Grande Sertão: Veredas

Grande Sertão: Veredas João Guimarães Rosa
Eloar Guazzelli




Resenhas - Grande Sertão: Veredas


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Fernando.Dias 02/08/2021

Nada menos que Incrível
Tenho que concordar com os comentários de muitos dos colegas aqui do Skoob. É difícil descrever o que senti ao ler esta obra magistral. Grande Sertão sempre me despertou curiosidade e medo. Pensava se tratar de um livro hermético, reflexivo, cuja única qualidade era a inovação na linguagem. E qual foi minha surpresa ao me deparar com tiroteios, batalhas, tocaias, pactos com o diabo, romance, lirismo e belíssimas descrições dos sertões de MG, BA e GO. Apesar de sempre ter vivido em cidades grandes, me identifiquei completamente com as estórias e causos contados por Riobaldo. Como se estivesse no meio de uma roda de prosa, ou acompanhando pessoalmente as andanças dos jagunços sertão afora. Brasil na veia!
A linguagem é uma atração à parte. Inicialmente o texto assusta um pouco, parece truncado, difícil e até confuso. Mas com o avanço da leitura acabamos 'nos acostumando' e percebendo o quão genial e original é a escrita de Guimarães Rosa. Sem dúvida um dos melhores livros que já li, e que me causou enorme impacto.
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Everton Vidal 31/07/2021

Tem muito conto, novela ou romance repleto de poesia, mas aqui, assim como em Clarice, é impossível demarcar uma linha. A sensação é a de que se está lendo um poema gigantesco que fala sobre tudo.

Os neologismos, a extrema oralidade, o linguajar do povo da sua região, o fluxo de consciência que é mais um fluxo de conversa, e o diálogo que não mostra nunca a voz do outro, são características importantes, sempre citadas, mas o que impregna (e até vicia) é a intensa musicalidade, que vem do uso de muitos recursos da expressão poética. Também se destacam, a forte “conotatividade”, pelo uso extraordinário das figuras de linguagem, e a metafísica que está além da narrativa, pois Grande Sertão é uma viagem sobre os grandes temas humanos.

Como se fosse pouco, é um livro de amor, com um final inesperado. Enfim, aquela sensação contraditória de que falar sobre o livro diminui a experiência de tê-lo lido, pois não abarca, não alcança, então.

O livro é incrível gente, e só.
Clio0 31/07/2021minha estante
É um dos meus favoritos também.


Carolina.Gomes 31/07/2021minha estante
É incrível mesmo




Fernando1355 30/07/2021

Riobaldo e Diadorim
A história é maravilhosa, por mais que tenha uma escrita sertaneja, não atrapalha muito o entendimento.

Até se acostumar com o estilo demora um pouco, mas é uma obra fantástica.

As melhores partes são sem dúvida o flerte entre Diadorim e Riobaldo.
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Thiago.Moreira 29/07/2021

Que final!!!
Guimarães Rosa consegue transportar o leitor em uma viagem ao Grande Sertão que engloba estados como MG, BA e GO. A leitura não é das mais simples e as vezes é um pouco arrastada, demandando um certo foco por parte do leitor, entretanto, a leitura ganha fluidez com o tempo a medida em que se acostuma com a narrativa. O livro tem de tudo, incluindo: Romance, traição, vingança, filosofia e brasilidades. Fico feliz por ter conseguido encarar esse grande clássico da literatura brasileira.
Juliana 29/07/2021minha estante
Você gostou desta edição da Companhia das Letras?


Thiago.Moreira 29/07/2021minha estante
Gostei sim, diagramação excelente e conteúdo extra interessante.




JoAo.Victor 29/07/2021

Viver é muito perigoso
Estou completamente sem palavras para descrever esse livro, só digo que foi uma pena Guimarães Rosa não ter ganhado o Nobel de Literatura
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Christiane 24/07/2021

O que falar sobre esta grande obra prima que já não foi dito? Como exaltá-la mais? Prefiro falar da minha experiência de leitura deste grande livro, deste clássico da literatura brasileira.

Normalmente considerada uma leitura difícil, com muitos regionalismos, que para quem não é da terra, das Minas Gerais, do sertão, se torna muitas vezes um desafio. Sabendo disto optei por me lançar na leitura de corpo e alma, e acabei vivendo uma experiência nova para mim. Eu escutei o livro! Li o livro com os ouvidos, se é que isto é possível.

Talvez por ter passado por uma análise psicanalítica isto se tornou possível, não sei, mas o fato é que fiz isto de alguma maneira. Ouvi Riobaldo, atravessei com ele este Grande Sertão e suas veredas.

Riobaldo elege um interlocutor, alguém a quem falar, para rememorar sua vida recontando sua história de jagunço nos sertões, e com isto reescrevê-la, dar-lhe outro significado, reconstruir sua história, fazendo a travessia de seus fantasmas. E qual o maior deles? o que rege sua vida? O pai. Filho bastardo, busca encontrar a lei, o pai que se reflete em Zé Bebelo, Joca Ramiro, o interlocutor, Medeiro Vaz, seu padrinho, no diabo. Busca de uma identificação capaz de lhe dizer quem é, busca inútil, mas que todos fazemos.

Interessante o amor dele por Diadorim, que é uma mulher, mas ninguém o sabe. Melhor retrato de que sabemos e não queremos saber? O Olhar, outro traço que rege sua vida, onde ele reencontra o olhar de sua mãe.

Li o livro com o ouvido, ouvindo este relato, esta construção de uma vida, seus medos, seus amores, suas dúvidas, o ódio, a alegria, ouvindo: Viver é perigoso! Travessia.
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Mayara666 23/07/2021

Genial!
História perfeita! O autor transporta a gente com a linguagem para o Sertão!
Confesso que o início foi difícil. Só consegui compreender a linguagem lá pela página 50, mas depois a gente engata que nao para mais de ler.
Esse livro é uma sequência de ensinamentos. Tem uma frase para cada elemento da vida: vc quer saber sobre o vento, no GSV vc encontra algo. Quer saber sobre a morte? Tb tem. Quer conhecer o amor? Tudoooo tem até mesmo o diabo vc conhece pelas palavras e vida do Riobaldo ?
Deixo aqui toda a minha admiração pela obra. Perfeita! Meu livro ta todo rabiscado. Lia com um lápis na mão. Sempre grifando algum trecho importante.
Leiam. Nao desistam do livro. Posso dizer que vale a pena.
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Pedro.Carboni 19/07/2021

Hermético, mas a travessia vale muito a pena. Após as 100 primeiras páginas, finalmente somos contextualizados cronologicamente na estória, que nos trás diversas reflexões existenciais e metafísicas de Riobaldo, além de seu poderoso amor por Diadorim. Sua busca incansável pela verdade. Uma travessia épica pelo sertão profundo, com seus mais diversos e peculiares personagens, e com as paisagens muito diversas e únicas (os Gerais, as Veredas Mortas, o Urucuia, o temido Liso do Sussuarão...). É um livro para ser esmiuçado...
Gabriela.Bustamant 20/07/2021minha estante
tô aguardando passar das 100 primeiras páginas ansiosamente, pq por enquanto não estou entendendo nada! kkkkk




Luh 18/07/2021

Genial
A leitura começa a arrastada, mas logo pegamos o embalo e não conseguimos parar de ler. Obra genial do Guimarães Rosa.
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raafaserra 13/07/2021

OS MIL SERTÕES
"Naqueles olhos e tanto de Diadorim, o verde mudava sempre, como a água de todos os rios em seus lugares ensombrados. Aquele verde, arenoso, mas tão moço, tinha muita velhice, muita velhice, querendo me contar coisas que a idéia da gente não dá para se entender - e acho que é por isso que a gente morre."

É com trechos assim que Guimarães Rosa nos capta em seu universo. Com um toque sinestésico e sensibilidade singular, Guimarães mistura tudo: paixão, secura, o bruto e a delicadeza em meio ao selvagem, nos lançando em um mundo que possui uma nova linguagem (a questão da linguagem é tão forte que, nas primeira páginas, cheguei a me perguntar se fui realmente alfabetizada, kkkkkkkkkk). Mas vale a pena insistir, pois, em um piscar de olhos, nos deparamos fluentes, incessantemente curiosos pelo protagonista Riobaldo e seu bando de jagunços além de, é claro, pela sua conturbada relação com Diadorim.

Um livro que te faz viajar, ler e reler frases não por não entedê-las, mas somente para senti-las novamente. Com Riobaldo, compartilhamos a descoberta dos sentidos (físicos e espirituais) da vida, o que leva cada leitor a ter uma experiência única com a obra. 10/10.
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BiolaBlues 12/07/2021

Obra Prima da literatura lusófona.
Sem dúvida está entre o que melhor se fez na literatura brasileira. Livro que frequentemente presente nas listas das maiores obras literárias de todos os tempos segundo aficcionados pela literatura. Figurando entre as obras de Shakespeare, Dostoieviski, Cervantes, Saramago, Garcia Marquez, Kafka, Hemingway, Goethe, cujo o clássico Fausto serve de comparação ao Grande Sertão de Rosa.
Só não é mais cultuado no mundo pelo fato que nenhuma tradução poderia chegar perto de transmitir as sensações que as digressões linguísticas, neologismos e a linguagem sertaneja podem causar ao leitor nessa verdadeira epopéia.
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Hamilton* 11/07/2021

UM DOS MELHORES LIVROS QUE EU JÁ LI
Guimarães desenvolve de tudo nesse livro, de uma ambientação completa e imersiva, que te faz se sentir em meio aos jagunços, aos dilemas da mente de Riobaldo. Mas de longe o que mais me fez amar esse livro, foi o modo que ele abordou os sentimentos, ele faz isso de maneira tão bela e complexa, que o seu sentir se mescla com o do protagonista, de maneira que fica praticamente impossivel se separar. Uma parte que tenho que deixar clara é o final desse livro, que é fantástico é me deixou completamente destruído, e impossibilitado de recuperar essa parte de mim que deixei no livro.
Ahh, é na minha opinião o Jagunço Riobaldo não fez aquilo.
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Paula.Juca 10/07/2021

A vida é uma travessia
Livro denso, cru. Existe amor no sertão, existe Deus e o diabo também. Tudo depende do momento e da circunstância. Viver é muito perigoso
Se quer começar ler este livro, saiba que te dará trabalho é por vezes longa a travessia mas ao final entenderá que o que a vida quer de ti é coragem, insista ?
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Day 08/07/2021

Minha Travessia
Levei 13 anos para ler esse livro. Ele me trouxe até aqui aonde estou hoje. Então não tem como falar dele, sem falar de mim.
Uma vez eu li uma resenha bem leve sobre o que seria esse livro, e o personagem Diadorim me ganhou. Puxa era um personagem tão corajoso, ele transbordava coragem, e naquele momento era tudo o que eu precisava pra superar algo que eu não lembro agora. Adotei esse nome como um codinome, nas redes sociais, e em tudo que pudesse, sem nem ter lido o livro. Tudo o que eu queria era incorporar toda a coragem daquele personagem em mim. Eu ganhei o livro de presente dos meus colegas, no meu aniversário de 2008, fazia 22 anos. Era um sonho ter o livro e poder ler ele. Comecei a ler, e foi um balde de agua fria. Eu não entendia muita coisa que estava escrita, o livro não tem capítulos, são 608 páginas de um personagem contando uma história, com um linguajar que tem muitas palavras que eu não conheço. Eu sempre tive a mania de sinalizar e procurar no dicionário cada palavra desconhecida. Mas aquelas palavras não existiam em lugar algum. Um tempo depois, pesquisando na internet descobri todo o Neologismo em cima do livro, palavras que foram criadas, um idioma próprio. Fora o regionalismo totalmente longe do meu, sou do Sul, então muitas expressões locais (Minas Gerais, Bahia, Goiás) são desconhecidas. Enfim, isso minou minha leitura, e o livro pairou esquecido, salvo algumas lembranças ocasionais e rompantes de término, que acabavam fracassando.
Esse ano, eu tive crises de ansiedade, crises de pânico, parei de trabalhar e tive (ainda tenho as vezes) medo de sair de casa. Uma fobia limitante causada pela Pandemia e seus desdobramentos. Em casa, coloquei na cabeça que iria terminar o livro, lendo 10 páginas por noite. Segui firme e terminei. Não liguei para as palavras que não conhecia, apenas segui entendendo o contexto.
Terminei.
Senti um misto de coisas que não conseguia expressar. Parecia que algo faltava, que eu não tinha compreendido tudo o que Guimarães Rosa queria dizer. Li trechos para meu marido, em voz alta. Ao ler em voz alta compreendi palavras que eu não tinha compreendido antes --> palavras que foram escritas para serem ouvidas, e não lidas.
Isso me deixou em choque. Pesquisei no Youtube trechos lidos, queria uma voz para dar vida a uma nova interpretação, achei trechos lidos por Maria Bethania. Chorei. Pela primeira vez o livro tinha me tocado, tinha chacoalhado meu ser. Então comecei a pesquisar videos falando sobre o livro, talvez alguém me ajudasse a enxergar o que eu não via. Achei um video de um canal chamado Canal Bitinices que vale super a pena ver, quem está lendo ou vai ler. E a explicação de apenas uma das muitas visões sobre muitos assuntos que o livro traz, me fez amar ainda mais o personagem que escolhi pra mim. Grande Sertão: Veredas exige uma maturidade pessoal, para entendê-lo. Uma maturidade contextual, histórica, regional, política, social e de muitas formas, que aos 22 eu não tinha, e que ainda hoje aos 35 estou construindo, mas consigo absorver mais coisas a ponto de perceber a grandiosidade dessa obra.
E num processo de Catarse, eu lembrei de quem eu era antes de iniciar o livro, e o porque de ter escolhido Diadorim pra mim! Isso me libertou e me ajudou muito a enfrentar meus medos e minhas fobias. Fiz avanços que nem imaginava conseguir, pq lembrei que, nas palavras de Diadorim: "É PRECISO TER CORAGEM".
E Diadorim me mostrou toda a coragem que existe em mim, e me lembrou de quem eu era e de quem eu quero ser.
Obrigada por isso, Diadorim.
Leiam.
Mesmo quando seu cérebro quiser explodir. Leia em voz alta, coloque trechos para ouvir.
Leia guiado por alguem que vai te mostrar tudo o que essa obra quer dizer, leia com um intérprete. E não deixe que a sua imaturidade te permita DESISTIR.
Vou deixar o link do video se alguem quiser se inspirar.

https://www.youtube.com/watch?v=i5Q6DilECJ0

https://www.youtube.com/watch?v=oOdGvuzQjbA
raafaserra 13/07/2021minha estante
Que lindo isso que você falou das palavras não terem sido feitas para serem lidas, mas sim ouvidas. Arrepiou


Day 13/07/2021minha estante
Obrigadaa! Foi muito emocionante essa descoberta! Quando puder veja o vídeo da Maria Bethânia lendo.. é maravilhoso


raafaserra 13/07/2021minha estante
Vou assistir siim




Aline 06/07/2021

Grande Sertão: Veredas (GSV) - João Guimarães Rosa (JGR)
Mire veja: já começo dizendo a vocês que ler esse livro é perigoso, você pode se apaixonar num tanto que esse pode virar um dos livros preferidos da sua vida, bom, não sei, mas, vou contar melhor como aconteceu comigo.

JGR é da ?Terceira Geração? do Modernismo, que se preocupa com a forma de expressão literária, o sentido ?estético? do texto, o autor tem uma forma incrivelmente criativa e poética pra contar essa história e isso me segurou do começo ao fim, li esse livro em 7 dias, o que pra mim foi uma surpresa enorme, porque comecei com muita dificuldade na linguagem e depois fui me acostumando, até, enfim dar a mão pro Riobaldo e deixar ele me levar na travessia pelo sertão!

A história é um monólogo ou um diálogo (Segundo Schwartz ?um diálogo pela metade? ou como diz Coutinho ?monólogo-diálogo?) das memórias do Riobaldo, o Tatarana. Em 3 dias ele conta toda sua vida para um interlocutor que não sabemos quem é ? um tal ?senhor?.

É um romance de formação, repleto de ambiguidades, simbolismos, elementos contraditórios, como: o bem e o mau, Deus e o Demônio ? E há uma revolução na linguagem, o que é GENIAL! JGR brinca com as palavras fazendo o lirismo chegar lá no fundo da alma! O tema da obra é mostrar pelo ângulo psicológico a vida aventurosa do jagunço, porém, vai muito além, como diz Clarice Lispector: ?ultrapassa o limite imaginável?.

Existem inúmeros textos complementares, muitos são os renomados críticos literários que até hoje fazem interpretações da obra, uma obra plural, híbrida, indagadora, regional e universal, com certeza uma das mais importantes da literatura brasileira.

Entre os textos de apoio que li destaco esse da foto do Eduardo Coutinho ?Travessias? que é excelente para expandir o olhar e entender melhor alguns pontos, também li os textos de apoio dessa edição da Companhia das Letras, inclusive que edição maravilhosa, indico demais ler por essa. Ainda quero ler muuuitos outros livros de apoio, e reler esse livro do sertão muitas vezes! Esse é um livro que a cada releitura cresce mais! Que experiência sensacional!
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