O ano da morte de Ricardo Reis

O ano da morte de Ricardo Reis José Saramago




Resenhas - O Ano da Morte de Ricardo Reis


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LL_ 07/08/2022

Reis
Uma leitura as vezes chata, porém teve partes bastante interessantes e reflectoras. Bom livro para pessoas que gostam da boa literatura portuguesa
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catcatcat0 26/07/2022

Talvez não sejas tão sábio assim, Ricardo Reis?
Torna-se difícil saber por onde começar a falar deste grande clássico de Saramago?
Foi o primeiro livro que li do autor, e, para meu espanto, não me incomodou o seu método de escrita. Para alguns pode cansativo e pesado ler a obra, devido às tais ?frases intermináveis?, mas confesso que com alguma atenção não me custou diferenciar as falas no diálogo, assim como os pensamentos da narração.
Por outro lado, o significado e objetivo da obra vai-se perdendo, culpa da extenuante descrição que Saramago faz da época, mais exatamente da situação sócio-política do mundo. Com o intuito de informar, a meu ver, este acaba por dificultar a transmissão da mensagem principal, de que não é assim tão sábio quem se contenta com o espetáculo do mundo. No geral, é um livro interessante, tem uma história que assenta numa argumentação sólida pois o autor faz questão de a ir fortalecendo, com pontos chave, derivados da sua forma de pensar, e possui críticas incomparáveis e inigualáveis, tanto ao Estado Novo, como ao fascismo no geral e à corrupção dos meios de comunicação social, por exemplo. O grande senão é mesmo a dificuldade em ter uma leitura fluída, pois a certa altura passamos páginas a ler sobre o que vem no jornal?
Mesmo com isto, sei que mais tarde vou dar nova oportunidade a outros clássicos do autor, não só pela inegável curiosidade mas também pelas críticas subliminares sempre presentes.
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Ariana87 20/05/2022

A diferença entre o ser e o existir existe e não existe
Acho que esse é o Livro mais Saramago do Saramago que eu já li.
O autor como sempre criou uma atmosfera que vai te apertando no ambiente, não só pela falta de organização clássica do texto (eu ainda me aborreço profundamente com diálogos dessa forma) mas também pela própria história, você começa vendo que há uma decadência ocorrendo, você não entende exatamente, mas logo está com uma sensação pungente de claustrofobia.

Eu acho que o fato dele ter usado um heterônimo do Fernando Pessoa revela em uma simples ideia todo brilhantismo do autor, e a mistura de "realidade" e fantasia do texto é brilhante, os encontros de Ricardo Reis com Fernando Pessoa foram as partes que eu mais gostei desse livro, muito mais do que os "romances".

As mulheres dessa obra me desconcertaram, elas são um retrato do machismo do autor (já ouço os gritos dos homens: "Saramago não é machista!!").
Lidia, eu nem sei o que pensar sobre Lidia. Uma mulher se dispor a servir um homem não é fato novo na literatura, mas é cansativo, é despropositado.
Marcenda é mais uma generalização feminina, a candura virginal, a mulher inteligente que não compete com os homens e os comentários que o Saramago teceu neste ponto me irritaram até o último fio de cabelo.

Apesar desse ponto das mulheres, que me desagradou um pouco, o livro é brilhante ( é um saramago!!!). Eu não sei dizer se o escritor é um existencialista, mas eu senti essa corrente em todos os pontos desse livro, a discussão sobre o Ser e o existir são razões de muitos pesadelos e atormento e sua forma de abordagem nesse livro é impressionante.
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Vitor Hugo 07/04/2022

O MENINO E A AVÓ ÀS MARGENS DO COMBOIO

Na página 312 o comboio, que rumava à Fátima, para junto à Estação de Mato de Miranda. Ricardo Reis observa pela vidraça aberta um menino, de seus 13 anos de idade, e uma senhora idosa, descalça, ambos juntos a aguardar a partida do trem para atravessarem a linha.

Pois bem. O autor, de uma forma sensível, insere-se na história na companhia de sua avó. É que a estação Mato de Miranda é próxima da localidade onde nasceu Saramago, Azinhaga do Ribatejo, sendo que em 1936 ele contava com 13 anos de idade. Na época, já morava em Lisboa, mas visitava com frequência a avó Josefa.

Uma pequena curiosidade de um grande livro.

Sim. Mais uma vez Saramago consegue tecer uma trama permeada de pequenos anônimos históricos, como Lídia, no contexto de um momento histórico agitadíssimo, com a consolidação do Estado Novo de Salazar em Portugal, o início da Guerra Civil na Espanha e o avanço dos regimes fascista e nazista na Itália e na Alemanha, tudo a desembocar em breve na Segunda Guerra Mundial.

Agregue-se a tudo isso, como se não fosse o bastante, o "passeio" pelas obras de Fernando Pessoa/Ricardo Reis, o que não atrapalha aquele leitor, como eu, não muito chegado às odes e à poesia em geral (embora, obrigatoriamente, em meio à leitura do livro, faz-se prazeroso travar conhecimento com alguns dos versos parcialmente citados na obra).

Em suma, tudo isso é genialmente composto como um todo. Saramago toma uma ode de Ricardo Reis (Saudoso já deste Verão que vejo), apropria-se do verbo, no gerúndio, Marcenda (de marcere, murchar), e constrói a personagem feminina da mão esquerda paralisada, murcha, que teria inspirado, no livro, a composição dos versos, tudo voltando ao início. Sem falar que alegoricamente a mão esquerda paralisada pode significar a esquerda política portuguesa da época, paralisada em meio àquele contexto político radicalizado à direita.

Era preciso, pois, voltar-se aos verdadeiros componentes do povo, como Lídia, que se por um lado perdeu o irmão revolucionário, por outro legaria como fruto o menino que Reis se negava a perfilhar.

Em suma, como sempre refere Leandro Karnal ao final de suas crônicas, que haja sempre esperança.
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Jo_ 29/03/2022

Li este livro por causa da escola e surpreendi-me.
A história é interessante no entanto é preciso ter um grande conhecimento sobre a cultura portuguesa, há várias referências e pontos q não entendi de primeira.
A maneira q Saramago escreve (sem sinais de pontuação) é o ponto negativo do livro, é difícil ler e entender uma obra assim.
No geral se a forma como o livro foi escrito tivesse sido diferente teria lido muito mais rápido. Apesar de tudo adorei a história em si e os personagens.
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13/03/2022

Quase 500 páginas no estilo clássico do Saramago é uma tortura meu deus do céu.
A história principal é boa e bem desenvolvida, o final é meio fraco.

ATUALIZAÇÃO: Quanto mais penso sobre esse livro mais gosto dele então subi 1 estrela na avaliação.
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Elane80 15/02/2022

Finalmente terminei
Ler Saramago é difícil, mas esse é um bom livro para começar. E até dá para ler sem saber quem, ou até o quê era Ricardo Reis, quem foi Fernando Pessoa, etc. Mas a experiência da leitura é muito mais proveitosa se você conhece Fernando Pessoa e seus heteronômios, porque assim vai captar as referências.
E para os que gostam de história, é interessante perceber o que estava acontecendo na Europa, especialmente em Portugal, no ano da morte de Ricardo Reis.
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Marcelo.Castro 26/12/2021

Saramago e Pessoa
Dois dos principais nomes da literatura portuguesa - José Saramago e Fernando Pessoa. Para quem ama literatura, o argumento da obra é irresistível - um romance de Saramago construído a partir de um dos pseudônimos de Pessoa. A viagem a Lisboa e suas adjacências é agradável e extremamente significativa, embora, por vezes, a estilística do autor seja um pouco maçante. No geral, uma obra agradável para os iniciados.
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Joyce.Santana 05/09/2021

Encontro de gênios
O Ano da Morte de Ricardo Reis une toda a complexidade do estilo de Saramago ao um dos mais introspectivos heterônimos de Fernando Pessoa: Ricardo Reis.
A história começa quando esse volta a Portugal, pois recebe a notícia de que Fernando Pessoa morreu, e se Ricardo Reis é um heterônimo, ou seja, é uma criação de Fernando Pessoa, logo ele morrerá também.
Resta a Reis, esperar por seu dia final caminhando pelas ruas de Lisboa, cultivando dois relacionamentos um tanto confusos: um com a camareira do hotel onde fica hospedado, outro com uma hóspede de lá.
Os dias passam até que alguém aparece: Fernando Pessoa.
Como será bater papo com quem te criou? Como será conversar com alguém que está morto?
Um encontro de gênios.
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Ludmila 02/09/2021

Só mesmo o Saramago pra transformar um heterônimo do Fernando Pessoa em uma personagem! O livro é ótimo, mas confesso que meu coração ainda é do "ensaio sobre a cegueira", de "as intermitências da morte" e do "evangelio segundo jesus cristo". A narrativa desse livro de hoje é bem diferente desses outros.
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Ju 04/07/2021

What a riiiiiide
Então, talvez em parte o meu desinteresse e tédio acerca desse livro foi por ter sido uma leitura obrigatória. Mas não costumo sofrer tanto para ler algo assim quando me pedem.

Saramago é um intelectual e tanto, isso é inegável. A quantidade de referências ao longo da obra é um prato cheio para compreender a sociedade e os conflitos ao longo do ano de 1936.

Sei de todo o valor histórico e social, da importância da obra para os portugueses, da retomada de Saramago sobre um dos heterônimos de Fernando Pessoa. Mas esse livro simplesmente não me desceu. A narrativa dá voltas e voltas e voltas e voltas e voltas em coisas extremamente simples, o que seria interessante (de uma forma minuciosa) se as informações fossem relevantes. Isso torna a leitura arrastada e até mesmo entediante. Já li outros contos de Saramago e, talvez por estarem nos "padrões", me agradaram mais.

Entretanto, meu destaque vai para a personagem Lídia. Ela foi minha âncora para manter o interesse na narrativa, com sua língua solta e a liberdade sobre si, a sinceridade crua, como ela mesmo diz, sem filtro o que fala.

"O povo é isto que eu sou, uma criada de servir que tem um irmão revolucionário e se deita com um senhor doutor contrário às revoluções".
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Andréia 29/06/2021

Bom, porém cansativo
Como todo livro do Saramago é uma leitura extremamente difícil, o livro é bom, gostei muito das conversas entre o Ricardo e o fantasma do Fernando, porém o livro foi muito cansativo e extenso para um fim previsível. Confesso que esperava mais do livro, mas como todo livro do mestre vale a pena a leitura.
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Samir 03/04/2021

Top 1
TOP 20 de livros atualizado. Novo líder após 8 anos. Meu escritor preferido alcança o primeiro lugar com uma obra-prima, que nem é o seu livro mais famoso)

1- O ano da morte de Ricardo Reis - José Saramago (03/04/2021)
2 - Sidarta - Hermann Hesse
3- O lobo da estepe - Hermann Hesse
4- O tamanho do céu - Thrity Umrigar
5- A distância entre nós - Thrity Umrigar
6- Ensaio sobre a cegueira – José Saramago
7- O encontro marcado - Fernando Sabino
8- A revolução dos bichos - George Orwell
9 - A casa dos espíritos - Isabel Allende
10- Olhai os lírios do Campo - Erico Verissimo
11- O evangelho segundo o espiritismo - Allan Kardec
11- O homem duplicado - José Saramago
13- A Morte de Ivan Ilitch - Tolstoi
14- Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez
15- O evangelho segundo Jesus Cristo - José Saramago
16- A Insustentável Leveza do Ser - Milan Kundera
17- O homem a procura de si mesmo - Rollo May
18- O livro de Mirdad - Mikhail Naimy
19- 1984 - George Orwell
20- A caverna - José Saramago
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