrisia. É uma crítica ao Brasil de ontem e, infelizmente, de hoje.
Um milagre ter sido publicado em 1971, em plenos anos de chumbo da ditadura militar.
Uma obra para todo brasileiro ler.
Um dos meus favoritos do ano de 2022.
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Marcos.Alexandre 04/09/2022

Uma história surreal, mas que pode ser perfeitamente adaptada ao Brasil atual. Onde estamos tapando o sol com a peneira e empurrando para debaixo do tapete os nossos erros. Será que precisaremos ser alertados pelos mortos?
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AleixoItalo 05/10/2022

Quem teve o prazer de ler alguma coisa do excelente 'O Tempo e o Vento', já tem uma ideia do que irá encontrar aqui. 'Incidente em Antares' mistura história e fantasia, usando o humor negro para criticar a sociedade brasileira.

Assim como em sua obra prima, Érico Veríssimo situa a trama num lugar perdido do Rio Grande do Sul, numa cidadezinha isolada onde em determinado momento os mortos se levantarão para reivindicar seus direitos...

Refletindo a boa e velha Macondo ('Cem Anos de Solidão'), vemos o surgimento e o desenvolvimento de Antares, com seus personagens folclóricos e gerações que vem e vão contando toda história do local. A maior parte do livro é uma excelente análise sobre o povo brasileiro, hierarquia política e sobre a guerra entre conservadorismo e progressismo.

Essa é talvez a principal proposta do livro: fazer uma síntese da história do Brasil usando como objeto de estudo uma típica cidade brasileira. Mais poderosa do que o próprio enredo, é a análise que Érico Verissimo faz da história de Antares, discorrendo sobre toda política nacional e as mudanças que foram passando cada geração.

Mais do que uma obra literária regional ou fantástica, 'Incidente em Antares' é um ensaio sobre política e sociedade brasileiras, e uma síntese de nosso momento atual. Em pleno século XXI, com os ânimos acirrados pelas eleições e o medo constante de um futuro incerto, a obra não nos deixa esquecer que o Brasil quase nada mudou nesses últimos 50 anos. Nossa sociedade continua engessada num conservadorismo tacanho e de fachada, e as narrativas ideológicas se repetem numa eterna ladainha vazia. De toda forma não é um livro triste, mas sim uma comédia tragicômica sobre nosso estado atual!
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Di3gao 13/11/2023

Enterre seus mortos junto de seus podres
Incidente em Antares me chamou muita atenção pela sua proposta incrível e diferente que parece até coisa de filme. Sejamos francos, quem não se interessaria por uma história onde um bando de mortos voltaram a vida e vão fofocar no coreto da cidade? Eu só não esperava que fosse me deparar com uma trama muito mais complexa e profunda do que isso.

O livro foi dividido em dois momentos: o primeiro se passa antes do incidente e o segundo algumas horas antes dele acontecer e suas consequências. Na primeira parte, o leitor é apresentado a história da pequena cidade fictícia de Antares, que é controlada por duas famílias diferentes e futuramente será palco do famoso incidente. O enredo construiu muito bem a história dessa cidade, estabeleceu quem são os moradores e a relação entre eles, manteve um ritmo consistente, foi muito interessante e traçou um paralelo político excepcional entre a política de Antares e a brasileira. Ele mostrou os períodos políticos brasileiros desde as missões jesuítas até o governo de Jango pelo ponto de vista da pequena cidade e serviu como um microcosmo do próprio Brasil, isto é, os problemas da cidade e as críticas realizadas acerca dela são uma referência ao próprio país. Por exemplo, Antares era uma cidade atrasada dominada por uma elite rural racista e conservadora que teme a mudança por não querer perder seus privilégios, um retrato perfeito do Brasil imperial e até mesmo atual.

Por sua vez, a segunda parte do livro larga o realismo que tornou crível a história de Antares para abraçar por completo a fantasia, sem perder sua essência. A trama gira em torno de sete mortos pressionando o governo da cidade para serem sepultados devidamente, pois os cemitérios foram fechados após uma greve operária estourar na cidade. A primeira parte dedicada totalmente à Antares foi justificada aqui, pois se fez muito necessário o leitor conhecer as origens e dinâmica da política da cidade, a população que a compõe e suas raizes racista e oligarca para compreender melhor as denúncias que os mortos fizerem e o porquê dos eventos terem se desenrolado de tal forma após o incidente.

Como dito anteriormente, o livro se utiliza de Antares para traçar um paralelo com o Brasil, mas ele também fez críticas gerais. Ao meu ver, cada morto representa um problema presente no Brasil e a volta a vida deles seria uma metáfora para os podres políticos que chegam à tona no conhecimento popular; e a relação do incidente com a greve não é coincidência, pois penso que esses dois acontecimentos possuem uma relação mútua, já que a greve acarretou nos "mortos" falarem e, só após as revelações feitas por eles, o povo vai tomar consciência de quem os governa e de seus direitos para a revolução poder acontecer. Visto isso, após o fim do discurso dos defuntos, o enxame de ratos que invadiu a praça, vindo da favela e de dentro das casas, representa a população marginalizada que vive de restos escondida nas sarjetas dentro da sociedade e, que ao tomarem consciência, se uniu para reinvidicar sua posição e inclusão social, sem contar também as pichações com mensagens políticas que passaram a aparecer nos muros.

Diante de todas essas qualidades ditas e da análise feita, é inegável que Erico Veríssimo tem uma mente brilhante e criativa, mas quero reforçar mais esse fato. A escrita do autor é muito fluída e envolvente, ele construiu toda a história com excelência, a narrativa é muito imersiva, ele transitou muito bem entre pontos de vista diferentes, a trama política e seus paralelos foram bem pensando e elaborados, toda a base histórica criada para a cidade é incrível, tem muitos diálogos filosóficos e as críticas feitas por meio do humor ácido e irônico dele tornam o livro tão especial. Além disso, Erico foi muito corajoso em lançar esse livro durante plena ditadura militar, pois ele crítica abertamente a tortura, o autoritarismo e a burguesia.

Portanto, Incidente em Antares tem uma história única e bem construída, uma leitura muito boa, um enredo com muitas camadas, críticas certeiras e é fundamental para compreender a atualidade por fazer o leitor se aprofundar e refletir sobre a história, a política e a sociedade brasileira. Aprendi mais sobre Era Vargas lendo esse livro do que em qualquer aula de história. Recomendo muito!!
Lucas2086 25/11/2023minha estante
Comprei este livro,estou no aguardo para ler .Ótima resenha


Di3gao 26/11/2023minha estante
Obrigado amigo. Vale muito a pena a leitura, com certeza vc vai gostar




beatrzzz 27/01/2024

Essa história traz um enredo que trata da formação política do Brasil como república e das contradições do tradicionalismo, que desfila em cima de tapetes onde verdadeiros escândalos se escondem. O autor tece críticas sociopolíticas através de uma narrativa histórica, divertida e de fácil leitura, contada pelos habitantes da fictícia "Antares" e pelos mortos que revelam os segredos dos vivos.

Aviso que o autor dedicou quase metade do livro a uma grande contextualização da cidade, se demorando em aspectos como o coronelismo, a rivalidade entre famílias, os costumes e principais figuras de Antares. Isso pode atrair a atenção de alguns leitores ou desagradar outros.

Para mim, a leitura desse livro foi muito prazerosa. Totalmente recomendo!
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Jeff_Rodrigo 28/07/2023

Não existe melhor livro de apocalipse zumbi que este!
Livro incrível! Foi o segundo do Érico Veríssimo que li. A construção do enredo, com um retorno ao passado da cidade e dos antepassados dos principais personagens, revela uma interessante homenagem ao materialismo histórico-dialético. Os mortos não sepultados assustam os habitantes não só pela situação em si, mas também pelos segredos e cicatrizes não fechadas que as suas histórias, contadas através de suas próprias bocas, revelam. Esse é um livro que me divertiu e me fez refletir sobre mim e o meu próprio lugar - ainda mais no ano de 2021, no auge da Pandemia de COVID-19.
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Bianca Martins 13/07/2021

Que livro incrível
Foi a minha primeira experiência lendo Erico e eu não sabia o que esperar. Minhas deusaas, eu amei!

Na primeira parte do livro ele narra todo um contexto político da cidade (que reflete o contexto do país). Essa parte é muito necessária para entendermos o pq das coisas serem como são.
Eu gosto da história do Brasil, então para mim foi uma delícia ler essa primeira parte.

A segunda parte sem todo a narração da primeira não teria a mesma intensidade e força.

Eu me emocionei com a história de alguns personagens.

Apesar de ser um livro longo tinham tantas frases e parágrafos interessantes que não tive vontade de pular nada, para não perder nenhum diálogo.

Ler ele nesse atual desgoverno de 2021 é um tanto quanto assustador. Ver que nada mudou.
A sátira que o Érico faz sobre as classes seria cômico se não fosse triste, pois na real, tudo permanece igual. Nada mudou (infelizmente).

Vale demais a leitura.
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Marcela Bianchini 26/09/2021

confesso que foi um martírio passar da primeira parte, mas valeu a pena. incidente em antares é assustadoramente atual.
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Nanda 19/07/2021

Genial e atual
Livro para ler sem pressa, a primeira parte é bastante informativa, e a segunda, simplesmente genial.
Mas o melhor de tudo, é o tanto que ele fala, sem dizer. As sutilezas e as entrelinhas que o Veríssimo dominava, tornam esse livraço um clássico!
.
Elziana.Sousa 04/12/2021minha estante
Tive essa mesma percepção!




Sr. Campelo 20/12/2020

Sete Cadáveres num Coreto
"É 11 de 1963. Greve geral em Antares. O fornecimento de luz é interrompido, os telefones não funcionam mais, os coveiros encostam as pás. Dois dias depois, numa sexta-feira 13, sete pessoas morrem - entre elas d. Quitéria, matriarca da cidadezinha. Insepultos e indignados, os defuntos resolvem agir: querem ser enterrados. Reunidos no coreto, decidem empestear com sua podridão o ar da cidade. Enquanto ninguém os enterra, porém, resolvem acertar as contas com os vivos e passam a bisbilhotar e infernizar a vida dos familiares."

A premissa do enredo é simplesmente fantástica. Iniciei a leitura sem antes verificar resenhas a respeito da obra e sem nenhum conhecimento prévio. Logo, imaginei que seria apenas uma comédia um tanto funesta. Ledo engano! A obra apresenta, por trás de toda sua comicidade, um retrato da supressão da liberdade no período da Ditadura Militar no Brasil. É exatamente a habilidade do autor em abordar a temática pelo viés cômico que torna o romance genial - pois a supressão da liberdade nos tira toda a capacidade de rir, e Verissimo consegue, de forma brilhante, inserir o humor como uma característica marcante presente ao longo da narrativa.

"Desta vez abri a veia da sátira e deixei seu sangue escorrer livre e abundantemente." (Erico Verissimo)

P.s.: Você precisa ler este livro antes de morrer... ou mesmo depois de morto!
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Marcella 30/05/2021

Incidente em Antares é um livro escrito em 1971, durante a ditadura militar, e sua narrativa é uma crítica ao regime da época. Ele aborda temas como exílio, tortura, censura, proibição de greve, e tudo isso de forma bem humorada e sarcástica.
Dividido em duas partes, a primeira é utilizada para contar a história da cidade de Antares, desde sua criação até a época em que se passa a história, bem como de seus principais personagens. São quase 200 páginas, um pouco cansativas, mas que praticamente dão uma aula de história do Brasil, principalmente na parte da evolução política
A segunda parte do livro narra, finalmente, o incidente. Durante uma greve geral dos trabalhadores, pedindo por melhores condições de trabalho, seis pessoas falecem. Os coveiros se recusam a enterrar os corpos e, durante a madrugada, os cadáveres se levantam. Ao perceberem que não foram enterrados, os 6 mortos decidem resolver pendências pessoais com os moradores da cidade.
É uma história muito engraçada, que mostra de forma cômica a hipocrisia da sociedade de Antares (um retrato do Brasil), onde os personagens principais se dizem pessoas de bem, da família tradicional, mas que fazem todo tipo de imoralidade às escondidas. Veríssimo nos faz pensar sobre os absurdos de um regime totalitarista e também sobre a falsidade das pessoas que detém o poder, que dizem se importam com o povo mas apenas satisfazem as próprias necessidades.
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André Vedder 03/02/2010

Muitos reclamam da primeira parte do livro, mas eu, ao contrário gostei...a história é bem narrada, e acabamos até se inteirando mais sobre a época de Getúlio Vargas...pra mim o livro fluiu muito bem do ínicio ao fim.
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rhuancsl 22/01/2022minha estante
sabia que iria gostar hihi




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