O Evangelho segundo Jesus Cristo

O Evangelho segundo Jesus Cristo José Saramago




Resenhas - O Evangelho Segundo Jesus Cristo


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Luigi Gaino 07/05/2021

Desculpe, mas é desnecessário
Todos vão dizer amar! Ah! Saramago....claro, ele
é um gênio, eu já li livros incríveis...mas este não achei ?necessário?....porque ele escreveria um livro cujo único intuito seria provocar outras pessoas? O livro não agrega...só estimula alguma risada, uma provocação é aquela graça rasa...só acho.
Alê | @alexandrejjr 07/05/2021minha estante
Quem seriam essas outras pessoas, Luigi?




João 20/04/2021

Leitura profunda!
Trata-se de uma releitura ou recontagem de uma ou quiçá a história mais conhecida no mundo. A princípio achei que a esta recontagem demorou a fluir, mas Saramago é Saramago, e na segunda metade do livro a leitura tornou-se fácil.
Este evangelho retrata Jesus nazareno por um ponto de vista menos divino e mais humano (seus medos, anseios, erros e acertos). O sobrenatural se faz presente na obra e é muito bem costurado.
O autor utiliza-se de cinismo e muitas polêmicas (fato este que não causa estranheza). O contexto, costumes e cotidiano das pessoas daquela época são muito bem retratados.
O diálogo entre Deus, Jesus e Pastor é simplesmente fenomenal e de uma profundidade inexplicável.
Por fim, recomendo a leitura salientando que não se trata de um livro de cunho religioso, e sim de uma ficção criada pelo autor. Portanto, não é preciso, nem salutar concordarmos com tudo que esteja escrito. Recomendo somente o deleite da obra.
Camila.rl 20/04/2021minha estante
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Joao.Lucas 12/04/2021

Um dos melhores livros que li na vida. Uma crítica afiada que Saramago faz à Igreja, e uma humanização ainda melhor que faz da história de Cristo. É um livro difícil de ler, devido ao estilo de escrita de Saramago, mas que vale cada palavra.
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Felipe 10/04/2021

No ano de 1922, nasceu em Azinhaga de Ribatejo, localizada no centro de Portugal, o grande escritor José Saramago. Na ausência de boas condições financeiras, Saramago e sua família se mudaram para Lisboa quando o futuro escritor tinha apenas 2 anos de idade. Quando iniciou a sua formação acadêmica, Portugal possuía uma taxa de analfabetismo acima de 2/3 da população.

Aos 12 anos, Saramago abandona uma escola de ensino tradicional para estudar em uma escola técnica, na qual obteve a formação de serralheiro. Conciliando as suas atividades laborais com atividades literárias, o autor publica a sua primeira obra em 1947, mesmo ano no qual nasceu a sua filha.

“A Terra do Pecado”, seu primeiro romance, não obteve uma repercussão tão grande. Seu segundo livro foi rejeitado por uma editora e, após 19 anos escrevendo contos, peças de teatro e poemas publicados em revistas portuguesas, Saramago torna-se poeta.


Inspirado em ideias marxistas, mais tarde o autor volta a conceber romances em prosa. “Levantado do Chão” trouxe temáticas bem polêmicas. Em “O Evangelho segundo Jesus Cristo”, vemos temáticas polêmicas mais distantes das de viés político.

O simples ato de ver José Saramago sendo mencionado é causa espanto em muitos. E as suas obras que eu li até o momento não foram tão fáceis. No caso específico de “O Evangelho segundo Jesus Cristo”, isso não se deve ao emprego de uma linguagem de difícil compreensão. Na obra, a dificuldade decorreu do fato de que as reflexões na obra contidas demandarem um certo tempo para serem “digeridas”.


Ela pode ser considerada uma metaficção histórica. Em que isso consiste? Para a estudiosa canadense Linda Hutcheon, em uma narrativa que se apropria de personagens e/ou acontecimentos históricos com a finalidade de questionar fatos tidos como absolutamente verdadeiros. Na obra aqui resenhada, José Saramago o fez com a vida do próprio Jesus Cristo.

Eis uma das principais razões por que ela causou tanta polêmica. Explico. Atualmente, vigora a concepção de que de que a História deva ser contada não apenas sob a vista dos setores dominantes de uma sociedade e que ela deve levar em consideração as relações de poder existentes entre os seres humanos. Nesse cenário, contestar verdades históricas poderia ser de grande valia em determinadas circunstâncias.

Imaginem se a História da colonização do nosso país, contada sob o ponto de vista dos colonizadores, não tivesse outras visões contemplando outros pontos de vista. Imaginem se a História das disputas imperiais dos séculos XIX e XX levassem em consideração unicamente a visão dos países neocolonialistas? Situações como essas nos mostram a importância desse tipo de contestação.


Mas e se ela fosse destinada a textos sagrados religiosos e a fatos considerados por eles como historicamente verdadeiros? No caso de “O Evangelho segundo Jesus Cristo”, vimos a obra ser repudiada pelos cristãos, tanto os católicos quanto os protestantes. E isso explica por que eu não indico a leitura da obra a quem não tolera contestações a dogmas religiosos.

Conforme eu disse anteriormente, a linguagem empregada deste livro não é de difícil compreensão, e que a dificuldade que ele nos apresenta é na abstração das reflexões nele contida. A facilidade decorre do estilo de escrita do autor, similar ao de contos orais, nos quais a correção ortográfica da linguagem escrita adquire uma importância secundária.

Confesso que nos outros livros que li dele esse estilo me causou certo estranhamento, mas neste isso não ocorreu. A dificuldade, por sua vez, pode ser resolvida mediante uma maior posse de conhecimentos bíblicos.

Caso você decida ler essa obra, é preciso que saiba que este livro contém uma versão humanizada do evangelho. Porém, isso ocorre à custa de uma quebra da aura sagrada que o envolve. É preciso mencionar que a religião não foi essencialmente ignorada, mas descartada enquanto dogma.

Em outras palavras, buscou adotar uma postura crítica frente a verdades estabelecidas. Contudo, em uma situação inadequada para os cristãos mais fiéis. Saramago não retratou Jesus Cristo como um ser de moral perfeita, mas também não como um de moral reprovável.

Conclua a leitura da resenha no blog. Caso tenha gostado e deseje ler mais resenhas nestes moldes, siga o perfil no Instagram: @literaturaremanalise

site: https://literaturaeanalise.blogspot.com/2021/04/resenha-o-evangelho-segundo-jesus.html
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Gab 01/04/2021

Oque importa é a experiência
Ganhei esse de presente, pelo que me disseram achei que seria um livro que tentaria me ensinar a ser católica e blá blá blá (sou espírita) e não foi nada do que eu esperei. O livro conta a jornada de Jesus na Terra, desde a notícia de que Maria estava grávida até sua morte e meu Deus, quantas questões e esclarecimentos esse livro me trouxe, mal sabia eu o quão ingênua era achando que a história de Jesus foi um conto de fadas, Spoiler: não foi mesmo.
Comecei com um certo preconceito e saí muito orgulhosa e melhor depois de lê-lo, claro, tem muitas coisas nele que não concordo mas ainda gostei muito, os personagens me cativaram e a história me prendeu, recomendo pra quem quer conhecer mais dessa história divina ou simplesmente sofrer um pouco kk
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Bibi 24/03/2021

Leia, mas....
O tema foi o que me fez ler esse livro. A história em si é muito legal. Vários momentos de alfinetadas. E não vi nada de ruim com a "humanização" dos personagens e tornando "fatos" mais realistas. Por esse ponto o livro é bem interessante de se ler.

Mas a forna como é escrito é muito difícil. Todo mundo fala da forma de escrita do Saramago e eu achei bem ruim (atirem a primeira pedra). A leitura fica massante, confusa e leva tempo pra você acostumar.
Então se for embarcar nessa, tenha paciência, persistência e desapega de uma leitura com inícios e fins bem definidos.

Leia, mas estejas avisado(a) ?
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Eva 17/02/2021

Um ótimo começo com Saramago.
Meu primeiro contato com a obra de Saramago e não poderia ter começado melhor. A escrita é sim diferente do que já tinha lido antes e daí veio a dificuldade no começo, mas depois você vai se acostumando, porém não deixou de ter aqueles trechos em que a leitura foi devagar por causa da profundidade do escrito. O narrador, meu Deus como amei esse narrador, com seu humor que me tirou até gargalhada, com sua ironia, acidez, suas críticas afiadas ao cristianismo e que não deixou escapar nem Deus (que é o maior criticado, diga-se de passagem), em algumas passagens eu cheguei a dizer: eita, que essa foi pesada. Uma outra observação que fiz a respeito do narrador é como ele transita pelo tempo durante a narrativa, hora ele está narrando situado nos tempo atuais, hora está no tempo de Jesus ou antes ou depois de sua morte.

O Evangelho Segundo Jesus Cristo é uma obra primorosa, quem poderia imaginar que alguém pudesse escreve uma obra prima a partir de uma história que boa parte da humanidade já conhece há milhares de anos. A vida de Jesus é contada a partir da perspectiva de que ele foi um homem e não somente um ser santo. Jesus humano tem seus pontos altos e baixos como qualquer pessoa, a adolescência com uma certa rebeldia e a passagem pra vida adulta com suas responsabilidades e nesse ínterim cheio de medos, inseguranças, remorsos etc.

O encontro de Jesus e Maria Madalena é um dos mais bonitos da história.
Um dos pontos que mais gostei foi que Saramago frisa bem todo o machismo da época, exemplificado principalmente na relação de Maria e José, só que depois vem Jesus e conhece Maria Madalena e a coloca no lugar de companheira no sentido literal da palavra, a pessoa que ele compartilha seus medos, dúvidas, segredos etc. A parte mais emblemática disso é quando ele tem o encontro com João Batista e os apóstolos querem saber o que foi falado nesse encontro e ele não diz nada e quando encontra Madalena conta somente a ela o que dito por eles, demonstrando total confiança nela e no seu amor.

O ápice, sem dúvida alguma, é o encontro de Jesus com Deus e o Diabo. Sério, o que foi aquilo? Fiquei um tempo tentando absorver. E o final? Meu Deus!! Tão surpreendente que nem sei se entendi.
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Tuyl 16/02/2021

Nunca tinha lido Saramago e a experiência foi fantástica! Uma leitura difícil, no início, mas que, ao se acostumar, fica muito rica e, claro, única!
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Gui 15/02/2021

Ateus, leiam esse livro. Cristãos, leiam também
Primeiramente, devo dizer que esse romance foi diferente de todos que já li em minha vida, ele é realmente único, fazendo com que me impressione cada vez mais com Saramago, ele é, sem dúvidas, um autor espetacular, suas histórias são simplesmente incríveis, sua ironia, ironicamente, é linda e sua escrita escassa de pontuações convencionais, que em um primeiro momento parece ser um fator dificultador, na realidade, apenas aumenta o encanto da obra.

Evangelho Segundo Jesus Cristo, assim como outros livros do autor, possui um realismo fantástico, que parte de um questionamento fantástico e o descreve de forma realista ("E se toda a população ficasse cega?": Ensaio Sobre a Cegueira, "E se ninguém fosse votar no dia das eleições?": Ensaio sobre a lucidez). Dessa forma, a obra, parte do questionamento "E se o evangelho fosse escrito de forma mais verídica? E se ele não fosse tão idealizado?" e a partir disso se constrói toda uma narrativa de como seria a "verdadeira" história de José e Maria, uma família tradicional judia, bem diferente da que constumeiramente imaginamos, juntos de seu primogênito Jesus de Nazaré, um homem que mesmo sendo filho de Deus, também é humano, e por isso erra e peca. Tudo isso narrado por Saramago com sua ironia sagaz, e cômica em alguns momentos, torna essa reinterpretação do evangelho espetacular.

Nesse evangelho, o autor faz inúmeras críticas que ao longo da história se mostraram muito pertinentes: ao retratar José e Maria como um verdadeiro casal judeu, uma união na qual há sim relações sexuais, afinal o matrimônio possui função reprodutiva, sendo inconcebível um casal ter apenas um filho sendo ainda fértil a mulher, Saramago critica o "idealismo" bíblico ao falar que uma judia, mesmo casada e mãe, continua virgem, além disso critica também o machismo exacerbado existente na cultura da época, narrando as relações entre os sexos diferentes e mostrando como as mulheres são tratadas como lixos, verdadeiras indigentes e seres impuros devido ao pecado original de Eva. Ademais, também tece criticas pesadas direcionadas a Deus, no caso ao do antigo testamento, o representando como egoísta e maléfico, para criticar as contradições bíblicas sobre esse ser que supostamente deveria ser luz e amor mas que trata seus súditos como cordeiros para o abate, que nunca cansa de castigar os judeus mediante um povo que os escraviza para depois matar esses mesmos escravocratas mandados por ele mesmo para salvar os escravizados, que manda dilúvios e pragas entre outras ações. Como se já não bastasse, a acidez de Saramago é tamanha que critica ainda os religiosos que muitas vezes ignoram propositalmente esse "antigo Deus" e consideram apenas Jesus ("E, por exemplo, veres para todo o sempre, como te venerarão em templos e altares, ao ponto, posso adiantar-to desde já, de as pessoas no futuro se esquecerem, um pouco do deus inicial que sou"). Todas essas críticas não estão diretamente explícitas, o autor para mostrá-las utiliza de sua ironia e das contradições dos fatos narrados (critica o machismo narrando o machismo como se fosse extremamente natural, e de fato era para os costumes da época), contudo, ao se encaminhar para o final elas se tornam um tanto que repetitivas e enjoativas, contudo o autor contorna essa situação com seus clássicos finais espetaculares e poéticos.

Em suma, foi uma obra crítica mas ao mesmo tempo divertida, afinal as ironias de Saramago dão um ar cômico que ao ler automaticamente vem esse pensamento: "Olha a audácia desse filho da puta". O choque com a cultural patriarcal dos judeus ortodoxos foi imenso mas como foi passada para um segundo plano dando seu lugar às críticas repetitivas a Deus (repetitivo não é sinônimo de falta de argumentação ou de construção, as críticas são sensacionais e muito bem articuladas, contudo como dito anteriormente acabam ficando enjoativas), reduziram o incômodo. Evangelho Segundo Jesus Cristo, é um livro que eu gostaria muito de ter lido anteriormente, de preferencia quando ainda era cristão, para me exaltar e me revoltar com essas heresias para que depois ao reler, perceber o quanto as pessoas mudam. Independentemente de sua opção religiosa, está é uma obra que sempre irei indicar pois cativa vários estilos de leitores: aos interessado em uma história boa, leiam, ela possui várias reviravoltas, revelações, cenas emocionantes e um final sensacional, aos que buscam críticas religiosas muito bem fundamentadas, leiam também, definitivamente é um prato cheio, agora aos leitores religiosos, digo que leiam também, é de suma importância entender ideais contrários às suas crenças, além de demonstrar uma aversão à intolerância, serve para para fortalecer seus próprios ideais, afinal esse livro é um verdadeiro teste de autoconhecimento, por isso recomendo para todos os cristãos, incluindo ao meu eu do passado, experimentem essa releitura da boa nova, veja se você realmente possui fé, pois caso não tenha, esse livro definitivamente te transformará, porem se o medo da mudança for grande demais, tudo bem, Saramago possui outros livros maravilhosos que também podem proporcionar prazeres incríveis ao lê-los.
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Giv 06/02/2021

Interessante
Leitura demorada, algumas vezes cansativa.
No entanto, a história é extremamente interessante, passagens irônicas e questionamentos válidos e reflexivos.
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ELIZ 04/02/2021

Recontando a história mais famosas de todos os tempos.
Ninguém escreve como Saramago, o seu jeito espanta ao mesmo tempo que encanta. Polêmica, sua marca registrada, nos mostra mais uma vez um jeito único de recontar a mesma história.
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Paula 31/01/2021

Quanto mais eu leio Saramago, mas tenho certeza que ele é meu escritor preferido.
O único defeito desse livro, na minha opinião, é a ausência de Maria na vida de Jesus.

?Deserto é tudo quanto esteja ausente dos homens, ainda que não devamos esquecer que não é raro encontrar desertos e securas mortais em meio de multidões?
?Afinal a ausência é também uma morte, a única e importante diferença é a esperança?
?As palavras proferidas pelo coração não tem língua que as articule, retém-nas um nó na garganta e só nos olhos é que se podem ler?
?Ninguém na vida teve tantos pecados que mereça morrer duas vezes?
?Já não chorava, mas os seus olhos nunca mais voltarão a estar secos, que esse é o choro que não tem remédio, aquele lume continuo que queima as lágrimas antes que elas possam surgir e rolar pelas faces?
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Marcia.Faria 24/01/2021

Perfeito
Saramago é genial, ele simplesmente pega uma história que é contada e recontada há 2 mil anos e a barra de uma forma simplesmente brilhante. Ele utiliza lacunas e histórias apócrifas para dar apoio à sua imaginação e cria uma história completamente nova, isso é um feito notável. Esperava um Jesus ainda mais humano, mas toda a parte sobrenatural é perfeita é justificável. Adorei a abordagem da vida de José e como ele amarra os fatos que seguiram o nascimento de Jesus à morte de José e consequentemente à saída de casa de Jesus. Maria Madalena também foi brilhantemente retratada, assim como as figuras de Deus e do Diabo.
Fora a forma de escrita de Saramago, que é extraordinária. Diálogos maravilhosos e cheios de simbologias. Dos livros dele que já li, esse foi o de leitura mais fácil, fluída e ao mesmo tempo mais bela e tocante.
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Thaís Aguiar 17/01/2021

Mais um Saramago, mais um favorito.
Sou suspeita para falar, quando digo que começar o ano lendo Saramago, é sempre uma boa ideia. Um autor inteligentíssimo, que utiliza de um texto frenético e ininterrupto para contar sempre as melhores histórias. Mesmo quando essa história já conhecida por todos, como é o caso desta em questão. Nesse livro incrível, Saramago faz uma releitura da história de Jesus Cristo da forma mais verídica possível, ou seja, trata-se de uma versão mais crua, um lado ainda mais "humano" do Filho de Deus, com seus defeitos, dúvidas, desejos e tudo o que observamos em nós mesmos enquanto "meros mortais".

Mesmo conhecendo os fatos e os personagens de antemão, é incrível como a sensação que permeia a leitura é de novidade, como se estivéssemos conhecendo aqueles nomes pela primeira vez, tamanha originalidade que traz o autor para a obra, na medida do possível. Aliás, é importante relembrar que Saramago foi um ateu irredutível, o que reflete no "tom de voz" da obra. O que quero dizer é que, ao fazermos uma leitura atenta, percebe-se muita ironia nas entrelinhas do texto (algumas nem se dão o trabalho de serem sutis), críticas ao cristianismo e às religiões em geral, sendo a maior crítica direcionada sempre para Deus.

Nessa obra, acredito que eu tenha lido até agora em toda a minha vida de leitora (que não é grande coisa, diga-se de passagem), o melhor encontro e diálogo entre Jesus, Deus e o Diabo. É um capítulo já no final da história onde diversas questões polêmicas são trazidas à tona, fatos que nos levam a divagar por muito tempo após fechar o livro.

Recomendo a todos essa história que só posso chamar de magnífica. Um livro para reler vez ou outra, que nos traz uma reflexão muito profunda e íntima, um texto que não deve passar por indiferente independente de quem o leia, seja cristão ou ateu.




site: https://www.instagram.com/elaselivros/
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