A Náusea

A Náusea Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Náusea


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Priscila S G 26/04/2009

É necessária uma certa força de vontade para avançar na leitura deste livro. Porém, esta empreitada é menos cansativa quando o leitor já sentiu aquilo que o personagem chama de "a náusea" e eu chamo de angústia. Encontrei em Antoine de Roquentin (e em Sartre) uma espécie de companheiro, alguém que também sente a angústia/náusea, enfim, é ótimo não estar sozinha.
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Sam 12/08/2021

O livro da minha (nossa?) existência
Pela segunda vez, A Náusea me remexe, me desloca, me transporta e, paradoxalmente, me dá sentido.

Um dos principais ensaios sobre o existencialismo, é preciso disposição para o questionamento do que é existir.

"Tudo o que resta de real em mim é existência que se sente existir"
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Aline.Rodrigues 21/04/2021

Sobrevivo a mim mesma..
Acabei de ler esse livro agora e a minha identificação com o personagem principal me assusta. Antoine Roquentin traz à tona o caminho percorrido para desnudar a existência e o seu absurdo.
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Rogerio.Flores 19/11/2022

Náusea é o melhor titulo
Decepcionante.
Sartre, através de sua personagem Roquetin, busca fazer uma crítica profunda à sociedade e estilo de.vida europeu na primeira metade do século XX. Com ênfase no existencialismo e se utilizando de uma linguagem de revelação psicológica pelo ponto de vista da personagem, Sartre projeta frustrações e despeja criticas amargas ao sentido da vida. Além de não agregar nada de positivo, acaba por revelar profundas deformações de caráter, com pesadas cargas de melancolia e ressentimento. O retrato de um revolucionário que não sabe para onde vai e arrasta consigo seus leitores, buscando o fundo do poço em uma tentativa de lá encontrar a luz. Se busca reflexões que nada construem e acredita que nada faz sentido, aqui está uma boa companhia para a melancolia. Definitivamente, não recomendo.
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Eliza.Rezende 30/06/2022

Não atoa que o título anterior da obra, dado por Sartre, fosse "Melancolia". É exatamente este sentimento melancólico, marcado principalmente por um vazio imenso, que irá rodear o personagem principal.

Nesse livro, Sartre nós traz alguns conceitos de sua teoria: a de contingência, a de que a existência precede a essência, e, a que acredito ser a mais evidenciada, o vazio enorme que nos constitui.

Confesso ser angustiante entrar em contanto com alguém que não vê sentido em nada, nem na própria existência, nem na dos outros.

Para mim, foi uma leitura como o próprio título sugere que seja: nauseante. É difícil digerir, seja porque certas vezes me identifiquei com o personagem ou porque me revoltei com sua apatia quanto a vida.

No mais, o livro se baseia nas grandes questões existenciais da vida humana, sendo a principal delas: qual o sentido da vida?

Essa pergunta obviamente não possui resposta, mas traz a liberdade e, como o próprio Sartre diz, a condenação de cada um criar o seu próprio sentido.
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Matheus 21/08/2020

Penso, logo existo.
Essa é uma obra demasiadamente profunda. Acompanhar os diários de Antoine Roquentin é como ser tragado para uma nova percepção sobre o mundo à nossa volta. É se deparar com questionamentos que sempre deixamos para depois ou evitamos contemplar para não enlouquecer.
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Caroline457 05/09/2023

Filosofia Pura
Repleto de complexidades e teorias filosóficas, ?A Náusea? de Sartre traz consigo diversos pensamentos acerca do existencialismo e do humanismo, ambos com um caráter extremamente pessimista, ao meu ver. O livro, de forma geral, é muito angustiante e, bem como o próprio título sugere, nauseante.
Após ler essa impecável obra, sinto como se tivesse um vácuo na minha perspectiva do que é existir e viver, uma vez que considero humanamente impossível extrair e absorver toda a mensagem aqui proposta pelo autor por meio de uma única leitura.
Não é um livro fácil de digerir, mas me incitou a querer lê-lo novamente!
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Luna 27/06/2020

Angustiante
Roquentin perdeu a naturalidade do viver.
Ele sucumbe à consciência exacerbada da diversidade existencial.
Enxerga penosamente cada elemento de sua existência e o imprime para o leitor, compartilhando a descoberta de cada coisa para além da determinação de seus nomes.
Aliás o nome das coisas serviria apenas para limitá-las, porque a taxonomia é incapaz de abranger a realidade das coisas que existem.

Ele também demonstra como a subjetividade determina porcamente a aparência das coisas, não a realidade. Tudo o que experimentamos é no presente e a interpretação está no passado. Portanto, não pode ser real.

Gosto da parte em que Anny está com Roquentin e afirma que ele não a reencontrou. Logicamente seria impossível REencontrar alguém, posto que os momentos não podem se repetir e o que "foi" não é mais o mesmo no presente.

Roquentin desiste de tudo, por considerar que se fizesse algo criaria mais existências... Sendo que a quantidade e crudeza com que as coisas existem já lhe causa repugnação suficiente. Decide, assim, apenas "sobreviver a ele mesmo".

É um excelente livro! Porém, não o recomendaria para pessoas com transtornos de ansiedade (rsrs). Pode ser penoso reconhecer similaridade nos momentos em que o protagonista relata suas próprias crises, as quais ele denomina "A Náusea".
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Cris Paiva 10/03/2010

Tédio, teu nome é Sartre!
Oh livrinho tedioso!
O personagem principal do livro é um saco! Mas tudo bem eu entendo, afinal ele viveu numa época onde não existia o Prozac e outras maravilhas modernas. O fulano vive numa depressão lascada, sem amigos, e sem nada o que fazer.

A alegria da vida dele é observar o banco da praça e como se formam as poças de agua embaixo do copo de cerveja... Alguem dá uma navalha pra ele cometer suicídio, por favor!!!!
Cristine 10/03/2010minha estante
vc queria o que de um livro chamado A Náusea?!!!

kkkkkkk


Ana Lidia 11/03/2010minha estante
Não, esse nome é o fim...


Cris Paiva 09/01/2014minha estante
Acho, sinceramente que o mal desse povo é a falta de uma pia cheia de louça suja...


Juliano 05/02/2017minha estante
Lamentável sua resenha...


Aline 10/04/2017minha estante
Se chama filosofia, moça. Questionar-se sobre a essência da vida é o que difere os homens dos animais, por mais deprimente que pareça. Também não me identifico muito com a vertente de Sartre, mas sua resenha pegou mal. Faltou sensibilidade e empatia.




OshoTemRazao 21/05/2023

Sabe o que eu acho
Acho que entrar em cafés e pensar no abismo da existência enquanto se delicia no calor do luxo da burguesia não o levará a lugar algum. Sartre, Camus e Cioran eram frescos, você é fresco. Reais perguntas e respostas sobre o medo existencial vem apenas do conflito com o desconhecido.
Sabelpimenteel 21/05/2023minha estante
totalmente sincero KKKKK, só presta assim


OshoTemRazao 21/05/2023minha estante
Problema desse cara foi pensar dms kkkk. Enfim, não leia esse livro. Vai é curtir a vida ?


Sabelpimenteel 21/05/2023minha estante
seguirei seu conselho ??


Carolina 21/05/2023minha estante
kkkkkkkk excelente!




Valéria 02/09/2020

Domingos cinza com chuva são ainda melhores com Sartre. A Naúsea é um dos meus livros favoritos, tem um impacto abrasador sobre a descoberta traumática da existência, que embora na superfície, está sempre oculta. Ele desmonta através do seu Roquentin todo o humanitarismo; comunista, socialista, das religiões , rompendo toda a filosofia de valores que acredita no homem, uma vez que crer no homem é um comportamento de má-fé, esta é uma das maiores lições de A Naúsea. A solidariedade não é uma bandeira universal, mas deve poder se renovar na forma concreta da minha ação no mundo.

Meu trecho favorito:

(...) Por trás das vidraças desfilam aos solavancos objetos azulados, muito rígidos e quebradiços. Pessoas, paredes, através das janelas abertas, uma casa me oferece seu coração negro; e vidraças empalidecem, tornam azulada tudo que é negro, tornam azulado esse grande edifício de tijolos amarelos que avança hesitante, estremecendo, e que pára de repente, e desce em picada. Sobe um senhor e se senta frente a mim. O prédio amarelo se põe em movimento novamente, num salto se cola aos vidros, está tão perto que só se vê uma parte sua, escureceu. As vidraças estremecem. Ele se ergue, esmagador, muito mais alto do que se pode ver, com centenas de janelas abertas para corações negros; desliza ao longo da caixa, roça-a, fez-se noite entre as vidraças que estremecem. E de repente já não está ali, ficou para trás, uma forte claridade cinzenta invade a caixa e se espelha por todo o lado com uma injustiça inexorável: é o céu; através dos vidros vêem-se ainda camadas e camadas de céu...apoio minha mão no banco, mas retiro-a precipitadamente: isso existe... A Náusea me concede uma trégua curta. Mas sei que voltará: é meu estado normal.

(...) De que tem medo? Quando queremos compreender alguma coisa, colocamo-nos diante dela sozinhos, sem auxílio; todo o passado do mundo de nada adiantaria. E depois ela desaparece e o que pudemos compreender desaparece com ela.
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Otavio.Paes 05/07/2020

Um abalo às percepções dos fenômenos da realidade
Vou fazer alguns comentários e relatar impressões que tive da obra; embora tenha lido há alguns meses.

Este romance filosófico passou por algumas edições, pois estava demasiado filosófico para um romance, inclusive Beauvoir o revisou, e então foi publicado em 1938.

Esse livro traz nuances de sua filosofia, que irá se solidificar mais tarde em outras obras. Pra quem quer começar a lê-lo, essa é uma boa obra. A leitura é fluída, pois os conteúdos filosóficos estão diluídos.

Antonie(protagonista) lança um olhar aguçado sobre seu entorno, observando os objetos e as pessoas, e fica em dúvida se é as coisas que mudam ou se o que está mudando é a percepção do eu sobre elas(oque aumenta seu enjoo). Percebe que eles existem mas não têm ciência disso, diferente de nós; demonstra o devir da vida: "infinitas pequenas metamorfoses ocorrem em nossa vida, sem que percebamos, e de repente ocorre uma revolução", então diz que não tem medo da mudança mas do que ele pode se tornar.

A causa da náusea de Antonie, é a percepção de que a vida não tem sentido, ela é regida pela contingência (acaso), ou seja, nossa existência ou inexistência não tem uma razão, tudo é imprevisível. Sua náusea vai embora quando ele ouve uma música, porque esta tem começo, meio e fim, que formam um todo ordenado- na contramão da realidade e da vida humana.

Depois, Roque Tim pensa em escrever um romance para que seu nome seja lembrado pelos leitores, mas acaba mudando de idéia, e caçoa de uma tia que tinha a música de Chopin como bálsamo- afinal, a arte não salva ninguém.

Uma leitura que reflete e representa muito bem a contingência Oque é super atual, pois quem poderia esperar essa pandemia? Ela é fruto do acaso; ou como diria Nietzsche, faz parte da "inocência do devir"; "o acaso é inocente como uma criança".

A Náusea nos mostra como a ficção é mais interessante que a vida, esta, no dia a dia, não tem grandes aventuras nem grandes acontecimentos, tudo meio parecido e sem novidades. O cenário muda, as pessoas entram e saem; e isso é tudo. Nunca há princípios. Os dias sucedem aos dias, sem tom nem som; é um alinhamento interminável e monótono. "Em certos momentos - raras vezes - deitam-se contas à vida, percebe-se que estamos ligados a uma mulher, que nos metemos num bom sarilho. Como um clarão, o momento passa. Então o desfile recomeça, voltamos a alinhar as horas e os dias. Segunda-feira, terça, quarta. Abril, Maio, Junho. 1924, 1925, 1926. Viver é isto.". Já na ficção é diferente, "as dificuldades dos personagens são bem mais preciosas que a nossa; doura-as a luz das paixões futuras. E a narração prossegue ao contrário: os instantes cessaram de se empilhar ao acaso uns por cima dos outros, morde-os o fim da história, que os atrai, e cada um deles atrai, por sua vez, o instante que o precede".
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isadora.borsato 13/04/2022

Esse livro transmite uma sensação, quase indescritível, de desconforto e desespero diante da vida. O sentimento sem definição é denominado por Roquentin como uma espécie de Náusea. E de fato, é de embrulhar o estômago.
A crise vivenciada pelo protagonista é tão profunda que alcança níveis físicos, não só no personagem, como também no leitor. É inegável a inquietação que nos assola ao ler suas passagens pelos dias, que contadas na forma de um diário, acaba por nos transportar para o café de Bouville e sua vida monótona.
Roquentin, muito embora seja um indivíduo relativamente jovem, financeiramente estável e sem qualquer real responsabilidade em sua vida, se vê perante a falta de um propósito que o eleve para um estado de excitação e aproveitamento de seus dias. Na verdade, Roquentin não compreende a necessidade de se ter um propósito e, por consequência, não tem qualquer ânimo de buscar por um.
Ele acredita que as pessoas apenas existem sem um verdadeiro motivo para fazer mais do que isso, sendo que, toda a ideia social de ser útil e buscar por algo é ilusória, um falso objetivo atribuído ao indivíduo para que este não caia na triste realidade: o sujeito apenas existe, nada mais.
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nanda 17/01/2012

sartre apenas é...
a náusea, de sartre, é, sem dúvidas, um dos melhores livros que li.

sua personagem principal, roquentin, homem em estado puro, revela ao mundo suas impressões através das palavras escritas em seu diário.
há uma rutura que alcança roquentin e o leva a sentir-se metamórfico a medida que entra em seus dias.

é tão importante esta relação que sartre nos mostra com seu personagem entre seu cotidiano e a chamada 'náusea', que passamos também a nos identificar com roquentin.%0
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vicabez 27/05/2021

Uma exposição nua da condição humana
A Náusea? foi o primeiro romance escrito por Jean-Paul Sarte e, em sua opinião, sua obra-prima. Ele segue uma estrutura interessante, que foge ao padrão dos tratados filosóficos tradicionais, preferindo um estilo que se assemelha um pouco a um suspense policial (faltando, é claro, os policiais)
   Ele conta uma história propositalmente desinteressante: a vida de Antoine Roquentin, um historiador que após viajar pelo mundo, decide se fixar em uma cidadezinha francesa sem-graça chamada Bouville (homófono de Boue ville, ?cidade da lama?) a fim de desenvolver sua pesquisa sobre o marquês de Rollenbon, um diplomata francês do século XVIII.
    Quase totalmente privado de contatos sociais, Roquentin dedica sua vida a estudar Rollenbon, um trabalho que lhe parece mais fútil a cada dia. Afinal, assim como o personagem principal, o marquês não tem quase nada de especial em sua história, além de um possível envolvimento indireto no assassinato de um tsar russo. 
Nesse contexto, se desenvolve em Roquentin aquilo que ele chama de Náusea, algo semelhante à depressão, quase como um nojo de existir. Desesperado, ele se volta à escrita de um diário (que é o livro que lemos) como forma de tentar compreender o que está acontecendo com ele.
Comecei a lê-lo agora, na pandemia, por perceber o paralelo inegável que há entre a situação do personagem principal e a minha própria: isolado do resto da sociedade e forçado a conviver com os próprios pensamentos e sobretudo, a existir. Esperava, de certa forma, encontrar algum tipo de auxílio neste livro, algum conselho, talvez até alguma lição de moral. Mas descobri rapidamente que a intenção de Sartre com A Náusea é a contrária: ele não quer responder perguntas, ele quer gerar ainda mais dúvidas. Porque esta é a síntese do existencialismo: todos nós existimos e da existência não há escape. Somos livres para pensar e agir, mas condenados a arcar com as consequências disso. Essa é a condição humana, e a ela todos nós estamos sujeitos: eu, você, Roquentin e Rollenbon. Sartre não busca mascarar essa realidade. Pelo contrário, ele a expõe, nua e fria. E essa é a maior beleza deste livro.
Apesar de não ser uma leitura simples (em alguns pontos, ?nauseante?, talvez), recomendo para todos que tenham algum interesse no existencialismo. É realmente uma obra de arte. 
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