A Queda

A Queda Albert Camus




Resenhas - A Queda


183 encontrados | exibindo 151 a 166
1 | 2 | 3 | 4 | 11 | 12 | 13


Isolda 25/10/2016

Sim, somos todos criminosos
“Cada homem é testemunha do crime de todos os outros, eis minha fé e minha esperança”.

O narrador de A Queda, esse brilhante livro de Albert Camus, apresenta-se na figura de um personagem real, um advogado, fazendo a varredura de si mesmo através de um monólogo travestido de diálogo que, por diversas vezes, dá a impressão de estarmos diante de uma conversa a sós, com as paredes da consciência apenas. Essa conversa ou delírio se dá sob o requinte cruel da sinceridade, de assumir desvirtudes, enquanto se é enganado pelas próprias virtudes. Nessa varredura, Camus expõe o egocentrismo humano, que atravessa gerações com o próprio homem e se perpetua quanto mais parece se apequenar. Ainda somos como o narrador de A Queda, falamos sem parar como se a humanidade tivesse a obrigação de nos ouvir, de se vangloriar de nossas glórias, de perdoar nossas falhas e assinar com fé nossas promissórias em branco. Falamos sem tempo para respirar; falamos como se as palavras pudessem verdadeiramente nos desculpar pelos momentos em que deixamos de agir. Camus é gênio e gênios devem ser lidos para sempre.
comentários(0)comente



blynk 29/08/2016

Fantástico
Fantástico
comentários(0)comente



Meyreradiant 20/06/2016

A Queda
Se passa em Amsterdã, e consiste de uma série de monólogos dramáticos do auto-proclamado "juiz-penitente" Jean-Baptiste Clamence, à medida que ele reflete sobre sua vida para um estranho. No que acaba sendo uma confissão, Clamence conta sobre seu sucesso como um rico advogado de defesa, altamente respeitado por seus colegas; sua crise, e sua derradeira "queda", tem como meta invocar, em termos seculares, a queda do homen, no jardim do Éden. O livro explora temas como a inocência, a prisão, a não-existência e a verdade.
comentários(0)comente



Caio380 25/02/2016

Um livro de confissões
Cada frase desse livro é um convite à reflexão sobre a condição da nossa própria existência. E como se o livro fosse lendo você e relando seus piores temores, ilusões e crenças. Mas isso é feito de forma que não lhe causará dor, desamparo ou abandono. Pelo contrário o livro acolherá você no colo fazendo-o se sentir como uma criança. Camus fez o convite e você aceitou confrontar a ti mesmo, mas em troca ele oferece de maneira desinteressada a sua companhia.
A Queda é um livro de confissões sobre nós mesmos! Sobre os dilemas que são alimentados no nosso cotidiano da vida em sociedade, sobre o medo de amar e a esperança de tentar mesmo sabendo que estamos condenados a errar.
A narrativa não se divide em capítulos, ela é continua escrita com diferentes graduações de existencialismo e humanismo.
Se você é do tipo de pessoa que escolheu complicar a vida não deixe de ler esse livro na qual Albert Camus dedicou a todos nós malditos existencialistas!
comentários(0)comente



Marcio 23/05/2015

Recomendo muito a leitura desse livro. Profundo, com questões filosóficas importantes e instigantes.
"Talvez não amemos a vida o bastante. Já reparou que só a morte desperta nossos sentimentos? Como amamos os amigos que acabam de deixar-nos, não acha?! Como admiramos nossos mestres que já não falam mais, que estão com a boca cheia de terra...! A homenagem vem, então, muito naturalmente, essa mesma homenagem que talvez tivessem esperado de nós a vida inteira. Mas sabe por que somos sempre mais justos e mais generosos para com os mortos? A razão é simples. Em relação a eles, já não há obrigações. Deixam-nos livres, podemos dispor de nosso tempo, encaixar a homenagem entre o coquetel e uma doce amante: em resumo, nas horas vagas. Se nos impusessem algo, seria a memória, e nós temos a memória curta. Não, não é o morto recente que nós amamos em nossos amigos, o morto doloroso, nossa emoção, enfim, nós mesmos".
comentários(0)comente



PH 27/01/2015

Uma denúncia de Camus
Esse foi um dos últimos livros que li. Talvez por ainda estar tão fresco na minha cabeça eu tenha resolvido indicá-lo. Pra começar, digo de antemão que é um livro sublime. A obra é estruturada por completa na forma de monólogo, e isso sem dúvida exige do leitor MUITA atenção e paciência. Se se lê com certa displicência, corre-se o risco de perder o fio da meada e acabar deixando de lado partes importantes da trama. O personagem principal, um advogado impecável em suas condutas, vai ao longo da trama mostrando a sua verdadeira faceta. Porém, antes disso ele faz questão de nos incitar, nos insultar e mostrar-se propositalmente irritante. O livro é uma grande denúncia que Camus faz. Ele nos mostra ao que nos reduzimos e quais são os verdadeiros valores do homem moderno. É uma boa pedida, e o final é simplesmente espetacular.
comentários(0)comente



Veronica 10/01/2015

Seja paciente
Comecei a leitura sem me empolgar muito, depois me interessei e, após o suicídio, perdi o interesse, mas quis concluir o livro por ser o primeiro de um projeto pessoal. Só ao concluir é que percebi o real sentido da história. Recomendo leitura com paciência e que não se deixe desanimar se em determinado momento ficar um pouco "perdido" na história.
comentários(0)comente



DIRCE 01/01/2015

Um texto de difícil compreensão ( pelo menos para mim)
“Se alguém não tiver prazer em ler um livro várias e várias vezes, não há motivos para lê-lo, afinal” (O. Wilde).
É...não foi bem o prazer que me levou a ler várias e várias vezes diversas páginas do livro “A Queda”. O motivo foi ela: a minha dificuldade de entendimento. De Camus, esse foi o livro que encontrei maior dificuldade na leitura. Quando nos apresentamos a alguém, iniciamos um diálogo, certo? Não no livro A Queda ( e também no “Grande Sertão: Veredas” do G. Rosas) . O que se verifica é a existência de um solilóquio, por meio do qual , Jean-Baptiste Clamence esclarece o porquê se transformou em um juiz-penitente. A cada página lida ( embora, no meu exemplar esse livro tenha sido catalogado como romance) eu pensava: mas está mais para um Ensaio do que para um romance e , certa ou errada, essa sensação se estendeu até o fim da obra. Bem, “Ensaio”, por si só , exige de mim certo esforço ( mesmo se tratando de Camus) e o que dizer quando ele ( o Ensaio) é somado a relatos de fatos sem obedecer a sequência das ocorrências de tais fatos? Claro que se fez necessário um esforço extra- achei um texto de difícil compreensão, e o que me foi possível compreender me levou a concluir que Camus fez um análise implacável e severa do ser humano.
Um fato não me passou despercebido: a ambiguidade do título do livro – “A Queda” .Um dos fatos ocorridos justifica esse título ou ele é justificado pela “ queda” do ser humano?
Não vou me estender no meu comentário para não incorrer em erros e injustiça. Só preciso acrescentar que talvez se eu tivesse esperado um pouco mais, teria apreciado mais essa obra, e possíveis releitura seriam feitas pelo simples prazer de reler.
comentários(0)comente



Rodrigo Tejada 02/11/2014

Ótimo como incitação filosófica, mas mediano literariamente. Explico-me:

As reflexões suscitadas pelo livro são densas e relevantissimas do ponto de vista da doutrina existencialista.

Mas, a meu ver, cairiam melhor no formato de uma narrativa não ficcional, uma vez que achei o monólogo "desapegado" da vida e de qualquer desenvolvimento do narrador (ou demais participantes) enquanto personagens literários. A narrativa aqui e ali descreve a ambiência física e, a par de discorrer sobre a psicologia do homem enquanto idéia, pouco aprofunda a figura concreta do juiz-penitente Clemence.

Enfim, classificaria muito abaixo - sob o ponto de vista literário - dos fenomenais O estrangeiro ou A náusea, por exemplo, que sabem explorar o existencialismo no embate dos personagens com a vida concreta (o que para mim vale por mil teses, proselitismos e monólogos).

Vale a leitura pelo manancial de ideias da filosofia existencialista.





comentários(0)comente



Ana 16/10/2014

"Não espere pelo Juízo Final. Ele se realiza todos os dias."
Demorei a terminar de ler A Queda. Um livro pequeno, de 110 páginas, porém não é o tipo de leitura a que estou acostumada, o que o tornou um pouco difícil, mas não menos prazeroso.

Publicado em 1956 por Albert Camus, vencedor do Prêmio Nobel da Literatura, A Queda se passa em Amsterdã e é narrado por Jean-Baptiste Clamence, autodenominado juiz-penitente que conta sua história à um estranho que conheceu no bar Mexico-City.

O livro é escrito em forma de monólogo, ou seja, as falas do estranho com quem Jean-Baptiste conversa não são explicitadas e só temos alguns relances de seus questionamentos ou apontamentos quando o próprio Jean-Baptiste os menciona, como por exemplo quando se conhecem: Sou-lhe muito grato e aceitaria, com todo prazer, se estivesse certo de não bancar o intrometido. É muita bondade sua. Então, vou colocar meu copo junto ao seu. (p. 5).

Não sabemos o que o interlocutor está dizendo, embora possamos inferir das lacunas entre as frases que ele tenha convidado Jean-Baptiste a se sentar com ele. E justamente esta ausência de falas nos dá a impressão de que somos nós mesmos quem estamos sentados no bar com o personagem ouvindo-lhe contar sua história.

Para responder à pergunta sobre o que seria um juiz-penitente, Jean-Baptiste passa a narrar, ou talvez a palavra correta seja confessar, sua história a fim de explicar de que se trata sua atividade. A partir daí, o livro aborda questões existências como amizade, lealdade, bondade, inveja, religião, liberdade, busca pela satisfação, entre outras.

O personagem principal usa valores considerados nobres como forma de se tornar uma pessoa superior aos demais: Compreendi, então, (...) que a modéstia me ajudava a brilhar; a humildade, a vencer; e a virtude, a oprimir. Fazia guerra por meios pacíficos e obtinha, enfim, pelo desinteresse, tudo que cobiçava. (p. 64).

Porém, este reconhecimento, entre outros, é parte da Queda de Jean-Baptiste, que pode enfim, reconhecer suas próprias falhas e fraquezas e com isso também observa as falhas e fraquezas da humanidade como um todo, questionando os valores adotados pela sociedade. Em muitos momentos, sentimos um grande desconforto por nos identificar com o cinismo, irônia e hipocrisia expostas pelo personagem.

Embora tenha sido escrito no pós-guerra, as reflexões apresentadas no livro permanecem atuais, uma leitura densa, que dá muito o que pensar. E talvez alguém possa pensar que é um livro negativo, mas ao contrário, creio que o autor teve a coragem de despir seu personagem de uma imagem socialmente construída, apresentando quem ele é na verdade, nem bom, nem mau, apenas humano, como todos nós.

site: http://www.faltadefoco.com.br/livros/a-queda
comentários(0)comente



Natalia 13/05/2014

A Queda
O livro "A Queda" é um monologo de um ex-advogado chamando Jean-Baptiste Clamance que se auto-intitula juiz penitente e que durante todo o livro, sim, durante todo o livro, faz uma auto-análise para uma pessoa que não nos é revelada.

No livro podemos ver sua vida antes da queda e após a queda. Antes da queda era uma vida tranquila que ele amava, onde ele era um talentoso advogado e que gostava de pegar casos complicados e sempre se dava bem em tudo. Até que começa sua queda, onde temos a sensação de angústia de Jean-Baptiste por não ter feito nada perante uma mulher prestes a se suicidar sendo depois perseguido por seu fantasma.

Jean-Baptiste, que era advogado parisiense resolve instalar seu escritório em um boteco chamado Mexico-City na cidade de Amsterdã. Ele divide seus pensamentos com os frequentadores do local, porém, em um determinado dia ele escolhe um cliente do boteco para contar sua vida e preocupações.

O monologo nos mostra o desabafo de um homem que não consegue de livrar de suas angústias e o coloca perante uma sociedade egoísta.

Embora fale o tempo todo de si mesmo, a fala do personagem tem a intensão de causar empatia no leitor, que acaba se colocando no lugar do próprio personagem principal, aceitando as angústias e confissões deste como se fossem suas.

"A Queda" é um livro que me fez pensar sobre o comportamento das pessoas, sobre o medo que nós temos de sermos julgados e de conviver com nossas próprias escolhas. Um livro genial.

site: http://nataliasantos.wordpress.com/2014/05/09/7o-livro-do-ano-a-queda/
comentários(0)comente



Marcelle 20/02/2014

No rastro do subsolo.
O livro de Camus dialoga com Memórias do Subsolo, de Dostoieviski. O narrador empreende um diálogo com o leitor e possibilita, assim, uma ampla reflexão sobre a árdua tarefa sobre as minuciosidades de ser humano. Muitas vezes, tive a sensação de estar sendo avaliada. A cada questão proposta pelo juiz-penitente tinha a sensação da produção de ecos em minha reflexão existencial.
comentários(0)comente



Lista de Livros 22/12/2013

Lista de livros: A Queda – Albert Camus
“A amizade é menos simples. Sua aquisição é longa e difícil, mas, quando se obtém, já não há meios de nos livrarmos dela; temos de enfrentá-la.”
*
“Nenhum homem é hipócrita em seus prazeres.”
*
“Os mártires têm de escolher entre serem esquecidos, ridicularizados, ou usados. Quanto a serem compreendidos, isso, nunca.”
*
Mais em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2010/06/queda-albert-camus.html
comentários(0)comente



183 encontrados | exibindo 151 a 166
1 | 2 | 3 | 4 | 11 | 12 | 13


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR