A Náusea

A Náusea Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Náusea


198 encontrados | exibindo 166 a 181
1 | 2 | 3 | 4 | 12 | 13 | 14


GH 22/02/2017

A Náusea

Publicado em 1938, A náusea é o primeiro romance filosófico de Sartre. Aqui se origina de maneira ficcional todo desenvolvimento filosófico que viria a ser tratado de maneira completa em ''O Ser e o Nada''. Através de um diário, o personagem principal Antoine Roquentin, um burguês solitário, narra e vive todo acontecimentos na cidade francesa; acontecimentos estes banais, não apenas sua vivência como todos ao seu redor, eis que o personagem se vê confrontado com a própria existência o que o causa Náusea e mais que isso, enfim se torna propriamente dito um sentimento de Náusea ao se deparar com o absurdo de toda condição humana por ele captada.

A Náusea constitui basicamente na observação e percepção de um indivíduo sobre outro que está convencido que é aquilo que disseram que ele é: o indivíduo começa a agir de tal maneira para justificar teatralmente a identidade que a sociedade lhe conferiu. Sartre nesta obra dá vários exemplos, como por exemplo, o garçom que, sabendo de sua função e identidade perante a própria profissão, exagera de tal maneira que o torna ridículo; o jeito de falar, de andar, de servir e retirar os pratos, de servir o café, etc. Clóvis de Barros em uma de suas aulas de filosofia acrescentaria que ele é um ''mau ator de garçom fora do teatro''.

Mas mais que essas minuciosas observações sobre a banalidade da condição humana, Antoine quase que diariamente reflete com a própria existência, muitas vezes abastecida pelo ócio e por já se ter uma posição confortável na vida, não precisar de dinheiro, ter um trabalho diário, com exceção seus escritos.
*Veja bem, em momento algum o autor e o escritor desta resenha quis dizer que o Existencialismo nasce a partir do ócio ou da burguesia, é apenas uma apresentação de fatos de acordo com a ficção.

''Sou repelido para o presente, abandonado nele. Tento em vão ir ter com o passado: não posso fugir de mim mesmo. '' (Pág. 14)

O relato em dado momento nos parece ser um tanto pessimista, o que é errôneo dizer já que tratamos de existencialismo, onde o princípio filosófico nascido no início do século XIX por Kierkegaard deixa bem claro que o indivíduo é o único responsável em dar significado à sua vida e em vivê-la de maneira sincera e apaixonada, apesar das angustias, absurdos, tédio, alienação e a ansiedade, por exemplo. E é exatamente nesses cenários que Sartre nos apresenta seu protagonista.

''Estou sozinho, a maioria das pessoas voltaram para seus lares; estão lendo o jornal da tarde e ouvindo rádio. O domingo que termina deixou-lhes um gosto de cinzas e seu pensamento se volta para a segunda-feira. Mas para mim não existem segunda-feira nem domingo: existem dias que se atropelam desordenadamente e, além disso, lampejos como esse. '' (Pág. 66)

Portanto temos aqui um personagem protagonista que não é o dos mais interessantes, revolucionário, forte, inteligente... não. Aqui Sartre nos trouxe um ser que não é diferente em quase nada sobre a banalidade em que o próprio observa e abomina, talvez essa seja uma das grandes graças dessa obra espetacular deste grande filósofo.

''A coisa, que estava à espera, alertou-se, precipitou-se sobre mim, penetra em mim, estou pleno dela. – Não é nada: a Coisa sou eu. A existência, liberada, desprendida, reflui sobre mim. Existo. '' (Pág. 114)
comentários(0)comente



Wagner 06/11/2016

MAS É PRECISO ESCOLHER: viver ou narrar.

(...) Eis o que pensei: para que o mais banal dos acontecimentos se torne uma aventura, é preciso e basta que nos ponhamos a narrá-lo. É isso que ilude as pessoas: um homem é sempre um narrador de histórias, vive rodeado por suas histórias e pelas histórias de outrem, vê tudo o que lhe acontece através delas; e procura viver sua vida como se a narrasse. (...) pp 66

in: SARTRE, Jean Paul. A Náusea. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
Marcos.Azeredo 13/02/2017minha estante
Meu filósofo preferido, um dos criadores do Existencialismo, que muito está marcado nos seus livros de ficção: A idade da razão (romance), A náusea ( romance) , O muro (contos). A obra filosófica que contém o núcleo da filosofia existencialista é L'être et le néant ( O ser e o nada). Em 1952, Sartre filiou-se ao Partido Comunista, mas a intervenção soviética na Hungria em 1956 levou-o a romper com o partido. Em 1964, o escritor ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, mas recusou a honraria. Sartre nasceu em 1905 e faleceu em 1980.




Maria 24/10/2016

Uma leitura bem válida. Faz com que o leitor pense sobre os embates de sua própria existência. Creio que "a náusea" é colocada como um mal estar - não físico, mas mental e emocional - geral causado pela falta de escolha. Um livro bem provocante, cutuca vários cantos questionáveis da humanidade e a narrativa é bem dinâmica! Muito bom.
comentários(0)comente



Caio Chaves 18/09/2016

A curiosidade para ler o guia máximo para muitos do existencialismo francês foi de quase uma catársis, achei que conseguir ler esse livro que é pequeno rapidamente, mas me dei conta de que tinha que ler aos poucos, mexia comigo cada comentário do Antoine sobre coisas ditas como banais na vida, suas observações ácidas e sem esperanças da realidade que estamos inseridos. Ao decorrer da leitura alternei entre momentos de ódio, amor, desprezo, fúria, tédio, carência, medo, pressa, dúvida, entre outros, me dei conta de que não conseguiria analisar esse livro friamente após a leitura e ainda não sei o que achar, não consegui controlar minhas emoções.
Mas que deixou uma puta impressão em mim, ah, esse livro deixou.
comentários(0)comente



Michele 08/09/2016

"Quando se vive, nada acontece. Os cenários mudam, as pessoas entram e saem, eis tudo. Nunca há começos. Os dias se sucedem aos dias, sem rima nem razão: é uma soma monótoma e interminável.
Mas quando se narra a vida, tudo muda; simplesmente é uma mudança que ninguém nota: a prova é que se fala de histórias verdadeiras. Como se fosse possível haver histórias verdadeiras; os acontecimentos ocorrem num sentido e nós os narramos em sentido inverso. Parecemos começar pelo início, na verdade foi pelo fim que começamos. Mas o fim, que transforma tudo, já está presente. Para nós o sujeito já e o herói da história. Sua depressão, seus problemas de dinheiro são bem mais preciosos do que os nossos: doura-os a luz das paixões futuras.
Quis que os momentos de minha vida tivessem uma sequência e uma ordem como os de uma vida que recordamos.
Ani 19/10/2016minha estante
undefined




Matheus Italo 30/04/2016

Um olhar contemplativo ao drama humano
Mais um livro que termino e tenho a sensação de que foi a melhor leitura da minha vida.
Não sei se aconteceu com todo mundo, mas a náusea consegue traduzir muito bem aqueles emaranhados de pensamentos e suposições que muitas vezes nos encontramos imersos.
O que mais me chamou atenção foi a linha tênue entre o idealismo dos humanistas e o confronto com a realidade, confesso que tive que ler essa parte bem devagar para absorver ao máximo. Para mim, a náusea é isso, o confronto entre o mundo das ideias que passamos anos construindo e a experiência concreta que abala tudo em segundos.
Ah, só mais uma coisa: E o amor dele pela Anny? Ninguém tira da minha cabeça de que a personagem foi inspirada na Simone de Beauvoir.

site: http://perdidosnocampus.wordpress.com
comentários(0)comente



Mauricio.Alcides 18/03/2016

Essa obra me causou "náuseas"

A Náusea é possivelmente a obra literária menos literária de Sartre, o livro mais arrastado a escrita mais densa que um romance pode oferecer.

Sartre descreve através das entranhas de seu romance toda a sua visão existencialista que logo mais seria explorada em “O ser e o Nada” o seu niilismo esta presente em todas as paginas dessa obra, seu livro é infinitamente filosófico e extremamente depressivo.

Contudo a obra cumpre ao que veio, o debate intenso entre o humanismo e existencialismo é frequente e podemos perceber todos os pontos que Sartre passaria a defender ao longo de sua vida.

Em muitos momentos eu me perguntei se o objetivo de Sartre era trazer ao seu leitor a sensação de “náusea” e o desinteresse mundano que o seu protagonista tanto sentia, se esse foi o seu objetivo devo dizer que Sartre o realizou com maestria, a leitura de sua obra é um completo suplicio, uma tortura que só é recompensada pelo aprofundamento filosófico sobre o desenvolvimento do existencialismo.


Nota: 7,8

PS: Não conseguia ler mais do que 30 minutos interruptos da obra. O tempo máximo de leitura que realizei do livro em um dia foi 2 horas divididos em 4 seções de 30 minutos.
comentários(0)comente



Lista de Livros 13/12/2015

Lista de Livros: A Náusea, de Jean-Paul Sartre
“Reli o que escrevi no café Mably e senti vergonha: não quero segredos, nem estados de alma, nem coisas indizíveis; não sou nem virgem nem padre para brincar de vida interior.”
*
“Se eu pelo menos pudesse parar de pensar, já seria melhor.”
*
“– Sei que nunca mais encontrarei nada nem ninguém que me inspire uma paixão. Você sabe, não é tarefa fácil amar alguém. É preciso ter uma energia, uma generosidade, uma cegueira... Há até um momento, bem no início, em que é preciso saltar por cima de um precipício: se refletimos, não o fazemos. Sei que nunca mais saltarei.”
*
Mais do blog Lista de Livros em:

site: www.listadelivros-doney.blogspot.com.br/2015/12/a-nausea-jean-paul-sartre.html
comentários(0)comente



José Ricardo 06/12/2015

"A existência precede a essência"

Jean Paul-Sartre (1905-1980) foi um dos ícones do Existencialismo. Além de filósofo, dedicou-se à literatura e teve intenso engajamento político. Chegou a ser contemplado com o Prêmio Nobel Literatura em 1964, mas se recusou recebê-lo.

“A Náusea” é um romance publicado em 1938. O título original era “Melancolia”, e foi inspirado na gravura de Albrecht Dürer (1471-1528). Porém, foi alterado para “A Náusea” por sugestão do editor.

Em “A Náusea”, Sartre apresenta as bases de seu “Existencialismo”, o qual difere de outros filósofos existencialistas, como Kierkegaard e Gabriel Marcel, por exemplo.

O enredo traz Antoine Roquentin, um historiador, com cerca de 30 anos de idade, que, após viajar por vários países e ter um relacionamento amoroso rompido, junta suas economias e decide ir até a cidade fictícia de Bouville, onde pretende escrever uma biografia do Marquês de Rollebon, um suposto aristocrata que vivera no Século XVIII.

“A Náusea” tem formato de diário e se passa em 1932. Logo no início, há uma “advertência” ao leitor, "explicando" que os manuscritos foram encontrados aleatoriamente, e a publicação é fiel ao inteiro teor, o que confere certo grau de credibilidade à narrativa.

No diário, Antoine Roquentin registra não apenas suas pesquisas e o decorrer da elaboração da biografia, mas também e, principalmente, suas impressões de tudo o que ele vê e sente no dia a dia de Bouville. E é aqui que reside o ponto alto da obra. Roquentin é um sujeito introspectivo e perspicaz. No momento, busca uma razão de viver. Ele já tem a vida ganha diante de suas economias e após ter um amor frustrado, acaba por se encontrar consigo mesmo. Este encontro, porém, vai se tornar mais intenso quando a pesquisa sobre Rollebon passa a entendiá-lo.

Esse é o pano de fundo que Sartre encontrou para discorrer, figurativamente, sobre seu modo de ver o Existencialismo, segundo o qual “a existência precede a essência”. Mas como entender isso? Pois bem, vale lembrar que o existencialismo sartriano é ateu. Assim, não há Deus, nem finalidade nas coisas ou na vida. O homem primeiro existe e, ao tomar consciência desta existência, pode dar sentido àquilo que está à sua volta. Nisto reside a liberdade humana. O existencialismo de Sartre, portanto, baseia-se em três pilares: existência, liberdade e essência. Por isso, ele diz que “o homem está condenado a ser livre.” Significa dizer: em meio à contingência de sua existência, o ser humano tem consciência disto e liberdade para atribuir sentidos à sua realidade e, com isso, construir a si mesmo. Tem a possibilidade de escolher o que será (essência) a partir de sua consciência; de sua existência. A existência é algo que já está pronto; o ser humano, não. O homem existe; por outro lado, sua essência será uma constante busca (livre) para moldar a si próprio. Entretanto, esta busca é angustiante em meio às múltiplas possibilidades e sem um mapa seguro do caminho a trilhar. Enfim, para Sartre não há determinismo.

E por que o Marquês de Rollebon entendia “Sartre”. É simples. Ao realizar suas pesquisas, o protagonista percebe que Rollebon é um sujeito que acabou por se confundir com seu personagem; com a figura que ele mesmo (Rollebon) criou para figurar em sociedade. Uma pessoa que se perdeu em si; que não encarou a si e à realidade de sua existência; da vida. Para Sartre: Rollebon é uma pessoa de “má-fé”.

Todavia, a expressão “má-fé” em Sartre tem um significado peculiar. Como dito acima, escolher, decidir causa angústia. Ninguém pode escolher pelo outro, somente o próprio indivíduo pode escolher por si. E isto não é agradável. Por isso, Sarte diz que “o homem está condenado a ser livre”. Ele não tem como fugir da liberdade de decidir.

Nesse contexto, diante do temor de escolher, da fraqueza em decidir, da angústia em tomar posições, emerge o homem de “má-fé”. Homem de “má-fé” é aquele que foge de sua própria condição e passa a viver um personagem. Sucede que este personagem é uma dissimulação, uma mentira, um abandono. Uma forma de tentar burlar a realidade da vida; vida que exige uma enfrentamento do tédio, da melancolia, da náusea. Para decidir, o ser humano precisa olhar para si, para a realidade da vida, para o acaso, para a incerteza, para probabilidade, para os riscos, para as possibilidades, para o imprevisto, para o incerto. Deve encarar sua natureza e condição humana e, somente assim, encontrar na resignação e na inventividade, um sentido que o liberte de sua liberdade.

Esse tom reflexivo, seco e duro acerca da vida causa aquilo que Sartre dá o nome de “Náusea” no ser humano, sentimento que incomoda, mas que, ao mesmo tempo, é o itinerário para se ficar verdadeiramente de pé. O livro é repleto de frases que retratam não só o sentimento de fuga (“má-fé”), mas também de “Náusea”. Veja algumas:



“as pessoas que vivem em sociedade aprenderam a se ver nos espelhos tal como aparecem a seus amigos.”

“eles para existir, precisam estar reunidos.”

“quando fica sozinho, esse homem dorme.”

“que ocupação estranha: não parece um jogo, nem um rito, nem um hábito. Acho que fazem isso simplesmente para encher o tempo. Mas o tempo é muito longo, não se deixa encher.”

“não posso fugir de mim mesmo.”

“Acabo de descobrir, com brusquidão e sem razão aparente, que menti a mim mesmo durante dez anos.”

“um homem é sempre um narrador de histórias, vive rodeado por suas histórias e pelas histórias dos outros, vê tudo o que lhe acontece através delas; e procura viver sua vida como se a narrasse. Mas é preciso escolher: viver ou narrar. (...) Quando se vive, nada acontece. Os cenários mudam, as pessoas entram e saem, eis tudo. Nunca há começos. Os dias se sucedem aos dias, sem rima nem razão: é uma soma monótona e interminável”.

“Esse Rollebon me irrita.”

“Não estou com fome, mas vou comer para passar o tempo.”

“Arrastaram suas vidas num topor, meio adormecidos, se casaram precipitadamente, por impaciência, e fizeram filhos ao acaso. Encontraram os outros homens nos cafés, nos casamentos, nos enterros. De quando em quando, apanhados num redemoinho, se debateram sem compreender o que lhes acontecia.”

“Que vou fazer de minha vida?”

“Lancei um olhar ansioso ao meu redor: só o presente, nada além do presente.”

“Rollebon já não existia. Se ainda restavam dele alguns ossos, existiam por si próprios, totalmente independentes dele.”

“Percorro a sala com os olhos. É uma farsa! Todas essas pessoas estão sentadas numa atitude séria; estão comendo. Não, não estão comendo: recobram suas forças para levar a bom termo a tarefa que lhes cabe. Cada uma delas tem sua pequena obstinação pessoal que as impede de perceber que existem; não há um só que não se julgue indispensável a alguém ou a alguma coisa.”

“Para suportar sua condição, a condição humana, precisa de muita coragem. O próximo instante pode ser o de sua morte.”

“Gostaria tanto de me abandonar, de esquecer de mim mesmo, de dormir. Mas não posso, sofoco: a existência penetra em mim por todos os lados, pelos olhos, pelo nariz, pela boca...”

“A Náusea não me abandonou e não creio que me abandone tão cedo; mas já não estou submetido a ela, já não se trata de uma doença, nem de um acesso passageiro: a Náusea sou eu”.



Engana-se, porém, quem pensar que “A Náusea” é uma obra pessimista. Não é. Muito pelo contrário! É uma obra de coragem, de força, de luta. Mostra uma realidade existencial aberta a significações a ser talhada pelo sujeito (subjetividade) como pressuposto à constituição de sua essência; uma essência forte. Para isso é preciso ter coragem. Deve-se exercer a liberdade e ter força para não agir de “má-fé”. É imprescindível olhar de frente para a “náusea” a fim de que cada indivíduo constitua a própria essência em meio à sua existência.


site: http://www.jrav.com.br/a-nausea-jean-paul-sartre/
Karlinne 19/07/2016minha estante
Eu pretendia escrever uma resenha, mas acredito que é desnecessário depois de ler a sua :)




ElisaCazorla 12/11/2015

Quando se vive, nada acontece.
Este livro é uma ficção com acentuada tendência filosófica e sociológica a respeito dos “grandes temas”, como a existência (Descartes), seu sentido (Religiões e rituais), a verdade (ideologias), o valor da aparência (psicanálise), os relacionamentos humanos (sociedade), o poder (Marx), etc.

Gostei do livro por causa do debate genial que ele constrói com os pensamentos daquela época. A filosofia de Descartes, a sociologia de Marx, a psicanálise não freudiana. Acho que ele é um pensador que se frustrou com todo o tipo de pensamento e ideologias disponíveis em sua época – um tempo de guerras, da revolução russa e da depressão nos EUA. Acho que o autor se frustrou com tudo o que tentava explicar ou dar sentido para tudo aquilo. Sua crítica oferece nada em troca – literalmente O NADA.

Não é um deleite de livro. Não é uma leitura que flui. Mas, fornece muitas indagações e questões interessantes. Não é um livro para qualquer leitor. Para que a leitura desta obra seja proveitosa, o leitor deve ter em mente o contexto histórico, filosófico, político e social no qual Sartre está inserido

- É isso que ilude as pessoas: um homem é sempre um narrador de histórias, vive rodeado por suas histórias e pelas histórias dos outros, vê tudo o que lhe acontece através delas; e procura viver sua vida como se a narrasse. Mas, é preciso escolher: viver ou narrar. Quando se vive, nada acontece. -
Tiago675 25/05/2017minha estante
Vai para a meta deste ano. Ao ler sobre o nazismo, consigo ter um vislumbre deste vazio que os anos 1930 exala.




adriane 10/11/2015

Depressivo
O livro não é bem um romance, é mais um ensaio filosófico. Sarte vai apresentando suas idéias existencialistas durante todo o tempo. Se vc já tem tendências depressivas, não leia, vai te deixar ainda mais pra baixo... Respeito o trabalho de Sartre, mas não concordo com sua visão de mundo. A vida pode ter, e com certeza tem, sentido. É só olhar mais atentamente pra ela...
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Shirlei.Stachin 04/08/2015

A Náusea
Escrito sob a forma de diário íntimo, o autor constrói seu romance filosófico a partir dos sentimentos e da observação de ações banais de Antoine Roquentin, o protagonista, que, ao perambular por uma cidade desconhecida, é confrontado com o absurdo da condição humana. Nele estão presentes, de forma ficcional, todos os princípios do existencialismo.
comentários(0)comente



Nick 11/04/2015

Leitura Cuidadosa
Com certeza é um romance filosófico. Demorei um tempo para terminar está leitura, pois requer paciência e atenção e mesmo assim pode se tornar difícil compreender a mensagem. O protagonista parece ter uma mente perturbada causada pela solidão, a sua solidão também possibilita uma intensa comunhão com a existência, mesmo quando se trata de coisas simples. Não há uma história que se segue, você espera por isso no inicio do livro, depois percebe que não vai rolar, o que ele trás de fato são reflexões nauseantes sobre a nossa triste e mesquinha existência.
É um livro que eu pretendo reler algum dia, para extrair melhor a mensagem.
comentários(0)comente



Ricardo Rocha 18/02/2015

entre o jazz e a sala de concerto
há consciência do conhecimento. todavia o que sabe também é ninguém. há consciência entretanto aliviada pela voz de Sophie Tucker. mas como? então ele faz parte da humanidade. (uma consciência talvez mais importante sem os juizes cotidianos vivem dizendo (agora pelo twitter): "as pessoas..." ele é uma pessoa. então somos nós que. porque a sala de concerto, tantas vezes difamada, onde "as pessoas" iam esquecer suas existências pelas sensações da música, e "imaginam que os sons captados circulam neles, suaves e nutritivos, e que os seus sofrimentos se fazem música, como os do jovem Werther;
julgam que a beleza é compassiva para com eles. ela é. a lamentar apenas na obra de Sartre exatamente a carência de beleza literária que com certeza fundamentaria melhor o desejo de expulsar a existência para fora dele e assim tornar esse um desejo realizado, vivendo plenamente.
comentários(0)comente



198 encontrados | exibindo 166 a 181
1 | 2 | 3 | 4 | 12 | 13 | 14


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR