A Queda

A Queda Albert Camus




Resenhas - A Queda


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Déborah 15/04/2022

Somos todos como Jean?
O livro é um monólogo (ou quase), em que Jean, ex advogado que se intitula juiz-penitente, retrata sua vida a um desconhecido. Ao longo do livro ele conta sobre sua vida e suas experiências, retrata seu egocentrismo e seus desamores, ou, o seu excesso de amor por si mesmo.

Vamos conhecendo e desvendando a realidade humana através do seu monólogo. Muitas vezes achando seus relatos absurdos, e nos questionando ?somos todos como Jean??? É impossível não se identificar em algum momento com ele, e é impossível não ter conhecido alguém que se assemelha às duas descrições.

Um livro que te faz refletir sobre tantos aspectos da vida, que você jamais poderia imaginar que um livro de 110 páginas pudesse revirar tanta coisa dentro de você.

Não é uma leitura leve, e não aconselho a ler o livro em um ou dois dias, já que é uma leitura para ser apreciada, refletida, e, por isso, requer tempo.
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Bruno Oliveira 25/03/2022

A CAPA DO LIVRO DEVERIA SER UM ESPELHO
Quem lê, hoje, A queda, do filósofo francês Albert Camus pode achar o romance “sem ritmo”, “sem enredo”, “sem história”, o que é compreensível, contudo, o romance é claramente filosófico, então, as ideias, os ideais, as visões de mundo lá contidas são o foco que todo leitor realmente interessado na obra deveria se ater. O narrador lá, na verdade, confessa a sua própria queda, que, obviamente, representa também a queda da própria Humanidade. De uma posição invejável, de uma moral inabalável até a sua degradação e inversão total de sua estirpe, isto é, de um advogado e cidadão exemplar a um desocupado e cumplice de um roubo de um quadro holandês famoso (eh, é isso mesmo), o tal do Jean-Baptiste Clamence, que nem é o nome verdadeiro dele (!), está lá no livro mais como um arauto do próprio Camus. É com a gente mesmo que ele fala, uma artimanha típica dos mestres da filosofia e, aquela figura feminina da ponte, que o atormenta, e a mesma que a gente vê, todos os dias, assim que despertamos na cama... Aliás, repare bem nessas mudanças de ambientes no livro: nós trombamos com o sujeito em um bar, passeamos com ele pela cidade, pelo cais, em um barco, em uma ilha e terminamos com ele em seu leito. Essas coisas aí não estão aí de bobeira não, hein! Excelente.
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Lys Coimbra 16/03/2022

Exame de consciência
Me considero muito suspeita para opinar sobre os livros de Camus porque sou uma super entusiasta do autor.
Neste livro, o ?juiz penitente? faz um monólogo no qual repassa a sua vida numa espécie de exame de consciência no qual aborda questões existenciais como sua essência moral, sentimento de culpa, capacidade de julgamento, e outros tantos temas que não caberiam numa resenha despretenciosa como essa.
A mim, este livro tocou e aflorou muitas reflexões, profundas e deliciosas.
Transcreva abaixo algumas das citações que fascinaram, com a forte recomendação de que algum dia você que me lê se permita o prazer de ler ?a queda?:


?[?] a liberdade não é uma recompensa, nem uma condecoração que se comemora com champanhe. Tampouco, aliás, um presente, uma caixa de chocolates de dar água na boca. Oh, não, é um encargo, pelo contrário, é uma corrida de fundo, bem solitária, bem extenuante. [?] No final de toda liberdade, há uma sentença; eis por que a liberdade é pesada demais?


?Quando pensamos muito sobre o homem, por trabalho ou vocação, às vezes sentimos nostalgia dos primatas. Estes não tinham segundas intenções.?

?Já reparou que só a morte desperta nossos sentimentos? Como amamos os amigos que acabam de deixar-nos, não acha?! Como admiramos nossos mestres que já não falam mais, que estão com a boca cheia de terra! A homenagem vem, então, muito naturalmente, essa mesma homenagem que talvez tivessem esperado de nós durante a vida inteira. Mas sabe por que somos sempre mais justos e mais generosos para com os mortos? A razão é simples! Em relação a eles, já não há obrigações.?
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enzopalacio 02/03/2022

Achei a leitura um pouco densa. O romance é pequeno apenas no número de páginas e enorme no número de reflexões. Mesmo assim, é um ótimo livro.
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de Paula 04/02/2022

Respeitável público
Eu li O Estrangeiro ano passado e me surpreendi com o quanto Camus consegue nos inserir na realidade do personagem, por mais absurda que seja a situação. Porém, não achei que isso aconteceria na Queda, um livro tão pequeno, mas assim como Kafka, com poder de escrever coisas fortes, pungentes e necessárias sobre a existência humana, de forma concisa, embora neste caso não o pareça, graças ao narrador prolixo e extremamente manipulador. Sinceramente, nunca me senti tão refletida e ao mesmo tempo com tanta repulsa de alguém quanto com o Jean Baptiste-Clement. Um livro extremamente filosófico, mas com contextos realísticos que o tornam até mais acessível que O estrangeiro.

A narrativa é sobre o supracitado personagem, que encontra um personagem oculto, que claramente é a quebra da quarta parede por parte do autor, porque poderia ser qualquer um conversando com esse juiz penitente, mas pode com toda a certeza ser o leitor o ouvinte de tal relato. Então, Jean discorre sobre a vida, o universo e tudo o mais de forma realista, sem o véu da hipocrisia que costuma cobrir nossas vidas. Ele fala sobre morte, amor, amizade, religião, amor próprio, são tantos assuntos que nem dá para lembrar de todos. Gostei da maneira acessível que o autor encontrou para contar sobre o que pensava sobre a existência humana e a mania que todos temos de julgar como se fôssemos donos da verdade. É chocante até como ele não tem filtro para falar sobre assuntos que são completos tabus, principalmente para um continente conservador sendo observado por um homem colonizado e muito perspicaz.

A parte que mais me marcou foi a confabulação sobre todo condenado ser culpado, se não do crime que foi acusado, mas, pelo peso dos seus erros. Ele chega inclusive a citar a morte de Cristo e para mim faz total sentido as palavras de Camus, porque existe uma culpa que rodeou a existência do Filho de Deus que a maioria ignora, mas o autor relembra e aponta bem na ferida, com certeza trazendo grandes discussões para a época que viveu.

É um livro formador de caráter e com poder de muitas vidas, usando a ficção para exemplificar a filosofia. São muitas reflexões tiradas da escola a qual pertencia (existencialismo) e formuladas para que pareça uma conversa de fato com um homem que revela seus segredos e deseja saber tudo da sua vida em troca. Brilhante, forte e impactante, essa leitura roubou meu coração e já é um dos favoritos da vida!
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Filippe 27/01/2022

Que monólogo!
O livro consiste basicamente em um imenso monólogo absolutamente prolixo e muito reflexivo, o que realmente te cansa. Ainda mais que o personagem pelos primeiros capítulos está mais preocupado em te contar o quão incrível ele era, o que é mais que razoável, já que o objetivo do livro é falar de sua queda. Mas devo confessar que é chato, visto que muitas das suas reflexões são mesquinhas. E aqui é bom salientar a diferença desse livro com O Estrangeiro também do Camus; esse aqui diz, diz, diz e não diz muita coisa. O Estrangeiro não te diz nada, mas te mostra mais que o suficiente.
Rafael 15/09/2022minha estante
Percebi, que você não entendeu absolutamente nada do livro




tessacarstairs 26/01/2022

De todas las novelas de Abert Camus, ésta fue la que menos me interesó.
No me gustan mucho los libros que consisten en arrojar información al lector, ya que prefiero que él tenga una oportunidad real de juntar los detalles y llegar a tu propia conclusión de lo que está pasando. Entiendo que es el formato del libro y que funciona así, pero no me atrae.
Tampoco me interesó el narrador como personaje, pero me gustó cómo llevaba a los lectores a través de su vida mientras sacaba a relucir ciertos puntos y discusiones filosóficas. En cuanto a la filosofía, el libro es increíble.
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Nara 16/01/2022

Um monólogo, ou quase, já que não se ouve a voz da parte ouvinte, mas que, sim, também fala.
O narrador se expõe abertamente como ser humano pleno, com suas contradições, hipocrisias, in/coerências, in/consistências. Deixa extravasar seus pensamentos mais vis e mundanos como penitência e início de uma libertação.
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Tah 10/01/2022

Visceralmente real
Trata-se da minha primeira experiência lendo Camus e eu confesso que não sabia o que esperar.
O livro é todo um monólogo em que o protagonista vai do completo céu da ignorância até a tristeza dolorosa das realidades descobertas e sentidas, como qualquer ser humano.
Vale à pena fazer essa pequena jornada.
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Silmara Cunha 02/01/2022

Enfadonho
Não vou dizer que é um livro ruim, tem vários momentos filosóficos e interessantes, mas de uma forma geral a forma como é escrito torna o livro arrastado e muitas vezes tedioso. Não foi pra mim certamente, uma leitura esquecível, infelizmente.
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glaucia.paloma 02/01/2022

Humanos em queda
Um juiz penitente narcisista narra um longo monólogo que trata de temas essenciais para a humanidade, é um tratado sobre a vida, sobre a morte, sobre o suicídio e sobre nós, façamos também nossas confissões a juízes penitentes. "Para que serve, então, morrer voluntariamente, sacrificar-se à ideia que se quer dar de si mesmo? Uma vez morto, eles se aproveitarão disso para atribuir ao gesto motivos idiotas ou vulgares. Os mártires, meu caro amigo, têm de escolher entre serem esquecidos, ridicularizados ou usados. Quanto a serem compreendidos, isso nunca." p. 57
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Carla 24/10/2021

"É assim o homem, caro senhor, com duas faces: não consegue amar sem se amar."

A vida é um vazio profundo que o homem tenta preencher buscando prazer que nunca o satisfaz . O objetivo de tudo que fazemos é nos sentirmos bem conosco.
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Mila 26/08/2021

Muito profundo
Esse livro de Camus é muito profundo. Como outro leitor disse em um dos comentários, não é um livro fácil de digerir, exige uma sensibilidade apurada do interlocutor. Mas se o leitor conseguir captar a profundidade do livro, é capaz de fazer rir e chorar. Emocionante e catártico.
Recomendo muito para aqueles que estiverem dispostos a se aventurar nessas "profundezas".
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Alexandre 04/08/2021

Um diálogo onde apenas um dos personagens fala por todo o livro. Mesmo assim, é uma conversa incrível, universal, onde julgamos, condenamos e nos reconhecemo todo tempo. Livro digno de um Nobel de literatura.
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