A montanha mágica

A montanha mágica Thomas Mann




Resenhas - A Montanha Mágica


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Joao.Resner 08/02/2020

Um triunfo das palavras!
Uma excelente obra de um dos maiores escritores alemães, Thomas Mann. Esta obra pertence a genuína tradição germânica intitulada romance de formação, ou seja, nela acompanhamos a evolução espiritual, moral e intelectual do nosso singelo herói, Hans Castorp.
Sim, um singelo herói - para não se usar outro adjetivo. Portanto, o leitor não pode esperar grandes feitos por parte de Castorp. Entretanto o estilo de escrita e de narração de Thomas Mann é brilhante! Ele nos coloca em um ambiente que antecede a Grande Guerra, com toda a sorte de opiniões retratadas pela miríade de personagens. É um verdadeiro prazer se perder entre as densas páginas e minuciosas narrativas da vida de um doente em uma casa de recuperação nos Alpes suíços.
Um verdadeiro e brilhante triunfo das palavras e da literatura sobre o ordinário e o cotidiano.
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Wanderson.Pill 25/02/2020

Tem que ter paciência
Um livro muito diferente daquilo que ja li. A narrativa se dá de forma beeeemmm lenta, com reflexões filosóficas, principalmente sobre o tempo, e em alguns momentos sobre o espaço. Muito bacana os debates entre Settembrini e o Naphta. Um livro que tendo a devida paciência para concluí-lo é satisfação garantida.
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Letuza 26/03/2020

Escalada difícil
Ufa! Foram 957 páginas em 90 dias. Um clássico da literatura mundial, o livro foi escrito pelo autor alemão Thomas Mann em 1924, e contribuiu para o Nobel do autor em 1929. Thomas Mann, filho de uma brasileira, decidiu escrever o romance durante a internação de sua esposa em Davos para tratamento da tuberculose.
A história narra sete anos da vida do engenheiro naval Hans Castorp, que vai visitar o primo Joachim, que está internado no sanatório Berghof tratando de uma tuberculose. O que Castorp não esperava é que lá se descobria doente também. O sanatório é um microcosmo da sociedade europeia da época, e abrigava pessoas de diferentes nacionalidades, idades, culturas. Lá Castorp passa a conviver com personagens incríveis, de uma complexidade imensa. São muitos, mas destacam-se, os ambíguos Sr Settembrini (maçom humanista) e o Sr Naphta (judeu jesuíta), Clawdia Chauchat, o Dr Behrens (diretor e doente) e o tenente Joachim (primo). Castorp apaixona-se pela russa Clawdia, que é casada, apesar do marido nunca aparecer, misteriosa e tem um comportamento um pouco desleixado que lembra uma antiga paixão de Hans.
A narrativa é extremamente detalhada e entra, muitas vezes, nas vidas dos personagens. A linguagem é rebuscada e nem sempre fácil, com parágrafos muito longos. Entretanto, as conversas entre Castorp, apelidado de ?filho enfermiço da vida? por Settembrini, com Naphta, Settembrini e Behrens são maravilhosas. O romance com Clawdia é mais platônico do que real, mas eles têm dois momentos de maior aproximação.
Castorp, durante sua internação, passa por fases e interesses diversos e inconstantes, amadurece e cria laços. Também perde muitos companheiros para a doença, inclusive seu primo. Depois de sete anos internado e com o início da Primeira Guerra Mundial, Castorp, que era paisano, decide voltar a planície e lutar.
O livro trata o tempo todo de dois temas básicos: o tempo, e sua relatividade e a morte, e seu significado.
Apesar de ser uma leitura difícil e, às vezes, cansativa, o livro é um clássico e a história é muito bem construída e bonita. Uma leitura de peso. #amoler #amontanhamagica #thomasmann #livros #leitura #vamosler #leiaclassicos
Luciana 21/04/2020minha estante
Tem spoiler na sua resenha.




Matheus.Ferrari1 23/05/2023

A vida é pra ser celebrada da melhor forma
Já havia tentado ler esse livro antes e abandonei, não era o momento pra encarar essa escalada até o sanatório e também, talvez menos ainda, encarar uma montanha de conhecimentos filosóficos, humanos, políticos. Na montanha pude perceber (porque sim, eu também estive lá nesse tempo todo) que a vida e o tempo que você tem pra desfrutá-la são tão relativos que demanda certa seriedade a ponto de usufruir da melhor forma esse presente que nos é dado todos os dias.
Vários personagens marcantes cruzaram o caminho do nosso "herói" Hans Castorp e o nosso próprio caminho, afinal considero Settembrini, Naphta, madame Chauchat, entre outros, como parte da minha convivência e do conhecimento que obtive no sanatório.
E lembrem-se: o amor sempre vem até nós com o estrondo de uma porta batida.
Nayany 23/05/2023minha estante
Procurando a coragem para iniciar essa jornada. ?


Matheus.Ferrari1 23/05/2023minha estante
Realmente pra iniciar precisa de bastante coragem hahaha. Mas depois de um tempo vai ficando mais fácil, e vale a pena, porque os assuntos são tão atuais que parece que o livro foi escrito recentemente




GleLê 20/08/2023

Sob o abrigo de tragédias
A Montanha Mágica é um romance filosófico de formação, pois narra a transformação do jovem Hans Castorp descobrindo a verdade sobre si mesmo.

Hans Castorp é um engenheiro naval, que decide visitar seu primo Joachim Ziemssem, internado no sanatório Berghof com tuberculose. O romance se passa no início do século XX, durante anos de tensão que antecederam a Primeira Guerra Mundial.

Sanatórios era como se chamavam espécies de hospitais - pousadas especializadas no tratamento da tuberculose. Normalmente ficavam em lugares elevados, pois se acreditava que a cura da doença estava diretamente relacionada ao ar puro.

A visita programada para três semanas, se tornou sete anos, pois assim que chegou ao lugar adoeceu e ingressou naquele universo como paciente. Podemos dizer que Hans Castorp sai da “planície” para um plano mais elevado onde será transformado.

Em A Montanha Mágica, Thomas Mann nos mostra que certas percepções exigem um certo afastamento do cotidiano. Subir a montanha é uma metáfora utilizada para a tomada de consciência do personagem e do contexto da época em que Mann escreveu.

Não podemos esquecer que o autor escreveu as primeiras páginas da obra em 1912, paralisada para se dedicar ao tratamento da mulher, também com tuberculose; e retomada em 1919 já no final da Grande Guerra. Para finalmente ser concluída e publicada em 1926. Portanto, Mann sofreu influências dos anos de guerra para construir no enredo de A Montanha Mágica um microcosmo europeu, de forma que é justo considerar que:

"Seria, segundo ele [Mann], uma viagem à decadência; contudo, ele também a qualificou como a busca da ‘ideia do homem, o conceito de uma humanidade futura que vivenciou o mais profundo conhecimento da doença e da morte’...
BRADBURY, Malcolm. O mundo moderno: dez grandes escritores. Trad. Paulo H. Brito. São Paulo: Companhia das Letras, 1989; p.110.

Cada personagem representa simbolicamente ideologias e tendências da época. É muito mais interessante observarmos os diálogos partindo desta consciência.

Leo Naphta, professor de línguas e marxista, representa o que Mann considerava obscurantismo autoritário do comunismo. Ao passo que Lodovico Settembrini, intelectual era a personificação do otimismo humanista. Os médicos do Berghof, como Edhin Krokowski e Hofrat Behrens trazem nas suas personalidades e falas a psicanálise e o cientificismo para o debate. Joachim Ziemssem, primo doente de Hans, jovem ativo e inconformado com a condição estática deseja descer à planície para servir ao exército. Joachim é o próprio militarismo.

Ao se afastar da planície, Castorp pôde gozar da liberdade da vida normal através da sensação de acolhimento e romantização da doença vivenciadas por todos ali. Os hóspedes de Berghof desligam-se do tempo, da carreira e da família ao mesmo tempo que são atraídos pela doença, pela introspecção e pela morte. Nesta jornada, Hans amadurece ao entrar em contato com a política, arte, cultura, religião, amor e filosofia e pode refletir sobre as fragilidades humanas e subjetividade do tempo.
O tempo é elemento fundamental na obra, ele reflete sua forma e tema.
Apesar de ordenada cronologicamente, a narrativa desacelera e acelera intencionalmente para denotar pela forma a monotonia daquele cotidiano. Esta assimetria temporal também corresponde à noção distorcida do próprio Hans quanto à passagem do tempo, assim como a mágica da montanha.
Para termos uma ideia de como a forma reflete o tema na obra, o primeiro dia de Castorp no sanatório é contado em nada menos que 180 páginas! Uma forma encontrada por Mann para anunciar que a dimensão psicológica do tempo prevalecerá ao longo da obra.
Lá, o tempo não passa. Não se tem nada para fazer além das cinco refeições, o descanso entre elas, a verificação da temperatura e o repouso na horizontal como descrito pelos médicos.
Esta parte do livro me trouxe à memória os meses de isolamento social devido a pandemia de COVID. Tal como Hans, assumimos uma rotina naturalmente monótona. O quanto de liberdade egoísta sentimos no nosso íntimo ao não poder fazer nada além do que já se fazia, que era estar onde estávamos? A liberdade na inércia, a desobrigação de ser algo foi o sentimento que muito de nós compartilhamos em nosso íntimo com Hans Castop.

A Montanha Mágica me levou a este lugar, e apesar de ser uma obra datada ela esboça o comportamento do homem diante das pressões sociais e as formas mais assombrosas que ele encontra de gozar a liberdade sem ter que investir tempo para isso; a liberdade do acometimento.
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Diego 22/10/2020

Um romance sobre uma época mas que consegue refletir atemporalidade. De todas as dualidades expostas nesse livro quero apontar apenas uma: passado x futuro. Olhando para esta maquete satírica também é possível ver o século 21? É um livro duro, daqueles que devem ser sentidos e que fala sobre a vida como ela é: simples. As crises são geradas por nós, seres humanos. Esta obra trata sobre hipocrisia? Existe um dosimêtro para o tempo melhor que um relógio? Quem somos e qual o nosso papel no mundo? Essas são algumas das perguntas que surgem ao decorrer desta leitura. Curta o processo, viva!
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Ebenézer 26/11/2020

Um livro desafiador
Enfim, concluí não sem muito esforço A Montanha Mágica, de Thomas Mann.
Obra longa, densa, complexa, hermética.
Vários níveis de leitura, muitas abstrações, filosofia na veia, cultura ampla e contexto tão vasto.
Muito difícil (extremamente) acompanhar com segurança o raciocínio fino e a lógica aguda do autor.
Chego, pois ao fim da leitura da Montanha com uma sensação de incapacidade intelectual atroz...
Todavia, diante dessa falta de inteligência, ergo a cabeça e sigo avante e confiante, me valendo do testemunho do autor Thomas Mann, que, em ?razão dos detalhes e densidade composicional? de sua obra, sugeriu de modo claro aos estudantes norte-americanos em Princeton, um procedimento ao apresentar o seu romance:
?Que devo dizer sobre o próprio livro e sobre como ele deve ser lido?
De início, uma exigência bastante arrogante, qual seja: a de que se deve lê-lo duas vezes. A quem conseguiu levar o Zauberberg uma vez até o fim, aconselho que o leia uma vez mais, pois a peculiaridade de seu feitio, seu caráter composicional, propicia que o prazer do leitor se eleve e se aprofunde, na segunda vez?
Portanto, vou me animar para a segunda leitura, ainda.

"...a quem conseguiu levar o Zauberberg uma vez até o fim..."??
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sundays 04/07/2021

O tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem...
A Montanha Mágica é uma obra que carrega com propriedade a etiqueta de "clássico". Ainda que escrita pouco depois da primeira Guerra Mundial, traz um sem número de reflexões que são válidas até hoje - e até assustadoramente atuais.

Acompanhar o simpático e receptivo Hans Castorp seguindo a correnteza da vida a partir de uma visita ao primo em um sanatório para doentes pulmonares nos leva a repensar conceitos que costumamos ignorar, principalmente o de TEMPO. Nesta linha, Mann nos presenteia com alguns capítulos de beleza marcante, como o encantador "Passeio na praia" e o surreal "Neve".

Destaque pra figura do narrador, os jogos com o número 7 e as referências à mitologia, além dos excelentes personagens secundários.

Neste meio tempo, não perca mais tempo e vá ler esta obra que não parou no tempo, enquanto ainda há tempo! O tempo urge...ou talvez não.
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Khaolinha 18/07/2021

Não é uma subida para amadores, mas com certeza vale a caminhada.
Li em algum lugar que um clássico é um livro que exige releituras porque não é possível alcançar todas as camadas dele de uma vez e isso é uma verdade absoluta em se tratando da Montanha Mágica.
Não importa se você lê ele de uma vez ou aos poucos se debruçando em cada metáfora, em cada diálogo, não importa se lê sozinho ou em grupo, como uma leitura de fruição ou de estudo ou de trabalho ou seja o que for. É impossível extrair tudo dessa história numa única leitura.
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Renisson 20/07/2021

A Montanha Mágica que gostei bastante. No seu início estava gostando bastante, mas depois da uma caída no ritmo, dá-se até uma impressão que a história não sair do lugar.
Os personagens bem escritos, porém não me conectei com nenhum. E o ponto mais positivo foi o refino da escrita do autor THOMAS MANN, principalmente nos diálogos,
E outro ponto positivo apesar de ter reclamado no ritmo o sei final é mais fluído.
De um modo em geral foi uma boa leitura.
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Mylla 25/07/2021

Romance de formação sobre o jovem Hans Castorp que sobe a montanha para visitar o primo e durante sua estadia num sanatório, acaba conhecendo e lidando muitos personagens interessantíssimos.
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Vinicius.Teixeira 01/08/2023

A Montanha Mágica
Definitivamente um livro muito bom. Acredito que esteja além do meu nível de leitura para aprecia-lo completamente, porém foi uma leitura muito interessante, porém desafiadora em certos momentos.
Um dos melhores livros que já li, porém só consegui perceber isso após algumas resenhas e vídeos de comentários sobre a obra.
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César Ricardo Meneghin 06/12/2021

Thomas Mann e sua maravilhosa montanha.
Como clássico que é, muito já foi dito sobre este livro incrível e concordo com a maioria das resenhas feitas.
E mesmo assim fui surpreendido por um autor que parecia ser apenas um erudito, na verdade é realmente um dos muitos gênios da criação literária.
Thomas Mann, consegue criar uma personagem medíocre sem sal e sem açúcar sem opinião e sem características que chamem a atenção e faz você ficar preso ao desenvolvimento dele. Na minha opinião(medíocre) Ludovico Settembrini é a personagem que dá um peso incrível ao livro. Através dele o autor consegue dissertar sobre assuntos incríveis; sociologia, filosofia e relações humanas de uma forma muito interessante. Na verdade, o autor é em si uma enciclopédia de assuntos que deixa qualquer pessoa de boca aberta. Thomas Mann vai da Botânica para a Medicina passa por filosofia, línguas, religião e até mesmo sobre maçonaria. E consegue ser fiel ao correto e verdadeiro sentido do assunto.
O narrador consegue ser apenas o que é; um narrador, contador de história, não interfere, porem abrilhanta e instrui o desenrolar.
E o final da narrativa chega a ser poético.
O livro é pesado e denso na seguinte medida. Você muitas vezes vai ter dificuldade de interpretar o modo de pensar dos personagens, principalmente Settembrini e Naphta. Mas por isso é que vale a pena, você deve subir o entendimento não eles diminuírem o vocabulário. É como se você estivesse no lugar de Hans Castorp. Detalhe que demorei a entender.
E a passagem em francês entre Hans e sua amada, me fez pensar que; Hans sem ter domínio sobre a língua(sentimentos) se expressa de maneira insegura porem verdadeira, direta sem grandes floreios. Minha opinião.
Quando o livro acaba você pensa na vida de Hans e das outras personagens e percebe a dificuldade de existir deles. Fantástico.
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