Resenhas - Na Ponta dos Dedos

natayyxy 04/05/2020

Na ponta dos dedos...
O que me trouxe ao livro foi o filme "The Handmaiden" de Park Chan-Wook. Acho importante que isso seja ressaltado pois, geralmente, quando já sei tudo sobre a narrativa a leitura tende a ser um pouquinho massante para mim. Se você também é um dos que se interessou pelo livro após assistir o filme, não subestime a história; você não sabe nada sobre a narrativa. É a primeira obra que leio da Sarah Waters, apesar de já ter visto outras adaptações televisivas de suas histórias e me senti completamente arrebatada pela escrita. É uma daquelas histórias que te prende naquele emaranhado de informações e questionamentos, que te faz sonhar com os trechos lidos e deixar de fazer algumas obrigações para ler mais um pouquinho. Acho que minha coisa favorita no livro é sobre a construção dos personagens: Não existem mocinhos. Você se pega gostando e torcendo por personagens cujo ações não aplaudiria na vida real. Outro ponto interessante é que o romance entre Sue e Maud se torna secundário diante do plot principal, mas ainda assim, de extasiar. A única coisa que não me deixa cravar as cinco estrelas (mas um 4.5 com gosto !) é, também, justamente a coisa que torna o livro tão interessante: As reviravoltas. Acho que há uma linha bem tênue entre surpreender com plot-twist e saturar a história. Também achei que perto do final, pelo menos uns dois capítulos poderiam facilmente ser descartados. Há muitas descrições que não colaboram em nada para os desfechos da história e isso sempre tende a ser desanimador. No mais, não comprometeu a experiência incrível que foi a leitura e fiquei muito satisfeita com o final. Um dos meus favoritos, com toda certeza.

Ana Tambara 13/04/2020

Sem defeitos.
O filme A Criada é um dos meus preferidos da vida, logo tive interesse em ler o livro também. Esse livro é perfeito e assim como o filme cheio de reviravoltas e mistérios. Apesar dos dois serem diferentes na maneira em que apresentam a trama, o livro, mesmo com seu tamanho não decepciona. Depois que começa a ler não tem como largar. Recomendo a todos, até quem não gosta tanto de romance histórico que nem eu.

Zana 31/12/2019

Sarah Waters possui um domínio narrativo muito bem colocado.
A tessitura e estrutura textual proposta pela autora consegue instigar e envolver o leitor em uma trama criativa repleta de reviravoltas.

Esses fatores compreendem o ponto alto da leitura, conseguindo superar o universo de personagens abomináveis idealizados pela autora.

Vilania, avareza, crueldade, indiferença e falta de compaixão são características comuns a todos os personagens. E
mesmo com todo elenco fincado na transgressão e a ausência de qualquer mocinho e/ou herói estabeleceu uma considerável trama imaginativa. Livro recomendado. Leia

May 24/11/2019

Livro maravilhoso
Quando eu vi o filme A Criada da Netflix nem imaginei que seria baseado em um livro e quando descobri isso, precisei ler imediatamente, porque o filme tinha me surpreendido bastante.

A premissa básica entre os dois é parecida, pelo menos no início. O livro é dividido em três partes e é uma leitura lenta. Mas não falo lenta como um demérito, pois é uma história que vai se desdobrando aos poucos. Conhecemos mais a fundo o passado das protagonistas, os momentos, traumas e pensamentos que transformaram elas em quem são e como isso influenciou na história. Podemos ter uma visão melhor dos outros personagens, da casa em Briar, da atmosfera e de como a relação das duas vai crescendo e se transformando.

Diferente do filme, que tem um grande plot Twist, o livro tem o plot Twist do plot Twist e assim por diante. São tantas surpresas e reviravoltas que acontecem no livro, que se uma pessoa for querer a história idêntica ao do filme pode se decepcionar.

Acho que eu mais gostei nessa história foi conhecer uma Londres, uma vida na Inglaterra diferente dos romances que estava acostumada. Geralmente os livros que eu leio que se passam nessa época mostram riquezas, bailes, carruagens, uma, beleza mesmo que esconda algumas dores. Já em Na ponta dos dedos, nos deparamos com um mundo de pobreza, violência, vemos bairros pobres, esquecidos. Vemos ladrões e trambiqueiros.

O único ponto negativo para mim foi que achei a terceira parte um pouco arrastada e um pouco confusa. O final é um pouco melancólico, mas bonito e condizente com a história.

Não espere semelhanças demais com o filme além da premissa básica. Vá com a mente aberta, porque são ambas as histórias muito boas. Estou animada para ver a série da BBC de 2005 e para conhecer outros livros dessa autora.

Junior.Silva 08/10/2019

Postado em leitorcompulsivo.com.br
Primeiro livro que leio da premiada autora britânica, Sarah Waters, Na Ponta dos Dedos, conta a história de Sue Trinder, criada pela Sra. Sucksby em uma pequena casa num beco habitado pelos tipos mais perigosos de pessoas. Próximo de completar seus 18 anos a jovem é convencida a participar de um plano ousado por Sir Gentleman: ela deve começar a trabalhar na mansão do velho Christopher Lilly e convencer a neta dele, Maud, a casar com o vigarista, para que ele possa receber toda a fortuna da família.
Maud também é órfã e, ao se conhecerem, ambas criar um relacionamento cheio de desafios pela frente. Daí já começa a minha primeira surpresa com o livro, pois eu jamais imaginaria, lendo a premissa, que o romance seguiria pelo caminho fantástico dado pela autora. Ambas as personagens são construídas de forma muito elegante pela autora, cativando e criando no leitor uma empatia sincera.
Se a relação das duas já serviria ao leitor como um prato cheio para devorar essa história, as tramas paralelas de falcatruas, suspenses e reviravoltas dão um tempero a mais e fazem dessa leitura algo extraordinário. Com diálogos afiados e provocativos e um completo domínio narrativo, Sarah Waters constrói uma trama surpreendente onde nada é o que parece ser.
“Na Ponta dos Dedos” é um daqueles livros de tirar o fôlego, com personagens surpreendentes e uma trama cheia de reviravoltas. Se você gosta de pegar um livro que te prende da primeira à última página, Sarah Waters escreveu essa história para você. O livro foi adaptado para a TV em 2005, em uma minissérie da BBC, e também para o cinema, pelo diretor coreano Park Chan-wook como A criada, filme vencedor do prêmio BAFTA de melhor filme estrangeiro, em 2018.

site: Postado em leitorcompulsivo.com.br

Mari M. 17/02/2017

Na ponta dos dedos
Maravilhoso !!! Daqueles que te fazem ler a luz do abajur até altas horas !!! Misterio , romance , traição , tem pra todo gosto ! E surpresas de deixar com a boca bem , bem aberta !

duda 12/09/2015

um ótimo livro
esse livro contém uma trama surpreendente que cativa a pessoa ler cada vez mais,tem um romance diferencial e uma história cheia de reviravoltas é uma maravilhosa leitura

Amanda Milani 21/07/2013

Surpreendente
Surpreendente é a palavra que define este livro, na minha opinião.

Muito bem escrito, Na Ponta dos Dedos é um livro encantador e entrou para a lista dos meus favoritos.
Ele demora um pouco para engrenar, mas quando acontece é impossível parar de ler.

O romance entre as duas garotas é um elemento, mas nao o foco principal da narrativa. Quero dizer, este nao é apenas um romance lésbico. Mas também uma historia de suspense, reviravoltas, falcatruas...
Além disso, as passagens de romance são escritas com extrema delicadeza e, na minha opinião, captam muito bem como um relacionamento entre duas mulheres é

As personagens são muito bem construídas e cativantes.

Ricardo Santos 30/12/2012

nada é o que parece
Este romance foi uma grande surpresa para mim. Alia o melhor da literatura clássica com o melhor da contemporânea. Parece um Dickens 2.0. O domínio narrativo da autora é de tirar a cartola. A trama (e sua estrutura)consegue surpreender o mais treinado dos leitores. Nada é o que parece.

Isabela 17/10/2012

Excelente!
Eu não costumo ser boa em resenhar, mas como ainda ninguém se propôs a contar sobre a sua experiência com o livro, eu vou escrever para tentar encorajar as pessoas que estejam em dúvida se leem ou não o livro. E eu já começo dizendo: leia!

Por que? Porque a história é muito bem construída. Cada personagem seduz à sua maneira, com diálogos e descrições que fazem a sua identidade, e a maioria dos personagens tem uma personalidade forte. As referências às ruas e o modo de viver na Inglaterra vitoriana são muito bem detalhados, vê-se que a escritora fez uma boa pesquisa.

O suspense e o romance são dois elementos muito únicos, e um alimenta o outro. Eu nunca vi trama parecida antes.
A relação entre Susan e Maud é só uma entre as relações intrigantes no livro, mas é a mais marcante, é claro, já que é o foco da história.
As passagens eróticas são poucas, mas explícitas e ao mesmo tempo sutis. Na medida certa.