O Seminarista

O Seminarista Bernardo Guimarães




Resenhas - O Seminarista


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Felipe 28/06/2021

Publicado em 1872, “O Seminarista” foi mais um livro publicado por Bernardo Guimarães. Sendo um dos grandes nomes do Romantismo brasileiro, o autor da obra a seguir resenhada foi o mesmo do inesquecível “A Escrava Isaura”. Um aspecto as une: enquanto em “A Escrava Isaura” vemos uma espécie de amor proibido surgida em meio às amarras da escravidão no Brasil, em “O Seminarista” o vemos florescer diante de um autoritarismo proveniente da família e de uma grande influência exercida pelas instituições religiosas do país.

O livro tem no seu primeiro capítulo um diálogo entre Eugênio e Margarida no qual o garoto avisa sobre o seu destino de ser seminarista para, futuramente, se tornar um padre. O aviso foi dado com grande pesar pela parte de Eugênio, mas o capítulo não fornece explicações a respeito. Nos capítulos seguintes, o autor explica essa questão.

Eugênio tinha o capitão Francisco Antunes como pai. Portador de grandes posses de terras, mas não de escravos, o fazendeiro concedia moradia a vários agregados em sua fazenda. Entre eles, estavam Umbelina e a sua filha Margarida. Bernardo Guimarães narrou a vida de Umbelina antes de chegar à fazendo com um grande sentimentalismo, mas sem faltar com a verdade.

Ela chegou à fazenda após o falecimento, nas guerras do Rio Grande do Sul, de seu marido, um alferes de cavalaria. Umbelina e sua filha ficaram em uma preocupante situação de indigência, e Francisco Antunes, que era amigo do alferes e tinha Margarida como afilhada, concedeu abrigo à viúva e sua filha.

Para Eugênio, a chegada de Umbelina ao lar foi um presente. Margarida acabou se tornando uma grande companheira de infância. Menina encantadora, ela acabou sendo tratada pelos pais de Eugênio como uma filha. Durante a sua infância, Margarida passou boa parte do tempo na casa de Francisco Antunes.

Era uma companheira inseparável de Eugênio. Apesar de inseparável, ela não formava com Eugênio um casal. Em alguns momentos da história, parecia que ele gostava mais de Margarida que dos seus pais. Durante a sua infância, eles percebiam que Eugênio possuía uma boa índole e uma ótima inteligência, atributos que os faziam pensar que ele possuía grande vocação para se tornar padre.

Contudo, Eugênio custou a aceitar a ideia de se separar de Margarida. Após ser encaminhado ao seminário de Congonhas do Campo, Bernardo Guimarães explora as repercussões psicológicas que isso acarretou ao protagonista da história. E, acreditem, o sofrimento de Eugênio não foi suportável.

Para muitos críticos literários e escritores contemporâneos de Bernardo Guimarães ou aqueles que o sucederam, o estilo de sua escrita deixa muito a desejar. Há um consenso entre eles sobre o caráter descritivo de sua linguagem. E em “O Seminarista” isso foi bastante perceptível a mim, que encontrei alguns capítulos inteiros contendo somente descrições de ambientes.

Contudo, é indescritível o modo como a escrita do autor me agradou nesse livro. A linguagem por ele empregada foi bastante simples sem comprometer a sua elegância, diferente da de muitos autores que o criticaram. Esse fator, aliado ao sentimentalismo construído por meio dessa linguagem explicam por que essa obra requer tão pouco tempo para ser lida e, apesar não possuir um enredo de grande complexidade, ele não deixa de atingir um patamar de excelência para os meus parâmetros.

Com a chegada de Eugênio ao seminário, Bernardo Guimarães nos conta sobre o quão pungente foi o sofrimento decorrente da separação entre Margarida e o rapaz de então 13 anos. Ele nos apresenta o novo ambiente no qual Eugênio conviveria, além de mostrar como seria a nova rotina do protagonista. Tal como os seus pais previam, Eugênio mostrou grande inclinação para a vida espiritual.

Contudo, a falta que ele nutria por Margarida atingia-lhe em cheio e isso o fazia querer abandonar o seminário para viver a sua vida com a filha de Umbelina. Seus pais certamente não tolerariam isso. Tanto foi assim que, apesar dessa história ser contada sob a perspectiva de Eugênio, ele fica sabendo que o convívio da sua família com Umbelina e Margarida foi reduzido apesar de há não muito tempo Margarida vinha sendo tratada como uma filha pelos pais de Eugênio.

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Miguel.Arcanjo 14/06/2021

O Seminarista
O Seminarista
Publicado em 1872, O Seminarista, é um romance onde o autor faz criticas ao celibato clerical e a vocação forçada. Eugênio e Margarida vivem um grande drama passado no Sertão Mineiro. Eles formaram uma amizade muito bonita e, no passar dos anos, acabam se apaixonando. Todavia, o pai de Eugênio obriga o filho a ir para o seminário fazendo com que se torne sacerdote por imposição.
Eugênio passa seus longos oito anos, de seminarista, sofrendo um intenso amor por Margarida o que o leva a ter vários atritos com seu padre orientador devido a paixão pela amada. Forçado a se tornar-se padre, Eugênio, volta para sua aldeia celebrar sua primeira missa.
Estando em sua terra Natal Eugênio é chamado a ir até o hospital para atender a confissão de uma pessoa que estava pedindo pela presença de um padre. Não encontrando, o sacerdote local, pediram para Eugênio realizar o atendimento. Lá chegando, para sua surpresa, ele encontra Margarida doente e prestes a morrer. Estabelecem um diálogo e descobrem as mentiras inventadas por seus pais e o padre orientador resultando na separação de ambos. Poucos dias depois Margarida vem a falecer.
No dia em que Eugenio estava para celebrar sua primeira missa, antes de chegar ao altar, ele começa a tirar seus paramentos e acaba tendo um surto neurótico.

Opinião pessoal
O romance intitulado, O Seminarista, de Bernardo Guimarães, romancista e poeta brasileiro, de todos os romances escritos, este, é considerado a sua melhor obra. Recomendo a leitura, pois é um romance que nos faz refletir sobre o sentido da vida, ou seja, a escolha pessoal da vocação ou profissão. O romance busca transmitir a mensagem de que a pessoa deve se sentir plenamente realizada na opção que escolher, evitando assim, uma futura frustração e a perda total do sentido de viver.
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Kami 19/05/2021

O típico livro que necessita saber do contexto histórico para entender. Ele é bom mas não é maravilhoso. Percebe-se muito a crítica a igreja e a criação de Eugênio, além de passar aquele sensação ruim do preconceito que acontecia com Margarida e seus costumes.
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emily 10/05/2021minha estante
Um fato curioso sobre esse livro é que tem gente que diz que ele foi inspirado em um livro português chamado "Eurico, o presbítero", no qual era o oposto: ele morria e ela enlouquecia. Beem original hahdhahdhas


g i g i 11/05/2021minha estante
Meu Deus, não sabia disso kkkkkkkk




bru 05/04/2021

não é um livro que eu falo QUE LIVRO BOM mas é melhor do que eu pensava, mas mesmo assim, pela minha vontade eu não leria K K
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Isabela Raíssa 31/03/2021

"O sopro da brisa matinal pode varrer a névoa ligeira [...], mas não o vulcão carregado que traz no seio a tempestade."
Publicado em 1872, "O Seminarista" narra o drama de Eugênio e Margarida, amigos de infância que cresceram nas terras do capitão Antunes, pai do menino, na vila de Tamanduá (MG), e que se separaram quando Eugênio, ainda adolescente, foi enviado pelos pais a um seminário. Contudo a falta de vocação do rapaz ao sacerdócio e seu amor por Margarida transformaram a estadia no lugar um verdadeiro inferno para para os dois.

Na obra, Bernardo Guimarães faz várias citações e referências a autores e estórias clássicas - Ovídio, Virgílio, a túnica de Nesso, etc. - e até mesmo do folclore, como a mula-sem-cabeça. No que tange à narrativa, por pertencer à escola literária do Romantismo, a linguagem é bastante poética e apaixonada, com raras pitadas de sarcasmo. Os protagonistas, por sua vez, evocam muita simpatia e empatia - além do amor que sentem um pelo outro, Eugênio e Margarida têm uma relação de muito companheirismo e lealdade, tornando impossível, apesar das circunstâncias, não torcer por eles.
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Duda 27/03/2021

O Seminarista
confesso que só li esse livro por causa da escola, o livro eh bonzinho até, mas não leria de novo.
tem alguns personagens que se eu pudesse eu iria tacar um tijolo neles, um exemplo é a margarida.
Não eh um livro que eu indico muito não
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Lorenna Maia 02/03/2021

O começo do livro não é tão legal, mas o desenrolar dele é ótimo, o final então... sem palavras. E a crítica ao celibato e a igreja em si é muito boa.
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George.Nicolas 20/02/2021

Clássico
Uma típica obra do romantismo brasileiro, eu particulamente me envolvi com a história e o final mostra o traço da idealização da morte
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RNA 16/02/2021

Um Romeu e Julieta brasileiro
O livro começa bem e a leitura flui bem, os personagens são bem
construídos mas o final na minha opinião deixou a desejar, poderia
ter terminado da mesma forma porem de uma forma diferente.
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Yasmim 04/02/2021

É impossível não comparar com ?Dom Casmurro?, no início achava que Eugênio era a versão do Bentinho sem a loucura, mas o final mostrou que estive enganada ?
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Lucas 24/12/2020

Uma aguda crítica ao celibato
O autor narra um romance em que mostra como o autoritarismo familiar, o patriarcalismo, mas sobretudo, o celibato, são práticas que deformam o ser humano - e, no caso do celibato, atrofiam o homem enquanto ser que possui pulsões, mas que deve reprimi-las, seguindo os dogmas do Catolicismo.

É uma história que nos faz refletir sobre como o autoritarismo está presente desde o seio familiar até chegar em outros âmbitos da sociedade, afetando profundamente o psicológico do indivíduo.
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Afranio.Cunha 23/12/2020

Uma leitura muito boa
O Seminarista de Bernardo Guimarães me foi uma grata surpresa. Um livro pequeno, mas com todos os elementos de uma história que contada de forma magistral. Não ficam pontos soltos e mesmo tendo acontecido a mais de um século o livro continua atual, discutindo um tema sempre recorrente que é o celibato.
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@monicadoceu_ 19/09/2020

Raso romance rural do Brasil do sec XIX
O livro é útil para quem, como eu, quiser voltar lá nos clássicos da época da escola. Além disso, o livro é um termômetro (raso) de como era a vida e os costumes do Brasil rural do século XIX.

Por outro lado, a linguagem é rebuscada, e tem trechos que é melhor fazer uma leitura dinâmica porque senão fica muito enfadonho.

O livro também é muito autocentrado no ponto de vista do Eugênio, e nos ideais de "mulher faceira e virginal" e "mancebo ingênuo e bem educado" da sociedade da época.

Ponto positivo para as críticas do autor ao regime monástico (da época), com relação aos jovens que seguem no caminho sacerdotal mais pelo desejo da família em ter esse status do que pela vocação do indivíduo em si.
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