A Intrusa

A Intrusa Júlia Lopes de Almeida




Resenhas - A Intrusa


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Carol851 08/04/2024

Esse livro seria uma excelente novela das 6h
Esse é o segundo livro da Julia Lopes de Almeida que leio e gostei muito desse livro, adoro como as histórias parecem enredos de novelas das 6h de época e falo isso como um elogio porque um bom novelão é sempre ótimo de assistir.
Mesmo a Baronesa sendo uma vilã, simpatizei muito com ela e entendi o luto dela que levava as suas ações. Também gostei muito de acompanhar o Padre e facilmente leria um livro sobre ele.
No geral, gostei dos demais personagens e da leitura. Recomendo a leitura a todos, é preciso que mais pessoas leiam os livros da Julia Lopes de Almeida.

Obs.: Ouvi o audiobook de A Intrusa no Skoob. O audiobook foi produzido pela Editora Livro Falante com atores que interpretam cada personagem, o que dá muita qualidade ao livro e nos insere na história. Recomendo muito escutar o audiobook. A Intrusa está gratuito no Skook para todos.
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Dayana116 07/03/2024

A intrusa é um romance de Júlia Lopes de Almeida originalmente publicado em folhetim.
Traz a história de Alice, moça bem instruída e desafortunada que acaba se tonando governanta na casa de um viúvo que jurou a esposa no leito de morte se manter fiel à ela para sempre e nunca voltar a casar. Por causa dessa promessa ao acertar o contrato de trabalho de Alice, ele faz uma exigência: "não nos vermos, senão quando isso for absolutamente indispensável, ou melhor, não nos vemos nunca!"

Ao longo dos vinte e um capítulos do livro pouco vemos de Alice, o que sabemos dela é o que é dito pelas outras personagens e de suas interações com Glória (filha de Argemiro). Ela é como um fantasma na história e é assim que Argemiro a descreve. Alice realmente levou a à risca a condição imposta e só é vista pelas benfeitorias que faz a casa e a filha dele. Essa aura de mistério que involuntariamente circunda Alice deixa Argemiro, e também o leitor, curioso para saber mais dela.

Inclusive acho que a grande qualidade narrativa do livro é essa. A protagonista que dá título ao livro aparece em primeiro pessoa (tirando uma ou duas falas ditas diante de Glória) somente no segundo e nos últimos capítulos. Por se tratar de um folhetim com certeza essa aura de mistério mantinha os leitores ávidos para conhecer Alice em primeira mão. Mas por ser um folhetim tem também suas falhas, alguns capítulos que não acrescentam nada a história e parecem estar ali apenas para prolongar o enredo, personagens introduzidos que não são desenvolvidos e o fim que achei um tanto apressado, meio chocho.

Também não posso deixar de mencionar trechos de racismo escancarado na obra. O desagradável é que não parece ser uma crítica ao pensando em voga na época, mas uma opinião da autora. Primeiro que o único personagem negro da obra é imbuído de adjetivos pejorativos. E a todo momento a cor da pele do personagem é lembrada: o negro, o negro. O mesmo não ocorre com os personagens brancos. Depois isso se aprofunda e no capitulo treze onde o narrador diz que Feliciano odeia os brancos porque tem inveja deles e que, se pudesse, se despiria daquela pele que ele abominava. É um capítulo muito desconfortável de ler. Sem contar que em determinado momento Argemiro (o protagonista) critica o sogro por ter ofertado estudo a Feliciano e por isso ele desejar ser mais do que deveria. Se tivesse continuado ignorante se conformaria com a posição subalterna na vida. Nisso vemos como o Brasil mudou pouco. Os brancos continuam desejando ver os negros apenas em posições subalternas. Esse tipo de pensamento é bem absurdo e é bem comum também ainda hoje.
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carolmureb 27/02/2024

O romance de Júlia Almeida é um prior! Sua escrita é fluida e objetiva. Os diálogos são consistentes. A escritora que participou da criação da Academia Brasileira de Letras, mas não pôde ocupar uma cadeira por ser mulher, faz uma crítica à sociedade carioca da época preocupada com a moral e bons costumes. Retrata o saudosismo dos tempos dos barões. Critica também a vocação presbiteral apresentando-as mais como fruto de uma frustração, fuga ou decepção e não de chamado de Deus.
Por que, então, o livro é bom? Além das tramas bem escritas, do humor e críticas, a heroína é uma mulher que pouco aparece, mas que se conhece pelo que faz. Corajosa, honesta, dedicada, culta e inteligente. Conquista o coração do protagonismo não pela sua bela aparência e artifícios de sedução, mas pelas qualidades e talentos de sua personalidade. Além disso, Júlia Lopes de Almeida é uma das primeiras romancistas brasileiras e merece ser valorizada por seu pioneirismo.
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Livros.Bichos 12/02/2024

Gostei
Nunca li um livro com essa temática ou algo parecido. Foi um tiro no escuro que deu certo. Boa leitura!
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Berenice.Thais 26/01/2024

Ame a sua alma
E uma história de uma época que tem os seus estereótipos mais não deixa de nós colocar naquela época como se estivesse fazendo parte da quela sociedade que em muitos conceitos ainda não mudou muito. Conhecemos uma advogado viuvo com uma filha wue percebe o deselo do empregado mais antigo e a falta e o trabalho que tem para ver a filha que está morando com a avô. Que nos mostra uma sogra muito intragável. E a Alice a nossa intrusa que so ficamos sabendo do seu passado quando o padre fala ,quase no fim .
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Leticia Novaes 30/08/2023

A INTRUSA - JÚLIA LOPES DE ALMEIDA
⭐⭐⭐⭐

❝As asas do tempo têm forte envergadura; não cansam de voar, mas levam às vezes consigo penas que se não mudam, embora fiquem disfarçadas entre outras que vão nascendo...❞

Algemiro é um advogado, rico e viúvo que desde que sua esposa morreu, nunca mais se interessou por nenhuma mulher, ainda mais que no seu leito de morte, ela a fez prometer que ele nunca teria outra mulher em sua vida.
Ele tem uma filha que mora com os avós, e para poder cuidar melhor da educação da menina, Algemiro resolve contratar uma governanta para tomar conta da casa e educar sua filha Maria, mas um detalhe é muito importante nessa contratação, eles não podem se ver.
Assim Alice Galba entra na história e aos poucos ela vai conquistando a pupila e o patrão mesmo sem o conhecer diretamente.

Eu amei essa história, ela se passa na sociedade carioca do século XIX e eu gosto muito da forma que a autora abordou os costumes da época.

É uma pena que por ser mulher, Júlia Lopes de Almeida nunca tenha recebido o devido merecimento. Sei que muitas editoras estão tentando reparar e trazer a obra dela, e a Pedra Azul fez um ótimo trabalho nesse livro.
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Adriana1161 14/06/2023

A mulher ideal
Livro maravilhoso, como todos os outros que li desta autora, que infelizmente sofreu um "apagamento" na sua época.
Um romance cotidiano, com gostinho de novela, personagens interessantes!
Aborda racismo, feminismo, e a questão da pobreza.
Personagens: Alice, Argemiro, Glória, Padre Assunção, Floriano, Luiza, Sinhá
Local: RJ - 1908
@driperini

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Letty Rosse Ga 30/05/2023

Aquece o coração
Me apaixonei por essa história, me encantou demais...
Nosso mocinho já está algum tempo viúvo, e precisa de uma governanta para poder passar mais tempo com a filha, (essa que convive com os avós materno ,)
No entanto há uma cláusula no contrato, eles jamais poderia se ver, ou conversar, Alice teria que se retirar com a chegado do Argemiro no ambiente, sem k ele a visse. Será que conseguirá manter-se longe de Alice? Lembrando que no leito de morte, Argemiro prometera a sua esposa , não se casar com mais ninguém e ser fiel a ela para sempre....e tento uma adorável sogra o lembrando sempre de sua promessa.
Gente apenas leiam ...fascinante
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lar¡ 06/05/2023

Uma heroína (quase) invisível
Minha segunda tentativa de ler esse livro e dessa vez tive êxito. A trama é simples e talvez por isso bem amarrada: um viúvo quer ter a guarda da filha e contrata uma governanta. Não necessita de muitas páginas, apenas umas complicações aqui e ali até chegar no final romântico que se espera (por isso não é um grande spoiler) desse tipo de enredo. Mas devo dizer que me surpreendi! Uma pena que nem todos pontos são positivos (mesmo considerando a época etc etc), então segue a lista:
- Primeiro de tudo, eu acho tão genial quando os autores colocam a personagem principal quase como uma entidade, sem aparecer ou quase sem aparecer. Aqui a heroína é deixada de lado 90% do livro, só vemos as pessoas maldizendo ou o viúvo a defendendo. Mas ela sempre está presente.
- Gostei da consciência que a governanta Alice tenta colocar na filha do viúvo Argemiro, são tópicos quase nunca abordados em livros clássicos que leio, revelam um traço pertinente da autora, apesar dos seus vícios de classe.
- O maior ponto negativo claramente vai ser o racismo, o único personagem negro que temos e é justamente o antagonista junto com a baronesa, mãe da falecida. Esse livro faz uma descrição muito infeliz para que relevasse por conta da época.
- O padre ter virado padre por uma paixão pela falecida mesmo pra época é tão batido... mais valia uma polêmica abordando outras questões do que isso.
- Os homens não possuem profundidade, apenas pairam por ali e falam de política, se duvidar fofocam mais que as mulheres.
- A baronesa é vil em todos os aspectos (merecia ser presa), numa adaptação pra novela, quem a interpretaria?
- O final é até adorável, mas claro que a construção foi feita pelos moldes da época. Queria muito uma adaptação em que o foco fosse em fazer a gente acreditar no amor dos dois e não apenas dar o que o leitor quer, por conveniência.
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Toia1 08/10/2022

Cativante
Uma leitura muito gostosinha e rápida, que me apresentou à Julia Lopes de Almeida e já me deixa ansiosa para ler mais! História muito boa, fluída e interessante, com personagens que apenas cativam.
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Patty Costa 06/10/2022

Acolhedor..

Nós lemos livros de autoras como Jane Austen, Charlotte Brontë, entre outras autoras de clássicos da literatura internacional, mas esquecemos que o Brasil também tem sua parcela de autoras de livros. Não estou aqui comparando, por favor, mas somente dizendo que temos opções na literatura brasileira.
Júlia Lopes de Almeida é uma delas. Nasceu em meados do século XVIII e, mesmo sendo uma época em que não era comum para as mulheres se tornarem escritoras, ela conseguiu ter seu destaque. Em “A Intrusa, escrito nos anos de 1908, temos uma obra que nos traz boas surpresas. Uma narrativa que nos remete ao Rio de Janeiro do início do século XIX e nos faz andar de bondinhos e a conhecer outros lugares da época.
Nosso mocinho é Argemiro, um advogado bem sucedido e viúvo. Sua amada esposa morreu ainda jovem o deixando com Maria da Glória, a filha do casal, ainda um bebê, para criar. Em seu leito de morte ele jura a ciumenta esposa que nunca mais se casará e passam anos assim sem nem em outra coisa. Sua filha passa a viver com os avós maternos e o vem visitar em alguns momentos. Até que ele percebe que a casa precisa de uma melhor administração e coloca um anúncio no jornal solicitando uma mulher para governanta da residência.
Alice, nossa mocinha, atende ao anúncio e ao pedido do novo patrão de nunca se encontrarem. Ela pode fazer o que bem entender com a casa e com os gastos, desde que a mantenha arrumada e bem organizada. Um feito que ela consegue tranquilamente e isso o deixa muito feliz. Tanto que pensa em trazer a filha de volta para morar novamente com ele, o que desagrada muito a avó que fará de tudo para tirar Alice da casa e ter a neta de volta. Mas o que nossa protagonista fez com a casa, foi muito mais do que Argemiro poderia esperar. E, mesmo sem nunca ter visto seu rosto, ele se vê pensando em um futuro diferente e isso pode mudar suas vidas por completo.
Ana 06/10/2022minha estante
Que lindo


Patty Costa 06/10/2022minha estante
Ana, o livro é lindo.. Vale muito a pena ler .. E essa edição da Editora PedrAzul é um primor.. ????


.Mih. 07/10/2022minha estante
Amo essa história




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Noemy 21/08/2022

A intrusa de Júlia Lopes
Julian Lopes na obra a intrusa te surpreende em um primeiro momento, no começo da história fiquei confusa pois esperava o ponto de vista de uma heroína isto é de uma personagem feminina.
Mas é isto que surpreende, ponto de vista desta história vai te surpreender.
Lembrando que é uma obra importante e de uma escritora extremamente importante também...
Considerada avançada pela época pois defendia a abolição da escravatura; Júlia Lopes de Almeida escreveu para vários periódicos, atividade incomum para mulheres da época, e foi a única mulher entre os idealizadores da Academia Brasileira de Letras, apesar de ter sido impedida de ocupar uma cadeira nessa instituição.(Brasil escola)
Recomendo que você leia e tire suas próprias conclusões.
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