Renata | @am0r_p0r_livr0s 15/04/2024
Foi o segundo livro do autor que li. O primeiro, A Balada de Adam Henry, foi espetacular; esse, me deixou incomodada, mas foi um incômodo que me fez pensar.
.
O Jardim de Cimento foi o primeiro livro escrito pelo autor, em 1978 (ano que nasci) e, minha gente, que livro que mexe com o nosso psicológico. Tive a mesma sensação de quando li Misto Quente, de Bukowski. Uma história forte, impactante, e que me fez sentir um pouco enojada no final.
.
É uma história mórbida, de quatro irmãos que se vêm sozinhos, para cuidar dos próprios narizes. Julie, Jack, Sue e Tom precisam sobreviver e seguir com suas vidas em meio à sua situação de luto. Jack é o narrador, que descreve os acontecimentos dentro da situação mental de seus irmãos, sob seu olhar. Após a morte da mãe, ele vive quase como um animal em cativeiro, não toma banho, não troca de roupa e fica com suas fantasias sexuais e seus heróis de ficção científica. E diante de sua descrição a respeito dos irmãos, vamos percebendo a forma como cada um está lidando com a situação em que vivem.
.
No texto, não há menção sobre o lugar nem o tempo em que as coisas acontecem e, pela descrição, eles vivem em uma casa com um jardim em ruínas, em meio a uma paisagem decadente. O leitor sente a tragédia e a tristeza desses quatro irmãos e a doença psíquica que estão vivendo.
.
É um livro que não entrou para minha lista de favoritos, mas vai me fazer refletir sobre ele por um bom tempo. Recomendo sua leitura, até porque é um livro curto, que prende o leitor e é possível terminar em um dia.