A montanha mágica

A montanha mágica Thomas Mann




Resenhas - A Montanha Mágica


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bobbie 26/10/2021

Denso, político-filosófico-social e muito mais...
A montanha mágica não é um livro que se leia uma única vez e se dê por satisfeito. Tampouco é um livro que se leia com facilidade e rapidez. Ou seja, é um livro que demanda dedicação, tempo e comprometimento para que se possa apreender o máximo do que ele tem a oferecer. A minha versão em e-book desta mesma edição, para se ter uma ideia, tem 1028 páginas. São capítulos longos, sem quebra, que fica difícil encontrar um momento de pausa para continuar mais tarde, pois as ideias são muito aprofundadas e conectadas umas às outras. A montanha mágica conta a história do jovem Hans Castorp, que, antes de ingressar em sua vida profissional, dispõe-se a passar 3 semanas em um sanatório para tuberculosos em Davos, no alto de uma montanha - não é segredo algum que, para a medicina novecentista, que ainda não oferecia uma cura para a tuberculose, o melhor tratamento era uma temporada em lugares elevados, com ar rarefeito. Contudo, as 3 semanas de "férias" e repouso acabam se estendendo "levemente", transformando-se em 7 longos anos, quando Hans supostamente adoece da mesma doença que acometia o primo. É aí que se desenvolve a trama desse bildungsroman, ou romance de formação, pois Hans se insere em um microcosmo representativo das ideias correntes na Europa daquele tempo, travando conhecimento com enfermos das mais variadas nacionalidades e pensamentos. São longas oportunidades de tomar parte em discussões filosóficas, sociais, culturais, políticas, religiosas (há espaço até para uma sessão espírita) que vão contribuindo para a formação do jovem mancebo, que inclusive conhece o amor na "montanha mágica" (aliás, ele fica na montanha porque conhece o amor, ou conhece o amor porque fica na montanha?). A estada de Hans no sanatório apenas se encerra quando... um grande e importante evento acontece - não vou dar spoilers. Como disse, trata-se de um livro longo, de capítulos extensos, densos, praticamente longos e completos tratados filosóficos. Quanto a mim, reconheço que fico devendo uma segunda leitura para dar melhor cabo da experiência deste livro.
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Glauber 08/04/2022

Difícil e densa montanha

Clássicos nunca são fáceis de ser ler, e para mim ler A montanha mágica teve essa sensação.

Achei interessante algumas partes e outras foram bastante densa e muitas vezes entrei np piloto automático da leitura sem entrar na história.

O romance principal não me atraiu muito e nenhum personagem me cativou, fora o crescimento do protagonista.

O duelo dos tutores me lembrou O romance da pedra do reino de Ariano Suassuna.

Vou pesquisar mais sobre o livro e buscar entender alguns significados
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Tamires 26/11/2015

Livro chato ? só isso ? NÃO
Procurei resenhas antes de começar e fui muito desmotivada, peço que quem for lê-lo desconcidere todos os comentários negativos. Não é porque é longo que é chato, muito pelo contrário, apesar dos discursos complexos e até cansativos de dois personagens é uma leitura que fala do tempo e que requer tempo, no final dá saudades. Enfim, não sei se teram essa mesma conclusão, mas é um clássico sensacional. Thomas Mann tem uma escrita maravilhosa, isso é o que prende o leitor, ganhador do nobel de literatura, mais que merecido.
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Lucas 12/08/2017

Manifesto do Nada que descreve o Tudo
Estupefato. Esse é o adjetivo que melhor descreve o leitor de A Montanha Mágica, seja durante a empreitada (pois ela é, sim) da leitura ou após o seu término, que satisfaz e ao mesmo tempo deixa quem lê triste; não pela história ou narrativa em si, algo impossível, mas sim pela falta que personagens tão queridos farão ao cotidiano de quem se debruçou sobre a obra-prima do alemão Thomas Mann (1875-1955).

A Montanha Mágica narra a trajetória do jovem alemão Hans Castorp. Recém formado, ele parte em uma viagem rumo aos Alpes Suíços para uma "visita de médico" ao seu primo, Joachim Ziemmsen, que lá estava internado em um sanatório para tuberculosos, o Berghof. A tal visita rápida vai se alongando repetida e indefinidamente, como o leitor irá perceber. Se há um enredo narrativo, é apenas este: uma visita sem dia marcado para acabar, em um local cheio de doentes. Mas a hipótese de um romance sem enredo passa longe desse raciocínio; a narrativa parte desse Nada para detalhar o Tudo.

Se o romance se restringisse a apenas isso, já seria de ótimo tamanho e relevância. Mas Thomas Mann faz (muito) mais: em um contexto cercado de males e doenças, porque não discorrer sobre medicina? Em um lugar tão lindo, porque não mencionar a sua flora e o seu clima? E como se está em um ambiente coletivo, com pessoas compartilhando anseios e dores, não seria possível a existência do amor entre duas delas? E já que se está falando de um sanatório, porque não incutir no leitor valores como a bondade, a esperança e o reconforto a quem está sendo vencido pela dor? Ler A Montanha Mágica é, antes de tudo, estar sujeito a um bombardeamento de aprendizagem e reflexão. Cada capítulo, ou praticamente cada página, trás uma ou outra coisa, quando não as duas.

Nesse ponto mais prático, ainda sem se ater às questões filosóficas, sociais e a outras temáticas (cujo espaço nessa resenha está reservado mais adiante), Mann constrói a sua ficção de uma forma ímpar. Antes dos detalhes físicos externos (que são descritos, mas de uma forma secundária) de médicos, pacientes, familiares e outros personagens, o leitor conhece a alma deles. Tampouco interessa se um indivíduo é baixo, alto, russo ou eslavo: o relevante é que o leitor seja capaz de imaginar o seu respectivo sofrimento, a sua origem, as suas dores e o desamparo que as doenças graves causam. Em A Montanha Mágica, a alma não é meramente um conceito abstrato ou secundário: é a identidade que define e difere um elemento narrativo do outro. O autor, por meio de vários personagens, ensina que o interior sempre será mais importante que o exterior.

O romance foi escrito em duas etapas. Mann o iniciou em 1912 e parou de escrevê-lo em 1915. Veio a Grande Guerra e o autor só voltou a trabalhar na obra em 1919, terminando-a apenas em 1924, no ano em que foi lançada. Estes detalhes não servem apenas para "encher linguiça": não se sabe em que ponto da narrativa o autor interrompeu seu trabalho, mas é nítido ao leitor a influência que a Primeira Guerra Mundial e suas resultantes ideologias trazem ao livro, que é carregado de uma imensidade de contemplações da sociedade (especialmente a alemã) naquele pós-guerra. Isso é claramente visível especialmente a partir da metade da obra, quando o autor insere um personagem misterioso que protagoniza dezenas de debates com Lodovico Settembrini, também paciente do sanatório e principal coadjuvante da história.

É Settembrini, aliás, quem inunda as páginas de A Montanha Mágica com as grandes e variadas reflexões que são a marca registrada da obra. Humanista, antibelicista, mas contraditório em várias ocasiões, ele desenvolve com os protagonistas diversas questões filosóficas, que assumem caráter de digressão, em relação à narrativa em si, mas que são capazes de engrandecer a mente de quem está lendo. Estes momentos são tão frequentes que o leitor acaba desistindo de marcá-los ou até mesmo tomar nota deles: todo o livro, do seu princípio ao fim, acaba narrando um processo de evolução moral e intelectual dos personagens e, principalmente, do leitor. E a gama de aspectos que conduzem a essa evolução é tão diversa que torna-se impossível detalha-la em sua plenitude.

A primeira temática que se desenvolve nesse contexto de aprimoramento interior é a do tempo. Em toda análise ou sinopse mais detalhada que se vê d'A Montanha Mágica, há uma associação especial entre essa unidade que mede o curso da vida e a narrativa. Mann não pretende estabelecer uma opinião definitiva, tampouco um conceito objetivo para algo tão subjetivo: sua técnica (neste e em todos os outros temas que vão surgindo) consiste em expor frontalmente duas opiniões, ambas com embasamento e sentido, e desse choque argumentativo, surgem infinitas formas do leitor entender e assimilar a questão. Voltando ao tempo, a história discorre sobre as diferentes percepções que ele possui para um mesmo indivíduo. Porque o tempo passa tão rápido e tão devagar, dependendo da atividade que está sendo desenvolvida no presente? O que faz o tempo, por exemplo, passar tão devagar quando se é criança, onde, num sentido mais prático e "brasileiro", o Natal parece não chegar nunca? Partindo para o próprio sentido da obra, porque o tempo passa em um ritmo muito diferente "lá em cima", no sanatório? O que é melhor, que o tempo passe rápido ou não? Todas essas questões são desenvolvidas com tamanha minúcia argumentativa que o leitor, certamente, terá uma profunda mudança na sua percepção de tempo após a leitura.

O humanismo, a corrente de pensamento que mais aparece na obra, é visto em todos os seus pormenores. É a partir de sua exposição que Mann desenvolve boa parte da carga filosófica que o livro trás. Partindo de uma definição simples para o tema (o homem como centro do mundo), o autor discorre sobre temas de ordem prática e muito atual até hoje, quase um século após o lançamento d'A Montanha Mágica. A pena de morte, os castigos a presidiários, a utilidade ou não da fé, a maçonaria e sua função humana, as enfermidades, cremação x sepultamento tradicional, doutrinas religiosas, a mediunidade... Uma resenha não seria capaz de comportar todas as nuances expostas pela obra. O mais relevante, contudo, é a forma bilateral com que esses temas são desenvolvidos, com várias argumentações diferentes. A pena de morte, por exemplo, é defendida com teses nas quais, possivelmente, quem é a favor jamais havia pensado; o mesmo ocorre com quem não é um entusiasta dessa prática. Estas exposições, na verdade, refletem bem o caráter da narrativa: um relato minucioso de como todas as coisas são, sob diferentes pontos de vista.

Tais complexidades tornam o livro bem exaustivo em vários pontos. Associado a isso, há o tamanho vultuoso de muitos capítulos, especialmente na segunda metade da história. Estas características tornam a leitura engessada em diversas ocasiões, mas o leitor não deve se preocupar. Segundo o próprio autor, em seu prefácio, o tempo deve ser a última preocupação de quem se aventura pelas entranhas de sua narrativa. Certo ou errado, útil ou inútil, as emoções despertadas em A Montanha Mágica farão com que o leitor, no mínimo, reflita sobre questões místicas aparentemente incompreensíveis. E se uma obra tem o poder de gerar a reflexão, deve ser valorizada como tal, já que um dos grandes sentidos da literatura é justamente este: um contínuo processo de conhecimento de si mesmo ou do ambiente em que o indivíduo se insere.

Nesse emaranhado de emoções, o leitor se espelha e, inconscientemente, acompanha a evolução moral de Hans Castorp, que aos poucos vai alterando a sua percepção a respeito da "planície". Todos precisam de um refúgio, um desligamento, mesmo que breve, do cotidiano e sua rotina, ocasião perfeita para reflexões íntimas que engrandecem, sob todos os aspectos. Como o protagonista na narrativa, somos todos enganados pela atmosfera lúdica e de outra realidade que é a vida em Berghof: tudo o que se acredita, em termos de tempo, doenças, religiões e mais uma imensidade de temas sofre enormes mutações, que a atmosfera do sanatório (que só pode ser sentida, e não descrita por quem lê a obra) provoca no íntimo de quem acompanha essa saga. A Montanha Mágica assume assim o viés de uma grande marreta, capaz de quebrar paradigmas e interiorizar abstrações: uma viagem em espiral pelo ato de refletir.
Nat 26/08/2017minha estante
Mais uma vez suas resenhas me fazendo sentir uma enorme vontade de ler o livro. Preciso começar a ler já! Resenha muito bem feita. Parabéns, Lucas.


Nat 26/08/2017minha estante
Imagino que você deve ter tido uma baita ressaca literária após ter lido está grande obra.


Nat 26/08/2017minha estante
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Lucas 26/08/2017minha estante
Nobre Nathália! Pois é, já tive ressacas maiores, mas foi inevitável ficar um tempinho sem chão, digamos, estupefato, como mencionei ali Kkkk. Muito obrigado por ter lido-a. :)


Geison 02/10/2017minha estante
Puxa, incrível! Estava com receio de ler o livro, mas agora com essa resenha perfeita vou começar hoje mesmo ! Parabéns !




spoiler visualizar
Sarah 22/11/2017minha estante
Adoro resenhas sinceras!


Fabiana.Amorim 06/05/2018minha estante
Hahahahaha Achei o máximo essa opinião! Nota-se que vc gostou do livro mas foi sincero quanto aos diálogos filosóficos de Settembrini. Eu me senti estúpida ali. Bem... Tua rrsenha até me deu vontade de ler A Montanha de novo. Eu adoro Vater H Mãe. Haha Vai que gosto de ser recompensada. Obrigada! Bjs




Lopes 17/11/2017

O mágico na montanha
Mann, em "a montanha mágica", expõe em diversas camadas, visíveis e invisíveis, a experiência humana como fonte do horror instalado pelas Grandes Guerras. Dificulta, através daquela fina camada sensorial da linguagem, nossas intenções, retira do leitor as ambições, não o deixando pronto para nada, apenas mostrando quais movimentos o romance apresenta. O homem como contrário de si, em seu ápice des-humanístico que deflagra um tédio e uma insana vontade de massacrar o outro para desflorar seus limites. É a partir da enfermidade e paixão - não só, mas isso aqui é apenas um comentário rasteiro -, que as dimensões carnais e espirituais são delineadas. Ao se contaminar de ambos, Hans Castorp vai aumentando suas experiências, aludindo sempre ao ritmo frenético daquilo que não se move. O ser e o nada aqui é totalmente distorcido ao nada do ser, pois ele deixa ser levado pelo ritmo de se ter algo para si. E por fim temos as dimensões tempo e espiritualidade, entrelaçadas de forma que alimentam e circundam o movimento central do romance. O tempo se torna o verdadeiro tratamento e terapia, enquanto à espiritualidade é reservada o cúmulo da vida, a razão de uma verdade da alma, a saudade de algo. As ações humanas como fonte de uma das mais verdadeiras vidas possíveis, a morte.
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Rosangela.Chaves 06/06/2022

O fim chegou tão depressa
Me contentaria com mais algumas centenas de folhas, uma explicação mais demorada ou uma sequência.
Esperava um encerramento, fosse qual fosse, mais uma história antes da derradeira virada de página.
Quantos meses passei imersa nestes anos de Hans. Sua vida documentada de maneira a tornar-se singular (como são todas), mas já fazia parte da minha. Já o queria bem, ou ao menos não o queria mal. Não tive tempo de tomá-lo para mim.
Queria um pouquinho mais, só isso...
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Pedro Igor 13/02/2018

Obra Prima. Uma pintura do realismo alemão em forma de palavras. Clássico eterno.
Hans Castorp é um jovem engenheiro, recém formado, que parte em uma viagem rumo a Davos nos Alpes Suíços para vistar seu primo, Joachim Ziemmsen, enfermo com tuberculose. O jovem de repente se ver em um contexto cercado de males e doenças porém o livro, como um quadro em óleo de um mestre do realismo, pinta perfeitamente valores como a bondade, a esperança e, principalmente, o reconforto a quem está sendo vencido pela dor. Com diálogos, muitas vezes encabeçados por Settembrini e seu rival Naphta (guardem esses nomes), incrívelmente detalhados onde a mente do leitor é acariciada com um oceano de aprendizagem e reflexões, onde o leitor imerge em um processo de autoconhecimento e conhecimento do ambiente em que o cerca.

Nos sete anos que o jovem Castrop passou no Sanatório Internacional de Berghof de Davos ele, em suas caminhadas pelas paragens alpinas que cercam o lugarejo suíço, aspirando-lhe o ar de champanhe, foi assediado pela oratória lógica, sedutora e veemente onde o humanismo é a corrente filosófica de pensamento por trás, ainda que intercalada pelas insuficiências pulmonares dos dois contendores, de Settembrini e Naphta. Naquela montanha mágica pareciam voar e sussurrar, como se fossem fantasmas de épocas diversas, os espíritos cultos de tempos remotos cujos ecos se misturavam com os do aqui e agora. Discorrendo sobre temas até hoje muito atuais. A pena de morte, os castigos a presidiários, a utilidade ou não da fé, a maçonaria e sua função humana, as enfermidades, cremação x sepultamento tradicional, doutrinas religiosas, a mediunidade... Thomas Mann de forma brilhante faz um relato minucioso de como todas as coisas são, sob diferentes pontos de vista.

Para vocês terem uma ideia do poder desse livro, saiba que em Davos, que é um lugarejo de luxo dos Alpes suíços, nos finais de janeiro de cada ano, personalidades, estadistas, políticos, pensadores e homens de letras do mundo inteiro, são convidados para livremente exporem suas ideias ali, o famoso Fórum Econômico Mundial. Seguramente a inspiração de tais encontros realizarem-se ali foi motivada pela tentativa de reproduzir o rico debate de idéias que permeou o livro de Thomas Mann.

O tempo deve ser a última preocupação de quem se aventura pelas entranhas de sua narrativa, pois não é uma história para ler em um dia, é uma história que deve ser suavemente apreciada em seus mínimos detalhes, como o autor mesmo aconselha em seu prefácio. O autor cria personagens e ambiente tão cativantes, dissecando a alma de cada um em descrições tão fabulosas e detalhadas que é impossível não reler o livro inúmeras vezes para ter contato com pessoas tão fantásticas. Não é atoa que o autor recebeu prêmio Nobel de 1929 por conta dessa obra de arte de primeira grandeza. Sei que ainda vou ler milhares (quem sabe milhões) de livros nessa vida, mas tenho certeza de uma coisa, esse é desde já o meu favorito em toda vida, é um execício pra alma, uma pintura em forma de palavras a ser apreciada e se maravilhar com cada detalhe dela a cada momento e descobrir novas facetas cada vez que bater o olho sobre.
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Fabíola 22/02/2018

A montanha mágica
O que dizer de um livro como esse?
Simplesmente uma obra- prima. Realmente é uma grande escalada, são 848 páginas que abordam inúmeros assuntos, em geral extremamente densos e filosóficos. Foram 6 meses com paradas e retornos.
Thomas Mann, traz conversas interessantíssimas entre seu personagem principal Hans Castorp e outros "hóspedes" do sanatório internacional Berghof em Davos, Suíça. Logo nas primeiras páginas, ele deixa bem claro a singeleza do seu quase herói...A história se passará num mundo antes da guerra , mas que será alcançado num determinado período.
"Narrá-la-emos pormenorizadamente, com exatidão e minúcia- pois desde quando a natureza cativante ou enfadonha de uma história depende do espaço ou do tempo que exige? Sem medo de sermos acusados de meticulosidade, inclinamo-nos, pelo contrário, a opinar que realmente interessante só aquilo que tem bases sólidas."
Assim é possível perceber que será uma história repleta de detalhes, e cada capítulo insere assuntos como: literatura, artes, música clássica, filosofia...
Dentre vários personagens cativantes como seu primo o jovem Ziemssen , que arrancou lágrimas minhas no capítulo: Como um soldado, como um valente, teremos durante esses aproximadamente 7 anos de montanha, outros como Clawdia , uma mulher intrigante para mim... sua vida entrelaçada com a de Hans trouxeram muitas análises ao meu ver. Não poderia deixar de citar o Sr Settembrini e Naphta, que desfecho incrível entre esses artistas da vida.
O capítulo que me fascinou foi O trovão, nele poderemos entender a teia da narrativa traçada pelo autor...sonhar junto com nosso quase herói, sentir como tudo começou e todas mudanças durante essa jornada.
Não tenha dúvidas de ler A montanha mágica, não coloque meta de tempo, pois qual seria a graça?!
Entrou para meus favoritos.
Oz 22/02/2018minha estante
Haaaja fôlego para subir essa montanha!


Dan 23/02/2018minha estante
Todo fala bem do Mann. Nunca ali nada dele, vc falando assim foi ansioso para lê-lo logo. O Carpeaux disse que ele é o último grande escritor realista e que a obra do Mann é o canto do cisne do Realismo.


Dan 23/02/2018minha estante
Todo mundo fala bem do Mann. Nunca ali nada dele, vc falando assim foi ansioso para lê-lo logo. O Carpeaux disse que ele é o último grande escritor realista e que a obra do Mann é o canto do cisne do Realismo.


Fabíola 23/02/2018minha estante
Jordan eu nunca tive contato com nenhum escritor do nível dele.Na minha humilde opinião melhor do que Dostoiévski.
É realmente fantástico. Outro escritor que chamou minha atenção nesse nível, mas de uma forma bem diferente foi Raduan Nassar.


Fabíola 23/02/2018minha estante
Oz como disse...em uma obra como essa o tempo tornar-se realmente subjetivo. Vale à pena ler.




Letuza 26/03/2020

Escalada difícil
Ufa! Foram 957 páginas em 90 dias. Um clássico da literatura mundial, o livro foi escrito pelo autor alemão Thomas Mann em 1924, e contribuiu para o Nobel do autor em 1929. Thomas Mann, filho de uma brasileira, decidiu escrever o romance durante a internação de sua esposa em Davos para tratamento da tuberculose.
A história narra sete anos da vida do engenheiro naval Hans Castorp, que vai visitar o primo Joachim, que está internado no sanatório Berghof tratando de uma tuberculose. O que Castorp não esperava é que lá se descobria doente também. O sanatório é um microcosmo da sociedade europeia da época, e abrigava pessoas de diferentes nacionalidades, idades, culturas. Lá Castorp passa a conviver com personagens incríveis, de uma complexidade imensa. São muitos, mas destacam-se, os ambíguos Sr Settembrini (maçom humanista) e o Sr Naphta (judeu jesuíta), Clawdia Chauchat, o Dr Behrens (diretor e doente) e o tenente Joachim (primo). Castorp apaixona-se pela russa Clawdia, que é casada, apesar do marido nunca aparecer, misteriosa e tem um comportamento um pouco desleixado que lembra uma antiga paixão de Hans.
A narrativa é extremamente detalhada e entra, muitas vezes, nas vidas dos personagens. A linguagem é rebuscada e nem sempre fácil, com parágrafos muito longos. Entretanto, as conversas entre Castorp, apelidado de ?filho enfermiço da vida? por Settembrini, com Naphta, Settembrini e Behrens são maravilhosas. O romance com Clawdia é mais platônico do que real, mas eles têm dois momentos de maior aproximação.
Castorp, durante sua internação, passa por fases e interesses diversos e inconstantes, amadurece e cria laços. Também perde muitos companheiros para a doença, inclusive seu primo. Depois de sete anos internado e com o início da Primeira Guerra Mundial, Castorp, que era paisano, decide voltar a planície e lutar.
O livro trata o tempo todo de dois temas básicos: o tempo, e sua relatividade e a morte, e seu significado.
Apesar de ser uma leitura difícil e, às vezes, cansativa, o livro é um clássico e a história é muito bem construída e bonita. Uma leitura de peso. #amoler #amontanhamagica #thomasmann #livros #leitura #vamosler #leiaclassicos
Luciana 21/04/2020minha estante
Tem spoiler na sua resenha.




Gleide 85 15/03/2023

Não e a toa que essa e uma das grandes obras desse autor! Torna se angustiante como o tempo atua com as personagens.
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Diego 22/10/2020

Um romance sobre uma época mas que consegue refletir atemporalidade. De todas as dualidades expostas nesse livro quero apontar apenas uma: passado x futuro. Olhando para esta maquete satírica também é possível ver o século 21? É um livro duro, daqueles que devem ser sentidos e que fala sobre a vida como ela é: simples. As crises são geradas por nós, seres humanos. Esta obra trata sobre hipocrisia? Existe um dosimêtro para o tempo melhor que um relógio? Quem somos e qual o nosso papel no mundo? Essas são algumas das perguntas que surgem ao decorrer desta leitura. Curta o processo, viva!
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Ebenézer 26/11/2020

Um livro desafiador
Enfim, concluí não sem muito esforço A Montanha Mágica, de Thomas Mann.
Obra longa, densa, complexa, hermética.
Vários níveis de leitura, muitas abstrações, filosofia na veia, cultura ampla e contexto tão vasto.
Muito difícil (extremamente) acompanhar com segurança o raciocínio fino e a lógica aguda do autor.
Chego, pois ao fim da leitura da Montanha com uma sensação de incapacidade intelectual atroz...
Todavia, diante dessa falta de inteligência, ergo a cabeça e sigo avante e confiante, me valendo do testemunho do autor Thomas Mann, que, em ?razão dos detalhes e densidade composicional? de sua obra, sugeriu de modo claro aos estudantes norte-americanos em Princeton, um procedimento ao apresentar o seu romance:
?Que devo dizer sobre o próprio livro e sobre como ele deve ser lido?
De início, uma exigência bastante arrogante, qual seja: a de que se deve lê-lo duas vezes. A quem conseguiu levar o Zauberberg uma vez até o fim, aconselho que o leia uma vez mais, pois a peculiaridade de seu feitio, seu caráter composicional, propicia que o prazer do leitor se eleve e se aprofunde, na segunda vez?
Portanto, vou me animar para a segunda leitura, ainda.

"...a quem conseguiu levar o Zauberberg uma vez até o fim..."??
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Renisson 20/07/2021

A Montanha Mágica que gostei bastante. No seu início estava gostando bastante, mas depois da uma caída no ritmo, dá-se até uma impressão que a história não sair do lugar.
Os personagens bem escritos, porém não me conectei com nenhum. E o ponto mais positivo foi o refino da escrita do autor THOMAS MANN, principalmente nos diálogos,
E outro ponto positivo apesar de ter reclamado no ritmo o sei final é mais fluído.
De um modo em geral foi uma boa leitura.
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Mylla 25/07/2021

Romance de formação sobre o jovem Hans Castorp que sobe a montanha para visitar o primo e durante sua estadia num sanatório, acaba conhecendo e lidando muitos personagens interessantíssimos.
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