Grande Sertão: Veredas

Grande Sertão: Veredas João Guimarães Rosa
Eloar Guazzelli




Resenhas - Grande Sertão: Veredas


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Itamara 03/07/2021

"Ruim com o ruim, terminam as espinheiras por se quebrar."
Eu nem sei como começar esse texto.
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Por muito tempo adiei essa leitura. Em incontáveis vezes eu tentei ler as primeiras linhas e achava que não iria conseguir. Iniciada a travessia e vencidas as primeiras 20 páginas, afirmo que foi uma das experiências mais edificantes em minha vida de leitora. Hoje, já não lamento ter demorado tanto para lê-lo: alguns livros esperam o momento certo para entrarem na vida da gente. A maior sensação após a última frase é de que nada do que já foi ou venha a ser escrito sobre essa obra seja capaz de dimensionar sua grandiosidade.
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A vontade que tive ao terminar "Grande Sertão: veredas" foi de voltar ao início e imediatamente começar a ler tudo de novo. É realmente inexplicável...uma obra majestosa em todos os sentidos, não só em relação à linguagem (que de fato é um desafio do começo ao fim), mas também quanto ao próprio enredo. Não é à toa que o universo criado em GSV seja estudado em diversos países e línguas, uma fonte inesgotável para estudiosos. Portanto, tudo que eu tentar escrever aqui soará superficial ou piegas, mas preciso dizer que há muito não sentia tanta beleza em forma de palavras. Assim, quero resumir que a história precisa ser sentida. Não há absolutamente uma palavra ou frase que não cause um efeito de sensibilidade no leitor. É lírica, arrebatadora, violenta e poética. Eu realmente desconheço trabalho mais impecável que esse criado por Guimarães Rosa.
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Deus e o diabo. Amor e ódio. Vida e morte. Acaso e destino. GSV dá infinitas possibilidades de leitura:
pode ser lida como uma história de amor, como material para estudo da filosofia, cultura, religião, geografia. O sertão pode ser visto na sua literalidade ou no mais puro sentido metafórico, afinal "O sertão está dentro da gente".
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"O sério é isto, da estória toda- por isto foi que a estória eu lhe contei- eu não sentia nada. Só uma transformação, pesável. Muita coisa importante falta nome".
Camila.Szabo 03/07/2021minha estante
Fiquei muito apaixonada por esse livro também!


BiolaBlues 17/07/2021minha estante
Livro arrebatador.




Lu F. 30/06/2021

Um clássico.
Eu tive dificuldade com a linguagem do livro e achei ele bastante denso, pesado. Eram muitos nomes, eventos, gírias e tudo me deixou um pouco confusa. Tive vontade (o livro todo) de trancar o Riobaldo e o Diadorim em um quarto e só abrir a porta depois que eles tivessem se declarado um para o outro.

Uau, é um livro obrigatório para todo brasileiro, digo com tranquilidade. A riqueza de detalhes tornam esse livro um clássico clássico. Muito bom!
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Carol 24/06/2021

Grande Sertão: Veredas
Essa obra me desdobrou em várias. Primeiro porque achei um dos livros mais difíceis que já li na vida, mas insisti mesmo assim. Guimarães Rosa é um grande "frasista". Além disso, ele cria uma maneira própria de direcionar a história - quase uma vereda mesmo, tortuosa -, e com o tempo de leitura você vai se acostumando. A história vai e volta, porque Riobaldo narra à um ouvinte que torna-se uma incógnita durante todo o livro. Existem teorias que dizem que esse ouvinte era um psicanalista, outros dizem que é um alter ego do Riobaldo. De todo modo, é um livro sobre sertão e sobre a vida. O sertão é real e metafórico ao mesmo tempo. Riobaldo narra suas dores, suas dúvidas, no sertão ele enfrenta os seus piores monstros, mas como ele mesmo disse, no fim das contas: "O sertão é dentro da gente".

Guimarães Rosa era um gênio.
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Maiara.Alves 20/06/2021

Favorito da vida!
A obra, uma das mais importantes da literatura brasileira, é elogiada pela linguagem e pela originalidade de estilo presentes no relato de Riobaldo, ex-jagunço que relembra suas lutas, seus medos e o amor reprimido por Diadorim.

A narrativa não é apenas ambientada no sertão, vai muito além disso. Em Grande Sertão: Veredas o sertão atua como um personagem que tortura, encanta e evolve os leitores com toda a sua misticidade, do mesmo modo que age sobre Riobaldo, Diadorim, Joca Ramiro e todos os outros personagens.

Confesso que as primeiras cento e cinquenta páginas foi de uma leitura difícil e lenta, porém mais a frente foi tudo se encaixando.
O desfecho não será contado, mas adianto que é forte e movido de muita emoção. É sensacional como uma obra dessa mexe com o emocional e no final, na ultima página a gente fica estarrecido.

O livro é simplesmente maravilhoso. Daqueles que não se esquece. Marca o leitor e João Guimarães Rosa não faz por menos, sua forma de contar histórias nos permite fazer parte de um universo totalmente diferente do nosso.


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Andy 18/06/2021

através de história em quadrinhos, o livro apresenta um grande título da literatura brasileira, buscando deixar a essência do livro original.
confesso que não gostei muito, mas recomendo por ser uma grande obra nacional e por ser uma leitura rápida.
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Mian 18/06/2021

ler Guimarães Rosa..... Gostoso demais!!!!!!!!!!!!!!!
Tive o prazer de iniciar e terminar essa leitura, por incrível que pareça, com nenhum conhecimento prévio da obra ou o enredo, logo totalmente isenta das reviravoltas que surgem na trama até a última linha.
Grande sertão veredas é um livro que classifico como uma leitura difícil, porém gostosa demais. Daquelas obras que são feitas para serem sentidas e não compreendidas em sua totalidade. Cheia de poesias e dualidades, que já começa pelo formato da história: um monólogo que não é totalmente um monólogo mas que também não chega a ser um diálogo.
Além de muitas outras questões que nos fazem refletir: o sistema de jagunços, a realidade do sertão mineiro (e também baiano e goiano), a fé cristã, o amor, a amizade e o romance mais real e bonito que já vi em um livro de literatura. Recomendo demais a leitura.

"Certo. O senhor vê. Contei tudo. Agora estou aqui, quase barranqueiro. Para a velhice vou, com ordem e trabalho. Sei de mim? Cumpro. O rio São Francisco - que de tão grande se comparece - Parece é um pau grosso, em pé, enorme... Amável o senhor me ouviu, minha ideia confirmou: que o diabo não existe. Pois não? o senhor é um homem soberano, circunspecto. Amigo somos. Nonada. O diabo não há! É o que digo, se for.... Existe é homem humano. Travessia".
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Ludmila 16/06/2021

Livro da vida!
Alternando a aridez do sertão e a vitalidade e beleza das veredas, Guimarães Rosa narra a vida e disputa dos jagunços, nos abraçando com melodia e sensibilidade a cada palavra.

"O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinqueta. O que ela quer da gente é coragem." (P. 230)
A liberdade é assim, movimentação." (P. 232)

Livro para se ler em voz alta!
Magnífico!!

E segundo as palavras de Clarice Lispector sobre a obra em uma carta no final dessa edição: "é a coisa mais linda dos últimos tempos, .... é genial!"
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Katielly 13/06/2021

"Como é que posso explicar o poder de amor que eu criei?"
Ahhh, esse livro é genial, genial, genial!! Termino com os olhos marejados e com um sorriso enorme no rosto por ter vivido essa história. Fui me salvando em cada página. Eu só digo uma coisa: eu nem sei o que dizer. Surpreendente. Épico. Impecável. Nesse livro, temos a história de Riobaldo e Diadorim, esses dois jagunços sentem um amor profundo e extremamente lindo um pelo outro no coração do sertão e no meio de tudo que fazia esse amor tornar-se impossível de se manifestar. Riobaldo é o jagunço da dualidade, que contesta, que conversa com o nosso mais íntimo e promove essa explosão de reflexões: Deus e Demo? Amor e ódio? Coragem ou medo? Vida e morte? Mentira e verdade?  Diadorim é  coragem, é amor, é vida... mas também ambiguidade. O sertão, as geografias do sertão, as vidas do sertão, os saberes-fazeres do sertão, ah, a travessia é inesquecível. ?O sertão é o mundo. É dentro da gente?. As vertentes das veredas, os buritizais, o manuelzinho-da-crôa, o urutú-branco, o rio que se alarga, o rio que se estreita ? o corguinho, os jagunços, a vegetação, o dia e a noite, o sossego e a guerra, o bem e o mal, o silêncio e o barulho, o amor... Sertão: toda junção de vida e de sentimentos. Leiam esse livro, se entregue à ele, conheçam a construção/descrição magnífica desse sertão repleto de surpresas e coisas lindas! Este livro permanecerá em mim pra sempre: Riobaldo e Diadorim.
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Fabíola 12/06/2021

Não se trata de uma leitura para entender, mas para sentir.
Uau, que travessia, minha gente!
O início é realmente difícil. Nas primeiras 80 páginas são jogadas várias informações sem linearidade, e tem também o estranhamento com a linguagem peculiar. Mas depois vai ficando mais fácil e vamos nos adaptando... O segredo é persistir. A ausência de capítulos me incomodou um pouco, acredito que foi o que fez eu “demorar” quase 3 meses para ler essa obra.
Porém, que preciosidade! História linda e marcante, é uma poesia do começo ao fim, que exala amor. É o retrato de uma travessia física e sobretudo metafísica que o Riobaldo faz de si mesmo, de seus próprios anseios e conflitos, confessando suas dores, amores, lutas, medos. É sobre a vida no sentido mais profundo.

"O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem."
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Olívia Giacomin 09/06/2021

viver é um descuido prosseguido
é sempre difícil escrever sobre os livros que me despertam sentimentos variados, coisas que eu não consigo definir, esse livro é um exemplo. vou tentar explicar melhor, existem livros que eu termino e consigo pontuar com facilidade o que eu gostei, o que mais mexeu comigo, e não é o caso de grande sertão: veredas, porque não consigo ter essa clareza ao pensar nele, meu coração ainda tá tão apegado que as vezes eu tô fazendo outras coisas e me pego pensando ?riobaldo fez isso porque se sentiu assim, faz sentido? ?diadorim só tomou essa decisão porque pensou isso é aquilo? ?o sertão representa isso, faz sentido? eu ainda estou digerindo, sabe?! acho que vou passar o resto da minha vida assim, numa tentativa falha de entender a profundidade desse livro, mas sinto que ele sempre vai ser maior, ter mais coisa a me ensinar. ainda bem.

as primeiras páginas desse livro são um pouco difíceis, parece que a gente tá tateando no escuro, meio perdido sem entender o que tá acontecendo, mas aos poucos a história vai ganhando forma e a gente entende que existe um personagem principal, o riobaldo, e que ele tá contando pra alguém coisas que ele viveu enquanto foi jagunço no interior de minas, ele vai narrando as memórias, por isso os acontecimentos não são sempre lineares, ele conta algo, ai volta num episódio anterior e por aí vai.

é um livro completo, te entrega todas a sensações, você tem uma história de amor que te tira o fôlego, você tem perseguições, você tem reviravoltas, tem também política, tem cultura brasileira, tem personagens que te cativam, tem TUDO. a escrita do livro dispensa comentários, é de uma beleza sem igual, não vou dizer que é uma escrita fácil, porque em diversos momentos não é, mas já deixo aqui uma dica: leia em voz alta, o guimarães escreve usando expressões, dialetos, frases bem típicas do interior de minas, ele escreve do jeito que a gente fala aqui, então as vezes você vê uma palavra e não faz muito sentido, mas se você fala em voz alta, presta atenção no contexto, você entende.. não sei se a dica foi útil, mas isso me ajudou muito, ou talvez só me ajudou porque sou mineira kk.

quando passou pela minha cabeça que talvez seria um bom momento pra ler esse livro, fui comentar com uma professora minha (super fã de grande sertão) que eu tinha um medinho desse livro, pela fama de difícil que a escrita do guimarães tem, ela me tranquilizou, disse que dava pra ler e eu comecei, e eu fui surpreendida, lendo eu me senti tão acolhida, parecia meu avô me contando uma história, me senti em casa. que sorte a minha.

deixo aqui a minha indicação: leiam grande sertão: veredas. um livro que não termina. uma história que ensina. espero que os corajosos que se dispuserem a encarar esse sertão façam uma boa travessia.
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Leticia.Santos 30/05/2021

Uma leitura marcante : Travessia
Não sei o que escrever sobre este livro. A narrativa é simplesmente linda. Foi minha primeira vez lendo Guimarães Rosa e estou completamente rendida pela beleza e genialidade da sua escrita. É bem difícil, a príncipio. As duzentas primeiras páginas foram uma luta, somente a pura força de vontade me fez continuar. Mas depois a história te envolve, te toca de uma maneira surpreendentemente profunda. Terminei a leitura com lágrimas nos olhos e o coração apertado. Nunca pensei que sentir todo o que senti lendo. Uma leitura que me marcou pra vida toda.

"Digo: o real não está na saida nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da Travessia"
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Denise Ximenes 27/05/2021

Viver é etcétera...
Um livro aclamado pela crítica, com justiça. Demorei a encará-lo, mas venci hoje esse gigante!

Trata-se de um enredo que mescla amor platônico, jagunçagem e exaltação do interior do Brasil. Parece simples, não estivéssemos falando do ícone Guimarães Rosa. O cara conseguiu transformar uma história simples num clássico reconhecido mundialmente, prendendo a atenção do leitor por mais de 600 páginas. Pra poucos, obra de mestre.

O amor de Riobaldo e Diadorim (dois jagunços) é encantador. Ele é extraído das profundezas mais sinceras dos personagens e transformado no amor mais puro da literatura. Paralelo a isso, as reflexões acerca da existência de Deus e do diabo permeiam toda a obra, nos levando a uma espécie de deleite literário (sem exagero!)

A linguagem é muito bem trabalhada, com ênfase nas expressões típicas do sertão. Um tanto difícil, reconheço... é preciso ser guerreiro pra vencer as 100 primeiras páginas. E vale a pena o esforço!

Termino estas palavras recomendando aos leitores um tantinho mais experientes. Quem tem raízes nos "sertões das Gerais" reconhece cada lugarejo por onde passam Riobaldo e seus riobaldos. Encantador.

Obra que todo brasileiro precisa conhecer!
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Erika 26/05/2021

Viver é muito perigoso
"Eu atravesso as coisas - e no meio da travessia não vejo! - só estava era entretido na ideia dos lugares de saída e de chegada."

Seguindo orientações do próprio autor, não vou falar do enredo. Grande Sertão: Veredas é história para se descobrir sozinho. Eu tive a grande sorte de mergulhar no desconhecido.
Me permito dizer que é sobre o sertão, sobre crenças, sobre o amor. Sobre aprendizagem, sobre a vida. É uma linguagem difícil? Nonada. Depois de 15 páginas, você se acostuma e não consegue mais largar. É um livro que te desafia, você aceita e vence. E o troféu é uma das coisas mais bonitas que já foram escritas. É lírico, é filosófico, sem você ao menos perceber.

"Viver é muito perigoso". Mas é o que é imposto a nós, seja por Deus, o Diabo, o Destino, ou  o que você acredita e escolhe para si. Sobre as escolhas erradas? Essa é a vida da gente. Palavras de Riobaldo: "O senhor... Mire e veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão."

A realidade é que isso é tudo o que consigo escrever sobre Grande Sertão: Veredas sem atrapalhar a experiência de quem ainda não leu e pretende conhecer esse monumento. Sei que tenho um mundo de livros pela frente, mas a sensação é que dificilmente ele será superado.

O sertão é o mar, é a vida, que jamais é estático. Pelo contrário, está em constante mudanças.

Travessia.
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romulorocha 17/05/2021

Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa - Nota 9,5/10
João Guimarães Rosa foi um escritor, diplomata, novelista, romancista, contista e médico brasileiro, considerado por muitos o maior escritor brasileiro do século XX e um dos maiores de todos os tempos. O autor também foi vencedor de diversos prêmios nacionais e internacionais, entre eles o prêmio Jabuti.

Em Grande sertão: veredas, Riobaldo é um sertanejo de Minas Gerais no Brasil dos anos 1940. Órfão de pai e mãe, ele é criado por seu padrinho, Selorico Mendes, até sua juventude quando tem seu primeiro contato com os, assim chamados, ?jagunços? Joca Ramiro, Ricardão e Hermógenes. Encantado pelas estórias e modo de vida dos jagunços, decide seguir o bando. A partir de então a vida de Riobaldo jamais será a mesma. Será uma jornada de luta pela sobrevivência e pela dignidade, cheia de nuances reveladoras e surpreendentes, entre elas uma paixão, até então incompreendida, por seu melhor amigo, Reinado/Diadorim.

A narrativa de Guimarães Rosa é muito original, desde a forma como descreve seus personagens quanto a linguagem apresentada na trama, muito fiel ao sotaque e cultura dos sertanejos. Um destes aspectos culturais muito explorados, por exemplo, está nas crendices e no jeito prolixo de contar estórias.

Adorei o livro, sob diversos aspectos, talvez o maior foi a sensação de estar em contato com uma realidade muito pouco comentada no Brasil, a vida no sertão. Acredito que o livro nos aproxima deste espaço e tempo com muita sabedoria. Recomendo a leitura.

#resenhasdoromulo
#grandessertoeseveredas
#guimaraesrosa
mfcandressa 23/12/2023minha estante
Relido, hein? E que travessia!




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