A Queda

A Queda Albert Camus




Resenhas - A Queda


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Maumau 15/02/2023

Não gostei, mas não quer dizer que o livro é ruim
Eu comecei a ler esse livro em dezembro ou janeiro, e quando completei mais ou menos um terço comecei a ter crises de insegurança muito, mas muito fortes. Esse livro começou a me trazer lembranças não muito boas de sofrimentos passados, e logo eu tava me arrastando pra poder terminar. Por causa disso, e do tom melancólico e cinzento que ele tem, é óbvio que não gostei nem um pouco da experiência.

Tentando ignorar minhas mágoas pessoais, eu tenho que dizer que continuo decepcionado.
Não é de hoje que comecei a ter um pouco de decepção analisando Camus ? apesar de O Estrangeiro ser um dos meus livros favoritos, uma conversa com uma amiga me fez perceber que... na realidade, ele não é tão denso quando eu pensei. E com A Queda, tive a mesma sensação. Queria algo denso e profundo como minha primeira leitura d'O Estrangeiro, mas ao invés disso... Senti que esse livro foi muito fraco.
Eu não consigo explicar muito bem o porquê, mas achei que quase tudo que o personagem aborda são coisas superficiais, externas, pessoais, que não refletem os problemas coletivos, mas puramente os individuais, pessoais, diria até que subjetivos. E, ok, não tem problema, mas... Não é o que eu esperava. Eu esperava uma análise profunda da mente humana e da suscetibilidade do mal, um juízo de valores do fracasso total e do sucesso completo... Mas ao invés disso, A Queda é sobre... humildade vs. arrogância? Julgar vs. Ser julgado? Ah, com todo respeito, vá catar coquinho.
Apesar de não ter gostado dos tópicos, não achei extremamente superficial. Foi uma boa abordagem, de fato. Mas acho que poderia ter sido muito melhor.

Não gostei da forma que o livro foi escrito, e isso talvez seja por conta da instabilidade que eu tive ao ler, mas achei muuuito embaralhado, confuso e desnecessariamente denso, apesar de resumidamente vazio.
Muito provavelmente eu perdi detalhes, deixei passar questões importantes ou só não tava no clima mesmo, então espero sinceramente que essa resenha não afete a vontade de um possível interessado no livro. Só... não crie expectativas, porque eu pessoalmente achei muito raso.
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Mi_ 31/01/2023

A Queda, Albert Camus

Publicado pela primeira vez em 1956, a obra é pequena em números de páginas, porém gigantesca em aprendizados e reflexões.
É uma leitura densa e de difícil compreensão, confesso que precisei retornar algumas páginas para entender melhor o que o autor queria dizer, mas valeu a pena.
Camus, retrata a decadência humana, a soberba disfarçada de humildade, a arrogância diante do amor genuíno, o julgamento ao outro e a falta de uma ação comprometedora diante das desgraças que nos cercam.
Pedro Medeiros 20/02/2023minha estante
Um dos meus favoritos




Andréia 25/01/2023

Não conhecia autor. Gostei. O enredo não é o principal nessa história, demorou um pouco para entender do que se tratava. necessário ler com calma e algumas partes , 2 vezes. Narrador conta história a alguém que não é nomeado. Essa história vai demonstrando sobre personalidade, das crenças, visões de vida, do mundo. Discorre muito sobre julgamentos. Vai dos seus momentos de auge e vai decrescendo, diminuindo o ritmo da vida.
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de Paula 21/01/2023

Respeitável público
Eu li O Estrangeiro ano passado e me surpreendi com o quanto Camus consegue nos inserir na realidade do personagem, por mais absurda que seja a situação. Porém, não achei que isso aconteceria na Queda, um livro tão pequeno, mas assim como Kafka, com poder de escrever coisas fortes, pungentes e necessárias sobre a existência humana, de forma concisa, embora neste caso não o pareça, graças ao narrador prolixo e extremamente manipulador. Sinceramente, nunca me senti tão refletida e ao mesmo tempo com tanta repulsa de alguém quanto com o Jean Baptiste-Clement. Um livro extremamente filosófico, mas com contextos realísticos que o tornam até mais acessível que O estrangeiro.

A narrativa é sobre o supracitado personagem, que encontra um personagem oculto, que claramente é a quebra da quarta parede por parte do autor, porque poderia ser qualquer um conversando com esse juiz penitente, mas pode com toda a certeza ser o leitor o ouvinte de tal relato. Então, Jean discorre sobre a vida, o universo e tudo o mais de forma realista, sem o véu da hipocrisia que costuma cobrir nossas vidas. Ele fala sobre morte, amor, amizade, religião, amor próprio, são tantos assuntos que nem dá para lembrar de todos. Gostei da maneira acessível que o autor encontrou para contar sobre o que pensava sobre a existência humana e a mania que todos temos de julgar como se fôssemos donos da verdade. É chocante até como ele não tem filtro para falar sobre assuntos que são completos tabus, principalmente para um continente conservador sendo observado por um homem colonizado e muito perspicaz.

A parte que mais me marcou foi a confabulação sobre todo condenado ser culpado, se não do crime que foi acusado, mas, pelo peso dos seus erros. Ele chega inclusive a citar a morte de Cristo e para mim faz total sentido as palavras de Camus, porque existe uma culpa que rodeou a existência do Filho de Deus que a maioria ignora, mas o autor relembra e aponta bem na ferida, com certeza trazendo grandes discussões para a época que viveu.

É um livro formador de caráter e com poder de muitas vidas, usando a ficção para exemplificar a filosofia. São muitas reflexões tiradas da escola a qual pertencia (existencialismo) e formuladas para que pareça uma conversa de fato com um homem que revela seus segredos e deseja saber tudo da sua vida em troca. Brilhante, forte e impactante, essa leitura roubou meu coração e já é um dos favoritos da vida!
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Elane48 20/01/2023

Em suma, um proxeneta
Perdi a conta de quantas vezes a expressão "em suma" é usada nesse livro. E nada é "em suma", pelo contrário, é tudo em detalhes.
Albert Camus é o cara que me apresentou a palavra "proxeneta". Eu a li pela primeira vez no livro dele "O Estrangeiro" (chato pacas!) e agora, de novo, neste confuso, porém interessante, "A Queda".
Quem? Quem sou eu pra dizer que o livro é ruim sendo o autor um Nobel da literatura???
"A Queda" tem umas passagens muito boas, mas não curti o livro a ponto de dar cinco estrelas. Não é uma leitura que faria de novo, nem recomendaria. Minto! Recomendaria sim a advogados!
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Talvez eu não tenha gostado do livro devido ao tipo de narrativa. É um monólogo confessional maçante. Só não o abandonei, pq é parte de um clube de leitura (ansiosa para saber a opinião dos outros participantes) e porque tenho por hábito nunca abandonar um livro, nem que seja para poder falar mal dele.
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É isso. Quem quiser se arriscar em "A Queda", boa sorte!
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Marcal4 18/01/2023

Único
Achei fascinante conhecer a mente desse personagem.
Da pra fazer um estudo de sua personalidade.
Ele é muito egocêntrico e assume isso com prazer.
Me surpreendeu, gostei muito do livro.
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bellecarnevalli 09/01/2023

Achei bem denso. É uma leitura que exige atenção, então não é como se você pegasse o livro pra relaxar, é pra começar a pensar mesmo kkkkkkkk
Entretanto, isso só me fez apreciar ainda mais a leitura e certamente, esse livro está no meu top 5.
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@bibliotecagrimoria 05/01/2023

No livro somos apresentados a Jean Baptiste Clemence. Um ex advogado, e agora juiz penitente (essa profissão assumida explicada ao fim), que questiona o próprio sentido da existência ao conversar com um homem que conhece em um estabelecimento em Amsterdã.
Antes um [falso]altruísta que se achava exemplo e sempre queria estar por cima, Jean Baptiste passa a questionar suas virtudes, seu mundo, o sentido da vida e toda a relação humana base do convívio em sociedade.
Após um acontecimento (traumático) na qual o narrador (inclusive, única voz falante no texto, já que tudo que o outro homem fala só nos chega através das respostas de Jean Baptiste, que nos ajuda a deduzir o que o outro disse) se vê incapacitado de reagir, a sombra desse acontecimento o acompanha, fazendo com que ele questione se realmente há um sentido numa existência em um universo aparentemente tão apático à tudo.
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Lets 29/12/2022

Bom
Gostei, mas preciso de tempo e paciência pra interpretação. O livro é um monólogo de um advogado que se nomeia de "Juiz penitente", com um ego infladissimo, que me deixou extremamente tediosa e desconfortável durante a leitura, o personagem dialoga toda a sua história de como ele adorava se sentir superior a qualquer outra pessoa em qualquer área, até que um dia, estando sempre no alto, ele "despenca". A queda, na verdade, é uma metáfora para expressar o rumo que a vida do rapaz tomou após ele mergulhar nas profundezas de si mesmo e da sociedade e notar o quão sombrio tudo era. Quando ele desperta o olhar para o mal dele e do mundo, é que ocorre "a queda". Queda das ilusões? das máscaras? de um nodo de vida? São muitas as significações. Dessa maneira, o personagem passa todo o livro contando a história de sua vida antes e depois da queda, como se fosse uma confissão de seus pecados e ao mesmo tempo o autojulgamento deles. Por isso, ele utiliza a frase "Não espere por um juizo final, ele já acontece todos os dias". Pra minha vida, a lição que fica é a do autojulgamento. Meus sentimentos durante a leitura foram: tédio, mas gostei do tom filosófico.
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Felipe 26/12/2022

Fazendo parte do mesmo ciclo de O Exílio E O Reino, é quase como um conto de lá que tomou maiores proporções. Ainda se conversa sobre um niilismo ativo, a tomada de atitude, e a opinião em relação ao esvaziamento necessário de valores e costumes para uma mudança radical. O juiz-penitente existe mais como uma desculpa para julgar que uma aceitação e concordância da penitência.
Sempre bom ver como Camus criava personagens que, enfrentando a mesma situação, tomam escolhas diferentes. Nos questiona sobre qual seria a nossa atitude.
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Joao.Gabriel 22/12/2022

Escrito em um monólogo maior que testa de careca, A Queda é sobre um advogado que posteriormente se denomina como juiz-penitente. Ele chega a explicar no que consiste o ofício, mas antes divaga umas 100 páginas sobre Paris, Holanda e pássaros.
Tem umas ideias malucas aí sobre servidão, mas até que é interessante os pontos sobre punição, julgamento, confissão...

Se tratando de Camus, eu interpreto tudo como alegoria pro absurdo. Mas vai saber, né?
Joao.Gabriel 22/12/2022minha estante
Detalhe curioso: teoricamente não tem diálogo nesse livro


Nâna 22/12/2022minha estante
Perdi no testa de careca akakkaka




Wellington.Pimente 26/09/2022

Queda filosófica
Um incidente de uma uma simples queda, e a falta de reação do protagonista no livro, demonstra sua própria queda "espiritual", levando a uma reflexão profunda de si mesmo e portanto ao encontro da sua alma. Parece mais um livro relato ou ensaio filosófico do que um romance em si.
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