Niketche

Niketche Paulina Chiziane




Resenhas - Niketche


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Rute31 08/08/2021

Intenso!
Ler esse livro foi uma das experiências literárias mais intensas que já tive. Consegui amar e odiar todos os personagens, em momentos diferentes do romance. A autora, Paulina Chiziane, que se define como uma ?contadora de histórias? e não como uma escritora ou romancista, consegue nos envolver na trama, nos faz desejar entrar no livro, pegar no braço de um ou dois personagens e dizer ?agora não, agora já chega?.

O livro é narrado em primeira pessoa, da perspectiva de Rami, que está casada com Toni há vinte anos. Um dia, Rami descobre que Toni tem outras quatro mulheres, com quem também vive maritalmente, em outras regiões de Moçambique. Rami decide então ir atrás de cada uma delas, conhecê-las afim de compreender não só a decisão de Toni de ter outras mulheres mas o que aquilo significa para si.

O título do livro faz referência a uma dança do norte de Moçambique, realizada por meninas durante a iniciação para a vida adulta (na verdade, adolescência), um ritual sobre amor e erotismo. Com uma narrativa que se alterna entre leve e pesada, sem cansar o leitor, Chiziane observa, comenta e critica, através de seus personagens, costumes arraigados na sociedade moçambicana, como a poligamia, e como se tivesse uma lente, analisa a relação entre homens e mulheres em seu país.

Alguns trechos do livro podem soar, para a leitora brasileira, muito estranhos. Em uma cena de funeral, Rami é praticamente expulsa de casa. Mesmo assim, há situações em que nós facilmente nos identificamos: a violência doméstica, a misoginia, o machismo como uma epidemia cultural justificada pelo lugar do homem e da mulher na sociedade. Senti muita raiva durante a leitura desse livro, mas com certeza vou reler. A história é boa demais para ser lida só uma vez
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Maria Clara 29/08/2021

Acho que a diferença cultural atrapalhou muito a minha relação com o livro. Eu ficava com raiva da personagem. Tem umas passagens que tentam ser poéticas, mas, para mim, acabavam soando como enrolação. Apesar disso, o final salvou e transformou o livro, que até então seria um 2, num 3
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Nati 15/09/2021

Diferente
Niketche conta a história de Rami, que, após descobrir as traições de seu marido, decide tomar controle da situação e juntas as outras mulheres formando um relacionamento poligâmico.
Esse livro da literatura Moçambicana é uma obra de arte que retrata de forma íntima os questionamentos, problemas e as vivências de uma mulher que se vê abandonada pelo marido em troca de amores rápidos. Escrito em primeira pessoa, é possível simpatizar e se identificar com algumas questões que Rami passa e reflete sobre. Contudo, por misturar a narrativa com filosofavas internas e elementos culturais do país, pode ficar um pouco cansativo, principalmente nos momentos de muitas descrição e reflexão.
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Kio 17/05/2023

TODA MULHER DEVE LER ESSE LIVRO!
Estou participando de um novo grupo de leitura para ler mulheres que escrevem em língua portuguesa (Leia Mulheres), e o que começou como auto obrigação, terminou em uma leitura para lá de prazerosa.

De antemão é um choque de cultura que de situações tão absurdas as vezes eu achava engraçado – o famoso rindo com respeito. Apesar desse clima, por vezes descontraído, Niketche - uma história de poligamia é um romance cru. Narrado em primeira pessoa, o enredo já me atraiu por aí. Por vezes parei de ler apenas para digerir as palavras difíceis de engolir.

Minha opinião geral é que se trata de um livro triste. É tão verdadeiro, tão autêntico que ninguém consegue passar indiferente por suas páginas. Uma verdadeira obra-prima, que inclusive já faz parte dos romances moçambicanos mais renomados do século XX.

Paulina Chiziane é vencedora do Prêmio Camões 2021, o mais prestigiado da língua portuguesa. A autora é uma verdadeira contadora de histórias, que de tantas acaba se tornando um romance. Me lembra Garcia Marques, Saramago, mas sem dúvidas é um livro ainda mais único. Não é uma leitura cansativa. É um texto poético, entre ficção e realidade.

Com este livro Paulina Chiziane construiu um marco da literatura moçambicana que questiona as tradições e debate, como nunca antes, a condição feminina na sociedade.

Novidade: leitura em português de Portugal.
Ano: 2004
Páginas: 344
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Isa :) 22/08/2022

Fantásticoo
Um livro principalmente pra todas as mulheres que já se sentiram engolidas por um homem. Rivalidade feminina, autoestima da mãe, que acima de tudo, é mulher, são questionados nos capítulos escritos pela mente brilhante de Paulina Chiziane. Se você está procurando por uma leitura fluída, que viaja ao interior de uma mulher, essa é a ideal. Realmente gostei muito
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brendinha28 22/08/2022

chato.
tive que ler porque a uerj pediu, mas honestamente foi a pior leitura da minha vida. o livro no início não faz o menor sentido e quando chega ao final parece que retorna ao início.

o único capítulo bom desse livro é o 39 e mesmo assim, ainda existem algumas falhas. existem pouquíssimas coisas para se aproveitar nesse livro.

uma total perda de tempo, de verdade.

queria que minha opinião fosse diferente :/
dotevski 24/10/2022minha estante
lê de novo então




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Mage 30/06/2022

Boa escolha da UERJ
Mil vezes melhor do que ?Sonetos?, mas, ainda assim, mantém a mesma pegada de um livro com o português não brasileiro. ?Sonetos? traz o português clássico e arrastado, entediante e complicado, porém ?Niketche? tem uma identificação brasileira maior. Tanto o Brasil quanto Moçambique foram colônias portuguesas e carregam em sua cultura um português diferenciado e diverso, sem falar na mistura cultural entre catolicismo x tradição que é sempre pontuado ao longo da trama e outros traços comuns aos países q um dia já foram colônia. Interessante, prende e é uma leitura dinâmica, apenas algumas dificuldades para reconhecer quando ocorria diálogo e pensamento, mas nada que atrapalhasse. A variação do português não é um empecilho para a compreensão plena do texto e a trama é boa, mesmo sem entender alguns objetivos da personagem e talvez essa seja a grande questão. O final não poderia ser melhor!!!!
Obs: esse livro geraria 1 mês de discussão no Twitter
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Marry dudis 04/10/2022

Impressionante
Esse livro merecia até mais destaque do que anda tendo,mesmo estando nos vestibulares a leitura é cativante e tranquila, a história com profundidade e analisar as diferenças culturais entre sul e norte e até mesmo com o Brasil torna tudo melhor.
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Kecia.Viana 02/03/2022

Leitura dolorida
Leitura que revira o estômago.

Aqui nos é apresentado várias formas que me senti ofendida como mulher.

Uma cultura que nos silencia e nos maltrata.

Por vários momentos me peguei justificando que era uma cultura distante e que precisa entender questões regionais... Mas e o que temos aqui?? Muitas partes do livro eu reconheço aqui no nosso cotidiano.

Foi difícil ler esse livro, mas é importante esse conhecimento e percepção.
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Claudia.Marcia 15/10/2022

Niketche e um romance que vai contar a história de uma mulher chamada Rami que é uma esposa fiel e subserviente que descobre que seu marido tem várias amantes e filhos.Rami movida pela curiosade vai ao encontro dessas mulheres.
Foi um livro que demorei um mês para  finalizar a leitura, porque tinha partes que mesmo não fazendo parte da minha vivência foi difícil pois sofria com as agustias e questionamentos de Rami.O livro aborda temas como a mulher é vista é tratada pela  sociedade , casamento , a auto  estima , família principalmente a força da mulher e que temos voz sim. A autora toca a nossa alma com sua escrita e impossível de não se emocionar e sentir tocada com a história.
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Jan 19/03/2022

Paulina Chiziane é gigante
Chiziane é um dos maiores nomes da literatura universal de todos os tempos.
Eu amei demais esse livro, ainda mais que o "O alegre canto da perdiz", que eu simplesmente achei perfeito. Estou totalmente apaixonada pela Ramí! Que mulher forte e sagaz.
Eu vejo essa obra ao mesmo tempo com a finalidade feminista do grito contra o patriarcalismo e as convenções, mas tbm sob a ótica pós colonial já que o Tony se relacionou com mulheres das diferentes partes do país criando um mosaico dos costumes e tradições do país, como uma metáfora.
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iandra.santte 07/06/2023

Comecei a ler esse livro por ser leitura obrigatória da Unicamp para o vestibular.
É um livro interessante, nos mostra a realidade e a cultura moçambicana, que não difere tanto da nossa em relação ao machismo e ao patriarcado.
Essa obra me arrancou algumas risadas mas depois da metade do livro, acabou ficando um pouco cansativo.
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Antonio Maluco 06/04/2022

Traição
O livro conta histórias de várias mulheres casadas com o mesmo homem numa cidade africana e elas tem vários debates sobre a vida delas e do esposo
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