Fuga do Campo 14

Fuga do Campo 14 Blaine Harden




Resenhas - Fuga do Campo 14


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Aiana.Gidi 22/01/2017

Perturbador
Confesso que era totalmente ignorante quanto a existência de campos de presos políticos e trabalhos forçados na Coréia do Norte. A todo tempo durante a leitura eu era remetida à discussão travada por Bobbio no livro "A era dos direitos", quanto a eficácia da universalização dos direitos humanos e fundamentais. É assustador é perturbador saber que neste exato momento, na Coréia do Norte há pessoas presas em campos e até mesmo nascidas neles, que não fazem ideia do que existe além das cercas e que são submetidas às mais terríveis condições. Recomendo a leitura!
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vortexcultural 07/08/2016

Por Robson Rossi
As distopias são, hoje, sucesso entre leitores no mundo. Atualmente livros como Jogos Vorazes da autora Suzanne Collins e marcos da literatura como 1984 de George Orwell relatam em suas tramas futurísticas a presença de um estado totalitário suprimindo as liberdades individuais dos indivíduos, em que pessoas são forçadas a viver conforme o que os donos do poder civil e militar acham adequado.

Pois bem, distopias não fazem parte do imaginário dos autores. O fato é que elas já existiram no passado e existem ainda hoje.

[Resenha completa no Vortex Cultural - Link abaixo]

site: http://www.vortexcultural.com.br/literatura/resenha-fuga-do-campo-14-blaine-harden/
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Orlando 14/07/2016

Eye opener
Livro muito bom, assustador descobrir um mundo de horror sobre o qual eu não tinha a menor ideia.

A narrativa leva me levou a sentir a experiência profundamente, pesado, mas vale.
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Deni 07/06/2016

Um livro chocante do início ao fim. A narrativa do único prisioneiro (ao menos o único que se tem notícia) a fugir e sobreviver dos campos de segregação da Coréia do Norte. O mais revoltante é a situação ser "invisível" ao mundo em pleno século XXI, tanta crueldade que ainda sobrevive nos dias de hoje e que apesar dos campos serem vistos por imagem de satélite ninguém faz nada. É difícil imaginar como é sobreviver carregando o "peso da família" pelo simples fato de alguém não ir a favor da ideologia predominante. Triste define.
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Lili 26/05/2016

Fuga do campo 14
"Às vezes tento chorar e rir como outras pessoas, só para ver se tenho alguma sensação. Mas as lágrimas não vêm. O riso não vem."

"Como estou cercado por pessoas boas, tento fazer o que as pessoas boas fazem. Mas é muito difícil. Isso não flui de mim naturalmente."

"Kim Jong Il é pior do que Hitler. Enquanto Hitler atacava seus inimigos, Kim obrigava seu próprio povo a morrer de trabalhar em lugares como o Campo 14."


Tive diversas reações lendo esse livro. Pena, nojo, raiva, indignação, tristeza. Os campos de trabalho forçado na Coreia do Norte não perdem para os campos de concentração nazista em crueldade e degradação do ser humano; com o agravante de estarem ativos há mais de 50 anos e sem data para desaparecerem.

Shin nos deixa confusos em vários momentos, por se contradizer e voltar atrás em vários pontos de sua história. No livro são contadas algumas dessas contradições e uma breve pesquisa no Google mostra que depois da publicação do livro ele mudou a história novamente em alguns detalhes. Em certo ponto da leitura eu comecei a questionar a utilidade de se ler o livro, já que Shin não parece querer revelar tudo o que sabe. Mas ao fim da leitura cheguei à conclusão de que o livro vale a pena, sim. Não sabemos e continuaremos por um bom tempo sem saber o que ocorre dentro do país mais fechado do mundo. Mas duvido muito que a qualidade de vida da maioria da população de lá esteja perto do mínimo aceitável.

Leitura triste e muito impactante, porém necessária.
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Patricia 09/04/2016

A Coreia do Norte é um um dos regimes mais fechados do mundo (na minha opinião é o mais fechado). Nós vemos constantemente flashs do que é a sociedade norte coreana, detalhes que vazam ou que são deliberadamente liberados para nós. E algo que sempre foi evidente é que existe um culto, uma doutrinação, em torno da família Kim. A Coreia do Norte parece uma adaptação do livro 1984. E assim como vimos em 1984, a imagem do Grande Irmão nada mais é do que uma mentira muito bem contada por um governo que controla (ou ao menos tenta ao máximo controlar) todos os aspectos da vida de seus cidadãos. Eles controlam os veículos de comunicação, eles decidem que tipo de emprego você pode ter, controlam todos os meios de produção, eles não te deixam viajar (até mesmo entre cidades) e durante muito tempo também controlaram a distribuição de comida.

Fuga do campo 14 basicamente narra a história de Shin, um norte coreano que conseguiu fugir da Coreia do Norte. Mas Shin tem algo de diferente dos outros refugiados norte coreanos, ele é o único fugitivo conhecido, nascido e criado dentro de um campo norte coreano para presos políticos. E não só isso, ele fugiu do campo 14, um dos mais fechados que existem, onde fugir é praticamente impossível.
O livro tem um tom de documentário, ele foi escrito por um repórter que entrevistou Shin para saber sobre a história do mesmo.

A estória de Shin é muito parecida com a de sobreviventes dos campos de concentração nazistas, mas com algumas diferenças, dentre elas é que Shin nasceu no campo, para ele aquilo era o normal. Ele desconhecia completamente a existência do mundo exterior, o campo era o seu mundo. Ao contrário dos cidadãos norte coreanos comuns, Shin não era digno de ser doutrinado à endeusar a família Kim. Desde cedo ele aprendeu a seguir as regras do campo. Ele desconhecia ideais de família e de companheirismo.

Mais uma vez como uma adaptação fiel de 1984, as crianças dos campos eram ensinadas a denunciar qualquer um que não cumprisse as regras: família, colegas da escola, etc. E como Shin não conhecia qualquer outra realidade a não ser aquela violenta, ele acreditava piamente nas regras do campo.A maior parte da vida de Shin foi marcada pela fome, pelo trabalho infantil, pela violência e pela ausência de confiança. Ele simplesmente não conhecia o amor, assim como qualquer outro sentimento positivo. Ao contrário dos judeus que encontravam conforto um nos outros, o mesmo não ocorre nos campos norte coreanos, todos são inimigos, você está só e não pode confiar em ninguém. Outra diferença entre os campos de concentração nazista e os campos norte coreano, é que enquanto Auschwitz funcionou durante uns 5 anos, os campos norte coreanos já estão ativos a mais de 50 anos.

O livro vai narrando a vida de Shin através dos anos intercalando com explicações sobre a história e política da Coreia do Norte. Para mim que já conheço a história do país (na verdade sou "quase" uma viciada na cultura, política e história do oriente) essa parte ficou repetitiva, mas deve ser extremamente interessante para quem não conhece ainda. Por esse motivo eu acabei dando 4 estrelas para o livro. Estava esperando uma narração em primeira pessoa de Shin e que o livro fosse focado na sua história no campo, em suas experiências somente. Obviamente essas partes existem, mas apenas em quantidade inferior ao que eu esperava. O livro é bem emocionante e mostra de maneira mais objetiva possível a realidade desses campos e a realidade do Shin, tudo pelo qual ele passou: antes, durante e depois da fuga. Ele abre uma janela para possamos tem um vislumbre da Coreia do Norte e da vida dos cidadãos dentro e fora dos campos.
Esse livro vai te fazer questionar o mundo em que vivemos. Diversos governos, principalmente ocidentais, amam ostentar como combateram o nazismo e salvaram os judeus dos campos de concentração. Esses mesmos governos porém se fazem de cegos diante dos campos norte coreanos, amplamente retratados em fotos de satélite. Sua existência é inegável, mesmo a Coreia do Norte não admitindo sua existência. Pelo que se sabe, existem 6 campos, um deles é maior do que a cidade de Los Angeles. Centenas de milhares de pessoas estão nesses campos e o número não para de crescer. Eles fazem os prisioneiros trabalharem até a morte. Eles fazem os filhos e os netos dos prisioneiros trabalharem até a morte. Eles os matam lentamente de fome. Eles os matam rapidamente em surtos de violência descabida. Não há esperança de fuga. Se um prisioneiro cometer suicídio, a família vai sofrer a vingança dos guardas. Para as crianças não existe futuro, sequer existe um traço de humanidade naqueles a sua volta. Esse livro irá te mostrar todos esses aspectos, é uma estória que vai de marcar.

Sobre a edição do livro, a foto da capa é do Shin. O trabalho gráfico está maravilhoso e não tenho do que reclamar. O livro é pequeno e é super rápido de se ler, a leitura flui muito bem. O ritmo é muito bom, o autor conseguiu intercalar a história de Shin com as explicações de forma coerente, sem quebrar ou retirar o foco da estória. O livro é altamente recomendado para aqueles que se interessam pelo assunto e ainda mais recomendado para aqueles que nunca se interessaram. As centenas de milhares de prisioneiros norte coreanos precisam que o máximo de olhos possíveis estejam voltados para a Coreia do Norte. Quem sabe em um futuro próximo eles possam ser libertados

site: http://www.ciadoleitor.com/2014/11/resenha-fuga-do-campo-14-de-blaine.html
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Danilo Vicente 02/01/2016

Ótimo livro
Um livro que mostra quão ridículo pode chegar o ser humano com poder. Shin é o único a escapar de campos de concentração que existem na Coréia do Norte há 50 anos.
E há quem defenda este imbecil que manda por lá.
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Delírios e Livros 07/12/2015

Na maioria dos casos, os norte-coreanos são enviados para os campos sem nenhum processo judicial, e muitos morrem sem saber do que foram acusados. São retirados de suas casas, em geral à noite, pela Bowibu, a Agência de Segurança Nacional. A culpa por associação é legal na Coreia do Norte. Muitas vezes um transgressor é preso com os pais e os filhos. Kim Il Sung estabeleceu a lei em 1972: “Inimigos de classe, sejam eles quem forem, devem ter sua semente eliminada por três gerações.”

A Coreia do Norte é um um dos regimes mais fechados do mundo (na minha opinião é o mais fechado). Nós vemos constantemente flashs do que é a sociedade norte coreana, detalhes que vazam ou que são deliberadamente liberados para nós. E algo que sempre foi evidente é que existe um culto, uma doutrinação, em torno da família Kim. A Coreia do Norte parece uma adaptação do livro 1984. E assim como vimos em 1984, a imagem do Grande Irmão nada mais é do que uma mentira muito bem contada por um governo que controla (ou ao menos tenta ao máximo controlar) todos os aspectos da vida de seus cidadãos. Eles controlam os veículos de comunicação, eles decidem que tipo de emprego você pode ter, controlam todos os meios de produção, eles não te deixam viajar (até mesmo entre cidades) e durante muito tempo também controlaram a distribuição de comida.

Como Kim Jong Il explicou: “Devemos envolver nosso ambiente num denso nevoeiro para impedir que nossos inimigos aprendam qualquer coisa sobre nós.”

Fuga do campo 14 basicamente narra a história de Shin, um norte coreano que conseguiu fugir da Coreia do Norte. Mas Shin tem algo de diferente dos outros refugiados norte coreanos, ele é o único fugitivo conhecido, nascido e criado dentro de um campo norte coreano para presos políticos. E não só isso, ele fugiu do campo 14, um dos mais fechados que existem, onde fugir é praticamente impossível.
O livro tem um tom de documentário, ele foi escrito por um repórter que entrevistou Shin para saber sobre a história do mesmo.

Ao avaliar a história aqui relatada, é preciso ter em mente que muitos outros presos passaram por adversidades semelhantes ou piores, segundo An Myeong Chul, o ex-guarda e motorista. “Shin teve uma vida relativamente confortável pelos padrões de outras crianças nos campos”, disse ele.

A estória de Shin é muito parecida com a de sobreviventes dos campos de concentração nazistas, mas com algumas diferenças, dentre elas é que Shin nasceu no campo, para ele aquilo era o normal. Ele desconhecia completamente a existência do mundo exterior, o campo era o seu mundo. Ao contrário dos cidadãos norte coreanos comuns, Shin não era digno de ser doutrinado à endeusar a família Kim. Desde cedo ele aprendeu a seguir as regras do campo. Ele desconhecia ideais de família e de companheirismo.

Ao contrário dos sobreviventes a um campo de concentração, Shin não foi arrancado de uma existência civilizada e obrigado a descer ao inferno. Ele nasceu lá dentro. Aceitava seus valores. Chamava-o de lar.

Mais uma vez como uma adaptação fiel de 1984, as crianças dos campos eram ensinadas a denunciar qualquer um que não cumprisse as regras: família, colegas da escola, etc. E como Shin não conhecia qualquer outra realidade a não ser aquela violenta, ele acreditava piamente nas regras do campo.A maior parte da vida de Shin foi marcada pela fome, pelo trabalho infantil, pela violência e pela ausência de confiança. Ele simplesmente não conhecia o amor, assim como qualquer outro sentimento positivo. Ao contrário dos judeus que encontravam conforto um nos outros, o mesmo não ocorre nos campos norte coreanos, todos são inimigos, você está só e não pode confiar em ninguém. Outra diferença entre os campos de concentração nazista e os campos norte coreano, é que enquanto Auschwitz funcionou durante uns 5 anos, os campos norte coreanos já estão ativos a mais de 50 anos.

(…) o Campo 14 é uma caixa de Skinner com mais de cinquenta anos, um experimento longitudinal ainda em curso sobre repressão e controle mental, em que guardas criam prisioneiros a quem controlam, isolam e jogam uns contras os outros desde o nascimento.

O livro vai narrando a vida de Shin através dos anos intercalando com explicações sobre a história e política da Coreia do Norte. Para mim que já conheço a história do país (na verdade sou “quase” uma viciada na cultura, política e história do oriente) essa parte ficou repetitiva, mas deve ser extremamente interessante para quem não conhece ainda. Por esse motivo eu acabei dando 4 estrelas para o livro. Estava esperando uma narração em primeira pessoa de Shin e que o livro fosse focado na sua história no campo, em suas experiências somente. Obviamente essas partes existem, mas apenas em quantidade inferior ao que eu esperava. O livro é bem emocionante e mostra de maneira mais objetiva possível a realidade desses campos e a realidade do Shin, tudo pelo qual ele passou: antes, durante e depois da fuga. Ele abre uma janela para possamos tem um vislumbre da Coreia do Norte e da vida dos cidadãos dentro e fora dos campos.
Esse livro vai te fazer questionar o mundo em que vivemos. Diversos governos, principalmente ocidentais, amam ostentar como combateram o nazismo e salvaram os judeus dos campos de concentração. Esses mesmos governos porém se fazem de cegos diante dos campos norte coreanos, amplamente retratados em fotos de satélite. Sua existência é inegável, mesmo a Coreia do Norte não admitindo sua existência. Pelo que se sabe, existem 6 campos, um deles é maior do que a cidade de Los Angeles. Centenas de milhares de pessoas estão nesses campos e o número não para de crescer. Eles fazem os prisioneiros trabalharem até a morte. Eles fazem os filhos e os netos dos prisioneiros trabalharem até a morte. Eles os matam lentamente de fome. Eles os matam rapidamente em surtos de violência descabida. Não há esperança de fuga. Se um prisioneiro cometer suicídio, a família vai sofrer a vingança dos guardas. Para as crianças não existe futuro, sequer existe um traço de humanidade naqueles a sua volta. Esse livro irá te mostrar todos esses aspectos, é uma estória que vai de marcar.

“Estudantes secundaristas nos Estados Unidos discutem por que o presidente Franklin D. Roosevelt não bombardeou as ferrovias que serviam aos campos de concentração de Hilter”, concluía o editorial. “Daqui a uma geração, as crianças poderão perguntar por que o Ocidente olhou fixamente para as imagens de satélite dos campos de Kim Jong Il, muito mais nítidas, e nada fez.”

Sobre a edição do livro, a foto da capa é do Shin. O trabalho gráfico está maravilhoso e não tenho do que reclamar. O livro é pequeno e é super rápido de se ler, a leitura flui muito bem. O ritmo é muito bom, o autor conseguiu intercalar a história de Shin com as explicações de forma coerente, sem quebrar ou retirar o foco da estória. O livro é altamente recomendado para aqueles que se interessam pelo assunto e ainda mais recomendado para aqueles que nunca se interessaram. As centenas de milhares de prisioneiros norte coreanos precisam que o máximo de olhos possíveis estejam voltados para a Coreia do Norte. Quem sabe em um futuro próximo eles possam ser libertados…

“Os tibetanos têm o Dalai Lama e Richard Gere, os mianmarenses têm Aung San Suu Kyi, os darfurianos têm Mia Farrow e George Clooney”, disse-me Suzanne Scholte, uma ativista de longa data que levou sobreviventes de campos para Washington. “Os norte-coreanos não têm ninguém assim.”

Resenha de Patrícia Paiva

site: www.delirioselivros.com.br
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TSC 04/11/2015

Morno
Escrito em linguagem simples, senti falta de um aprofundamento maior em campos como o psicológico, o factual e mesmo um pouco da história da Coreia do Norte. O autor poderia ter aproveitado melhor a oportunidade que tinha nas mãos e desenvolver melhor o relato. Ainda assim, leitura relevante para se conhecer o mundo que vivemos.
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Jenefer 05/09/2015

Livro incrível
Uma história incrível, que merece ser lida por todos!
O livro conta a trajetória de um garoto que nasceu em um campo para prisioneiros políticos na Coréia do Norte. Viveu lá até os 23 anos e conseguiu fugir recentemente, já nos anos 2000. Conta como era a vida, os relacionamentos e tudo o que o garoto teve que se sujeitar na luta pela sobrevivência.
Livro chocante e que vale muito a pena a leitura!
Recomendo!
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