Um defeito de cor

Um defeito de cor Ana Maria Gonçalves




Resenhas - Um Defeito de Cor


563 encontrados | exibindo 151 a 166
11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 |


Tainara.Carvalho 28/01/2023

Um livro riquíssimo
Um Defeito de Cor é aquele tipo de livro que a gente ficar se perguntando por que não é leitura obrigatória nas escolas. São quase 1000 páginas de pura história, cultura e personagens fascinantes.

De acordo com a autora, o livro é uma transcrição adaptada de manuscritos encontrados por ela na Ilha de Itaparica - BA do que seria uma carta destinada ao filho de Kehinde, personagem principal. Saber que não se trata de pura ficção torna o livro ainda mais impactante.

Amei (re)conhecer Salvador através dos olhos de Kehinde. Foi inevitável passar pelo centro histórico e tentar imaginar em qual daquelas casas do Santo Antônio Além do Carmo ela havia morado, ou em que ponto do Pelourinho ela tinha montado a sua barraca de cookies.

O livro é uma verdadeira aula de história da Bahia e do Brasil, além de trazer informações detalhadas e raras sobre as religiões de matrizes africanas. Inclusive, foi através dessa leitura que descobri que não se limita apenas ao candomblé, mas que existem vários tipos e várias vertentes, cada uma com suas particularidades, crenças e cultos distintos.

Só não dei 5 estrelas porque, na minha opinião, da metade pro final o livro ficou excessivamente descritivo, trazendo minucias sobre lugares, personagens e situações irrelevantes, o que tornou o final da leitura bem maçante. Mas ainda assim, valeu muito, muito a pena.
comentários(0)comente



Mari 02/01/2018

Inigualável
Esse livro da autora Ana Maria Gonçalves é um daqueles em que merece ser amplamente divulgado e reverenciado do início ao fim, uma vez que poucos autores conseguem fazer com que um livro extenso de mais de 900 páginas não se torne enfadonho ou cansativo ao longo das páginas.
Quem nos conta sua maravilhosa e árdua história de vida nesse livro é a personagem Kehinde, uma menina africana que conhece já na infância a violência, a maldade e a crueldade que um ser humano é capaz de fazer e que o leitor a vê se transformar em uma mulher forte, esperançosa e inigualável. O livro é muito sensível, triste, emocionante e repleto de cultura da África e da Bahia.
Com certeza se tornou um dos meus favoritos para a vida toda!!!
comentários(0)comente



Ana 01/02/2023

Excelente leitura
Eu sei, o tamanho do livro assusta. Também me assustou, 950 páginas com fonte pequena é barra pesada.

Quem me indicou foi meu chefe, durante uma visita a trabalho no Museu Afrobrasileiro, no parque Ibirapuera. Como uma indicação dessas, é fácil se motivar.

Porém, semorei para começar a ler, mas engatei rapidinho. Li o mais rápido que pude.

É impossível não ficar maravilhado com a narrativa, que é um mergulho na história do Brasil, especialmente na história da escravidão no Brasil. Aprende-se muito sobre as desgraças que os negros viveram, sobre as diferenças entre povos, também sobre a vida daqueles que conseguiram a liberdade e voltaram para a África.

Leitura imprescindível.
comentários(0)comente



Cleide 29/01/2022

Maravilhoso!
Para quem conhece um pouco da nossa história, é difícil não se emocionar ao ler esse livro. Ele aborda questões que até hoje são ligadas e enraizadas na história de muitos países. Ana Maria Gonçalves consegue nos cativar em cada palavra, em cada descrição, nos mostrando a escravidão de uma maneira literal.
comentários(0)comente



Poema.Portela 02/05/2020

Kehinde: desterrada e transitiva
Uma narrativa que acompanha o desenvolvimento de uma personagem ao longo da vida é, normalmente, chamado de romance de formação. Mas, neste caso, para além da trajetória de Kehinde, acompanhamos a formação de um povo e, por que não dizer, de um país. A exaustiva pesquisa de Ana Maria Gonçalves nos garante o aprendizado sobre camadas da história do povo negro no Brasil que, sistematicamente, é negligenciada e distorcida.

Além da escrita fluida e envolvente, a maneira como as personagens são construídas pela autora é um presente. Ninguém fica sem nome ou sem história. A protagonista é marcada por uma complexidade condizente com o tempo que a acompanhamos. Suas contradições e falhas são o que a tornam crível, humana. Ora nos aproximando, ora parecendo uma completa estranha, como alguém que conhecemos há muito tempo e a quem dirigimos o pensamento de ?eu não te reconheço?. Mas, é na compreensão da complexidade humana que reside a beleza desse texto.

Não poderia, também, deixar de pontuar o encanto que me provocou a descrição minuciosa dos cultos e ritos de fé. Os gestos, as cores, os sons, as sensações são, muitas vezes, tangíveis no imaginário. É como estar lá. É como crer também. Diversas vezes, inclusive, senti vontade de compartilhar das mesmas crenças que as personagens, tamanha beleza.

Um outro aspecto que me despertou essa sensação foi a travessia de Kehinde por diferentes lugares. Ao passo que foi fascinante imaginar como seriam a Rua do Ouvidor e outros espaços que me são comuns no Rio, também fui infestada pela vontade de conhecer os demais lugares onde a personagem passa, refazer seus caminhos, suas memórias.

E é pelas memórias de Kehinde que tudo nos é descrito, o que, de alguma maneira, nos torna próximos a ela e, ao mesmo tempo, céticos. O quanto ficcionamos ao contar nossa própria história? O que relevamos, o que omitimos? Bem, de que importa? A versão que interessa, afinal, é a escolhida para contar sobre si. Neste caso, muito bem contada. Ana Maria Gonçalves torna cada página indispensável, um desafio em um texto tão longo.

Ao fim, o que fica é a sensação de que, a despeito da trajetória percorrida, Kehinde perdeu algo. Perdeu muitas coisas, na verdade. Mas, principalmente, um lugar para onde voltar. Não se sentir em casa em nenhum dos lugares que esteve é o que mais me marcou nessa leitura que, não se pode esquecer, nasce de um sequestro. Desterrada e transitiva, é como resumiria a vida de Kehinde.
comentários(0)comente



Ray 14/05/2020

O MELHOR LIVRO QUE EU JÁ LI NA MINHA VIDA
Eu acho que todos deveriam ler esse livro. É longo? Sim. Mas ele te prende desde a primeira página. Acompanhar a história de Kehide é acompanhar a história do povo da África e de como eles foram escravizados no Brasil e no mundo. É uma história de uma de uma mulher que após anos de retorno áfrica, volta ao Brasil a procura do filho perdido, e durante essa viagem de navio ela relata como uma forma do filho saber de sua trajetória tudo o que viveu até chegar àquele momento. Uma história de escravidão, de história do Brasil, uma história de dor e de alegrias, uma história de muita sorte e fé. Vale cada página!
comentários(0)comente



giovannalukesic 28/05/2020

Um dos meus livros favoritos
Entrou no meu top 5, com certeza. A história é muito triste, mas também tem várias partes bonitas e vai mesclando o lado "pessoal" com o histórico. A escrita é leve e fluida e não dá vontade de largar, apesar das quase 1000 páginas. Vale muito a leitura.
comentários(0)comente



eduardajlima 14/02/2023

Em maior número.
Foi um ano para eu ler Um defeito de cor, muitas pausas pelo peso que esse livro carrega, muitas desistências por querer me empenhar mais na leitura e o fim chegou.

A sensação é de conforto, depois de longos capítulos que já demonstravam que o final seria esse, confesso que tinha esperanças que tudo ia acabar de outra forma. Mas muito satisfeita com a conclusão, tornou o livro incrível até a última linha.

Kehide, teve uma vida longa, explicou em detalhes tudo que viu e por onde passou. E ter passado por tantos lugares onde vivo é como se eu entendesse todas as ações dela, como se cada passo realmente fizessem sentido, porque eu sei o quanto a história dela representa onde eu estou hoje.

É um misto de identificação, com muita coragem. Foi um ano me acompanhando entre choros, risos e completos desespero. Semanas para digerir uma só página, em que ela trazia dores e feridas ainda abertas.

É um livro para conhecimento, um livro para saber o quanto o racismo marcou a nossa existência, o quanto a escravidão definiu destinos, mas muito para além disso, o quanto a vida seguiu, o quanto kehide lutou para fazer o próprio destino.

Com certeza, é o meu livro favorito da vida, guardarei com muito carinho tudo que me ensinou e espero que você possa me abençoar pela última vez.
comentários(0)comente



pi 09/07/2020

https://drive.google.com/file/d/1gtbKHv99Ypp0WbNNyf3_uWRZdHIL6HXj/view?usp=sharing
comentários(0)comente



Dila 26/12/2022

Fenomenal
Acabei de terminar e ainda tô muito impactada com essa leitura. Na verdade já estou sentindo falta das personagens, das histórias. Durante a leitura, caminhei por Salvador imaginando as ruas, as casas e os cotidianos narrados por Kehinde, e é muito duro perceber o quão próximos ainda estamos de um passado (que ainda se presentifica) tão cruel.
Não consigo dizer muito mais além de que essa é uma leitura essencial. Não deixem de ler Um Defeito de Cor!
comentários(0)comente



Karoline315 29/11/2020

serendipidade
Me faltam até palavras pra descrever o impacto que essa leitura teve na minha vida. Já me fisgou no prólogo, onde a autora nos explica como e por que escreveu o livro. Acompanhar a trajetória de Kehinde através das páginas foi um misto de fascínio e revolta. É uma leitura incômoda, mas não podemos simplesmente fechar os olhos e fingir que nada disso aconteceu. Religião é um traço bastante presente na leitura, e amei a forma como foi abordada. A escrita é super fluida, o tempo todo senti como se estivesse ouvindo uma amiga me narrar sua história. Com toda certeza se tornou um dos meus livros favoritos da vida e me sinto até triste de ter terminado ?

- quando o momento é de serendipidade, as coisas simplesmente acontecem -
comentários(0)comente



Rafael 25/01/2022

Uma saga transatlântica
Depois de ouvir ótimos comentários sobre "Um defeito de cor" (2006), percepção curiosamente corroborada pelas mais de 1.200 classificações globais positivas de clientes da Amazon (nota 4,9 de 5) e pela imprensa literária, de modo geral, foi com bom ânimo e expectativa que comecei minha jornada de 952 páginas!

No livro, acompanhamos a trajetória de Kehinde, uma mulher negra submetida à experiência transatlântica de escravidão já na infância, levada ao Brasil após ser subtraída de sua terra natal. Em solo brasileiro, em meio a desventuras, resistências e conquistas pessoais, o amadurecimento da protagonista sucede simultaneamente aos principais eventos nacionais e internacionais do século XIX.

Entre outros elementos, o romance evidencia: a importância da oralidade negra na transmissão de conhecimento e tradições, como se verifica no compromisso de Kehinde manter o culto aos vóduns, em parte presente no candomblé (p. 61); o discurso conformador cristão (p. 147 e 902); a diligente organização mulçumana em muitas revoltas de escravos no Brasil, sobretudo na "Revolta dos Malês" (p. 259); o mercado de trabalho qualificado inacessível à mulher (p. 242) e o "defeito de cor" (p. 337); as condições inglesas para a independência brasileira (p. 433) e os invisíveis efeitos abolicionistas (p. 164); e o curioso encontro da personagem principal com Joaquim Manuel Macedo, autor de "A moreninha" (p. 699).

Da saída trágica ao retorno triunfante de Kehinde (também chamada de Luísa Mahin) a África, tudo nos é contado em primeira pessoa, uma opção narrativa feita por Ana Maria Gonçalves somente no sexto processo de reescritura do livro (ela o reescreveu 19 vezes).

Em entrevista sobre a premiada obra ao programa Arte1, em 2019, a autora revelou que buscou situa-lo não como a história de um determinado povo, mas como a "história do Brasil a partir de um outro ponto de vista que a gente ainda não tinha visto". Disse ainda, "faz parte de um processo formativo que achei que seria interessante a gente ter os brancos sentados, durante o tempo que eles levassem para ler esse livro, ouvindo uma mulher negra falar".
comentários(0)comente



Claudia.M 24/12/2020

A literatura contando nossa história
Um romance para ser degustado, debatido, lido aos poucos. Tem altos e baixos, episódios violentos que afastaram algumas amigas leitoras no início. Mas é sem dúvida uma leitura indispensável. Às vezes dura, mas também bela. E para que mora na Bahia, em Salvador ou no Recôncavo, um deleite reconhecer os locais históricos, as sementes das cidades, a Ilha de Itaparica. Os episódios e os personagens. Principalmente a importância da mulher negra nessa nossa trajetória violenta de nação. Voltarei a ele.
comentários(0)comente



Rodrigo 16/10/2021

Uma história de amor, força e resiliência
Simplesmente perfeita a narrativa da autora para nos apresentar a história de uma mulher preta, escravizada, mas forte, que nunca desistiu de seus objetivos e lutou MUITO pelos seus.
comentários(0)comente



Prudigar 20/10/2021

Depois de ler esse livro e andar pelas ruas, senti que uma camada nova havia se desvelado para mim. Foi difícil entender tão profundamente racismo e opressão na sociedade brasileira, mas da maneira tão sublime como tudo foi contado, não poderia ter sido uma companhia melhor para fazer esse duro e importissimo trajeto.
comentários(0)comente



563 encontrados | exibindo 151 a 166
11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR