A Náusea

A Náusea Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Náusea


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Kel 09/05/2020

O livros é carregado de pensamentos sobre a vida, o universo e tudo mais e trata da grande questão do existencialismo, que é a grande filosofia concebida por sartre. Possui uma linguagem incrível e melancólica
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luana 22/03/2024

"O melhor seria anotar os acontecimentos dia a dia. Manter um diário para que possam ser percebidos com clareza. Não deixar escapar as nuanças, os pequenos fatos, ainda quando pareçam insignificantes, e sobretudo classificá-los. É preciso que diga como vejo esta mesa, a rua, as pessoas, meu pacote de fumo, já que foi isso que mudou. É preciso determinar exatamente a extensão e a natureza dessa mudança." (p. 15)
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Sidney.Prando 18/07/2021

"A NÁUSEA SOU EU"

O livro, inicialmente escrito de forma acadêmica, foi reescrito por Sartre em forma de um romance ficcional após um pedido do “Castor” (Simone de Beauvoir). Nele, o autor apresenta seus primeiros pontos acerca de sua filosofia existencialista, tudo por meio dos pensamentos do personagem e historiador Antoine Roquentin.
Roquentin, após viajar para Bouville para aí concluir suas pesquisas sobre um tal “marquês de Rollebon”, começa a se sentir estranho, algo começa a incomoda-lo, uma espécie de náusea. Somos introduzidos a essa Náusea ao mesmo tempo em que ela se apresenta ao historiador. Mas o que é ela? Bem, ela é o efeito colateral da consciência de que a vida não tem sentido. Mas vamos pontuar algumas coisas.
Sartre, em sua filosofia existencialista, afirma que a vida não tem sentido, é um vazio, um acaso. Assim, não há uma força externa ou mesmo algo predestinado na nossa vida, logo, não há nada que nos impeça de tomarmos nossas próprias decisões, somos condenados a liberdade e consequentemente submetidos a angustia gerada por essas.
Consequentemente, acompanhamos Roquentin em suas reflexões acerca de sua existência e automaticamente somos submetidos as mesmas reflexões existenciais.

Para mim, o livro se tornou um dos meus preferido e com potencial para ser o seu. Nele, não apenas somos introduzidos a linha de pensamento de um importante filósofo (ganhador de um Nobel de Literatura), mas exercitamo-nos ao refletir sobre nossa existência que assim como a de Roquentin, há de se apresentar muitas vezes vazia.
Roquentin teve um relacionamento conturbado com sua ex e que vai impacta-lo quando a mesma volta (será que vai dar ruim?). Esse fantasma de seu passado irá abala-lo em sua Náusea, tanto quanto suas reflexões ao som de “some of these days”. Bom, fico por aqui com uma de suas muitas reflexões:

“Estou sozinha nessa rua branca guarnecida de jardins. Sozinho e livre. Mas essa liberdade assemelha-se um pouco a morte”


site: https://www.instagram.com/p/CQBVXl0tH4P/?utm_source=ig_web_copy_link
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Rafael Siqueira 03/03/2024

A NÁUSEA - JEAN-PAUL SARTRE
"Prepare-se para uma crise existencial excepcional com 'A Náusea' de Sartre, um livro que vai te deixar com mais perguntas do que respostas e talvez até um pouco enjoado - literalmente.

Nesta obra, Sartre vai nos conduzir as profundezas da condição humana ao nos apresentar, Antoine Roquentin, um personagem tão perdido na vida quanto um piolho na cabeça de um careca. Ele confronta constantemente a natureza essencialmente absurda e desprovida de sentido da existência humana, questionando tudo e todos, inclusive a própria essência da existência. Com isto, Sartre nos desafia a encarar a nudez da existência e a busca incessante por sentido em um mundo desprovido de certezas.

Com uma narrativa que mistura a angústia de um adolescente confuso com a profundidade filosófica de uma conversa em uma mesa de bar, Sartre nos faz adentrar as profundezas da condição humana, explorando temas como a angústia, a liberdade, a gratuidade e a ilogicidade da vida. Prepare-se para uma leitura verdadeira nauseante, onde acompanhamos o protagonista numa série de questionamentos existenciais, muitas vezes beirando a loucura á medida que se expõe a crueza e a falta de sentido da própria realidade ao seu redor.

Eu diria que a leitura d’A Náusea é como uma salada de frutas existencialista: você pode encontrar um pouco de tudo, desde a doçura e a responsabilidade da liberdade até o tédio do existir e o amargor da solidão. Sartre nos lembra que a vida é um grande palco, e nós somos os atores perdidos em um ensaio sem propósito intrínseco algum, tentando descobrir nossas falas em um roteiro que parece ter sido escrito pelo gato de Schroedinger, só que superpostamente bêbado. É um mergulho de cabeça em um oceano de incertezas, onde cada onda de pensamento nos arrasta para mais fundo no vazio da realidade da condição humana. É como um prato feito com vários sabores de miojo que você ingere para matar a exigência da fome: pode ser uma mistura estranha, mas no final você está satisfeito - embora possa acabar enfrentando uma boa dor de barriga posteriormente. Ou, no caso da leitura d’Náusea, uma crise existencial para tratar na terapia.

Então, se você está pronto para embarcar em uma jornada filosófica cheia de crises existenciais e momentos de puro absurdo, 'A Náusea' é o livro para você. Afinal, quem precisa de respostas quando se pode ter mais perguntas? Prepare-se para sentir um profundo enjoo existencial e tentar fugir da sensação de que talvez a existência seja mesmo uma comédia trágica em cartaz no teatro do absurdo.
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Marcone 21/08/2012

A Náusea, Jean-Paul Sartre

Um bom livro, nada além disso. Nenhuma grande contribuição para a literatura, mas uma narrativa regular e uma boa estória, cujo maior valor seja, talvez, a exposição das ideias que o autor viria explorar em sua filosofia existencialista. Narra as desventuras e as observações do protagonista, que termina por encontrar na arte a sua tábua de salvação.
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Mel 10/06/2023

Existir é simplesmente estar presente
Existem, ao meu ver, algumas características que definem uma boa literatura - além de resistir ao tempo. Gerar identificação é uma delas, o que esse texto consegue com uma facilidade tremenda, afinal, quem nunca se perguntou sobre o sentido da vida? Este não é um livro qualquer, apesar de o personagem ser.
Sartre conduz a narrativa inserindo sua filosofia na ficção de forma sublime: um indivíduo comum experimentando a típica náusea, que só a consciência da existência pode proporcionar - quando se conhece a contingência e a gratuidade existencial

"Mas, no próprio âmago desse êxtase, algo de novo acabava de surgir; eu compreendia a Náusea, possuía-a. [...] O essencial é a contingência. O que quero dizer é que, por definição, a existência não é a necessidade. Existir é simplesmente estar presente; [...]. Creio que há pessoas que compreenderam isso. Só que tentaram superar essa contingência inventando um ser necessário e causa de si próprio. Ora, nenhum ser necessário pode explicar a existência: a contingência não é uma ilusão, uma aparência que se pode dissipar; é o absoluto, por conseguinte a gratuidade perfeita. Tudo é gratuito: este jardim, esta cidade e eu mesmo. Quando ocorre que nos apercebamos disso, sentimos o estômago embrulhado, e tudo se põe a flutuar"

Acompanhar o caminho que ele percorre para chegar nessas conclusões, identificar que não é acometido por alguma doença ou algo externo, mas sim que é acometido por ser - simplesmente existir sem qualquer motivo precedente, é uma experiência ímpar.
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Romeu Felix 11/03/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
"A Náusea" é um romance escrito pelo filósofo e escritor francês Jean-Paul Sartre e publicado originalmente em 1938. O livro é considerado uma das obras mais importantes do existencialismo, corrente filosófica que aborda temas como a liberdade, a angústia e a falta de sentido da vida humana.

A história é narrada por Antoine Roquentin, um historiador que se sente deslocado e alienado da sociedade em que vive. Roquentin passa a ter uma percepção incomum do mundo e das coisas, que o leva a um estado de náusea existencial. Ele se questiona sobre a natureza do tempo e do espaço, sobre a existência do ser e sobre sua própria identidade.

O livro é uma reflexão profunda sobre a existência humana, a condição humana, e a angústia que pode resultar da percepção de que a vida é absurda e sem sentido. Sartre utiliza a narrativa ficcional para expor suas ideias filosóficas, criando um personagem complexo e envolvente que luta para encontrar um sentido em meio ao caos do mundo.

A edição brasileira de "A Náusea" é publicada pela editora Nova Fronteira, em português, com 220 páginas. A tradução é de Rita Braga, e o livro faz parte da coleção "40 Anos, 40 Livros", que celebra o aniversário da editora e reúne as obras mais importantes de sua trajetória.

Em suma, "A Náusea" é um romance profundo e complexo, que explora as questões mais fundamentais da existência humana. O livro é uma leitura essencial para quem deseja compreender as ideias de Sartre sobre o existencialismo e sobre a busca por um sentido na vida. A obra é uma das mais importantes da literatura francesa do século XX e um marco na produção filosófica do autor.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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willian.coelho. 27/05/2021

O existencialismo ateu ganha forma
Jean-Paul Sartre foi romancista, ensaísta, dramaturgo e, ainda mais notavelmente, filósofo, bastante ativo no século XX. Recebeu uma educação considerada burguesa à época, com vasto acesso a livros. Conhecido pela sua corrente existencialista ateia, sofre metamorfose ao longo de sua carreira de escritor, a fim de adequar seu pensamento ao marxismo. “La nausée” foi seu primeiro romance, publicado em 1938, livro cujo Sartre começou a escrever ainda na terceira década de vida. A obra apresenta-se livre de influência direta de preceitos socialistas, sintetizando, puramente, o existencialismo sartriano pela perspectiva da personagem Antoine Roquentin em primeira pessoa.
A trama é disposta na forma de um diário do historiador Antoine, revelando seus pensamentos mais profundos. Trata-se de um homem solitário que não vê motivos sólidos e predefinidos na existência humana: “todo ente nasce sem razão, se prolonga por fraqueza e morre por acaso”. Por isso, experiencia uma personalidade imediatista, desapegada de bloqueios morais (o que culmina em alguns pensamentos absurdos do ponto de vista social) e ansiosa. O protagonista tenta construir uma organização racional entre a sua lógica esvaziada de sentido concreto e o ambiente que o circunda: “como a patroa estivesse lá, tive que trepar com ela, mas foi só por delicadeza, ela me repugna um pouco: é muito branca e também cheira um pouco a recém-nascido”. Em alguns momentos, ele também vivencia quadros extremamente sinestésicos que parecem descolá-lo da realidade; nesses trechos, o autor emprega linguagem bastante poética e labiríntica. A própria personagem chama essas situações de náusea, o que dá nome à obra.
O que precisa ser dito é que, indubitavelmente, não é uma leitura fácil; há exigência que o leitor busque raciocinar, estudar o contexto. Logo, também não deve ser consumido rapidamente: a fluidez não é característica dessa narrativa. Por ser um romance essencialmente filosófico, é bem possível que não agradará aos que procuram somente um enredo sem entraves. No entanto, para os niilistas, é fundamental: esses indivíduos se encontrarão nas palavras de Roquentin. Para finalizar, é uma ótima oportunidade de desfrutar um Sartre livre do ato político, prévio à invasão nazista à França.
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Mozart 19/08/2021

Ócio na vida
Ler Náusea foi interessante, descobri um ótimo escritor Sartre ,que em determinados momentos lembrou Proust, pelos detalhes . É um livro finalizado em 1938.

É um livro atual, pois entendi que estamos passando os mesmos problemas, não temos um futuro definido devido a pandemia do COVID-19.

Após perder toda família e viajar por anos pelo mundo, Antoine Roquentin, retorna à França para viver em Bouville, cidade que tem um arquivo na biblioteca sobre o Marquês de Rollenbon , possível mandante da morte do Czar Paulo I .

Na cidade sua vida resume-se a analizar, criticar pessoas, pensar e fazer pesquisas sobre a vida do Marquês.

Sua vida se resume ao ócio, pois não tem obrigação alguma. Teve alguns amigos na cidade , dentre eles o AUTODIDATA que vivia como fantasma na cidade , ninguém sabia nada a seu respeito, até o momento que disse ser socialistas. Caiu em desgraça na cidade.

Antoine tinha um grande amor pelo qual faria mudanças em sua vida, era Anny, mas está o desprezou.
Assim resolve cancelar a escrita do livro, resolve mudar para Paris. Lá talvez encontrará um novo rumo a sua vida, ou viverá novas Náuseas, pois o problema não é o mundo em si, é o ócio de sua vida. Vida essa que leva ele a ter náuseas.
Quem sabe em Paris escreva um novo livro.
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Digo SJC 09/10/2013

Muito bom!
Para quem lê o livro esperando uma aventura emocionante certamente se decepcionará, agora para quem se vê em vários momentos pensando no sentido da vida e no mistério da existência, o livro é muito bom e gostoso de ler;este é o meu caso.

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Marielly30 13/11/2022

"Nada mudou e no entanto tudo existe de uma outra maneira."
Reflexivo ao extremo, recheado de crises existenciais(inclusive, saí com uma), personagens reais, uma história realista. A narrativa é claramente monótona e cansativa de ler, mas pelas boas reflexões vale à pena.
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ste 30/10/2022

terminei essa leitura faz uns meses mas esqueci de atualizar como sempre faço
foi bom porque esses dias eu vi um filme que me lembra muito todo esse livro e as reflexões/emoções abordadas por ele (que é o fogo fatuo de 1963)
de qualquer forma, um bom livro!
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anonimoBR 19/05/2020

Complexa obra que aborda o peso da existência sobre o sujeito que possui consciência da mesma. É um texto bem interessante e fluido de se ler, apesar de em alguns momentos ser um tanto quanto confuso, mas, ao menos para mim, esses trechos meio desordenados complementaram a experiência da leitura, a tornando mais única.
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Bruno.Souza 27/09/2021

Um livro sobre a existência das coisas
O eu lírico, Antoine faz um diário pra entender como se dá uma sensação de enjôo e ansiedade em relação aos objetos a sua volta, ele busca retratar o que se passa para descobrir as razões desse sentimento, que no fundo é um estranhamento em relação ao mundo. O autor busca retratar a forma viva de uma visão filosófica que surge na sua época, essa visão filosófica vê a existência como algo ativo, os entes estão constantemente existindo e todo instante podem vir a existir de infinitas formas, por isso o sentimento do personagem de que o mundo está existindo demais e de que essa existência exerce uma certa pressão nele. Uma ótima leitura para entender uma forma interessante de olhar o mundo.
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