Resenhas - O Que Aconteceu Com o Adeus

Ju 27/09/2013

O que aconteceu com o adeus
Mclean tem uma família que ela ama muito, apesar das imperfeições de seus componentes. O pai tem um restaurante que lhe toma praticamente todo o tempo disponível, o que faz com que seja bem ausente da vida em família. Mas uma coisa ele nunca deixou de lado: a paixão que tem pelo basquete, herdada por sua filha, que faz com que os dois assistam a muitos jogos no estádio. A mãe de Mclean inventa viagens surpresa para a praia, em que as duas se instalam em um hotel que cheira a mofo... Essas viagens, em que nunca faltou diversão, talvez sejam as melhores lembranças que a garota possui de seu relacionamento com ela.

"Pare de tentar, eu queria dizer e fazê-la entender. Pare de forçar e talvez eu até procure você. Talvez."

Porque, há alguns anos, tudo mudou. A mãe da garota traiu seu pai com o técnico do time de basquete pelo qual ele foi fanático por toda a sua vida. Ela deixa a família para se casar com ele, e logo tem gêmeos. Gus, o pai de Mclean, resolve começar uma nova vida, e aceita um trabalho como consultor. Mclean, muito magoada e irritada com a mãe, e sem nenhuma vontade de conviver com a nova família que ela formou, decide morar com ele. Só que, nessa nova vida, o trabalho do pai faz com que eles se mudem sempre, porque ele avalia restaurantes que um amigo seu compra. Precisa dizer se vale a pena investir para o local se reerguer ou se é melhor fechá-lo e começar do zero. O tempo que leva para fazer isso é o tempo que eles permanecem em um mesmo lugar.

Em dois anos, Lakeview é a quarta cidade em que se instalam. Ninguém sabe mas, a cada mudança, Mclean adota um nome e uma personalidade diferentes. Ela não quer viver sua própria vida, então inventa personagens e escolhe se relacionar com pessoas que se encaixem na vida que decidiu ter em cada local. Claro que ela procura fazer com que todos os seus relacionamentos sejam superficiais, de forma que possa simplesmente desaparecer quando seu pai precisar se mudar novamente.

"Eu já nem conseguia mais imaginar como seria, ter tanto - ou mesmo um pouquinho - investido em uma amizade. Já era difícil o bastante cuidar de mim mesma."

Todo mundo sabe que é difícil ser adolescente. Você não é mais criança e precisa ter mais responsabilidades. Também não é adulto, então não é por ter algumas responsabilidades que pode tomar as decisões do jeito que quiser. Você normalmente tem a necessidade de encontrar "a sua turma", descobrir que não está sozinho no mundo. Mclean prefere adiar esse momento, ela quer mesmo é seguir vivendo sem ter que lidar com as pessoas, sem fazer amigos e, principalmente, sem arrumar um namorado.

Claro, era sempre irritante sair e deixar tudo para trás de novo. Mas, dependia de como você encarava as coisas. Pense numa mudança que faça tremer a terra, arruinar a vida, e já era. Ou encare como uma transformação, uma chance de se reinventar e de recomeçar, e tudo bem.

Mas, em Lakeview, as coisas não saem como Mclean planejou. Ela tinha escolhido se chamar Liz, e já tinha começado a rascunhar suas novas características, mas conhece Dave e se apresenta com seu nome verdadeiro, sem nem perceber o que está fazendo. Precisa, então, descobrir quem a Mclean se tornou, depois de tantas reinvenções.

Eu amei o livro. É muito legal ver a Mclean começando a viver sua vida de verdade. Ela faz amigos mesmo sem querer, começa a criar raízes e tenta melhorar seu relacionamento com a mãe. Descobre que as outras pessoas também têm problemas, parecidos com os dela ou ainda piores, e isso a ajuda a encarar de frente tudo o que passou.

"Seu passado é sempre seu passado. Mesmo que o esqueça, ele se lembra de você."

Gostei muito da Mclean, gostei muito do Dave. Mas minha personagem preferida foi a Deb. A única componente do comitê de boas-vindas da escola que, graças à Mclean, consegue finalmente pertencer a um grupo. Ela é surpreendente, com todos os seus conhecimentos e as suas habilidades secretas. Está sempre disposta a ajudar sem esperar nada em troca, e se sente imensamente feliz por finalmente ser aceita pelas pessoas. Alguém que tem uma vida bem dura, mas que nem por um momento deixa de se esforçar para manter a alegria e o otimismo.

"Como será que deve ser, sendo tão autêntica, tão frágil que seu mundo inteiro de pensamentos fica tão fácil de ler no seu rosto? Eu não conseguia nem imaginar."

Adorei a narrativa da Sarah. O livro tem pouco mais de 400 páginas, mas nem parece, quando notei já estava no fim. Fiquei feliz pelos destinos das personagens, mas triste por ter que me separar delas. O importante é que tudo terminou bem. =)

"- Quando se ama alguma coisa, você sempre continua amando de algum jeito. É preciso. É como se fizesse parte de sua vida para sempre."

site: http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2013/09/resenha-o-que-aconteceu-com-o-adeus.html

Psychobooks 24/04/2012

Resenha Dupla
(Mari)Não me canso de falar para as pessoas lerem a Sarah Dessen, sua escrita é única, a princípio a premissa do enredo parece simples e até um pouco clichê, mas o desenvolvimento do livro se dá de forma tão extraordinária que é impossível não se apaixonar por sua escrita. No Brasil já foram lançados três livros (Just Listen, A Caminho do Verão e O que aconteceu com o adeus) e espero que os outros não demorem a chegar.

(Alba)Não resisto a reforçar a indicação, apesar da Mari ter descrito tão bem a forma de escrita da Sarah. Seus livros parecem simples, corriqueiros; até mesmo despretensiosos. Mas quando lemos, um sentimento que é aparentemente simples no personagem nos sentimos arrebatadas de uma maneira única.

(Mari)Mclean era uma garota comum, com amigos, namorado, escola, festas, até que depois de um escândalo seus pais se separaram e ela sofreu muito durante todo o processo. Ela resolve morar com seu pai, que é um chef de cozinha e consultor de restaurantes, o único problema é que ele muda muito de cidade, em dois anos Mclean e seu pai já moraram em 4 lugares diferentes. Em cada um desses lugares, ela assumiu uma personalidade e nome diferentes, podendo assim escapar do seu passado e experimentar a vida de uma outra forma. Em Lakeview a situação muda. Mclean não consegue ao menos mudar seu nome, faz amizades importantes e conhece Dave, um garoto nada comum que pode ajudá-la a se encontrar.

(Alba)A história de Mclean é a mais simples quando comparada com os outros livros que li da Sarah até o momento. Aparentemente rasa em sem grandes questionamentos, a autora vais desnudando a personagem, mostrando camada a camada seus verdadeiros problemas e suas causas. É maravilhoso acompanhar o crescimento dos personagens e o amadurecimento dos relacionamentos. Nada com pressa, nada arrebatador. Tudo a seu tempo.

Leia mais: http://www.psychobooks.com.br/2012/04/resenha-dupla-o-que-aconteceu-com-o-adeus.html

Elly 15/05/2021

Quentinho no coração
Eu amei ler esse livro, apesar de ter demorado um bom tempo pra terminar ele (afinal leitor tem vida também). A jornada de redescoberta da Mclean foi gostosinha de acompanhar. O modo como ela vai se firmando nessas novas descobertas.

Uma coisa que eu gosto bastante nos livro da Sarah Dessen é o jeito como ela discorre as coisas, não fica cansativo sabe? Bom, foi um leitura ótima e recomendo bastante.

Anelise.Sobral 07/07/2012

"O que aconteceu com o adeus" conta a história da Mclean, uma garota que depois de presenciar um escândalo familiar que acabou se tornando conhecido no país todo, adota um comportamento um tanto quanto peculiar.

Seus pais se separam e ela decide ir morar com o pai, além de cortar relações com sua mãe. O diferencial dessa história é que como o pai dela tem um emprego que exige que eles se mudem constantemente, a cada cidade nova que eles chegam ela resolve "ser outra pessoa". Muda o nome, comportamento, apaga redes sociais, etc. Porém, ao chegar na cidade em que a história se passa, as coisas fogem do controle e ela acaba sendo ela mesma, Mclean, e tendo que lidar com isso.

Esse detalhe foi o que me chamou a atenção nesse livro e que me fez ter vontade de ler. Mas infelizmente ele me decepcionou muito, e eu me peguei várias vezes no final querendo que ele acabasse logo, porque eu não aguentava mais a história.

A autora não sabia se queria focar no romance, no conflito com o restaurante que o pai dela trabalha, na história da mãe da Mclean... Achei que ficou tudo muito vago. O romance foi simplesmente jogado ali, não senti química nenhuma no casal e achei o clímax do livro, o problema central que a Mclean tinha que resolver MUITO BOBO.

Enfim, era um livro que tinha tudo pra der certo, com uma proposta super original, mas com protagonistas mal construídos. Vi que a maioria das pessoas gostaram e até entendo, mas pra mim não ornou.

Mari 12/08/2023

Não é um romance
A menção de um interesse romântico na sinopse do livro é um erro gigantesco. Leva o leitor a achar que o relacionamento da Mclean com o Dave será o foco do livro, quando não é, nem chega perto de ser. Esse livro é essencialmente sobre amadurecimento e descobertas.
Eu amei a história e amei os personagens, se tenho alguma crítica, é totalmente voltada para diálogos específicos. Mas a autora escreve sobre adolescentes e às vezes eles são presunçosos mesmo. Acho que a Sarah Dessen talvez seja minha autora favorita de YA. Ela entende esse mundo, ela leva a sério os problemas e aflições, tanto que eu consegui ver a Mari de 15 anos na Mclean; toda aquela raiva dos pais, a sensação de não pertencer e o medo de ter que descobrir quem é depois de passar tanto tempo fingindo ser outra pessoa. Mclean está passando por uma fase delicada, é um erro os pais acharem que as crianças não vão se envolver nos conflitos, quando elas são a parte mais afetada em toda história. Com relação ao núcleo adulto do livro, eu simplesmente amei a história do pai da Mclean com a Opal! Eu queria ler um livro só sobre os dois, para mim foi super interessante acompanhar pela perscpectiva da filha a aproximação deles.

Lele 05/02/2020

Leve
O livro é bem gostosinho de ler, conta bem sobre a vida dela, mas não foca no romance (diferente do que eu pensei). Não tem uma história muito surpreendente mas é muuuuito bonitinho!!

StubbornClara 18/10/2022

APAIXONANTE ???
Esse é aquele tipo de livro que te faz refletir e sorrir , valorizar as pequenas coisas da vida ??? e te deixa com o coração quentinho ?? , no começo do livro parece mais uma daquelas historias adolescentes comuns , nada demais " ain , só mais uma garota adolescente com problemas de adolescente , ja 1 milhao de livros assim " , mas conforme vc vai lendo , e vai chegando perto do final , as coisas vão se encaixando e tudo tem um sentido maior , sabe aquele meme sobre perder o brilho ? tipo: " *o brilho sumindo " , entao kkk É O CONTRÁRIO ! quando vai chegando no fim do livro é , é tipo " o brilho chegando / aumentando " ???

gio 06/07/2022

O que aconteceu com o adeus
Meu Deus que livros senhor como um divórcio pode afetar tanto uma adolescente sabe vc pode ver o mommy issues da mclean presente como ela se incomoda em ficar distante do pai é um livro onde vc olha de cara mas não dá nada mas se é uma obra incrível que retrata o amadurecimento da personagem através de mudanças onde ela conhece novas pessoas não cria múltiplas personalidades age como si mesma e volta ao seu passado somente indo até um carro voltando a um hotel antigo o tanto que esse livro trabalha o psicólogo da Mclean é incrível e como tudo acontece no tempo certo além de que ela foi super forte durante tudo e se eu pudesse colocar ela num pote e proteger não faria pq ela aprendeu a se cuidar sozinha a muito tempo mesmo não tendo todos os temperos no armário enfim leitura incrível recomendo demorei um pouco pra terminar mas cada segundo valeu a pena a complexidade desse livro é pra poucos

Blog MVL - Nina 12/07/2012

Mais um sucesso da Sarah Dessen. Mais uma obra tocante sobre uma adolescente que descobre que a resposta não está em fingir ser outra pessoa para escapar dos problemas familiares. Todos têm problemas. O que nos diferencia é a forma como lidamos com eles.
A princípio, com apenas o primeiro contato da sinopse, o leitor pode acreditar que a protagonista sofre de transtorno de múltiplas personalidades e por isso ela cria diferentes identidades. Com as primeiras páginas lidas fica claro que não é o caso. Mclean odeia o seu nome e toda a história que vem com ele. Depois da separação dos pais ele inicia uma firme política de falar sobre seus sentimentos e isso vai lentamente corroendo sua personalidade, dando lugar a altere gs felizes, completos e satisfeitos. O oposto de como ela se sente.

Fugir é uma atitude típica da adolescência, ser adulto traz muitas realidades indesejáveis, por isso é comum em escape para a pressão da realidade. Alguns praticam esportes, outros ouvem música, no meu caso eu me escondia atrás de livros e, é claro, me sentia muito especial por isso. Acredito que todos se sentem especiais por suas peculiaridades. No caso de Mclean ela se esconde em outras realidades, em outros mundos que não refletem a realidade da sua vida. Ela tem um relacionamento afetuoso e protetor com o pai, já com a mãe os conflitos são mais intensos, falta comunicação entre ambas e Mclean se ressente da nova família que ela criou depois do divórcio. De certa forma, para a adolescente, escolher viver com o pai e ignorar constantemente qualquer tentativa de reaproximação da mãe, é uma forma de punição. Como filha de pais divorciados que não são capazes de trocar uma palavra civilizada, eu sei como é estar em uma situação na qual você não tem poder, precisa se dividir em duas e mesmo assim sentir que não pertence em nenhum dos dois lados. Para Mclean as coisas se agravam porque ela costumava ter um lar feliz e as mudanças são abruptas e chocantes. Quando ela chega à nova cidade e conhece David, um garoto misterioso e meio nerd, ela não consegue mentir sobre sua identidade,com ele, Mclean era apenas Mclean. E isso era suficiente.

O interessante no comportamento da personagem é a forma como ela mesma analisa suas emoções com racionalidade, ao invés de apenas sentir, ela esmiúça cada parte psicológica que motiva suas escolhas. É uma atitude madura que contrasta com o seu comportamento reacionário e egoísta. Mclean está em seu melhor quando avalia a si mesma e aos outros, geralmente com perspicácia.

Como o usual, Sarah Dessen explora os conflitos típicos da adolescência, o divorcio dos pais, emoções como rejeição, autodescoberta, paixões. Tudo o que é comum às experiências reais dos jovens. A narrativa em primeira pessoa não é cansativa, pelo contrário, é um prazer acompanhar a protagonista desabrochando, lidando com seus problemas com maturidade e valentia.

Marina Moura | http://www.minhavidaporumlivro.com.br/

Isabela.Lopes 31/12/2017

Tenho que dizer que me desapontei bastante com a autora. Ano passado, o livro "Os bons segredos" ficou no meu TOP 10, e por isso decidi ler outro livro da Sarah Dessen. Porém, acho que escolhi muito mal o livro. Ele tem mais de 400 páginas e não acontece NADA, não tem um clímax nem um desfecho! A autora simplesmente fica narrando os dias da protagonistas.

Codeina 24/09/2022

bem adolescente
esse livro estava na minha lista de leituras a muito tempo, então talvez se eu tivesse lido na minha adolescência teria gostado mais, hoje achei bem previsível e parado

Jade Ricieri 18/03/2024

Primeiro livro que leio da Sarah Dessen e juro que esperava um pouco mais, achei a história parada, nada demais aconteceu durante o livro inteiro, os capítulos gigantes com muitos detalhes desnecessários também não ajudaram.
O foco da história é no desenvolvimento pessoal da protagonista, nessa parte achei que a autora até trabalhou bem, porém nos outros quesitos deixou a desejar, principalmente no romance.
Apesar de não ter sido uma ótima leitura, ainda pretendo dar uma chance para a autora e ler outras obras dela, quem sabe não me surpreendo.

Sabrina 13/07/2017

Sabe, eu realmente acreditei que não tinha mais esperança para mim no mundo dos romances juvenis. Eu sempre lutei muito contra o preconceito com livros adolescentes e/ou escritos por mulheres, pois sabemos que o universo literário tem desses elitismos e machismos, só que minhas últimas leituras não tavam ajudando muito pra engrossar meu argumento de que existem os bons livros e os livros ruins de qualquer gênero. Pois bem, eis aqui um ótimo exemplo de que sim, existe sim literatura bem feita para um público jovem e escrito por uma mulher!!!!!! Chupa sociedade!

Sabe, às vezes têm autores que piram na necessidade de fazerem histórias super originais ou mirabolantes, personagens super ácidos e com respostas sagazes na ponta da língua, mas sinceramente, há necessidade? Sobretudo quando essa sede só os faz cair em clichês atrás de clichês que numa tentativa de surpreender, apenas cai no lugar-comum mais uma vez. Sarah Dessen, uma autora muito mais esperta que esses gananciosos sedentos por verem seus nomes em listas de best-sellers, faz o caminho contrário e conquistou meu coração por não fazer nada de novo, o que me pareceu ser uma tremenda novidade.

Novidade mesmo é ver uma protagonista gentil e que nos oferece todos os motivos para gostarmos dela, pois é uma garota muito empática, com senso de responsabilidade sobre os outros - familiares e amigos em potencial -, porém que possui conflitos e que falha de vez em quando por não compreendê-los tão bem (diferente de tantas protagonistas inconsequentes que vemos por aí, que numa tentativa de serem rebeldes e descoladas, são apenas patricinhas mimadas e muito mal educadas, que sinceramente não nos dá motivo algum para torcemos por elas).

Sabe, as novidades não param por aí! Cada personagem tem uma personalidade muito bem demarcada, que em maior ou menor grau, têm seus arcos trabalhados, têm uma história, um propósito, um jeito de ser. E cara, ponto mais que positivo por não haver vilões!!!!! Amo histórias sem vilões unilaterais e óbvios, com frases feitas e maldades previsíveis. Aqui, cada personagem tem seu momento desagradável e que tu pensa "pô, mas essa pessoa é legal sim".

E o que falar do casal aqui trabalhado? Meus parabéns pela paciência da autora em não colocar os carros na frente dos bois, em não levar até o limite a intensidade adolescente e usar isso de desculpa pra colocar declarações de amor profundas na boca de jovens que nem tiveram tempo pra sentirem coisas tão profundas. Tudo aqui é trabalhado com sobriedade, ninguém é precipitado e não rolam juras de amor eterno em relações de 3 semanas, sabe? Isso é muito agradável é muito palpável.

Pra não dizer que é uma obra perfeita, fiquei incomodada com a branquitude generalizada das personagens, mas sabe? Que YA não é assim? Acho até que to calejada com esse universo fictício onde todo mundo tem o olho claro. Eu poderia desenvolver linhas sobre esse meu incômodo, só que gostei tanto desse livro, que vou deixar minha revolta se manifestar pra valer no próximo livro que eu detestar, que não é o caso aqui.

Enfim, enredo simples, mas cheio de muita verdade, nas mãos de uma escritora habilidosa e que vê beleza nas relações humanas mais primárias. Muito agradável mesmo!

Júlia da Mata 04/08/2012

Minhas férias foram mais ou menos 3 semanas, graças as minhas extensões, fiquei o tempo inteiro na cidade, e só saia nos fim de semanas – mal parecia férias – mas não deixou de serem divertidas. E uma das coisas que eu mais fiz foi ler. Li tanto livro que foi difícil escolher algum para poder resenhar. Mas optei por resenhar na ordem em que li, por isso o primeiro é O Que Aconteceu Com o Adeus, da Sarah Dessen.

O Que Aconteceu Com o Adeus, por Sarah Dessen
Editora iD
424 páginas
Minha Nota: 5

McLean é filha de pais separados, e vive com seu pai, um cara que trabalha para salvar restaurantes, e se isso não der certo, o seu patrão os vende. Então, por isso, eles não tem casa fixa, e vivem se mudando. Em 2 anos, McLean e seu pai já passaram por 4 lugares diferentes. Mas a cada lugar diferente, McLean toma para si um nome e uma personalidade diferente.

Agora eles estão em Lakeview, mas diferente do que aconteceu nas outras 4 cidades, McLean é McLean novamente.

Gostei muito de McLean, ela é uma personagem forte, que luta pelo o que deseja, como fez no divorcio de seus pais, lutando contra a mãe para ir viver com seu pai. Tudo bem que sua mania de trocar de personalidade em toda cidade, escondendo a verdadeira McLean, foi uma fraqueza, mas quem não tem defeitos? Também gostei muito de Deb, uma garota que antes de McLean era totalmente excluída e taxada como esquisita. Ela é ótima em organização – ótima não, maravilhosa! – e muito melhor do que todos costumavam pensar.

Mas meu personagem preferido foi, sem sombra de duvidas, Opal, a gerente do restaurante. Ela trabalhava no Luna Blu desde sua adolescência e por isso amava muito o lugar. E é a que mais luta para salva-lo.

É meio difícil não gostar de Sarah Dessen. Esse é o 3º livro dela que leio, não é o meu predileto, mas continua muito bom! O livro é bem leve e você termina de ler ele rapidinho, não é chato e o tempo todo você fica ali, tentando saber o que vai acontecer. O bom dos livros de Dessen é que eles são tão reais que você espera encontrar os personagens nas ruas de Lakeview.

Outra coisa interessante sobre Dessen é que os livros dela só acontecem em dois lugares: Lakeview e Colby, e em alguns livros você pode ver referencia aos personagens de outros livros. Consegui achar referencias aos dois livros que havia lido, Just Listen e A Caminho do Verão.

Eu achei essa capa magnífica e ficava babando nela desde que o livro foi lançado. Eles usaram a capa original, e isso me deixou muito mais feliz. A iD realmente está de parabéns nesse assunto.

Termino essa resenha com mais uma indicação, leiam Sarah Dessen! Mesmo que você só goste de livros de aventura ou fantasia, dê uma chance a ela, você realmente não vai se arrepender.

arabells 05/12/2022

Eu adoro os livros da Sarah Dessen justamente por ela focar na autodescoberta de suas protagonistas e o livro não ter assuntos mirabolantes e plots super emocionantes. Se quero um livro realmente leve e confortável eu vou procurá-la, mas esse daqui não funcionou pra mim. Em diversos momento o livro ficou bem enrolado. Com 424 páginas dá para se pensar que o romance seria desenvolvido direito. Já conhecendo a autora, eu sabia que o romance seria algo mais fofo do que intenso, mas nesse aqui ela se superou. A protagonista age como uma adolescente o livro inteiro, mas se tratando no assunto romance é impossível imaginar um adolescente agindo daquela forma.