O Crime do Padre Amaro

O Crime do Padre Amaro Eça de Queiroz




Resenhas - O Crime do Padre Amaro


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Jéssica Berton 24/06/2021

Muito bom
Apesar de ser um clássico, bem lento e interminável, é um livro muito instigante que me fez devorar, me surpreendi comigo mesma, achei que não ia gostar, pois tinha abandonado 2 vezes no começo da narrativa, mas não desisti e por fim acabei curtindo muito a leitura.

É um romance bem polêmico, sensual, com muitas críticas pertinentes a religiosidade, bem como a hipocrisia e corrupção dos membros do clero e também reflexões sobre a quebra do celibato. Nessa época, percebe-se o quanto os homens cometiam crimes e absolutamente nada acontecia nenhuma sanção a ser imposta, já no caso das mulheres, uma traição que seja eram severamente punidas, tendo uma vida desgraçada, ou seja, muito injusto e cruel.

Muito interessante para quem quer conhecer a cultura da época, a interferência da igreja na sociedade, isto é, tem muito conteúdo a se debater até mesmo relacionamento tóxico e abusivo. Uma ressalva, não recomendo para quem é católico(a) muito apegado a religião, talvez vai se sentir ofendido(a).
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ju 30/05/2021

Eça foi bastante descritivo nesse livro, mas a forma como caracterizou todos os personagens e as suas representações foi impecável.

Conseguiu aprofundar cada personalidade da trama.
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Thai 24/05/2021

Cansativo, mas interessante
Lendo esse clássico só conseguia pensar: se pra uma pessoa lendo em 2021 foi chocante, imagina na época em que foi publicado (1875). A leitura não é tão fácil, com passagens em latim e expressões do português de Portugal, apesar disso a história não tem tanta enrolação. O que mais me fascinou foi a clara ironia e contradições dos personagens (padres que prezavam pela boa conduta dos fiéis e pecavam), e também as discussões entre alguns deles, como o médico e o abade. Acho que a leitura vale a pena se você gostar desse tipo de livro, senão acaba sendo cansativo.
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Bellelimac 09/05/2021

Do infanto juvenil ao texto integral
Este foi o último que li. Foi uma releitura na verdade, na qual pude me re-apaixonar por essa história.

Esse exemplar que tenho é uma adaptação infanto juvenil, e por isso alguns trechos da história não são tão bem detalhados. Mas me serviu muito bem na adolescência pra me introduzir a obra do Eça de Queiros.

Hoje, procuro pela a versão de texto na íntegra, com linguagem acessível e tradução de qualidade. Aceito recomendações de edições.
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kiki.marino 05/05/2021

Padre Amaro,o obediente, o prudente,de bons costumes, assim é descrito por outro religioso (também de fé e moral dúbia)

Esta é a sua estória de criança órfã, forçado ao sacerdócio pela madrinha marquesa, da convivência com mulheres carolas,indolentes e vaidosas, de luxúria e fraquezas da carne, embate entre a razão e a fé, no qual sempre vence o seu lado de homem egoísta ,indolente,passivo.

Se em A Cidade e as serras, Eça de Queiroz usa da ironia fina, com até momentos cômicos, aqui vemos o oposto:sarcasmo ácido sobre como alguns religiosos usam a fé e sua autoridade eclesiástica pra conduzir a vida politica moral e social das pessoas ,assim como também para seus desejos pessoais. De pessoas beatas e pecadoras,de hipócritas e fariseus.

Essa não é uma história de amor, assim como Amaro e Amélia não são mocinhos vivendo um amor proibido e apaixonado, é puro ardor ,paixão,fogo no rabo, reprimida da juventude.

Mas é lógico que irá punir a mulher do qual também a religião cristã (seja qual for), é opressora e cabresto do comportamento feminino .

Temos também o contratoponto na figura do abade Ferrão e do leal João Eduardo, figuras solitarias no embate contra o poder religioso maléfico destes outros.

Eça de Queiroz também não iria deixar de alfinetar e criticar o conservadorismo e ilusões de grandiosidade da burguesia portuguesa, que em meio ao lamaçal se orgulha de possuir pérolas.

Amaro vai carregar sua cruz em silêncio...
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Marina 03/05/2021

Realismo crítico
O livro se passa no período de 1860-1870 em Portugal, e trata da história do Padre Amaro, um homem jovem que se tornou padre, apesar da ausência de vocação, por influência de uma marquesa que o tomou sob sua proteção após a morte de seus pais.

A história começa com ele se mudando para a província de Leiria, na qual somos apresentados aos homens do clero e às mulheres beatas da região.

Os primeiros capítulos são um tanto monótonos, e focam na apresentação desse meio e do dia a dia marcado por hipocrisias, tédio e fanatismo religioso dos personagens.

A situação começa a mudar quando vemos que existe uma forte tensão sexual entre Amaro e Amélia, filha da beata Senhora Joaneira que está hospedando o padre Amaro.

Daí pra frente, o enredo se desenrola em torno do relacionamento dos dois, com partes mais lentas e outras mais interessantes.

O principal do livro, no entanto, são as discussões paralelas acerca do momento pelo qual passava o país e a Europa. A mensagem principal é uma grande crítica ao moralismo clerical hipócrita e à decadência da sociedade portuguesa. Ela entremeia diversas passagens do texto, em especial através de ironias.

Os poucos personagens de bom caráter da obra são aqueles que de certa forma escapam a essa estrutura, dentre eles um médico ateu, o abade honesto e moderado, o sineiro e a sua filha deficientes, e até certo ponto Dionísia, empregada do padre Amaro.
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Carol 11/04/2021

O Maior boy lixo da literatura Mundial!
Uma leitura impactante, que expõem todo o lado sinistro e misógino da Igreja Católica, a hipocrisia da sociedade e como muitas pessoas usam a religião para esconder as suas sombras. O padre Amaro é com certeza um dos maiores canalhas, abusivos da história da literatura Mundial!
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Rodrigues 07/04/2021

Um livro que deixou-me muito indignada!
Ainda assim, gostei muito de cada momento da leitura.
O enredo é cativante, os acontecimentos a cada página, cada vez mais surpreendentes.
Com a morte do pároco da cidade de Leiria, o padre Amaro é designado para o cargo na igreja local e instala-se na casa de S. Joaneira, uma assídua religiosa. Amaro, se encanta com Amélia, filha da hospedeira, e desperta ciúmes no pretendente da jovem. A paixão cresce no antro eclesiástico de Leiria e o padre amaldiçoa o sacerdócio por não permitir que realize os seus desejos.
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Raphael 17/03/2021

Obra que marca o início do realismo em Portugal, “O Crime do Padre Amaro” foi publicado em 1875 e o autor, Eça de Queirós, contava apenas 30 anos. A obra é permeada por uma crítica ao celibato imposto aos integrantes do clero. Padre Amaro, o protagonista, sente um profundo interesse sexual por Amélia, moça jovem e bonita da comunidade em que ele exerce a chefia da paróquia. Desabafa, a outro personagem: “(...)Quem imagina que desde que um velho bispo diz ‘serás casto’ a um homem novo e forte, o seu sangue vai subitamente esfriar-se? (…) será o bastante para conter para sempre a rebelião formidável do corpo? E quem inventou isto? Um concílio de bispos decrépitos (…) Que sabiam eles da natureza e das suas tentações?”.

Assim, absorvido pelos desejos do corpo, o padre mantém um relacionamento às escondidas com Amélia – o crime do Padre Amaro - por cerca de dois anos. A menina, para a surpresa e infelicidade do padre, engravida. Começam, aí, as desventuras dos protagonistas. Uma obra extensa, de quase quinhentas páginas, e gostosa, não cansa o leitor em momento nenhum. Fiquei imerso e absorvido pela beleza da composição narrativa de Queirós e o aprofundamento na criação de personagens tão vívidos – assim como ele fez em “Primo Basílio” - que mais parecem pessoas reais.

No mais, curioso notar que na introdução e no prefácio da obra, a prefaciadora, Monica Figueiredo, conta que o autor foi acusado de plágio pelo mestre Machado de Assis. Segundo o gigante brasileiro das letras, “O crime do padre Amaro” teria plagiado um romance do francês Emile Zola de nome “La faute de l’abbé Mouret”. Esclarece, a prefaciadora, que a acusação é injusta e que Machado estava incomodado com o sucesso que o escritor português desfrutava junto ao público brasileiro. Ambas as obras, de Queirós e Zola, saíram no ano de 1875, mas a do português, de fato, antecedeu a do francês. Eça, no prefácio da terceira edição – que consta na publicação da Nova Fronteira – responde de forma áspera e irônica a critica machadiana. Interessante observar a querela entre dois grandes mestres da língua portuguesa.
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Liny Livros 15/03/2021

Resenha o Crime de padre Amaro
Conta a história de Amaro, filho de um dos empregados da famosa Marquesa de Alegros, que após a morte dos pais Amaro passa a cuidar dele, que lhe impõe a profissão de fé, fazendo que ele se tornasse padre o enviando para o seminário.
Após anos no seminário, Amaro se torna pároco em uma cidadezinha do interior, com ajuda dos seus protetores se valendo da ajuda da filha da Marquesa e a Condessa de Ribamar, Amaro consegue transferência para Leiria, sede do bispado.
Ao chegar em Leiria, o padre que é jovem se hospeda em uma pensão e conhece Amelia a filha da Dona Joaneira. Amelia é jovem e bela, que com o passar do tempo acaba retribuindo os olhares para o padre, porém a jovem é noiva de João Eduardo, que ao perceber a troca de olhares e flerte fica enciumado. O tempo vai passando, Amaro e Amelia vão se aproximando e se apaixonando.
Frase favorita
” O mal por vezes vem de onde menos se espera”.

site: https://www.facebook.com/Linylivros/photos/a.114208473269205/114217653268287/
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Lisandra 04/03/2021

O crime do padre Amaro - Eça de Queirós
Após a morte do antigo pároco, chega na cidade portuguesa de Leiria, o jovem, carismático e bonito padre Amaro.

Instalando-se na casa da S. Joaneira por indicação de seu antigo professor no seminário, o cônego Dias, logo o recém-chegado conquista o carisma da cidade e o coração de Amélia, a linda filha da S. Joaneira.

O amor proibido de Amaro e Amélia é motor para os grandes acontecimentos da obra, despertando no leitor um mix de sentimentos, desde compaixão pela desdita de Amaro (por não ser livre para amá-la), até as artimanhas e hipocrisias do clero - em geral- sobre a cidade de Leiria.

A obra de Eça de Queirós causou escândalo a época e até hoje o leitor se sente surpreso com alguns trechos. Não apenas pelo teor passional e carregado de erotismo, mas pela falta de empatia, crueldade e corrupção denunciadas por ela.

Uma grande leitura ! Não é à toa que se tornou um clássico da literatura! ?
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