A Náusea

A Náusea Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Náusea


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Carlota Joaquina 19/04/2022

A angústia nauseante de Sartre
Um livro que consegue transmitir um enorme sentimento de angústia e isso é fascinante numa leitura, sentirmos o que o escritor na escrita preparou para nos tocar. Li esse livro na faculdade por volta de 1996 e foi um dos mais marcantes até hoje. A literatura sartreana é carregada de filosofia, desceu a filosofia do pedestal (da qual é digna) para os "comuns", Sartre é leitura obrigatória!
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Digo SJC 09/10/2013

Muito bom!
Para quem lê o livro esperando uma aventura emocionante certamente se decepcionará, agora para quem se vê em vários momentos pensando no sentido da vida e no mistério da existência, o livro é muito bom e gostoso de ler;este é o meu caso.

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Lasse_ 25/04/2021

Numa tenda laranja
É apenas um crescendo: do mundano ao metafísico pelos olhos de um flâneur, as percepções e reflexões se misturam indissociavelmente numa massa insossa, é a aflição que desponta em cada visão da cidadezinha de Bouville de um sujeitinho sem propósito nem relações significativas.

A Náusea retrata a primeira obsessão de Sartre: como o abismo que existe entre o indivíduo e o mundo fica maior e maior, dissociando o indivíduo do próprio corpo e enfim de si mesmo. Roquentin sente a angústia e percebe a razão: ele é um sujeito solitário, com um trabalho no qual nem ele vê importância, mas ele tem a indizível sobriedade que o permite perceber como todas as outras pessoas enchem suas rotinas com um propósito qualquer, uma tarefa que cabe a cada um em especial por ser cada um, e que o permite refletir sobre o próprio deslocamento em relação ao mundo, à sua Náusea particular e onipresente.

É um romance filosófico que expõe o problema sobre o qual os filósofos ditos pessimistas se debruçaram ao longo de décadas, de uma forma acessível e poética, como experiência intrinsicamente humana.
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Vinicius 14/01/2023

O existencialismo e o caráter randômico da existência
Sendo uma obra que se expressa em forma de diário, conhecemos o personagem de acordo com o que ele permite ser conhecido. Nesse livro, conhecer o personagem é também sentir o que ele sente: náusea.

O livro expressa os ideais existencialistas do pré segunda guerra mundial que acentuam esse caráter absurdo e aleatório da existência. Em partes, Sartre coloca a existência como algo que se impõe diante do homem e das coisas que o rodeiam e que é impossível de se eximir, por consequência, os homens devem se responsabilizar por ela.

O livro começa a ficar bem pesado no final e os dias se alongam de acordo com que o personagem sente a náusea e tenta compreende-la. Apesar de denso, dei algumas gargalhadas e fiquei em choque em vários momentos, recomendo pra quem curte uma leitura reflexiva que exige do leitor mais do que a maioria das obras exige.


Obs: demorei um tempinho pra ler justamente pq surtei junto com o personagem.
Naiele.Lopes 14/01/2023minha estante
hot




Roberto 10/06/2020

Obra-prima de um gênio.
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gabrieus 24/01/2023

Some of These Days...
No primeiro romance que obteve sucesso na crítica literária, A Náusea, Sartre usa personagens estereotipados, cenas teatrais e um protagonista entrando numa crise existencial no meio de seu trabalho de historiador para tratar de temas como gratuidade e contigência existencial. Não é um livro fácil de se ler: às vezes senti a náusea tomando conta de mim, senti desconforto e evitei o livro; mas em determinado momento me peguei totalmente envolvido, navegando nessa superfície, enjoado como Roquetin. Sartre, muito tempo depois, disse que mudaria o final desse livro - que é bem esperançoso. Seria um anticlímax lindo um épilogo dele logo após o final desse romance - como Proust fez no capítulo seguinte ao Um Amor de Swann. Mesmo assim saí cheio de esperança... não por acreditar em alguma ilusão que a arte pode me salvar, mas pelo desejo de sentir novamente, mais e mais vezes, o que o Antoine sentiu ouvindo Some Of These Days.
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anonimoBR 19/05/2020

Complexa obra que aborda o peso da existência sobre o sujeito que possui consciência da mesma. É um texto bem interessante e fluido de se ler, apesar de em alguns momentos ser um tanto quanto confuso, mas, ao menos para mim, esses trechos meio desordenados complementaram a experiência da leitura, a tornando mais única.
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Caio 21/08/2017

Uma obra arquitetônica literária
Começo dizendo que não é um livro fácil, se é isso que você busca não vai encontrar aqui. Não segue uma fórmula clara, nem para um tratado filosófico nem para um romance, é antes uma mistura singular de ambos. É muitas vezes monótono, especialmente no começo. Muitas frases exigem releituras e você se sentirá com frequência ainda sim perdido, sem entender o motivo. Se você leu até aqui e se desmotivou, uma luz: vale a pena! Ler esse livro é como ver uma obra arquitetônica sendo construída: no começo, quando ainda se está montando a base da construção, com cal, cimento, tijolos e tudo mais espalhados ou postos de maneira incompreensível ao primeiro contato, não é difícil ver o prédio como apenas mais uma monstruosidade sem sentido, megalomaníaca. No entanto, como o andar da construção - narração - o que era antes incompreensível toma formas mais claras, mais visíveis, e se começa a vislumbrar a grandiosidade do empreendimento e a ansiedade por ver sua conclusão aumenta. Ao final, quando a Náusea tiver te consumido e a ansiedade também, o que você encontrará pode muito bem ser o Taj Mahal dos romances filosóficos, e digo isso não apenas pela gigantesca ambição da obra, mas também por ambos serem um sepultura diga de mitos: o primeiro em lembrança ao amor do imperador mongol, o segundo, em lembrança as suas certezas na vida.

PS: Contudo, digo isso, se essa obra ainda não te impactou, se você simplesmente a viu como um monte de palavras alinhadas sem sentido em frases sem ordem: releia em alguns anos; algumas questões precisam primeiros ser semeadas antes de germinarem respostas.
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Mozart 19/08/2021

Ócio na vida
Ler Náusea foi interessante, descobri um ótimo escritor Sartre ,que em determinados momentos lembrou Proust, pelos detalhes . É um livro finalizado em 1938.

É um livro atual, pois entendi que estamos passando os mesmos problemas, não temos um futuro definido devido a pandemia do COVID-19.

Após perder toda família e viajar por anos pelo mundo, Antoine Roquentin, retorna à França para viver em Bouville, cidade que tem um arquivo na biblioteca sobre o Marquês de Rollenbon , possível mandante da morte do Czar Paulo I .

Na cidade sua vida resume-se a analizar, criticar pessoas, pensar e fazer pesquisas sobre a vida do Marquês.

Sua vida se resume ao ócio, pois não tem obrigação alguma. Teve alguns amigos na cidade , dentre eles o AUTODIDATA que vivia como fantasma na cidade , ninguém sabia nada a seu respeito, até o momento que disse ser socialistas. Caiu em desgraça na cidade.

Antoine tinha um grande amor pelo qual faria mudanças em sua vida, era Anny, mas está o desprezou.
Assim resolve cancelar a escrita do livro, resolve mudar para Paris. Lá talvez encontrará um novo rumo a sua vida, ou viverá novas Náuseas, pois o problema não é o mundo em si, é o ócio de sua vida. Vida essa que leva ele a ter náuseas.
Quem sabe em Paris escreva um novo livro.
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Thomas.Jordao 05/05/2023

Primeiro livro escrito por Sartre. Preferi a escrita dele bem mais do que a do nieztche. Não é super poética, acredito que tem a dose certa. Realmente amei sua filosofia, finalmente poder ler sobre o existencialismo direto da fonte, e não de resumos, faz uma diferença absurda. Com certeza lerei outros do Sartre, já que essa leitura foi realmente muito boa e esclarecedora, um conteúdo denso, que apreciei cada minuto. Diversas reflexões acerca das principais temáticas existencialistas, postas dentro de uma boa história. O que é realmente importante? O que são apenas distrações?
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Pedro695 15/05/2023

Existencialismo porém sem ser chato.
"A Náusea" conta a história de um homem, historiador, de um passado brilhante, mas que se vê em uma cidadezinha de interior estudando a vida de um homem do passado.
Preso consigo mesmo ele começa a se depara com sua própria existência, tomando consciência de si e passando a senti-la, insuportavelmente, em crises sensoriais que só pode nomear de Náusea.
Sartre consegue abordar assuntos como a vida, morte, sexo e dor e o sentido disso tudo sem ser pedante. A leitura flui bem no geral, sem grandes dificuldades de vocabulario ou conceitos acadêmicos.
No geral, gostei.
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Kimberly 31/03/2023

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CRISES EXISTÊNCIAS CRISES EXISTÊNCIAS
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Mrs. Brócolis 24/02/2020

Sinopse.
"A Náusea", publicado originalmente em 1938, é o primeiro romance de Sartre. Nele estão presentes, de forma ficcional, todos os princípios do existencialismo que seriam mais tarde postulados em "O Ser e o Nada", principal obra filosófica do autor. Escrito sob a forma de diário íntimo, o autor constrói seu romance filosófico a partir dos sentimentos e da observação de ações banais de Antoine Roquentin, o protagonista, que, ao perambular por uma cidade desconhecida, é confrontado com o absurdo da condição humana.
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Nicole 19/04/2023

Enfim, terminei... Consigo entender o porquê de ter me gerado, às vezes, desconforto em ler esse livro. A náusea já foi sentida por muitos de nós.
Damos significados às coisas, independente do que seja, para não nos entregarmos a esse sentimento sufocante. Não consigo descrever e nem ouso dizer que foi um alívio ter lido esse livro, porque sinto que não foi. Mas nem sempre o aspecto em nossa sociedade é apresentada para nos trazer conforto. Só posso dizer que lido com a minha própria Náusea todos os dias
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eliascomh 06/03/2023

A vida não tem sentido e tá tudo bem
Simplesmente amo a forma como a história é descrita com inúmeros detalhes, isso possibilita uma melhor imersão na história. Por esse motivo, conseguimos até mesmo sentir a náusea descrita pelo personagem. Essa náusea não é um sentimento legal de se sentir, muitas pessoas que leram esse livro não gostam por esse motivo, pois sentem que o autor está sendo muito pessimista. Todavia, sentimos a náusea quando enxergamos o mundo como ele é de fato. Ou seja, quando retiramos o véu que encobre nossa realidade.

E quando esse véu é retirado percebemos que nada tem sentido. Na verdade, damos sentido às coisas. A vida, a morte, os relacionamentos, as flores, os animais. Quase num sentido místico da coisa. Impor esses sentidos é uma maneira de afastar a náusea, de nos sentirmos menos sozinhos. Todavia, como é bem retratado na obra, não importa o quanto tentemos afastar esse sentimento, ele vai voltar, cedo ou tarde. Seja quando estamos esperando o ônibus, quando estamos tomando banho, ao se deitar, quando estamos com os amigos e familiares ou em qualquer outro momento. Esse sentimento sempre irá nos alcançar.
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