A Carne

A Carne Júlio Ribeiro




Resenhas - A Carne


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Barbara.Teodoro 24/06/2020

Intragável
O livro faz jus à uma época que passa longe dos meus olhos, vivências e militâncias. Há quem diga que tratar relatos como o narrar da escravidão, autores x suas obras na atualidade é nada mais que um registro histórico de uma época. Há quem diga que não se pode concordar com isso e exterminar a disseminação desses contextos.

O livro, como disse no título, é intragável. O brilho nos olhos de Lenita por assistir um homem preto apanhar ao tentar fugir me dá repulsa. A excitação de Lenita pela caça me dá asco. A forma como o autor detonou a cidade que nasci, Santos, me dá raiva. Enfim, terminei o livro pra fazer valer minha experiência com muito ódio da obra.

Pra não dizer que tudo é negativo, o ponto alto do livro foi o autor colocar Lenita como uma mulher intelectual no século XIX, coisa bem surpreendente à época.
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Gisele Gusmão 19/05/2019

A Carne, Júlio Ribeiro
O romance descreve a relação amorosa entre Helena (Lenita) e Manuel (Manduca), ela descobrindo os desejos da carne e ele homem maduro e casado. O romance se passa numa fazenda do século XIX e descreve a relação entre os fazendeiros e seus escravos e vice versa, o sistema de justiça definido pelos fazendeiros que o escritor descreve como feudal, uma jurisdição da idade média, regida pela vontade soberana do fazendeiro.
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Ma 04/10/2018

Inovador
O livro é inovador e ousado, pela época em que foi escrito, mas é muito maçante.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 10/07/2018

Páginas Rasgadas
De autoria de Julio Ribeiro (1845-1890), "A Carne" é um romance naturalista, publicado em 1888, que escandalizou a sociedade e atraiu a ira da igreja, ao apresentar temas até então ignorados pela nossa literatura, como a independência da mulher, divórcio e o amor livre.

Polêmico e alvo de muita curiosidade, o livro esteve entre os mais vendidos durante décadas. Era comum ser comprado em segredo, muitas jovens foram impedidas de ler ou, quando obtinham permissão, as páginas consideradas impróprias tinham sido rasgadas. No entanto, a pátina do tempo fez com que sua obscenidade perdesse o viço, revelando uma drástica transformação de comportamento em pouco mais de um século.

Sua história narra a desenfreada paixão entre Helena Matoso ou Lenita, uma jovem instruída, amante da leitura, e Manuel Barbosa, um engenheiro mais velho e experiente que está separado da esposa há muitos anos. Considerado imoral, esse relacionamento culmina com um trágico desfecho.

A crítica jamais foi pródiga em elogios para o romance. Álvaro Lins afirma de que ele não passa de "uma mediocridade intelectual" e Nelson Werneck Sodré conclui que "marginal nas letras, "A Carne" não resiste à menor análise, seja de forma, seja de conteúdo". Na contramão, Manuel Bandeira foi um dos poucos a tecer elogios, no caso, por sua "posição didática e combativa".

Em linhas gerais, Júlio Ribeiro pretendia tecer uma contundente crítica ao atraso da sociedade brasileira no ostracismo do Império. Para tanto, criou uma protagonista de vanguarda que incomodaria os leitores por sua independência financeira, intelectual e sexual, inclusive, dando margem para abordar o sadismo, a ninfomania e perversões. Para tanto, a estrutura da obra teria como grande trunfo o "histerismo" da jovem, contudo, a opção por um desfecho que contraria o diagnóstico e a extrema erudição, que cria um clima artificial e destrói o romantismo ente os amantes, fizeram com com que a "celebração da carne ganhasse primazia sobre o questionamento dos valores burgueses".

Apesar do problema, para quem pretende conhecer o Naturalismo na literatura brasileira, essa é uma boa sugestão, inclusive, é frequente selecionado para leitura obrigatória em vestibulares.

Nota: "A despeito de ser extremamente popular, na atualidade, o termo ?histeria? não é mais utilizado e deve ser enfaticamente evitado. Isso se deve a vários fatores:
* Ele provoca confusão de diagnóstico. Não está bem definido o que significa.
* Também provoca preconceito e estigma, pois pode ser visto como fingimento dos pacientes, o que não é verdade.
* Existem várias formas mais precisas de classificar os fenômenos ditos histéricos." (Wikipedia)
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Gladston Mamede 14/06/2018

"A Carne", de Júlio Ribeiro, publicado em 1888.
Genial. Maçante em certas passagens, mas genial ainda assim. Um português primoroso, uma fé (não-religiosa, nem mística) na humanidade: a razão e a biologia, a mente e o corpo, o natural (a physis!), à ciência. Uma falta de vergonha pelo que verdadeiramente somos na condição de seres vivos e uma fé na moral não religiosa, mas lógica, fruto da compreensão de sua utilidade para a normalidade das relações. Li maravilhado esse texto de 1888 e me questionei o quanto o Freud (então com 32 anos de idade) teria admirado esse romance do maior gramático brasileiro daquele tempo. Fiquei embasbacado com a leitura. Quando terminei, percebi que amei.
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Livros, câmera e pipoca 10/04/2018

Uma protagonista a frente de seu tempo
Escrito por Júlio Ribeiro, o romance A Carne foi publicado pela primeira vez em 1888 e é considerado um romance naturalista. Seu lançamento fez grande sucesso e também causou grandes polêmicas, uma vez que o livro abordou temas até então ignorados pela literatura da época, como o divórcio, o amor livre e um novo papel para a mulher na sociedade.
Contrariando todas as convenções sociais, Júlio Ribeiro não teve receio em ousar ao trazer em público uma personagem independente, que se entrega a paixão não por um amor romântico e sim para atender seus desejos sexuais. Sua obra pouco explorada coloca o autor como um grande romancista naturalista, ao lado de nomes como Aluísio Azevedo.

site: https://livroscamera.wixsite.com/meusite/single-post/2018/04/08/Livro-A-Carne
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Vitor.Canestraro 04/03/2018

Ah Lenita...
A carne funciona como um divertido manifesto ao desejo puro, animal e visceral da condição humana. Em tempo que mistura lógicas científicas e teorias da condição apaixonante da humanidade.
Para os dias atuais, nada faz-se chocante, aliás, o sensualismo é até ingênuo, embora os termos naturais e crus possam chocar leitores menos habituados a corrente naturalista.
De um modo geral, Lenita é apaixonante e forte como uma mulher a frente de seu tempo.
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Mauro 10/08/2020

A Carne
A Carne é um romance brasileiro de Júlio Ribeiro, lançado em 1888. O livro está inserido na escola Naturalista.
O livro conta a história da jovem Lenita, que ao ficar órfã, vai morar no interior,.no sítio de um velho fazendeiro amigo de seu pai. Lá ela começa a fantasiar sobre o filho do seu hospedeiro, que já é um homem de meia idade e separado chamado Manuel. E todos seus sentimentos vão entrar em ebulição quando essa fantasia se tornar realidade.
Entre os poucos livros desse gênero que li, posso dizer sem sombra de dúvidas, que A Carne consegue melhor demonstrar as técnicas naturalistas. Seja pela racionalidade da protagonista que sucumbe ao lado animal, seja pelas descrições detalhadas de atos sexuais, surpreendentes para a época em um livro de grande público. O que mais me surpreendeu foi uma cena em que Lenita, no auge de seu delírio, captura um pássaro e o mutila com as próprias mãos.
Um livro interessante, apesar de em alguns momentos ser lento; mas também muito pesado.
Nota: 7,0
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Leila de Carvalho e Gonçalves 23/10/2017

Páginas Rasgadas
De autoria de Julio Ribeiro (1845-1890), "A Carne" é um romance naturalista, publicado em 1888, que escandalizou a sociedade e atraiu a ira da igreja, ao apresentar temas até então ignorados pela nossa literatura, como a independência da mulher, divórcio e o amor livre.

Polêmico e alvo de muita curiosidade, o livro esteve entre os mais vendidos durante décadas. Era comum ser comprado em segredo, muitas jovens foram impedidas de ler ou, quando obtinham permissão, as páginas consideradas impróprias tinham sido rasgadas. No entanto, a pátina do tempo fez com que sua obscenidade perdesse o viço, revelando uma drástica transformação de comportamento em pouco mais de um século.

Sua história narra a desenfreada paixão entre Helena Matoso ou Lenita, uma jovem instruída, amante da leitura, e Manuel Barbosa, um engenheiro mais velho e experiente que está separado da esposa há muitos anos. Considerado imoral, esse relacionamento culmina com um trágico desfecho.

A crítica jamais foi pródiga em elogios para o romance. Álvaro Lins afirma de que ele não passa de "uma mediocridade intelectual" e Nelson Werneck Sodré conclui que "marginal nas letras, "A Carne" não resiste à menor análise, seja de forma, seja de conteúdo". Na contramão, Manuel Bandeira foi um dos poucos a tecer elogios, no caso, por sua "posição didática e combativa".

Em linhas gerais, Júlio Ribeiro pretendia tecer uma contundente crítica ao atraso da sociedade brasileira no ostracismo do Império. Para tanto, criou uma protagonista de vanguarda que incomodaria os leitores por sua independência financeira, intelectual e sexual, inclusive, dando margem para abordar o sadismo, a ninfomania e perversões. Para tanto, a estrutura da obra teria como grande trunfo o "histerismo" da jovem, contudo, a opção por um desfecho que contraria o diagnóstico e a extrema erudição, que cria um clima artificial e destrói o romantismo ente os amantes, fizeram com com que a "celebração da carne ganhasse primazia sobre o questionamento dos valores burgueses".

Apesar do problema, para quem pretende conhecer o Naturalismo na literatura brasileira, essa é uma boa sugestão, inclusive, é frequente selecionado para leitura obrigatória em vestibulares.

Nota: "A despeito de ser extremamente popular, na atualidade, o termo ?histeria? não é mais utilizado e deve ser enfaticamente evitado. Isso se deve a vários fatores:
* Ele provoca confusão de diagnóstico. Não está bem definido o que significa.
* Também provoca preconceito e estigma, pois pode ser visto como fingimento dos pacientes, o que não é verdade.
* Existem várias formas mais precisas de classificar os fenômenos ditos histéricos." (Wikipedia)
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Leila de Carvalho e Gonçalves 23/10/2017

Páginas Rasgadas
De autoria de Julio Ribeiro (1845-1890), "A Carne" é um romance naturalista, publicado em 1888, que escandalizou a sociedade e atraiu a ira da igreja, ao apresentar temas até então ignorados pela nossa literatura, como a independência da mulher, divórcio e o amor livre.

Polêmico e alvo de muita curiosidade, o livro esteve entre os mais vendidos durante décadas. Era comum ser comprado em segredo, muitas jovens foram impedidas de ler ou, quando obtinham permissão, as páginas consideradas impróprias haviam sido rasgadas. No entanto, a patina do tempo fez com que sua obscenidade perdesse o viço, revelando uma drástica transformação comportamental em pouco mais de um século.

Sua história narra a desenfreada paixão entre Helena Matoso ou Lenita, uma jovem instruída, amante da leitura, e Manuel Barbosa, um engenheiro mais velho e experiente que está separado da esposa há muitos anos. Considerado imoral, esse relacionamento culmina com um trágico desfecho.

A crítica jamais foi pródiga em elogios para o romance. Álvaro Lins afirma de que ele não passa de "uma mediocridade intelectual" e Nelson Werneck Sodré conclui que "marginal nas letras, "A Carne" não resiste à menor análise, seja de forma, seja de conteúdo". Na contramão, Manuel Bandeira foi um dos poucos a tecer elogios, no caso, por sua "posição didática e combativa".

Em linhas gerais, Júlio Ribeiro pretendia tecer uma contundente crítica ao atraso da sociedade brasileira no ostracismo do Império. Para tanto, criou uma protagonista de vanguarda que incomodaria os leitores por sua independência financeira, intelectual e sexual, inclusive, dando margem para abordar o sadismo, a ninfomania e perversões. Para tanto, a estrutura da obra teria como grande trunfo o "histerismo" da jovem, contudo, a opção por um desfecho que contraria o diagnóstico e a extrema erudição, que cria um clima artificial e destrói o romantismo ente os amantes, fez com com que a "celebração da carne ganhasse primazia sobre o questionamento dos valores burgueses".

Apesar do problema, para quem pretende conhecer o Naturalismo na literatura brasileira, essa é uma boa sugestão, inclusive, leitura obrigatória em muitos vestibulares.

Finalmente, transcrevo a opinião do poeta Ronald de Carvalho sobre o livro. Sem exageros e bastante equilibrada, merece atenção: ""A Carne" é um livro de exaltação, um hino dionisíaco ao prazer, ao gosto relativista, ao aproveitamento do momento que passa. Apesar do processo zolista, evidente que no arranjo das cenas, no exagero das paixões, na brutalidade das criaturas, e, até, num certo propósito de confundir o leitor ingênuo; apesar da grosseria da palavra e do gesto, notadamente violentos e estranhos, ásperos e pesados, há nele, uma poesia instintiva, um penetrante perfume de selva exuberante e selvagem. É uma obra comprometida pelo tom geral e escandaloso e atrevido, mas onde, não se pode negar, sobressaem muitas qualidades apreciáveis e um forte lirismo."

Nota: "A despeito de ser extremamente popular, na atualidade, o termo "histeria" não é mais utilizado e deve ser enfaticamente evitado. Isso se deve a vários fatores: 1. O termo provoca confusão diagnóstica. Não está bem definido o que ele significa. 2. O termo provoca preconceito e estigma e é visto como fingimento dos pacientes, o que não é verdade. 3. Existem várias formas mais precisas de classificar os fenômenos ditos histéricos." (Wikipedia)
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Felipe.Oliveira 26/03/2017

A carne chama
A nossa personagem independente e muito inteligente Lenita, tem sua vida revirada, pela tristeza relacionada a morte do pai, além disso se vê presa pelo seu desejo sexual muito aflorado e dessa forma se torna refém dessa vontade, no entanto um homem mais velho entra em sua vida se tornando objeto de seu desejo, todavia a própria negação de seu desejo torna o homem antagonista da personagem, fazendo o amor ser muito mais intelectual, mas quando há uma compatibilidade tão grande, o desejo dos corpos pode ser algo mais simples do que se aparenta.
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Silvia.Leticia 13/08/2016

O naturalismo é o que há....
Tudo o que tem a ver com o realismo me fascina. Neste livro, em específico, há algumas descrições que me deram arrepios, de tantos detalhes marcantes.
O único momento que eu achei monótono foi quando Barbora envia uma carta à Lenita com demasiada descrição territorial, e assim ela também o fez mais para o final. No entanto, o enredo, o conflito é inesperado, já imaginei um filme em minha cabeça.
Só fiquei com dúvidas com relação a uma coisa: Por que Barbora ficou tão arrebatado pela notícia de que Lenita havia partido e com a carta que ele recebeu dela se, aparentemente, ele também não a amava, só tinha por ela desejos carnais?
Adoro quando uma leitura me deixa com essas dúvidas. Recomendadíssimo.
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Lily 07/07/2016

A Carne Arde nas Veias
Era para ser mais um clássico remontando a história local que construiu o Brasil de hoje... Deparo-me com uma mente revolucionária e visionária para época. Tirando as listagens e o desenvolvimento curto e seco da obra, ela é pura surpresa e agonia carnal e psicológica. Lenita não bate bem para mim, mas será que algum de nós bate? Marca da mulher forte que quebrou tabus patriarcais tão mais fortes que atualmente no passado.
A CARNE controla os homens até certo ponto. Verdade. É fisiológico, natural, voraz, mas é ardente como veneno que deixa cicatrizes na mente e, sem dúvidas, na alma.
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