A Náusea

A Náusea Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Náusea


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Mrs. Brócolis 24/02/2020

Sinopse.
"A Náusea", publicado originalmente em 1938, é o primeiro romance de Sartre. Nele estão presentes, de forma ficcional, todos os princípios do existencialismo que seriam mais tarde postulados em "O Ser e o Nada", principal obra filosófica do autor. Escrito sob a forma de diário íntimo, o autor constrói seu romance filosófico a partir dos sentimentos e da observação de ações banais de Antoine Roquentin, o protagonista, que, ao perambular por uma cidade desconhecida, é confrontado com o absurdo da condição humana.
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Maria 11/01/2024

Lindo lindo lindo lindo
Não sei dizer o que sinto, mas sinto meu coração bater, acho que me apaixonei pelo sartre.
Essa obra é tão incrível, tão cruel, tão melancólica.
Meu único arrependimento é ter demorado tanto para ler.
Quem me garante que estou agora escrevendo essa resenha com minhas duas mãos e usando meu cérebro para montar um raciocínio coerente, eu poderia agora ter duas patas e estar apenas sonhando que sou um ser racional, e se eu fosse, que diferença faria??
Estou anestesiada.
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Digo SJC 09/10/2013

Muito bom!
Para quem lê o livro esperando uma aventura emocionante certamente se decepcionará, agora para quem se vê em vários momentos pensando no sentido da vida e no mistério da existência, o livro é muito bom e gostoso de ler;este é o meu caso.

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Clarissa 24/08/2022

Que "MERGULHO" foi esse?! ??
Num primeiro momento a leitura não me capturou, mas segui e o "MERGULHO" que ainda não havia acontecido, chegouuu. Fiquei mergulhadíssima em "A Náusea".

Foi um experiência sensorial pra mim. Estava com uma bala na boca enquanto lia determinada parte do livro e essa bala me lembra minha infância, mas geralmente só lembro racionalmente. Lendo o livro enquanto saboreava a bala, senti a lembrança. Acho que a forma como o autor vai narrando foi estimulando memórias sensoriais. Esse livro pode gerar experiências sensoriais interessantes, pode ativar certa visceralidade que, a depender de quem sinta, pode incomodar. Eu senti um incômodo que eu gosto. Algumas passagens foram libertadoras.

O personagem principal, Antoine Roquentin, me pareceu uma pessoa bem perceptiva. Uma percepção aguda que acaba por amargurar? Dar náuseas? Ele me pareceu um ser humano excessivamente "descortinado". Como se tivesse sobrado quase nada ou nada das ilusões. Extremamente consciente da sua existência e da existência das coisas ao redor.

No decorrer da leitura me questionei se me senti desconfortável lendo esse livro. Eu me senti repensando, relembrando, me identificando, me questionando, mas não me gerou desconforto. Achei uma leitura libertadora, transformadora, uma leitura que me fez sentir confortável até para me ver em lugares, que já estive mais em outras épocas, mas que de certa forma ainda estou e que não gostaria de estar, rsrs. ?? Em outros tempos ia tentar corrigir, me criticar e hoje tento escutar para entender o que diz e depois descobrir se tem e qual o rumo que é possível pra eu seguir, dentro da realidade na qual me encontre na ocasião. E isso poderia me gerar desconforto em outros momentos, mas realmente, tentando ser o mais honesta possível comigo, não senti desconforto com essa leitura.

No fim me vi emocionada... Foi uma experiência literarária incrível, que fez muito sentido pra mim.

Quem desejar, sugiro se permitir o "MERGULHO"! ??
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anonimoBR 19/05/2020

Complexa obra que aborda o peso da existência sobre o sujeito que possui consciência da mesma. É um texto bem interessante e fluido de se ler, apesar de em alguns momentos ser um tanto quanto confuso, mas, ao menos para mim, esses trechos meio desordenados complementaram a experiência da leitura, a tornando mais única.
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Carla Verçoza 26/08/2022

Em formato de diário, o protagonista Antoine Roquentin, um escritor que está cidade fictícia de Bouville, escreve uma biografia do Marquês de Rollebon, um aristocrata do Século XVIII.
Antoine descobre um dia a falta de sentido na vida, o vazio, o que lhe causa a Náusea. Durante as páginas, vai descrevendo como se sente, suas impressões sobre a vida e sobre si mesmo, com um quê de angústia, de sensação de vazio, sua crise existencial que na verdade acaba sendo de todos nós.
Acontece a identificação em várias questões e pensamentos do protagonista, que também é um amante de jazz, tendo a música uma presença importante no livro.

"Não é simpatia o que há entre nós: somos parecidos, só isso. Ele está só como eu, porém mais enterrado na sua solidão do que eu. Deve estar à espera de sua Náusea ou algo no gênero. Há agora, portanto, pessoas que me reconhecem, que pensam, depois que me encararam: "Esse é dos nossos." E então? O que ele quer? Deve saber que nada podemos fazer um pelo outro. As famílias estão em suas casas, em meio às suas recordações. E nós aqui, dois destroços sem memória. Se ele se levantasse de repente, se me dirigisse a palavra, eu daria um pulo." Pág. 83

"Pousou o garfo e me olha com uma intensidade prodigiosa. Vai me contar seus problemas: lembro-me agora que algo o aborrecia na biblioteca. Sou todo ouvidos: tudo o que quero é me com padecer com os problemas dos outros; isso representará uma mudança para mim. Não tenho problemas, tenho dinheiro, fruto de rendas, não tenho patrão, nem mulher, nem filhos; existo, é tudo. E esse tédio é tão vago, tão metafisico, que me sinto envergonhado. A náusea." Pág. 125

"Some of these days
You'll miss me, honey"
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Roberto 10/06/2020

Obra-prima de um gênio.
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Aline 11/04/2017

Das coisas que eu entendi, das que eu não entendi e Prozac
Iniciei a leitura de “A Náusea” em ritmo lento e cheia de questionamentos, principalmente em função do texto um tanto prolixo. Ali pela página 80, tive que parar. Me perguntei “Afinal, qual é a desse livro??” e abri o Google (atual pai-dos-burros) para me ajudar. Depois de uma pesquisa simples, porém esclarecedora, retomei a leitura de “A Náusea” e, aí sim, pude entender melhor o que estava acontecendo, sob a luz da teoria existencialista.

E por falar em entendimento, “A Náusea” despeja divagações em nível hard. Algumas eu entendi; outras, não. Das coisas que eu entendi, cito o ponto de vista lúgubre sobre a vida sem objetivo e da inexorável passividade do homem diante das coisas que existem. Por outro lado, várias passagens do livro são uma grande incógnita para mim. O momento em que Roquentin vai ao museu e começa a descrever alguns retratos, por exemplo, são umas boas 15 páginas que até agora não fizeram sentido algum para mim. Enfim, talvez um dia, como numa epifania, minha ficha caia.

Ao final, eu vejo a náusea como uma espécie de crise de ansiedade diante de um mundo sem sentido. Ainda que essa ansiedade seja familiar à muita gente (eu inclusa), não acho que o ponto de vista pessimista de Sartre seja a melhor resposta para a vida. Verdade ou não, é muito difícil viver assim. Iludida ou não, eu opto pelo otimismo. Me deleito com as mensagens de Sêneca. Se ainda o peso do mundo me afeta, penso na minha família, no meu trabalho, suspiro e sigo adiante. Se tudo isso ainda não funcionar, 20mg de cloridrato de fluoxetina e bola pra frente.
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Carlota Joaquina 19/04/2022

A angústia nauseante de Sartre
Um livro que consegue transmitir um enorme sentimento de angústia e isso é fascinante numa leitura, sentirmos o que o escritor na escrita preparou para nos tocar. Li esse livro na faculdade por volta de 1996 e foi um dos mais marcantes até hoje. A literatura sartreana é carregada de filosofia, desceu a filosofia do pedestal (da qual é digna) para os "comuns", Sartre é leitura obrigatória!
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Caio 21/08/2017

Uma obra arquitetônica literária
Começo dizendo que não é um livro fácil, se é isso que você busca não vai encontrar aqui. Não segue uma fórmula clara, nem para um tratado filosófico nem para um romance, é antes uma mistura singular de ambos. É muitas vezes monótono, especialmente no começo. Muitas frases exigem releituras e você se sentirá com frequência ainda sim perdido, sem entender o motivo. Se você leu até aqui e se desmotivou, uma luz: vale a pena! Ler esse livro é como ver uma obra arquitetônica sendo construída: no começo, quando ainda se está montando a base da construção, com cal, cimento, tijolos e tudo mais espalhados ou postos de maneira incompreensível ao primeiro contato, não é difícil ver o prédio como apenas mais uma monstruosidade sem sentido, megalomaníaca. No entanto, como o andar da construção - narração - o que era antes incompreensível toma formas mais claras, mais visíveis, e se começa a vislumbrar a grandiosidade do empreendimento e a ansiedade por ver sua conclusão aumenta. Ao final, quando a Náusea tiver te consumido e a ansiedade também, o que você encontrará pode muito bem ser o Taj Mahal dos romances filosóficos, e digo isso não apenas pela gigantesca ambição da obra, mas também por ambos serem um sepultura diga de mitos: o primeiro em lembrança ao amor do imperador mongol, o segundo, em lembrança as suas certezas na vida.

PS: Contudo, digo isso, se essa obra ainda não te impactou, se você simplesmente a viu como um monte de palavras alinhadas sem sentido em frases sem ordem: releia em alguns anos; algumas questões precisam primeiros ser semeadas antes de germinarem respostas.
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Kit 16/02/2023

Antoine Roquentin é um homem solitário, que vive refletindo sobre a vida, sobre a existência, sobre as pessoas, sobre os lugares e as coisas; e por ser um homem comum, as vezes ele nos cansa. Sendo assim, cabe a cada leitor decidir até onde quer acompanhar a sua história, o seu dia a dia e as suas reflexões. Eu gostei, mas mesmo estando preparado para a leitura ainda achei um pouco cansativo, então não recomendo para qualquer um. Tem várias passagens maravilhosas, muitas reflexões, mas também muitas passagens cansativas (algumas em que ele simplesmente fica descrevendo as coisas que está vendo) e que para o leitor desavisado com certeza pode ser o suficiente para abandonar a leitura. Mas para quem tem um conhecimento básico de Heidegger (fenomenologia, existencialismo e o humanismo) a leitura pode ser de grande valia, pois traz algumas reflexões sobre suas ideias de ente, ser e o Dasein; sobre a ideia de o homem viver sempre buscando aquilo que não é? enfim: é uma leitura diferente, então encare por sua conta e risco.
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Teco3 02/05/2020

A falta de lógica em existir
Náusea é o primeiro grande romance de Jean Paul Sartre, escrito aos 26 anos e lançado nas vésperas da Segunda Guerra Mundial, em 1938.
Roquetin, o protagonista, retrata a Náusea como sensação presente nele e em tudo mais que existe. Esta que tanto se fala se trata da contingência do existir, ausência de sentido, a ilógica da coisas, que vem do aleatório e é o próprio abismo.
Sartre usa a discrepância entre Roquetin e o Autoditada, os dois principais personagens, para defender seu ponto de vista. Um era um total existencialista (pessimista?), Já o outro um humanista, que estudava os escritos por ordem alfabética dos nomes dos autores e acreditava que o sentido da vida estava no desenvolvimento humano. A todo momento o segundo era retratado como um idiota ou um ingênuo, como preferirem, que não percebia a inutilidade de seus esforços, a inutilidade do todo e a falta de um sentido prévio. Basicamente, o livro quer lhe dizer que não há caminho, não há salvação, não há nada previamente estabelecido e lógico que leve a um fim já pensando como nas boas narrativas ficcionais que obedecem a um capricho autoral. Inicialmente era pretendido que fosse um tratado de filosofia, mas, graças ao Castor, nome carinhosamente dado por Sartre a sua companheira amorosa, Simone Beauvoir, foi transformado em um romance onde o bandido é a própria vida. As questões editoriais não param por aí, o livro se chamaria Melancolia, mas o editor de Sartre pediu a mudança para Náusea e foi acatado.
O livro, apesar de tratar do mais íntimo do indivíduo, não foge das circunstâncias do seu tempo. O mundo estava a beira da Guerra, com diversos conflitos entre países europeus, acensão de Hitler, Mussoline e Franco, guerras civis e conflitos localizados que dariam origem ao maior massacre da história. Se O Grito de Van Gogh precedeu e mostrou o espírito da época da Primeira grande Guerra, Sartre através do seu indivíduo personagem fez algo semelhante com a Segunda.
5/5
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Maria 24/10/2016

Uma leitura bem válida. Faz com que o leitor pense sobre os embates de sua própria existência. Creio que "a náusea" é colocada como um mal estar - não físico, mas mental e emocional - geral causado pela falta de escolha. Um livro bem provocante, cutuca vários cantos questionáveis da humanidade e a narrativa é bem dinâmica! Muito bom.
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