A montanha mágica

A montanha mágica Thomas Mann




Resenhas - A Montanha Mágica


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Thiago.Calvet 03/09/2023

A montanha mágica
Uma leitura densa, mas um modo rico e agradável, cheio de diálogos filosóficos e provocantes, narra a história interessante de um personagem que se vê desviado de um modo inesperado do próprio caminho e mostra as voltas inesperadas que a vida pode dar. Vale muito a pena.
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Renatav 03/09/2023

O livro tem passagens incríveis, fantásticas, que por sinal deixei marcadas para não perder. Maaas, é bem denso e em vários momentos muito cansativo! Nunca tinha lido nada de Thomas Mann, então valeu a longa experiência, mas pensarei 2x antes de embarcar em um próximo livro do autor.
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GleLê 20/08/2023

Sob o abrigo de tragédias
A Montanha Mágica é um romance filosófico de formação, pois narra a transformação do jovem Hans Castorp descobrindo a verdade sobre si mesmo.

Hans Castorp é um engenheiro naval, que decide visitar seu primo Joachim Ziemssem, internado no sanatório Berghof com tuberculose. O romance se passa no início do século XX, durante anos de tensão que antecederam a Primeira Guerra Mundial.

Sanatórios era como se chamavam espécies de hospitais - pousadas especializadas no tratamento da tuberculose. Normalmente ficavam em lugares elevados, pois se acreditava que a cura da doença estava diretamente relacionada ao ar puro.

A visita programada para três semanas, se tornou sete anos, pois assim que chegou ao lugar adoeceu e ingressou naquele universo como paciente. Podemos dizer que Hans Castorp sai da “planície” para um plano mais elevado onde será transformado.

Em A Montanha Mágica, Thomas Mann nos mostra que certas percepções exigem um certo afastamento do cotidiano. Subir a montanha é uma metáfora utilizada para a tomada de consciência do personagem e do contexto da época em que Mann escreveu.

Não podemos esquecer que o autor escreveu as primeiras páginas da obra em 1912, paralisada para se dedicar ao tratamento da mulher, também com tuberculose; e retomada em 1919 já no final da Grande Guerra. Para finalmente ser concluída e publicada em 1926. Portanto, Mann sofreu influências dos anos de guerra para construir no enredo de A Montanha Mágica um microcosmo europeu, de forma que é justo considerar que:

"Seria, segundo ele [Mann], uma viagem à decadência; contudo, ele também a qualificou como a busca da ‘ideia do homem, o conceito de uma humanidade futura que vivenciou o mais profundo conhecimento da doença e da morte’...
BRADBURY, Malcolm. O mundo moderno: dez grandes escritores. Trad. Paulo H. Brito. São Paulo: Companhia das Letras, 1989; p.110.

Cada personagem representa simbolicamente ideologias e tendências da época. É muito mais interessante observarmos os diálogos partindo desta consciência.

Leo Naphta, professor de línguas e marxista, representa o que Mann considerava obscurantismo autoritário do comunismo. Ao passo que Lodovico Settembrini, intelectual era a personificação do otimismo humanista. Os médicos do Berghof, como Edhin Krokowski e Hofrat Behrens trazem nas suas personalidades e falas a psicanálise e o cientificismo para o debate. Joachim Ziemssem, primo doente de Hans, jovem ativo e inconformado com a condição estática deseja descer à planície para servir ao exército. Joachim é o próprio militarismo.

Ao se afastar da planície, Castorp pôde gozar da liberdade da vida normal através da sensação de acolhimento e romantização da doença vivenciadas por todos ali. Os hóspedes de Berghof desligam-se do tempo, da carreira e da família ao mesmo tempo que são atraídos pela doença, pela introspecção e pela morte. Nesta jornada, Hans amadurece ao entrar em contato com a política, arte, cultura, religião, amor e filosofia e pode refletir sobre as fragilidades humanas e subjetividade do tempo.
O tempo é elemento fundamental na obra, ele reflete sua forma e tema.
Apesar de ordenada cronologicamente, a narrativa desacelera e acelera intencionalmente para denotar pela forma a monotonia daquele cotidiano. Esta assimetria temporal também corresponde à noção distorcida do próprio Hans quanto à passagem do tempo, assim como a mágica da montanha.
Para termos uma ideia de como a forma reflete o tema na obra, o primeiro dia de Castorp no sanatório é contado em nada menos que 180 páginas! Uma forma encontrada por Mann para anunciar que a dimensão psicológica do tempo prevalecerá ao longo da obra.
Lá, o tempo não passa. Não se tem nada para fazer além das cinco refeições, o descanso entre elas, a verificação da temperatura e o repouso na horizontal como descrito pelos médicos.
Esta parte do livro me trouxe à memória os meses de isolamento social devido a pandemia de COVID. Tal como Hans, assumimos uma rotina naturalmente monótona. O quanto de liberdade egoísta sentimos no nosso íntimo ao não poder fazer nada além do que já se fazia, que era estar onde estávamos? A liberdade na inércia, a desobrigação de ser algo foi o sentimento que muito de nós compartilhamos em nosso íntimo com Hans Castop.

A Montanha Mágica me levou a este lugar, e apesar de ser uma obra datada ela esboça o comportamento do homem diante das pressões sociais e as formas mais assombrosas que ele encontra de gozar a liberdade sem ter que investir tempo para isso; a liberdade do acometimento.
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Mi.onofre 07/08/2023

Difícil mas muito bom
Ficar nessa montanha foi longo, foi até um pouco penoso em alguns momentos, mas no final fica uma sensação de perda, ao percebermos que a nossa estadia na montanha acabou.
Porque é assim que acontece, nós nos sentimos na montanha, moramos nela e talvez nem desejamos sair de lá.
Uma leitura difícil, mas muito prazerosa.
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Vinicius.Teixeira 01/08/2023

A Montanha Mágica
Definitivamente um livro muito bom. Acredito que esteja além do meu nível de leitura para aprecia-lo completamente, porém foi uma leitura muito interessante, porém desafiadora em certos momentos.
Um dos melhores livros que já li, porém só consegui perceber isso após algumas resenhas e vídeos de comentários sobre a obra.
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Alef Johny 07/07/2023

Não é Para Qualquer Um!
Depois de três meses finalizei essa história magnífica. Com certeza foi uma das melhores experiências literárias que tive! Valeu cada momento! Devo admitir que não foi tão simples assim pois esse livro trás uma narrativa com uma linguagem mais complexa e um altíssimo nível de detalhes. Sem contar que a história não só nos propicia diversos momentos de debates acerca de diversos temas, como também faz parte da essência dela. Debates filosóficos acerca da vida, da morte, do amor, do espírito, enfim, de política... Para discorrer sobre essa história é preciso uma maturidade para lidar com todos esses aspectos que acabam por tornar essa narrativa tão complexa; maturidade essa que eu não possuía há alguns anos atras quando tentei lê-lo pela primeira vez.
A dica que deixo para os que estão para ler essa obra prima é de não ter pressa para terminá-lo, até porque você irá descobrir que o que torna essa experiência maravilhosa, é justamente aproveitar cada momento.

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Tamira 05/06/2023

Um dos melhores livros que li. Foi delicioso ser uma das pacientes na montanha e ter Hans Castorp durante todo esse mergulho filosófico.
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Nietzsche2 04/06/2023

A montanha nem tão mágica
Lido finalmente ?A Montanha Mágica? de Thomas Mann.

Hans Castorp é um jovem que decide visitar seu primo em um sanatório internacional para tuberculose. Inicialmente seu objetivo era passar apenas três semanas, porém as várias coisas desse local o fará mudar de ideia e de vida.

Comprei a Montanha Mágica em 2020, mas deixei pra fazer a leitura depois e fui adiando. Até que finalmente decidi que já estava na hora. Porém já não sei se o momento era esse?

Com mais de 800 páginas a história se desenrola no seu próprio ritmo. A base do livro é sobre o Tempo, tudo é extremamente descritivo, extenso e monótono.
Aos poucos vai sendo apresentados os personagens e dentro deles tem um que me foi o mais insuportável, sr. Settembrini, personagem que traz toda a questão filosófica da obra. Quando ele aparecia em cena eu já revira os olhos porquê sabia que iria vir várias páginas de conversas com pensamentos que não levavam a nada.

Aqui temos bastantes divagações, onde inúmeras páginas adere a temas existenciais de forma até um pouco complicadas de entender. Tem uma digressão de BIOLOGIA que é surreal de tão chato.

Tenho consciência que o Thomas Mann tinha controle total do que estava escrevendo e de como queria que tudo fosse contato. É notável que todo custoso é proposital, porém isso não me quis dizer que foi interessante, na verdade apenas me foi desgastante.

Eu amei o Hans, peguei um carinho por esse personagem e até queria mais dele, entretanto parece que aos poucos o próprio personagem vai se apagando e se perdendo nessa coisa do meditar, da viagem moral, das religiões e consultas..

De fato existe momentos super interessantes, ocasiões que são um deleite de ler. Porém passado as 500 páginas eu senti um cansaço enorme, já estava fadado de tudo aquilo. Acabou que me obriguei a terminar a leitura como um dever. Pensei seriamente em abandonar.

E quanto mais avançava mais arrastado ficava.. não acabava nunca!
Considero um dos livros mais desafiadores que li, não pela escrita, que chegar até ser tranquila. Mas por ser super arrastado, enfadonho e conter diversas conversas prolixas tornando a conclusão da leitura um penar.

E ?Honey, tipo assim?, não tem nada tão diferenciador a ponto de precisar ser tão grande, no final a mensagem poderia ter sido dada com menos páginas.
Não devo ter entendido as muitas referências do livro à várias obras de clássicos, de músicas e de filósofos. Caso tivesse entendido poderia ter sido sim uma leitura mais confortável e prazerosa, mas duvido muito que teria acrescentado algo de ?volúpia? e inovador que teria me dado um resultado uma grande diferença.
No fim, a mágica da montanha era sobre o leitor conseguir terminar de ler tudo isso.

Razoável.
Nai 25/07/2023minha estante
Fiquei chocada pois essa resenha poderia ter sido escrita por mim!
Concordo em TUDO. Inclusive eu revirava os olhos quando aparecia Settembrini ou Naphta.
Amante dos clássicos que sou, fiquei triste por não ter gostado desse. E olha que sou Bióloga com especialização em História e Filosofia da Ciência (GRITO). Comentei desse capítulo de Bio para meu marido, justamente pois foi uma digressão muito aprofundada. Jesus.




Deeh 25/05/2023

Eu não esperava que fosse assim.
Achei difícil e desafiador, mas isso me animou.
A história em si é permeada de um contexto histórico e filosófico que culmina num fim perfeito.

Estou pronta para uma releitura, mas depois que amadurecer um pouco mais as ideias e agregar um pouco mais de conhecimento.
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Matheus.Ferrari1 23/05/2023

A vida é pra ser celebrada da melhor forma
Já havia tentado ler esse livro antes e abandonei, não era o momento pra encarar essa escalada até o sanatório e também, talvez menos ainda, encarar uma montanha de conhecimentos filosóficos, humanos, políticos. Na montanha pude perceber (porque sim, eu também estive lá nesse tempo todo) que a vida e o tempo que você tem pra desfrutá-la são tão relativos que demanda certa seriedade a ponto de usufruir da melhor forma esse presente que nos é dado todos os dias.
Vários personagens marcantes cruzaram o caminho do nosso "herói" Hans Castorp e o nosso próprio caminho, afinal considero Settembrini, Naphta, madame Chauchat, entre outros, como parte da minha convivência e do conhecimento que obtive no sanatório.
E lembrem-se: o amor sempre vem até nós com o estrondo de uma porta batida.
Nayany 23/05/2023minha estante
Procurando a coragem para iniciar essa jornada. ?


Matheus.Ferrari1 23/05/2023minha estante
Realmente pra iniciar precisa de bastante coragem hahaha. Mas depois de um tempo vai ficando mais fácil, e vale a pena, porque os assuntos são tão atuais que parece que o livro foi escrito recentemente




JanaAna90 07/05/2023

Meu Olhar da Montanha Mágica
Não tenho a pretensão, e nem seria capaz, de reproduzir ou chegar perto da grandiosidade dessa obra e o quanto a leitura desses diversos temas repercutiu em mim. Desejo, simplesmente, conseguir despertar em alguns o interesse ou a mera curiosidade, assim como me vi outrora, de forma despretensiosa iniciar a longa subida da Montanha Mágica.
No começo da subida e já mirando o topo, me deparo com um trecho, do qual ri muito: "...Não lhe bastarão para isso os sete dias de uma semana, tampouco serão sete meses, apenas. melhor será que ele desista de computar o tempo que decorrerá sobre a Terra enquanto essa tarefa o mantiver enredado." Pensando comigo que findaria essa leitura em uma semana (aproveitando um feriadão. rs).
A demora não foi porque a leitura não era prazerosa ou enfadonha, e sim porque Mann nos propõe ao longo da sua escrita e descrição do ambiente, uma imersão nesse universo construído para que a mágica acontece em nós a medida que o narrador vai tecendo sua rede e nos enredando lentamente.
O personagem principal, o jovem Hans, nos é apresentado de forma minuciosa e trágica, pois se trata de um jovem que fica órfão de pai e mãe muito cedo e que é criado por seu avô que também morre e depois vai visitar um primo, num sanatório para tuberculosos, e lá descobre que também está doente. Uma história vivida por muitas crianças porém, sob o olhar do autor toma uma proporção grandiosa, rica de aprendizados, risos, amizades, amores e todos os elementos para prender nossa atenção do começo ao fim.
Por que é considerado por muitos uma leitura densa e difícil? Porque Mann nos coloca em contato com vários temas ao longo dessa história, que vão desde doenças, fisiologia do corpo, morte e vida, música, arte, amor e o seu ponto central Tempo. As discussões em torno dos temas acontecem sempre entre Settembrini e Naphta objetivando instruir e conduzir ao conhecimento o jovem Hans. O que ao meu ver, as conversas são sempre instigante, curiosa e muitas vezes engraçadas. Até nos momentos em que não conseguia entender o que estava acontecendo na conversa ou que a conversa me soava um tanto doida, ainda assim não me senti cansada ou entediada com a leitura.
Para mim o que começou como algo macabro, sim macabro, porque um jovem vai visitar um primo num sanatório e fica por lá "preso" durante muito tempo, só pode ser macabro; mas enfim, a medida que o narrador sutilmente vai nos ambientando nesse espaço, tecendo sua teia, nos enredando com seu "canto de sereia", o Tempo (o famigerado tempo humano) vai se esvaindo e nem nos damos conta da passagem desse tempo, quando vi já chegava no limiar do rito de passagem, quando me dei conta, esse narrador cruel, nos mostra a sua mágica, nos faz compreender o significado dessa Montanha Mágica, aí já não somos o mesmo, como o jovem Hans, que já não conhece a si mesmo, o véu foi rasgado e não tem mais volta.
E ao final, novamente o autor nos coloca como detentores dessa mágica, nos responsabiliza, como se dissesse você é capaz de seguir a partir daqui e nos surpreende com a difícil decisão do final. E agora entendo quando em uma fala de Mann ele diz que quem não entendeu seu livro deve ler de novo e de novo e de novo, quantas vezes forem preciso que certamente compreenderá. E eu como simples mortal e consciente que sou da minha pequenez, só tenho a dizer que foi a primeira escalada para conhecer o terreno, certamente retornarei outras vezes a essa bela, magica e linda MONTANHA.
E assim concluo dizendo que por essa Montanha Mágica, Thomas Mann, arrebatou meu coração e minha atenção, a partir de agora leio tudo que tiver desse homem. E quem duvidar que se lance para essa subida.
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Joao.Alessandre 07/04/2023

Casamento feliz
"Casei com esse livro" esta afirmação certamente sumariza bem a experiência dessa longa leitura. Denso, grandioso, salpicado de momentos hilários e passagens filosóficas complexas.  Escalar essa montanha nos absorve de diversas formas - ar rarefeito, frio glacial, isolamento e estratégias terapêuticas arcaicas permeiam toda a obra. Com o fluir somos cooptados por personagens notáveis como o protagonista Hans representante típico da juventude burguesa do início do século, seu primo Joachim autêntico exemplo de uma suposta retidão de caráter e resiliência militar, os "pedagogos" Settembrini e Naphta, a efusiva Madame Chauchat, o gigantesco (em muitos sentidos...) Peperkorn além dos médicos (ah estes médicos!). O tempo e sua administração como elemento base do texto amalgamado a uma sucessão de eventos insólitos sequestra o leitor. Impressiona muito a erudição e profundidade das múltiplas questões trabalhadas, sendo o processo evolutivo intelectual de Hans brilhantemente desenvolvido. Claramente percebemos a metamorfose de um jovem com cognitivo limitado em um indivíduo preocupado com grandes temas do seu tempo.
Honestamente o sentimento de pequenez me abalroou em diversos momentos no transcurso do livro ante a magnificência da Montanha Mágica. Contudo a conclusão da leitura traz aquela explosão catártica característica das grandes manifestações artísticas. Sim foi uma convivência prolongada e um casamento feliz.
Suzanie 07/04/2023minha estante
Show a resenha ??????


Joao.Alessandre 07/04/2023minha estante
Obrigado Suzanie! Depois quero ver suas impressões finais ?




Olavof 31/03/2023

Um desafio
Depois de mais de dois meses consegui chegar no topo dessa montanha mágica. Um grande clássico que vale a pena ser lido.
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