Knulp

Knulp Hermann Hesse




Resenhas - Knulp


75 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 3 | 4 | 5


ntayar 16/01/2021

KNULP
TRES HISTÓRIAS DA VIDA DE UM ANDARILHO
Hermann Hesse
(1877 ? 1962)
Escrito em 1915, o livro conta a história de um andarilho que, após deixar tudo para trás, parte numa jornada de autoconhecimento.
Ele vai de cidade em cidade pelo interior da Alemanha, vive modestamente, encontra amigos que sempre oferecem abrigo e descanso.
Dividido em três partes, Hesse fala sobre religião, filosofia e sobre escolhas. O que é melhor: uma vida tranquila de burguês ou correr os riscos da liberdade material e espiritual?
Na primeira parte, Knulp acaba de sair do hospital e encontra um amigo que lhe oferece um quarto para que descanse o tempo que quiser. O andarilho recusa a ajuda pois sabia que o amigo era agora um homem casado e não queria ser um estorvo. Mas o amigo insiste e não foi possível recusar sem parecer grosseiro. Nessa época, Knulp era jovem e atraente e a esposa do rapaz começa a insinuar-se para ele. Com o máximo cuidado para não a ofender, ele repele a moça e começa a sair com a empregada da casa vizinha que, como ele, deixou sua cidade e veio trabalhar numa casa de família.
Como Knulp logo percebeu, o melhor era seguir em frente.
A segunda parte é narrada por um antigo companheiro de caminhadas. Depois de algum tempo, ele abandona esse amigo na floresta e vai embora. O amigo seria o alter ego de Knulp, que se desliga de uma parte de si mesmo.
E no terceiro capítulo Knulp está na faixa dos 40 anos, tuberculoso e miserável. Um antigo colega de infância o reconhece e o leva para casa. Esse homem era um médico, mas na infância tinha muita dificuldade em aprender latim e Knulp o ajudou a superar esse problema. Portanto ele lhe era muito grato.
Usando sua influência, esse amigo logo providenciou um leito no hospital da cidade para que Knulp pudesse se tratar. Mas ele preferia estar num hospital em sua cidade natal. O amigo então arrumou um transporte para leva-lo de volta. Porém, antes de entrar no hospital, ele sente que precisa andar um pouco pelos lugares que havia abandonado há tantos anos. Acaba encontrando um antigo morador que o repreende duramente por ter optado por essa vida miserável.
?Veja, disse Deus, eu não gostaria que você fosse de nenhum outro jeito além daquilo que é. Em meu nome você andou por aí e sempre levou um pouco da nostalgia da liberdade às pessoas sedentárias. Em meu nome você fez idiotices e se deixou ridicularizar; eu mesmo fui ridicularizado e amado em você. Você é meu filho, meu irmão e um pedaço de mim, e não desfrutou nem sofreu nada que eu também não tenha vivenciado com você?.
comentários(0)comente



Pablo 14/01/2021

Esse livro é uma experiência profunda de reflexão, os diálogos colocam a história em segundo plano. Não importa muito onde e quando o personagem está, mas as mensagens contidas nas interações são verdadeiras provocações filosóficas.
comentários(0)comente



Rickson.Ramos 31/12/2020

EXCELENTE PRIMEIRO CONTATO
A novela ?Knulp? ? escrita por um dos grandes autores da literatura Alemã do século XX: Hermann Hesse, escritor ganhador de prêmios importantes como o Prêmio Goethe e o Nobel de literatura ? narra três aparições do andarilho Knulp, que, dotado de uma filosofia própria, peregrina pela Alemanha visitando suas cidades e campos, passando dias e noites na estrada, debaixo de uma árvore, ou sob o teto da casa de um de seus diversos amigos conquistados com seu inebriante carisma.

O livro é bem curto e seu principal charme está nas reflexões levantadas sobre a sociedade, estilo de vida, propósito, liberdade. Knulp não possui residência fixa, dispondo da menor quantidade de bens materiais possível, sendo muitas vezes criticado pelos cidadãos comuns, que ? ostentando bens materiais, fortunas e matrimônios desestruturados ? se acham no direito de criticar Knulp. Ele preza muito pelas relações interpessoais, contemplação do meio e da música.  Knulp não está atrás de se assentar em algum lugar, constituir família e patrimônio e envelhecer; ele coleciona experiências, danças e amores. 
   
O livro não é perfeito, mas eu gostei muito. Sinto que o autor ainda tem um potencial muito grande de me agradar (ainda mais) em outras obras. Foi meu primeiro contato com Hermann Hesse e me interessei muito por suas ideias e sua história, pretendo ler mais em 2021. 

A obra realmente nos faz pensar sobre nosso real papel na sociedade e sobre o que ela prega e tem como ?ideal e certo?. Afinal, estamos realmente vivendo a vida que precisamos ou queremos viver? Quão independentes e livres nós somos? Somos nós que fazemos nossas escolhas? 
comentários(0)comente



Rebeca.lousz 28/12/2020

Um livro que cativa pela sua simplicidade
Knulp é um andarilho que vai deixando amigos por onde passa, o livro traz 3 desses encontros ao longo de sua vida sem rumo.

Um livro de narrativa extremamente simples mas com reflexões muito profundas. Knulp está constantemente se perguntando se suas escolhas de vida foram corretas ou se deveria ter seguido por outro caminho mais convencional, com isso acarreta diálogos com Deus que fecham com chave de ouro tanto as dúvidas da personagem quanto a narrativa do livro.

O final é emocionante e introspectivo, um livro que cativa pela sua simplicidade. Hesse escreve com muita delicadeza a vida de Knulp, despertando no leitor interesse por suas outras obras.
comentários(0)comente



Claudia 26/12/2020

KNULP HESSE
O personagem é um viajante que passa a vida com simplicidade, indo de cidade em cidade fazendo amigos. Mas toda esta liberdade e desapego mostram a outra face e suas razões na velhice de Knulp.

Dizem que Knulp é de certo modo uma projeção de Hesse de sua própria personalidade do autor, pois tem muitos de seus traços.
comentários(0)comente



Vicente.Sanches 26/12/2020

Bem interessante. Achei o final da terceira história um tanto piegas, mas é bem legal como ele apresenta as questões sobre vida e propósito a partir da trajetória da personagem nas três histórias.
comentários(0)comente



Lukinhas 18/12/2020

"Agora era minha vez de provar a solidão em que, segundo a opinião de Knulp, todos vivemos e na qual eu nunca quis acreditar de todo. Ele era amarga, e não apenas no primeiro dia. De vez em quando até se torna mais amena, mas, desde aquele momento, ela nunca mais me largou por completo".
Reunindo temas depois aprofundados nas obras de grande sucesso do escritor ? a experiência existencial, a formação da personalidade, a contestação de velhos valores ?, "Knulp" apresenta o herói poético que influenciaria diversos autores e toda uma geração de leitores.
comentários(0)comente



eliza.dias 14/12/2020

Assim como qualquer outro livro do Hesse, Knulp é envolvente, reflexivo, profundo e emocionante. Com três contos curtos sobre Knulp, um andarilho que segue o desejo da alma e leva sorrisos por onde passa. Estamos onde devemos estar.

Leitura aconchegante pra momentos de solitude.
comentários(0)comente



Fernando Schubach 13/12/2020

Que livro!
Incrível incrível incrivel. Libertador e humano. Ser o que é.
comentários(0)comente



Manezera 08/12/2020

Knulp é um andarilho. Caminha pelas regiões da Alemanha, dependendo da caridade de amigos e conhecidos para se manter na estrada.
O livro apresenta 3 histórias desse homem que escolheu viver sem muito apego a bens materiais, mas com verdadeira paixão pelas conversas, a dança, a música e principalmente pela estrada.
comentários(0)comente



Bookster Pedro Pacifico 16/11/2020

Knulp, de Herman Hesse
O meu primeiro contato com o ganhador do Prêmio Nobel de 1946 foi com “Sidarta”. Amei a leitura, sobretudo a forma como Hesse conseguiu em poucas páginas construir personagens profundos e nos conduzir por questionamentos existenciais.

Apesar de tratar de uma temática bem distinta, a verdade é que a leitura de “Knulp” me lembrou bastante o estilo de “Sidarta”.

Também em poucas páginas, acompanhamos algumas passagens da vida de Knulp, um andarilho sem muito rumo na Alemanha do final do século XIX. A sinopse até parece simples demais e, por isso, não há nem muito como desenvolver a narrativa por aqui. É um daqueles livros que parecem ser sem graça quando você tenta contar para alguém, mas que encantam pela simplicidade.

E essa simplicidade e pureza nos sentimentos do personagem me tocaram muito. Knulp é a imagem da liberdade e do desapego a bens materiais e a laços sociais mais profundos. Por outro lado, o modo de vida do personagem acaba gerando um certo incômodo nas pessoas que cruzam o seu caminho. Todos pensam que Knulp está deixando de aproveitar a vida quando opta por andar sem rumo e sem “objetivos”. Todavia, é justamente aí que aparecem as principais reflexões encontradas na leitura: a simplicidade não seria uma forma de curtir a vida?

É um verdadeiro ato de rebeldia para os padrões sociais da época. Na verdade, ainda que esse tipo de história costume aparecer com mais frequência hoje em dia, em que pessoas abrem mão das convenções sociais e da rotina “normal” e resolvem tomar novos rumos, a sociedade ainda enxerga essa decisão como um desvio do que é certo.

A escrita de Hesse é incrível e a leitura flui muito bem. Recomendo muito, até porque você só vai conseguir entender o valor desse livro após lê-lo.

Nota - 9,5/10


site: http://instagram.com/book.ster
comentários(0)comente



natália rocha 13/11/2020

Uma das minhas leituras de outubro foi “Knulp”, escrito por Herman Hesse - meu primeiro contato com a obra do autor, aliás.

Foi uma leitura rápida e carregada de questionamentos sobre o roteiro que nos é imposto quando nascemos: crescer, estudar, trabalhar, casar, ter filhos e, enfim, morrer. As consequências de fugir dessa norma, seguindo um caminho totalmente oposto, livre de vínculos, vão aparecendo aos pouquinhos, de mãos dadas com sentimentos de solidão, não pertencimento e fracasso.

‘’Vivi a minha vida como quis, nunca me faltaram liberdade e coisas belas, mas permaneci sempre sozinho’’.

Acompanhamos três momentos na vida de Knulp, o andarilho, na Alemanha do fim do século XIX. Em suas andanças, o personagem encontra amigos que os dão casa, comida e carinho por alguns dias, mas nunca se deixa ser pego pelas amarras sociais.

“Era preciso deixá-lo ser o que era, e, caso o amigo estivesse mal e precisasse de abrigo, seria um prazer e uma honra recebê-lo – e era quase preciso ser grato por isso, pois ele tornava a casa alegre e solar.’’

No meio dessas andanças, conhecemos um pouco sobre a vida de Knulp e sobre como ele tomou esse rumo – ou melhor, de como não tomou nenhum rumo certeiro. O andarilho parece não ter dúvidas sobre suas escolhas na maior parte do tempo; mas, ao se deparar com uma casa limpa e aconchegante de um velho amigo, parece hesitar de leve.

O livro é repleto de reflexões sobre diversos assuntos, como a superficialidade do que é exposto socialmente como uma situação feliz; a efemeridade da beleza e o quanto essa muda conforme a nossa percepção momentânea; sobre a felicidade humana que nunca é plena e sempre quer mais; e sobre nostalgia atrelada a sensação de não pertencer mais.

‘’Na minha opinião, cada um deve decidir por si o que é verdade e como deve levar sua vida, não se aprende isso em nenhum livro.’’

Recomendo muito, certamente foi umas das minhas melhores leituras do ano!
comentários(0)comente



Aline.Robles 05/11/2020

As três histórias da vida do andarilho Knulp
"Knulp tinha razão em seguir o que mandava sua natureza, e eram poucas as pessoas que podiam agir como ele. Era preciso deixá-lo ser o que era."

"Ele conhecia aquilo, quando alguém muito se vangloria e canta loas sobre sua felicidade e virtude, costuma não haver nada ali."

"De fato, tudo pode ser belo se visto no momento certo."

"Cada pessoa tem sua alma e não pode misturá-la à mais ninguém. Suas almas são como flores, cada uma enraizada em seu lugar. Uma não pode ir até a outra, ou arrancaria suas raízes, e isso ela não pode fazer. As flores espalham seu aroma e suas sementes, porque gostariam de estar umas com as outras, mas uma flor não pode fazer nada para que uma semente chegue ao lugar certo, quem o faz é o vento, e este vai e vem a seu bel prazer."

"Um homem não faz isso por um salário de fome ou por prazer, e sim porque deve trazer consigo uma grande clareza e uma grande certeza."

"Você sabe, sempre segui meus instintos, e quando estou atrás de algo não existe mais nada para mim no mundo por um tempo."

"Não vê que justamente por isso teve de ser um fanfarrão e um vagabundo, para poder levar um pouco da alegria e da risada das crianças para todo lugar que fosse? Tudo correu bem e que nada deveria ter sido diferente? Eu não gostaria que você fosse de nenhum outro jeito além daquilo que é"

"Tudo está como deveria ser."
comentários(0)comente



tripsdapaula 02/11/2020

Foi a primeira obra que li do Herman Hesse e fiquei encantada! A cada página que eu virava, me deparei com diálogos e reflexões incríveis sobre a vida. Recomendo fortemente a leitura para todos que se questionam sobre a vida e propósito!
tripsdapaula 02/11/2020minha estante
*me deparava


Bruna 15/12/2020minha estante
Amiga, indico você ler também "O Lobo da Estepe", do mesmo autor, excelente livro.




75 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR