A Náusea

A Náusea Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Náusea


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ElisaCazorla 12/11/2015

Quando se vive, nada acontece.
Este livro é uma ficção com acentuada tendência filosófica e sociológica a respeito dos “grandes temas”, como a existência (Descartes), seu sentido (Religiões e rituais), a verdade (ideologias), o valor da aparência (psicanálise), os relacionamentos humanos (sociedade), o poder (Marx), etc.

Gostei do livro por causa do debate genial que ele constrói com os pensamentos daquela época. A filosofia de Descartes, a sociologia de Marx, a psicanálise não freudiana. Acho que ele é um pensador que se frustrou com todo o tipo de pensamento e ideologias disponíveis em sua época – um tempo de guerras, da revolução russa e da depressão nos EUA. Acho que o autor se frustrou com tudo o que tentava explicar ou dar sentido para tudo aquilo. Sua crítica oferece nada em troca – literalmente O NADA.

Não é um deleite de livro. Não é uma leitura que flui. Mas, fornece muitas indagações e questões interessantes. Não é um livro para qualquer leitor. Para que a leitura desta obra seja proveitosa, o leitor deve ter em mente o contexto histórico, filosófico, político e social no qual Sartre está inserido

- É isso que ilude as pessoas: um homem é sempre um narrador de histórias, vive rodeado por suas histórias e pelas histórias dos outros, vê tudo o que lhe acontece através delas; e procura viver sua vida como se a narrasse. Mas, é preciso escolher: viver ou narrar. Quando se vive, nada acontece. -
Tiago675 25/05/2017minha estante
Vai para a meta deste ano. Ao ler sobre o nazismo, consigo ter um vislumbre deste vazio que os anos 1930 exala.




Maria 24/10/2016

Uma leitura bem válida. Faz com que o leitor pense sobre os embates de sua própria existência. Creio que "a náusea" é colocada como um mal estar - não físico, mas mental e emocional - geral causado pela falta de escolha. Um livro bem provocante, cutuca vários cantos questionáveis da humanidade e a narrativa é bem dinâmica! Muito bom.
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Marcela 23/02/2023

O encontro consigo mesmo, é o encontro com a liberdade que é o encontro com a contingência. NADA na vida é necessário ou deliberado, a existência é gratuita e não há razão de ser para coisa alguma.

a náusea é fruto da contingência de existir. livro perfeito.
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Jaque 31/12/2022

A Náusea me nauseou do início ao fim
Leitura arrastada, densa e sem grandes rompantes, perdão do trocadilho mas me senti nauseada ao ler em doses homeopáticas essa obra.

Infelizmente não me conectei com o personagem principal o que fez com que eu não me envolvesse com a trama da história que por si só já é confusa.

Talvez eu não tivesse no melhor momento para ler essa obra, mas o fato é que não gostei, pude tirar muito pouco proveito e quase nenhum apresso.

Aparentemente talvez o livro comece a mostrar indícios bons do meio para o final.

A existência é um absurdo que não se pode explicar.
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jellyfish with a brain 06/05/2023

O livro fala sobre como a existência procede a essência, e ao tentar criar essência a coisas que ja existem ela se torna redundante. antoine descobre que a existência é vazia, que não ha razao exata nem proposito para que algo de fato exista, satirarizando o mundo racional e o humanismo com a figura do autodidata. dar essência as coisas, se iludir com palavras, é a forma de ignorar e evitar a verdadeira, inexplicável e angustiante existência, que tapamos com nossas futilidades e dispersões. a consciência tem consciência que é demais, nunca se esquece, e é consciente que esquece de si mesma. a consciência ta no jazz, que diz que as coisas nao sao tao ruim se forem expressadas em compasso, e que é preciso encarar a simples existência das coisas, o ir e vir e o ser e nao ser
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Vinicius 08/02/2020

Tenha coragem
Não é facil de ler, mas ainda sim o existencialismo pode ser melhor entendido nesse livro. Dessa forma, esteja preparado pra sofrer.
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Lucas 07/03/2020

Existência
"A Náusea" é um ensaio filosófico em formato de romance. É um livro denso e cansativo, mas que proporciona reflexões acerca da existência, do ser humano como indivíduo, das causas e ausências das mesmas.
Em vários momentos do livro, eu interrompia minha leitora de maneira abrupta para digerir o que estava escrito, em poucos desses momentos consegui chegar em alguma conclusão que me satisfez, mas na maioria das vezes, não cheguei em nenhuma conclusão e, talvez, eu nunca alcance conclusões satisfatórias.
Ler “A Náusea”, do meu ponto de vista, foi uma experiência enriquecedora, me identifiquei mais do que eu gostaria com o protagonista. E continuo refletindo sobre essas semelhanças. É um livro qual relerei daqui uns dez ano, para ver onde cheguei, ou não.


“- É que estou pensando - digo rindo - que aqui, estamos todos nós, comendo e bebendo, para conservar nossa preciosa existência, e que não há nada, nenhuma razão para existir.”
Jean-Paul Sartre
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Marcos Nandi 23/03/2020

Não faz meu gênero, mas é bom.
Li esse livro, pois, está na lista de clássicos mundiais da revista Bravo!.

A história da biografia do historiador é muito boa. Mas, a parte existencial exige atenção.

3 estrelas. Livro bom
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Teco3 02/05/2020

A falta de lógica em existir
Náusea é o primeiro grande romance de Jean Paul Sartre, escrito aos 26 anos e lançado nas vésperas da Segunda Guerra Mundial, em 1938.
Roquetin, o protagonista, retrata a Náusea como sensação presente nele e em tudo mais que existe. Esta que tanto se fala se trata da contingência do existir, ausência de sentido, a ilógica da coisas, que vem do aleatório e é o próprio abismo.
Sartre usa a discrepância entre Roquetin e o Autoditada, os dois principais personagens, para defender seu ponto de vista. Um era um total existencialista (pessimista?), Já o outro um humanista, que estudava os escritos por ordem alfabética dos nomes dos autores e acreditava que o sentido da vida estava no desenvolvimento humano. A todo momento o segundo era retratado como um idiota ou um ingênuo, como preferirem, que não percebia a inutilidade de seus esforços, a inutilidade do todo e a falta de um sentido prévio. Basicamente, o livro quer lhe dizer que não há caminho, não há salvação, não há nada previamente estabelecido e lógico que leve a um fim já pensando como nas boas narrativas ficcionais que obedecem a um capricho autoral. Inicialmente era pretendido que fosse um tratado de filosofia, mas, graças ao Castor, nome carinhosamente dado por Sartre a sua companheira amorosa, Simone Beauvoir, foi transformado em um romance onde o bandido é a própria vida. As questões editoriais não param por aí, o livro se chamaria Melancolia, mas o editor de Sartre pediu a mudança para Náusea e foi acatado.
O livro, apesar de tratar do mais íntimo do indivíduo, não foge das circunstâncias do seu tempo. O mundo estava a beira da Guerra, com diversos conflitos entre países europeus, acensão de Hitler, Mussoline e Franco, guerras civis e conflitos localizados que dariam origem ao maior massacre da história. Se O Grito de Van Gogh precedeu e mostrou o espírito da época da Primeira grande Guerra, Sartre através do seu indivíduo personagem fez algo semelhante com a Segunda.
5/5
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Bru 08/10/2021

nauseante
leitura simplesmente incrível e avassaladora, um dos melhores livros que já li, sem dúvidas. Recomendo pra todo mundo mesmo, lindo de verdade
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Mary 27/10/2021

(Falo aqui sobre um sentimento ao ler este livro)
Após terminar fiquei mais ou menos 1h olhando para este livro sem entender muito bem o que é pra fazer com ele, o que é pra sentir.
Tem alguns trechos que me identifiquei muito e me fizeram pensar “caramba! é exatamente isso que está aqui dentro”. Quando estava faltando pouco menos de 10 páginas para terminar o livro fiquei por dias adiando o fim dessa leitura, por medo de não sentir o que muitas pessoas sentiam após terminar. Torci para que nas últimas páginas esse sentimento aparecesse pra eu pudesse falar (pra ninguém) que consegui "entender o livro".
Este livro é compreendido como a introdução a filosofia existencial sartreana, muita coisa ao longo dos anos vão mudando, a teoria vai sendo reformulada de acordo com que Sartre vive, mas a contingência da vida por exemplo, a gratuidade da existência permanecem ao longo de toda sua filosofia.
É interessante como o tema existencial é mostrado no livro, no começo parecem apenas divagações de Roquetin, mas depois vai se tornando uma fala mais atenciosa e carregada . Com certeza (claro!) um bom livro, no início foi mais difícil do que as partes finais, eu estava bastante ansiosa pra ler o personagem principal falar diretamente sobre o existir e suas descobertas sobre a existência.
Terminei, mas ainda vou ficar pensando e pensando sobre este livro.
(Esta "resenha" pode sofrer mudanças de acordo com que o tempo passa e penso mais a respeito desse livro e desse tema)
Marcos.Azeredo 03/11/2021minha estante
Eu gostei deste livro, mas o que eu mais gostei do Sartre foi A idade da razão.




boemillys 16/11/2021

O cansaço de existir
O cansaço de uma existência pauta a narrativa de Sartre, como já era de se esperar. Foi uma ótima introdução e descobri nele um grande escritor. Foi um livro que me fez sentir como alguém sendo lida, o que foi agradável e, sim, nauseante. A escolha de palavras foi cuidadosa e crua, de modo a transmitir exatamente o que deveria. Posterguei o final dessa leitura e a tomei como por algo precioso, saboreando um pouco de cada vez.

P.S. Excelente leitura se for acompanhada por jazz, já que está presente na obra.
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Gihwest 27/01/2022

Existir
No decorrer do livro, você acompanha a jornada de um homem solitário, que se questiona a todo tempo sobre a existência, mas o quê é de fato existir?
Sim, recomendo esse livro, para os seguros e saudáveis, porque, meus amigos a crise existencial é um fato.
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Sha 31/01/2022

Ninguém melhor do que Sartre pra falar sobre a existência de uma forma tão simples e detalhada. Acredito que seja impossível não se identificar com certas reflexões.
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