Bartleby, o escriturário

Bartleby, o escriturário Herman Melville




Resenhas - Bartleby, o escriturário


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Marina 27/12/2022

Eu comprei esse livro somente por causa do projeto gráfico da cosac naify (que agora é reproduzido pela ubu), mas ele passou anos na estante porque eu tinha pena de descosturar a capa e rasgar as folhas para ler a história. Talvez todos esses anos de espera me fizeram ter uma expectativa alta e confesso que não me encantei. Lendo as resenhas percebo que existem várias interpretações, que o conto é bem rico, mas numa primeira leitura, sem muito material de apoio, achei apenas ok.
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Gu Henri 31/01/2018

A grande audácia de Bartleby é ser audacioso em rejeitar qualquer audacidade. Não fazer, não ser, não querer, não se importar; é isto que ele prefere. É aí que reside todo o questionamento da existência de Bartleby. Entre o "ser ou não ser" ele preferiu o "não ser". O não agir, talvez porque o agir fosse em vão, talvez fosse sem sentido, e o não agir traria a ele sentido à vida e à sua existência.

A melancolia da obra é angustiante, tentamos página após página encontrar essa motivação de Bartleby, porém neste nosso intento háverá apenas especulações, como em toda grande obra. Bartleby é o ponto culminante da indagação de um mundo que é regido pelo capitalismo e, que tem como Wall Street a Meca do capitalismo.

A grande questão que norteou o mundo moderno desde La Boétie; o obedecer.

Agir sem pensar, como mera engrenagem da máquina burocrática, talvez seja, o não existir.

Temos consciência da nossa existência quando sabemos que existimos no mundo. A consciência é determinante. O COGITO ERGO SUN de Déscartes na entrada da modernidade já confirmara isso. Se se pensa, logo temos consciência desse nosso existir no mundo. Ao adquirirmos esta consciência, também devemos lembrar da servidão (obediência) de que La Boétie se indaga.

Não basta existir e ter consciência disto, é também necessário agir com consciência. Ao executarmos ações impostas não somos nós mesmos, somos o desejo de outrem. Para Bartleby; ser consciente da existência é também ser consciente que se obedece. Saber que não se é livre, pois que obedece, e que a recusa de obedecer trará sérios problemas à existência.

Bartleby toma consciência do que significava sua vida. A mera aceitação de cumprir ordens, um organismo programado para agir segundo a vontade que não é sua. E assim o fez, até se cansar, por perceber através de sua consciência que, sua existência fora em vão, seu existir fora sem sentido. Esse obedecer o fez viver de um tal modo que anulou o sentido real de sua existência, anulou a sua vida, anulou sua liberdade para agir de acordo com a sua vontade e consciência, trouxe a ele uma vida sem significado, sem qualquer sentido naquilo que exercera anteriormente. Não bastou existir e pensar nesta existência, era preciso ir além, era preciso desobedecer para romper e dar sentido ao existir. No caso, quando se percebe como foi gasto a existência uma atitude extrema se cria. Podemos traçar um paralelo com Ivan Ilitch, que no leito de morte vira que sua vida fora uma farsa, uma vida vivida para meras convenções, e de acordo com elas se encenar o papel.

Quando se obedece sem se questionar acerca das coisas nós nos tornamos peças de uma máquina que nos aprisiona, somos movidos por outras peças, e estas outras peças são movidas por outras, até algumas, devido a exaustão, serem substituídas por outras e, ainda assim, continuar a máquina a trabalhar sem parar, o ciclo nunca é interferido. E a máquina e todas as peças trabalham, mas, já não se sabe mais para quem ou pra quê. Qual o sentido? Como romper com esse ciclo vicioso?

Somente se existe quando há sentido nesta existência. Só se existe quando as vontades e a ação provém da consciência. Ao perceber nossa existência, devemos dar plenitude para que haja um sentido, somente há o caminho da desobediência para se chegar ao existir, o outro caminho, o da servidão, nos leva apenas a sermos peças. Ao homem foi dada a faculdade da consciência, é pela razão que sabemos que existimos, e é pela razão que também damos conta que podemos desobedecer, pois, não há maior falta de consciência do que o agir sem significado.
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Aldemir2 09/03/2023

The Office do século XIX
Uma história engraça que se passa em um escritório, um chefe estranho e funcionários peculiares, seria The Office? Dessa vez não!

Bartleby, o escrevente: Um história de Wall Street é um dos contos mais famoso de Herman Melville, mesmo autor do clássico Moby Dick. Trazendo uma história absurda, confusa e engraçada quando deixamos de lado as partes trágicas, esse é um conto que por mais simples que seja o seu plot (Bartleby, o escrevente em um escritório de Wall Street, um dia decide que prefere não mais trabalhar), te faz pensar e querer buscar uma explicação para o que diabos estava acontecendo na história. A resenha completa e falando um pouco também sobre o absurdismo, corrente filosófica apresentada por Albert Camus no século XX, mas que já era presente na literatura desde quase um século antes, você pode conferir no blog, link abaixo.

site: https://lendocomogilmore.blogspot.com/2023/03/bartleby-o-escrevente-herman-melville.html
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Nandara.Secco 13/01/2022

12 - O menor livro que eu encontrar
Para o Desafio Livrada! De 2022, na categoria 12, "o menor livro que você encontrar", escolhi Bartleby, o escrivão.

Muitas são as emoções e sentimentos a respeito dessa leitura, mas "eu acho melhor" não escrevê-las aqui, sob pena de cometer equívocos.
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 18/04/2018

A história que Melville nos conta é de um certo escriturário chamado Bartleby, que bate na porta do escritório de um advogado, para assumir uma vaga de emprego que estava sendo ofertada.

De início ele executava suas tarefas com rapidez, até que decide não mais fazer nada
"Prefiro não fazer"
"Prefiro não responder"
"Prefiro não ir"
Eram essas as frases que ele tinha na ponta da língua ao ser requisitado pelo patrão.

O texto é curtinho e rápido, mas pode nos suscitar grandes reflexões. O que teria levado o escriturário a agir daquela forma? Estaria ele louco ou revoltado agindo contra o sistema?

Bartleby nos faz pensar nos trabalhos pelos quais já tivemos que passar, alguns com uma rotina estressante e enfadonha, com ambiente insalubre, com pressão...

E qual o sentido? Pagar as contas e sobreviver? Não fosse trágico seria bem cômico.
Marcos 20/04/2018minha estante
Maravilha de resenha, parabéns!


Aline Teodosio @leituras.da.aline 20/04/2018minha estante
Obrigada! =)




naotemlogin 07/06/2024

O que dizer sobre Bartleby, o escrivão? Eu poderia começar dizendo que é um texto sobre a inércia causada pela depressão ou uma passiva obstinação do um homem que decide se voltar contra as estruturas capitalistas que regem o mundo. Igualmente, eu poderia escrever uma longa e exaustiva resenha sobre a genialidade de Herman Melville como escritor e a sua habilidade em criar personagens obsessivos seja na inércia ou, do mesmo modo e com a mesma força, na ação. Mas, seguirei o exemplo de Bartleby? ?Prefiro não?.
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Letícia 12/05/2020

Melhor não
Essa não é uma história de grandes acontecimentos, na verdade, ela narra um pouco a cena burocrática dos escritórios de direito nos Estados Unidos do século XIX, que dependiam de intenso trabalho manual.
Por vezes, a história assume um tom cômico. Em outras, faz uma análise profunda da personalidade de cada personagem. Em outras ainda, mostra como nos deixamos influenciar pela opinião de nossos pares. Entretanto, Bartleby é uma figura enigmática, calada e que se torna completamente apática no decorrer do livro.
Enfim, eu gostei do livro por conta desses pontos de vista, o final fica em aberto e eu pude refletir bastante sobre a não-reação de Bartleby. Conto um pouco sobre isso na resenha do blog!

site: https://desafiolivrospelomundo.wordpress.com/2020/05/09/bartleby-o-escriturario/
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Carrara 24/05/2020

Uma novela que te deixa curioso e prende do início ao fim. Li em uma manhã, a qualidade é excepcional. A solidão e as excentricidades de Bartleby são comoventes.
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maria laura 24/05/2020

esse é o livro mais engraçado que já li na vida, não sei se algum dia vou ler algo mais engraçado que isso, é hilário
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boemillys 03/07/2020

Eu preferia não fazê-lo...
Instigante e ao mesmo tempo comovente. O Bertleby é uma figura singular, só me incomoda que o livro seja tão curtindo... Recomendo
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Victória 20/01/2023

Somos todos Bartleby
Esse conto é citado no "Sociedade do Cansaço" e acho muito legal ler eles como complementares.

Apesar de ocorrer debates sobre o que Bartleby representa, pra mim foi muito uma crítica ao corporativismo e ao trabalho capitalista em si. Acho que Hellman ia ficar intrigado de assistir a série Ruptura hoje em dia.
A narrativa é bem simples e clara, e essa edição da Autêntica é bem boa.
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BanjoCore 16/09/2020

Ahhhhhhhh
Que ódio, pqp!!! Hahahahahaha

Sou um leitor/ouvinte medíocre, sim eu sei!

A história te prende, intriga, instiga, vc se apega, fica com raiva, pensativo, e no final...
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Luiz.Goulart 15/09/2021

“Eu preferia não fazê-lo.” Bartleby
O segundo livro que li de Herman Melville após vencer o calhamaço que foi Moby Dick. Trata-se de um quase conto e é mais leve e acessível, com humor, inclusive. A história de um advogado do século XIX que contrata um novo copista. E entra Bartleby em cena. O personagem é tão marcante que fascina até hoje leitores e críticos e filósofos contemporâneos como Gilles Deleuze e Jacques Derrida escreveram textos sobre ele.
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Marcelo217 31/10/2020

Incômodo
Pelo fato de ficar tão incomodado com o personagem e a história, fiz a leitura rápida até o final, sem rodeios.
Por ser um desses "aclamados", não sei se entendi como se deveria, mas acredito que Bartleby representa uma forma de resistência à sociedade da época. Requer muita coragem ir contra a corrente, talvez se existissem mais atitudes como essa das pessoas em preferir não fazer algo, o ser humano chegaria a plenitude, mas, observando a sociedade, o "preferir não fazer" é um luxo que infelizmente o mundo não dispõe àqueles que tem a coragem de ir contra a sistemática em geral.
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