Rose 12/02/2012Sinceramente não sei porque este livro tem este título, mas também não sei que outro título poderia dar. Quando comecei a ler o livro, imagina outra história, bem diferente do que foi se desenrolando na minha frente. Vejam só, não é que o livro seja ruim, tanto que conforme fui lendo, ia me questionando, questionando os personagens, suas atitudes, ou a falta delas. O livro é envolvente, você quer ver onde tudo vai terminar, saber o que vai acontecer. Ele te segura e te faz pensar, e eu gosto disso. Confesso que terminei o livro querendo bater no casal principal Ben e Sara, e esta sensação me acompanhou durante a leitura, mas este é justamente o charme do livro. Ficaram confusos? Explico melhor, saber aquele vilão de novela que você quer ver se lascar por contas das maldades feitas? Então, isso não quer dizes que o ator está bem no papel? Vendendo o peixe? Pois é, Ben e Sara são personagens bem humanos, cheios de defeitos e qualidades, igual a qualquer um de nós e por conta disso, ao mesmo tempo que você entende as atitudes, você quer também que eles "tomem jeito".
Um Mundo Brilhante conta a história de um casal de noivos, Ben e Sara, que moram em Flagstaff. Ele é Phd. em História e ela é enfermeira. Ambos já estavam com problemas no relacionamento, que só piorou depois de Ben encontrou Ricky Begay, um índio navarro, morto em frente a sua casa. Ele ficou meio obcecado pela morte de Ricky, principalmente depois que conheceu a irmã dele Shandi Begay. Querendo que a justiça seja feita, ele decide investigar por conta própria a história. Quanto mais ele investiga e se envolve no caso, mais ele começa a se questionar, a questionar a própria vida e suas próprias atitudes. E é aí que eu digo que muitas vezes queria bater nele, afinal mesmo percebendo seus erros, quais eram os problemas a serem resolvidos e até como resolvê-los, ele não fazia nada o que realmente precisava para fazer ou resolver. Era mais ou menos como varrer a poeira para debaixo do tapete.
Sara apesar de não saber da invetigação feita por Ben, também não fazia nada para mudar o relacionamento deles, muitas vezes achei que era capricho dela manter o noivado, ou seguir em frente rumo ao casamento. Um tipo de chantagem emocioanal ou coisa parecida, e isso me deixava doida da vida.
Com a investigação se aprofundando e o caso se esclarecendo, a vida dos envolvidos começa a correr perigo, e cada passo dado, cada decisão tomada afeta não só quem a tomou, mas também aqueles que estão a seu redor. Assim como na vida real, o livro nos mostra que cada um tem seu livre arbítrio, mas que ele muitas vezes depende de outras pessoas ou de outros fatos, e que mesmo sendo uma decisão pessoal de cada um, cada passo dados afeta a vida de várias pessoas, mesmo que indiretamente, e assim sucessivamente.
Com sentimentos contraditórios em relação aos personagens, gostei da atitude de Ben em lutar por justiça pela morte de um rapaz que ele nem mesmo conhecia além do nome. Mas detestei cada vez que ele voltava ou dava voltas para não tomar uma atitude que mudaria sua vida. Detestei as atitudes que Sara tinha para manipular a vida de Ben, mas fiquei muito triste com o que lhe aconteceu. Com uma história que envolve perdas, amores mal resolvidos, mentiras, e tudo que uma vida pode conter, você se vê envolvido em cada página a procura de uma solução para todos, ou quem sabe de uma reviravolta que parece não vai acontecer nunca. De tudo que eu posso falar sobre o livro e mostrar para vocês, só sinto não deixar claro o quanto a capa é linda com seu brilho real, isso, assim como a história, só pegando para ver.