A Náusea

A Náusea Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Náusea


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nicotinergic 08/09/2023

Some of these days, you?ll miss me honey!
É uma ótima introdução ao existencialismo de Sartre. Caso não se tenha uma ideia base da filosofia dele, acaba sendo um livro extremamente tediante. É um dos meus livros favoritos, por mais que eu não goste do autor (escândalos de pedofilia), é denso e extremamente reflexivo! Só achei algumas partes desnecessárias, o que acaba fazendo o leitor abandonar a obra.

Eu gosto muito de como ele representa algo universal, a sensação de questionar a existência. Estudo em uma escola municipal, na minha apostila que é pobre em conteúdo, tem muitos textos tratando do olhar artístico. O que sempre me remete a essa obra, o personagem tendo um desfecho tão extremo e denso.
Por exemplo, em uma aldeia onde mulheres não podem comer aves, pois ganham a dádiva do pensamento. Existe uma mulher que come com seu marido, a ave que ele abateu, após dias ela começa a ver coisas que a maioria das pessoas não vêem pois são desnecessárias. Até que ela olha para o céu, sem nuvens e sem nada, um céu que não se precisa olhar, ela vê aves voando ao sul. O pássaro em si, é um símbolo de liberdade, toda essa simbologia da restrição que a aldeia dava e a libertação tão genuína que ela tem. Após olhar, ela começa a andar, constantemente em direção ao sul
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vicabez 27/05/2021

Uma exposição nua da condição humana
A Náusea? foi o primeiro romance escrito por Jean-Paul Sarte e, em sua opinião, sua obra-prima. Ele segue uma estrutura interessante, que foge ao padrão dos tratados filosóficos tradicionais, preferindo um estilo que se assemelha um pouco a um suspense policial (faltando, é claro, os policiais)
   Ele conta uma história propositalmente desinteressante: a vida de Antoine Roquentin, um historiador que após viajar pelo mundo, decide se fixar em uma cidadezinha francesa sem-graça chamada Bouville (homófono de Boue ville, ?cidade da lama?) a fim de desenvolver sua pesquisa sobre o marquês de Rollenbon, um diplomata francês do século XVIII.
    Quase totalmente privado de contatos sociais, Roquentin dedica sua vida a estudar Rollenbon, um trabalho que lhe parece mais fútil a cada dia. Afinal, assim como o personagem principal, o marquês não tem quase nada de especial em sua história, além de um possível envolvimento indireto no assassinato de um tsar russo. 
Nesse contexto, se desenvolve em Roquentin aquilo que ele chama de Náusea, algo semelhante à depressão, quase como um nojo de existir. Desesperado, ele se volta à escrita de um diário (que é o livro que lemos) como forma de tentar compreender o que está acontecendo com ele.
Comecei a lê-lo agora, na pandemia, por perceber o paralelo inegável que há entre a situação do personagem principal e a minha própria: isolado do resto da sociedade e forçado a conviver com os próprios pensamentos e sobretudo, a existir. Esperava, de certa forma, encontrar algum tipo de auxílio neste livro, algum conselho, talvez até alguma lição de moral. Mas descobri rapidamente que a intenção de Sartre com A Náusea é a contrária: ele não quer responder perguntas, ele quer gerar ainda mais dúvidas. Porque esta é a síntese do existencialismo: todos nós existimos e da existência não há escape. Somos livres para pensar e agir, mas condenados a arcar com as consequências disso. Essa é a condição humana, e a ela todos nós estamos sujeitos: eu, você, Roquentin e Rollenbon. Sartre não busca mascarar essa realidade. Pelo contrário, ele a expõe, nua e fria. E essa é a maior beleza deste livro.
Apesar de não ser uma leitura simples (em alguns pontos, ?nauseante?, talvez), recomendo para todos que tenham algum interesse no existencialismo. É realmente uma obra de arte. 
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nanda 17/01/2012

sartre apenas é...
a náusea, de sartre, é, sem dúvidas, um dos melhores livros que li.

sua personagem principal, roquentin, homem em estado puro, revela ao mundo suas impressões através das palavras escritas em seu diário.
há uma rutura que alcança roquentin e o leva a sentir-se metamórfico a medida que entra em seus dias.

é tão importante esta relação que sartre nos mostra com seu personagem entre seu cotidiano e a chamada 'náusea', que passamos também a nos identificar com roquentin.%0
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isadora.borsato 13/04/2022

Esse livro transmite uma sensação, quase indescritível, de desconforto e desespero diante da vida. O sentimento sem definição é denominado por Roquentin como uma espécie de Náusea. E de fato, é de embrulhar o estômago.
A crise vivenciada pelo protagonista é tão profunda que alcança níveis físicos, não só no personagem, como também no leitor. É inegável a inquietação que nos assola ao ler suas passagens pelos dias, que contadas na forma de um diário, acaba por nos transportar para o café de Bouville e sua vida monótona.
Roquentin, muito embora seja um indivíduo relativamente jovem, financeiramente estável e sem qualquer real responsabilidade em sua vida, se vê perante a falta de um propósito que o eleve para um estado de excitação e aproveitamento de seus dias. Na verdade, Roquentin não compreende a necessidade de se ter um propósito e, por consequência, não tem qualquer ânimo de buscar por um.
Ele acredita que as pessoas apenas existem sem um verdadeiro motivo para fazer mais do que isso, sendo que, toda a ideia social de ser útil e buscar por algo é ilusória, um falso objetivo atribuído ao indivíduo para que este não caia na triste realidade: o sujeito apenas existe, nada mais.
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Dani Ramos 02/03/2024

?
É um livro muito paradoxal para mim, entre ódio e compreensão. Há momentos chatos e o personagem parece louco, mas ao mesmo tempo, acho ele mais lúcido que a maioria das pessoas. Sei lá, me fez refletir muito.
Fabio909 03/03/2024minha estante
Muitas vezes os loucos são loucos por que são extremamente lúcidos. A realidade os atormenta.
Vejamos como Nietzsche terminou sua vida, ou Van Gough, por exemplos....


Dani Ramos 04/03/2024minha estante
Sim. É isso. Parece que o personagem principal tinha coragem de pensar o que nós temos medo de admitir. Ele ia além, refletia, sentia, era. Atualmente, só vivemos no automático e em uma realidade já imposta.


Fabio909 04/03/2024minha estante
Pensar fora da caixa e ser um ponto fora da curva, indo de contra ao senso comum é anormal para nossa sociedade!




Priscila.Lanza 20/09/2022

Aquele pulo na piscina
Sabe quando você pula na piscina e todos os sons externos ficam abafados? É só você, seu corpo, sua circulação, e se concentrar o suficiente sente o coração bater, se não se concentrar o suficiente você pode se afogar.
A experiência de ler A Náusea, é mergulhar em si mesmo (a), ciente que revisitará memórias, lugares, cheiros, sensações e pessoas...e que não necessariamente será bom, mas será preciso. Ler este livro, é tornar-se consciente da existência, da temporalidade, da rotina, perceber que há muito se olha para o próprio reflexo e pouco se vê. Minha sugestão? Mergulha! Voltar pra superfície é revigorante!
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gabidonatello 06/09/2022

Nível máximo da crise existencial
Se você leu esse livro e não sentiu uma leve crise existencial, sinto informar que você leu errado.

Dias depois de ter terminado ainda estou tentando encontrar um sentido na minha vida ?

Adorei e apesar de ser um clássico, não é uma leitura difícil.
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Marina516 06/09/2023

O espelho
Eu abandonei Nausea, o livro é belissimo e meio depressivo. Não é meu tipo de leitura. porém ele é capaz de descrever sentimentos que eu nunca imaginei serem capazes de serem descritos. Como um simples homem se olhando no espelho e as sensaões de forma tão exata do que passa na mente dele. Isso é maravilhoso, poetico, delicioso. Porém ah. bem..
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Rodrigo Leão 28/09/2023

Conheça Antoine Roquentin, o protagonista que personifica a angústia de uma geração que se vê confrontada com a brutal ausência de sentido na vida.

Através das páginas de seu diário implacável, você será levado a explorar os recessos mais sombrios de sua mente, testemunhando uma escalada angustiante de sentimentos até alcançar uma sensação avassaladora: a náusea.
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gabriel 14/01/2021

Filosofia e solidão

Um livro melancólico e reflexivo, mas ao mesmo tempo empolgante. Os parágrafos são antológicos e deliciosos, muito bem escritos, permitindo que a gente entre na interessante mente do protagonista. Pessimismo, solidão, filosofia e uma certa dose de humor, tudo muito bem equilibrado. Ótima leitura, que serve como uma pequena introdução a temas da filosofia (principalmente a do século 20), como o existencialismo e a fenomenologia. Recomendado.
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tarzico 19/11/2021

A palavra chave é sentimento
Esse livro possui uma atmosfera nele que é algo extremamente único e bem construído. Desde a primeira página até o final do livro, existe esse sentimento de vazio, de nada, de algo vago nas palavras ditas. Tudo isso é retratado durante toda a história na personalidade do protagonista, que desenvolve seu sentimento de solidão e vazio conforme o livro acontece. As reflexões filosóficas acompanham toda a narrativa, se tratando especialmente da existência humana, e vão chegar no seu pico lá pela página 140-150, onde é apresentado de fato o conteúdo filosófico do livro, como um ensaio. Essa parte pode ser meio exaustiva, especialmente se não se está acostumado a ler livros dessa natureza (como eu), mas todo o resto da narrativa é envolvente. O final é extremamente satisfatório, deixando-nos com a emoção trabalhada durante todo o livro: o vazio.
Mateusssss 22/11/2021minha estante
lol




adriane 10/11/2015

Depressivo
O livro não é bem um romance, é mais um ensaio filosófico. Sarte vai apresentando suas idéias existencialistas durante todo o tempo. Se vc já tem tendências depressivas, não leia, vai te deixar ainda mais pra baixo... Respeito o trabalho de Sartre, mas não concordo com sua visão de mundo. A vida pode ter, e com certeza tem, sentido. É só olhar mais atentamente pra ela...
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Martony.Demes 16/04/2023

Eu sou um curioso e entusiastas de livros filosóficos e seus autores: Sartre, Kafka e outros. Isso não significa que eu sou especialista nisso! Curioso, melhor identifica-me. E então resolvi singrar esse livro.

Dado esse preâmbulo, e com a premissa que não sou filósofo, trago minha visão:

É um livro que trata sobre um historiador e sua vida, a qual ele vai revelando por meio de um relato (diário) escrito rotineiramente. E no transcorrer de suas escrita, ele destaca o sentimento de náusea dentro dele e o quanto isso afeta-o. E isso vai se desenrolando como um romance, com diálogos, trama, situações inusitadas e muito mais. É bem leal que ele construiu essa reflexão filosófica imbuído num romance.
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Rahul0 04/05/2023

Sentimento do "Existir" de Tudo
O que esse livro nos traz é esplêndido , fala da verdadeira sensação da existência , não se resumindo apenas na sina de se sentir só em sua existência isolada. Sartre mostra a sensação da existência das coisas em nosso redor , e de certa forma como senti-la , como exemplo : a ternura de um outro que lhe acompanhe , ou , até um reflexo de luz que é capaz de fazer-lhe o mesmo , o mergulho na atmosfera de todas as essencias.
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Silvio26 18/11/2023

Realmente, como diz a Adriana, do Caóticos, é um livro apenas para os angustiados e, nem por isso, você será, vamos dizer curado. Mas irá se identificar com o personagem. Amei e recomendo.
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