Um defeito de cor

Um defeito de cor Ana Maria Gonçalves




Resenhas - Um Defeito de Cor


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Jazi @jazibooks 04/07/2022

História maravilhosa, porém, leitura cansativa
A história é maravilhosa, como todos já diziam mesmo, mas a leitura é cansativa demais. O livro não tem diálogos e por ser esse calhamaço todo contado por apenas uma pessoa não é das leituras mais fáceis, em que pese a linguagem simples. Por vezes eu parei de ler porque realmente não estava fluindo, apesar de estar imersa na história. Vale a leitura, mas sem pressa, lendo aos pouquinhos porque a história é realmente muito boa, forte e emocionante.

site: @resenhas_literariass
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Manu 02/07/2022

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Foram seis meses dedicados à leitura do livro com pessoas espetaculares e eu poderia vir aqui tentar resenhar com o máximo de detalhes possível o que acontece nas mais de 900 páginas. Mas não farei isso. Afinal, só quem teve e terá a experiência de fazer esta leitura pode sentir como a história de Kehinde toca no fundo da sua alma. É impossível não se sentir mobilizada, contagiada, revoltada e impactada com a história de uma africana, nascida em Savalu em um mil oitocentos e dez, que foi seqüestrada em África, atravessou
o Atlântico e veio parar na Ilha dos Frades ? BA e seu principal temor era virar comida de ?carneiro?. Quando a travessia foi feita no navio negreiro, ela não tinha nem dez anos de idade; tinha uma irmã gêmea, a Taiwo, por isso, era uma ibêji; um irmão, o Kokumo; a mãe, Dúróoríìke e a avó, Dúrójaiyé. Infelizmente, toda a sua família foi dizimada em circunstâncias não muito legais e em momentos diferentes.
Inclusive, a partir do momento que você percebe que uma criança não tem mais com quem contar e é vendida como escrava, você não quer mais seguir na leitura. Simplesmente, você não ver condições de continuar lendo aquilo e disparando vários gatilhos na sua mente, ainda que não tenha vivido aquilo especificamente. Isso ocorreu comigo, e por esta razão, digo que a leitura coletiva foi crucial para continuar lendo e compartilhando os sentimentos gerados a cada virada de página.
Kehinde, quando vendida, de imediato mostrou para que veio: não quis se submeter à religião dos brancos, se recusando a se batizar e trocar o nome. Afinal, ela tinha crença nos seus voduns e orixás. No entanto, sem abdicar o uso do seu nome africano, ela ficou conhecida também como Luísa Gama. Tal sobrenome, deriva do seu ?dono? e algoz, José Carlos de Almeida Carvalho Gama.
Muitas coisas aconteceram à Kehinde enquanto esteve na Casa Grande, uma delas, foi a violência sexual praticada pelo seu "dono" que acreditava ter direito sobre o corpo das escravizadas. A sua mulher, Ana Felipe, por vingança, também violentava fisicamente aquelas que foram estupradas pelo seu marido.
Kehinde, infelizmente, teve um filho, fruto do abuso sofrido. E a Sinhá, se demonstrava afetuosa com o filho de Kehinde. O que não se sabia, eram os interesses por trás deste afeto.
Já em Salvador, Kehinde se viu afastada de Banjokô, se tornou escrava de ganho e depois de tanta luta, comprou sua liberdade.
Kehine era uma mulher determinada e visionária. Apesar de todas as adversidades, ela não esmorecia. E também, na andava só, esteve rodeada de amigas e amigos que lhe ajudaram a passar pelos percalços. Além disso, foi uma mulher que amou. Teve um filho com um fidalgo português que infelizmente, a traiu de diversas formas, mas a pior, foi vender o filho como escravo (sendo ele livre). Nesta ocasião, começa a saga dela em busca do paradeiro do filho. Por mais que os caminhos fossem difíceis, ela não desistia. Foi para o Rio de Janeiro, São Paulo atrás de resposta para o paradeiro dele, não encontrou.
Kehinde retorna à Salvador e toma uma decisão difícil: retornar para a Àfrica.
No caminho, ela conhece um novo companheiro e desta relação, gerou dois filhos gêmeos. A estadia de Kehinde em África, após ela reencontrar amigas/os, mostra uma nova face da protagonista, que se revela ainda mais empreendedora e visionária, criando o Casas da Bahia, negócio que deu bons frutos. Além da filha/o, ela também teve alguns netos/as, o que muito lhe alegrava. Mas ela ainda não estava satisfeita, quase no fim da vida, decidiu retornar para o Brasil. A expectativa para o reencontro com o filho procurado, é muito grande, mas a confirmação se isso ocorreu ou não, você só descobre ao ler o livro.
O que eu posso dizer é que apesar das dores que o livro nos provoca, ele também nos traz Kehinde como uma referência de mulher que não esmoreceu. Lutou de diversas formas, principalmente para emancipar o seu povo. Encabeçou algumas rebeliões e foi uma mulher empreendedora. Vendeu cookies, charuto, tecidos, teve padaria, casa de construção e tudo que fosse viável para a sua manutenção. Quando em África, alguns posicionamentos dela pode lhe causar estranheza, perante tudo aquilo que você vinha lendo, mas no fundo, o método de vida adotado foi para a sua sobrevivência e dos seus. Uma mulher religiosa: filha de Oxum que muito lhe deu forças para continuar.
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Henrique Fendrich 30/06/2022

Há coisas muito boas, excelentes mesmo, nesse livro, mas também problemas graves.

Inicialmente, eu aprendi muito com essa história. Nosso conhecimento sobre o período da escravidão é cheio de generalidades e superficialidades, tratando a grande massa de pessoas escravizadas como se fosse um único bloco de mesma cultura, crenças e tradições, vindas todas de uma genérica "África", como se o continente não tivesse várias realidades.

Para a maioria das pessoas, entre as quais eu me incluía, ainda é uma surpresa quando se diz que vários escravizados eram muçulmanos (os malês ou os muçurumins) e que, além disso, sendo eles bastante cultos, estiveram por trás de revoltas importantes no país. Por não conhecer as distinções entre os africanos, também não costumamos saber nada a respeito das eventuais rivalidades entre eles ou como os diferentes grupos interagiam entre si. E isso o livro oferece, um painel bem interessante sobre a interação entre várias culturas africanas.

Principalmente em suas primeiras partes, também é possível que alguém que ainda não tem qualquer conhecimento específico sobre religiões de matriz africana fique um pouco mais informado sobre elas. Uma das que se sobressaem é a religião iorubá, com uma mitologia muito rica que, inclusive, iria inspirar o candomblé. Entre as crenças da cultura iorubá que mais gostei de conhecer pelo livro está a dos "abikus", crianças que "nascem pra morrer".

O livro também é muito útil para tomar conhecimento de eventos históricos que quase não são abordados em aulas de História fora da Bahia, como a Revolta dos Malês e a inusitada "Cemiterada", quando, literalmente, a população baiana declarou "morte ao cemitério".

Outra situação praticamente ignorada pelos brasileiros e que aparece com destaque no livro é a existência na África (Benim, Nigéria e outros países) de comunidades de "retornados" do Brasil, ou seja, ex-escravizados que, ou por serem expulsos ou por outra contingência, voltaram à terra de origem. A história mostra que então havia uma rivalidade entre esses que estiveram no Brasil e os que nunca haviam saído de lá. São informações bem interessantes.

Ler o livro, então, permitiu que eu aumentasse consideravelmente o meu conhecimento sobre a história da escravidão em geral, ou, ao menos, na Bahia (embora a trama também se desloque para vários lugares no Brasil, sem falar naqueles na África). Nessa perspectiva é que estão as coisas que chamei de "boas" e "excelentes" no livro.

Agora os problemas. A relação entre ficção e realidade me parece problemática.

A autora conta que a história do livro estava escrita em uns papéis velhos que uma criança, sem saber, usava para desenhar. Havia partes ilegíveis ou faltando e ela então completou com ficção. Ela diz na introdução que "algumas partes" do livro foram inventadas, sem precisar quais, e que "quase tudo" corresponde à história narrada pela mulher nos papéis.

Com isso, pensei em dar crédito histórico à maior parte do que lia. Entretanto, comecei a duvidar quando notei o que me pareceu uma tentativa de "forçar" a relação da personagem com figuras famosas, como a história do Tiradentes e depois com o Joaquim Manuel de Macedo, a ponto de dizer que "A moreninha" foi inspirada nela.

Alguns detalhes de eventos históricos também me pareceram bem duvidosos, e houve ao menos um momento com uma escorregada cronológica feia, quando, em 1848, um homem dizia que o pai do seu pai havia chegado à África em 1624 (uma distância impossível).

A desenvoltura e a minúcia com que a personagem narra em detalhes eventos do passado, citando sempre corretamente nomes que não diziam respeito ao seu cotidiano, sugerem não uma memória extraordinária, mas a intervenção da autora da história. É bem difícil imaginar que uma pessoa "real" entrasse em tantos detalhes como a narradora do livro, o que, por vezes, faz com que o livro se torne enfadonho, pelo excesso de descrições sem relação com a trama principal (e ao estilo da narração parece faltar o que uma amiga chamou de "alma").

Então eu não sei o que exatamente havia nos papéis que a autora encontrou (e que são passíveis de erros também) e o que veio da autora. É bem possível também que leitores citem certos detalhes do livro como verdade histórica, quando não o são. Isso é um mal de todo livro de ficção histórica, mas esse sugere que "quase tudo" é real. Eu preferiria que a autora dissesse que fez adaptações para que a história que encontrou se transformasse na de Luiza Mahin, figura cuja existência ainda não foi comprovada.

Isso me incomodou durante a leitura, que me parece bastante útil para se conhecer certos eventos históricos, mas então pesquisá-los e aprofundá-los em outra parte. Talvez se esses eventos e as abordagens que privilegiam a voz do negro como agente da história no Brasil fossem mais conhecidos e disseminados, o livro não faria o mesmo sucesso, porque aí se sobressairiam mais as questões de estrutura e estilo.
Edicleia 29/10/2023minha estante
Concordo com muita coisa que vc falou,mas no programa Roda Viva a autora fala que essa história dos papéis achados é tudo ficção, ela usou para realizar a escrita de propósito,estou tentando terminar esse livro mas está sendo bem cansativo.




Jubs.magnanini 21/06/2022

Eu não li esse livro por prazer
Quando comecei, ia compartilhando minhas agonias e preocupações sobre todo o escândalo latente que jorrava como sangue na época escravocrata do Brasil colonial. Alguns amigos me perguntavam porque eu lia um livro tão triste, tão pesado e né...tão grande. Mas a realidade é que eu li esse livro pra entender um pouco mais da minha história, da nossa luta, e das raízes desse país tão racista que a gente vive. No fim, sem spoiler, como consta na orelha do livro e na história do Brasil, a vida REALMENTE não tem happy end
Visando o caráter estrutural, os capítulos curtos ajudam na leitura tão extensa e, apesar de muitas vezes pouco coeso, com o tempo o livro demonstra que faz exatamente o que se propõe.
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Pamella 10/06/2022

Uma obra gigante em diversos aspectos
Que história! Passei alguns meses mergulhada na história imensa, triste e cheia de reviravoltas de Kehinde, uma africana trazida para o Brasil ainda criança no século XIX. Sua história se cruza com o período Imperial no Brasil e é atravessada por diversos saberes iorubá, e também de outras etnias africanas pelo caminho. Sua história narra uma vida com ganhos, mas também com muitas dificuldades e perdas, o que é contado pela relação íntima e forte que a personagem tem com os voduns, os orixás e suas ancestrais.

Quando comecei a ler, uma conhecida comentou que esse livro foi uma alfabetização pra ela, e sinto o mesmo. A narrativa sagaz de Ana Maria Gonçalves consegue amarrar os acontecimentos de forma muito astuta, relacionado eventos da narrativa e fatos importantes da história do Brasil e dos escravizados, principalmente, sem deixar o ritmo cair ao longo de quase mil páginas. No início, Ana Maria diz estar contando uma história proveniente de diversos papéis que ela encontrou durante uma visita a Salvador, páginas avulsas muito antigas que contavam uma história longa e quando ela encontrou serviam de rascunho para uma criança. Essa é a história que lemos.

Gosto muito de como a questão da identidade é ampliada no romance. Kehinde, no Brasil, é uma africana, sua cor é apontada como um defeito e ela segue principalmente as religiões e divindades de seu país, orixás e voduns. No entanto, quando retorna à África, ela é considerada brasileira e cristã, ainda que continue seguindo as doutrinas dos santos, ela já não é mais vista como parte daquela comunidade, nem sua casa é como daquelas pessoas e a diferença de costumes é bastante relevante. A diferenciação começa pelo nome: No Brasil, fazia questão de ser chamada por seu nome africano, Kehinde, mas na África, por causa dos prestígios aos brasileiros naquela época, acabou adotando o nome de cristã, Luísa. Ao retornar, o choque de costumes faz com que ela se veja como superior aos de sua terra natal, que ela chama de selvagens, em um movimento que hierarquiza as raças usando parâmetros brancos e europeus.

Ouço falar desse livro há bastante tempo, e também há algum tempo o comprei, mas ainda não tinha lido, agora entendo que não há nada que se possa dizer sobre ele sem correr o risco de ser simplória ou reducionista, o livro realmente é um clássico, tem que ler pra entender. Kehinde teve uma história cheia de altos e baixos, os baixos sempre muito baixos, deixando cicatrizes profundas em sua alma, por isso a narrativa toda tem muito coração e sentimento em uma história que narra dos horrores da época da escravidão. Ela diz muitas vezes que foi feliz, e ao fim da narrativa quase nos esquecemos do que Millôr comentou na orelha do livro, afinal "a vida não tem happy and".
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Ana 30/05/2022

Narrada pela própria protagonista, a Kehinda, esse livro nos conta como a própria capturada na África ainda criança, vira escrava no Brasil. Uma história que atravessa oito décadas começando na África, indo para o Brasil, voltando à Africa novamente.
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Lurdes 17/05/2022

Não foi fácil.
Não pelas 952 páginas, nem pela escrita, que é fluida e envolvente.
Não foi fácil porque não tem mesmo como passar imune por uma história tão sofrida e, ao mesmo tempo, tão rica e esclarecedora.

Kehinde faz seu relato quando, já idosa e cega, refaz a viagem da África para o Brasil, na esperança de reencontrar o filho de quem foi separada há muitos anos.
A narrativa inicia com ela, ainda menina na África, com sua família.

Após sua mãe e irmão serem brutalmente assassinados, Kehinde e sua irmã são sequestradas e enviadas ao Brasil em um navio negreiro. Desesperada, a avó implora para acompanhar as crianças.
A terrível viagem, bem como os acontecimentos iniciais na África, e os primeiros tempos no Brasil, até sua gravidez, estão entre os relatos mais pungentes que li.

Kehinde, como toda grande heroína é forte, inteligente e generosa. Sua trajetória é feita de muito tabalho, resiliência, solidariedade, luta e emprendedorismo.
Aos poucos vai se inserindo em grupos de resistência antiescravagistas, que criam redes de proteção, além de organizações destinadas a conseguir recursos para adquirir cartas de alforria.
São batalhas diárias, muito duras e, nem sempre, tudo corre como o imaginado, mas Kehinde não desiste. E luta.
Ana Maria nos apresenta uma galeria riquíssima de personagens e nos apresenta fatos históricos e detalhes do cotidiano do povo negro que foram apagados e ignorados por décadas.
A ideia inicial da autora era contar sobre a Revolta dos Malês e da participação de Luíza Mahin, mãe de Luiz Gama, uma das articuladoras do movimento junto com um grupo de negros muçulmanos.
Ao ir encontrando, em suas pesquisas, um material muito mais vasto do que esperava, a autora cria esta história fantástica.
As idas e vindas de Kehinde, seus empreendimentos, amigos, amores, sua imersão nas religiões de matriz africana são narrados em detalhes.
Podemos sentir os cheiros, imaginar as cores, os ambientes e, principalmente, sentir como Kehinde se sentia a cada conquista e a cada perda.

O que conto aqui não chega nem perto da monumentalidade desta obra, comovente e necessária.
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Lane 10/05/2022

Visceral
Que romance bem elaborado meus amigos!!!!
Funcionou perfeitamente para mim, foi tudo o que eu esperava e um pouco mais, o contexto histórico foi perfeito.
Não dei 5 estrelas porque acho que em alguns capítulos deu uma estagnada.
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mimperatriz 08/05/2022

Necessário
Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves, é imperdível. É um grande livro em todos os sentidos.

Nele conhecemos a história de Kehinde, uma mulher que nasceu livre em Africa, no início do século XIX e foi escravizada no Brasil, ainda menina, quando recebeu um nome cristão: Luisa.

Antes de mais nada quero comentar que Um defeito de cor é uma demonstração do quanto a política de memórias é importante. Faço referência às memórias reais - clandestinas, subterrâneas - e não somente as memórias oficiais, do vencedor e que não dão margens para a memória do vencido.

Entender a política de memórias é entender que a forma como pensamos o amanhã é como recordamos o passado. E a história de Kehinde mostra a importância dessa memória clandestina quando relata as muitas situações horríveis vividas por ela durante a escravidão no Brasil ou as muitas faces da cultura africana e brasileira (e portuguesa, inglesa, entre outras) ou simplesmente quando relata detalhes da sua vida pessoal.

A construção da história e dos personagens, além da riqueza de detalhes educa o leitor de uma maneira natural. Com Kehinde aprendi sobre rituais e religiões de origem africana e também sobre o povo e os muitos reinos existentes em Africa no século XIX. Enxerguei a revolta dos malês por uma outra perspectiva. Li relatos que mostraram como as mulheres eram afastadas do saber (das escolas e das discussões sobre o cotidiano e política) e relatos sobre a escravidão no Brasil que enrijeceram o horror desse período na minha mente.

São tantas as histórias que formam e preenchem a vida de Kehinde que e é impossível contar um ou dois trechos em uma resenha. E também é impossível contar a sua história pessoal sem mesclá-la com muitos momentos históricos relevantes.

Prefiro apenas reforçar a importância dessa obra e indicar a leitura, ainda que volumosa. Eu demorei 6 meses para finalizar a leitura e foi delicioso compartilhar a vida com Kehinde durante esse período. É um livro para ser lido sem pressa, com calma e no seu tempo.
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Rodrigo 04/05/2022

Um defeito de cor
Um calhamaço de pouco menos de mil páginas que dispensa comentário.

Uma linda história onde a autora mexe profundamente com nosso sentimento.

Conseguindo arrancar sorrisos das nossas faces, lágrimas das nossas vistas.

Um livro que mexeu profundamente comigo, mudando literalmente meu modo de pensar e agir.

Esse vai ficar como troféu de grande valor não só na minha estante, mais na minha vida.

Amei.

Está de parabéns.

Ana Maria Gonçalves ( Um defeito de cor).
João Paulo 04/05/2022minha estante
perfeito esse livro




Mila 24/04/2022

Um defeito de cor
Livro escrito com base em memórias, relatos de uma jovem negra que teve sua vida transformada pelo eurocentrismo dos brancos e que foi arrancado dos seus de uma forma tão violenta e traumática. É a história de Khinride mas foi a história que muitos passaram e teve suas vidas e culturas sepultadas. Super recomendo.
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Bia 10/04/2022

Melhor livro dos últimos tempos
Livro maravilhoso, registro histórico incrível que Ana Maria Gonçalves nos presenteia com tanto talento. Término de ler está incrível história, no lar do coração de Kehinde, Bahia. Não haveria lugar melhor para isso. Kehinde me deixará saudosa!
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Gisele 10/04/2022

Uma verdadeira obra de arte. Uma aula de cultura e história em formato de romance. Um livro Incrível.
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Fabi 03/04/2022

Perfeito
Um livro que deveria ser lido por todos.

Uma verdadeira aula de história brasileira, e também africana. Além de um mergulho nas religiões de matriz africanas.


A autora detalha com cuidado a vida, a sociedade, a política, os cenários e cada um dos personagens. Mal terminei de ler e já estou com saudade da Kehinde e de sua força e vontade de viver.

O livro tem gatinhos de violência, estupro, racismo. É bem pesado em muitos momentos, um livro triste, mas que conta a história de um mulher tão incrível que não nos deixa cair ou abater.
Ana 03/04/2022minha estante
Amei sua resenha!! Vc resumiu de maneira tão perfeita! Me emocionei demais com o final do livro?




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