Fuga do Campo 14

Fuga do Campo 14 Blaine Harden




Resenhas - Fuga do Campo 14


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Rosangela Max 23/10/2023

Excruciante.
É o terceiro livro que leio sobre como é morar na Coreia do Norte, mas é o primeiro que leio sobre os campos de trabalhos forçados de lá. Os relatos são terríveis! Principalmente porque estão partindo de alguém que nasceu nestes campos e acreditava que só existia esta forma de ?viver?.
É tanta violência, tortura, opressão, miséria, mentiras, lavagem cerebral... É triste ver que, mesmo quando alguém consegue fugir, como é o caso do Shin, permanece preso psicologicamente. Se sentindo culpado por ter sobrevivido e por todas as atrocidades que foi obrigado ou condicionado a fazer quando estava preso.
É uma história difícil pelo tema, mas que foi bem contada.
Recomendo a leitura.
Aylane Nunes 23/10/2023minha estante
Livro esgotado na Amazon, os olhos da cara.


Aylane Nunes 23/10/2023minha estante
Fiquei interessada pois nunca tinha lido algo assim


Aylane Nunes 23/10/2023minha estante
Quer mandar p mim nao? Só tenho 1 crédito rssrsrrs


Rosangela Max 23/10/2023minha estante
Eu li em Ebook comprado em uma promoção na Amazon. ?


JurúMontalvao 25/10/2023minha estante
Triste mesmo


Pumps 26/10/2023minha estante
Já li.Um soco no estômago.Eu também recomendo a leitura.


CPF1964 27/10/2023minha estante
Já li. Eu também gostei.


Tiago575 12/12/2023minha estante
Eu li esse e Para Poder Viver. O mais foda de tudo é um povo doido no Brasil defendendo a Coreia do Norte só por causa de política.


CAMBARÃ 08/04/2024minha estante
Só na sinopse do livro já fica perceptível que é algo fantasioso. Fui pesquisar e vi que o próprio autor falou que foi pressionado para escrever coisas horríveis. Fui pesquisar por tô lendo o reino eremita e não tem nada disso.
Depois da BBC falado que tem acharam um unicórnio na Coreia eu duvido de tudo.





Marina 15/05/2012

Viver em um país sob uma ditadura não deve ser nada fácil. Agora, imagine, nascer neste país, mas dentro de um campo de prisioneiros políticos, vivendo toda a sua vida lá. Sofrendo maus tratos, trabalhando forçadamente, sendo ignorante em relação a tudo o que acontece além das cercas do campo. Esta foi a vida de Shin até aos 23 anos, quando conseguiu fugir. Toda a sua trajetória é relatada pelo jornalista Blaine Harden no livro Fuga do Campo 14.

Os relatos de Shin sobre a vida no campo é de deixar os cabelos em pé. Crianças são torturadas sem piedade, a alimentação precária (mingau e sopa diariamente) deixa os prisioneiros mau nutridos e suscetíveis à doenças, o trabalho árduo é imposto com duras punições de quem não cumpre as metas. Os terríveis castigos e o clima de repressão criam um ambiente hostil entre os prisioneiros e até mesmo entre os próprios familiares. Afinal, as consequências de quem não delata outro prisioneiro que infringe as regras podem levar ao fuzilamento por cumplicidade. Um lugar onde uma criança assolada pela fome é espancada até a morte por roubar alguns grãos de milho pode parecer irreal a nossa cultura, um cenário de filme de terror. Mas a existência de campos de prisioneiros na Coreia do Norte é comprovada e eles estão lá há muitos anos. No entando o mundo parece que continua a ignorar o sofrimento da população norte-coreana.

O pior disso tudo é que Shin nada fez para estar preso. A política do governo, que pune até três gerações da família pelo crime de traição, colocou Shin, seus pais e seu irmão no campo por causa de um tio desertor. E esse campo era tudo que ele conhecia. A violência que sofria e a submissão aos guardas era uma coisa natural. Seu desejo de fuga só começou a se desenvolver quando ele conheceu um prisioneiro que veio de fora e tinha um vasto conhecimento do mundo.

A extraordinária fuga (que contou muito com a sorte em diversos aspectos) e muito da sua adptação na sociedade é descrita no livro. A edição também traz desenhos de Shin na vida do Campo 14 além dos mandamentos básicos do lugar (assustador). É, de fato, uma leitura incômoda, e por isso mesmo necessária.
Canafístula 17/06/2012minha estante
Tuas resenhas como sempre impecáveis, Mahana.


Marise 22/11/2012minha estante
"É, de fato, uma leitura incômoda, e por isso mesmo necessária."

Apesar de ficar chocada com tudo, é isso, uma leitura totalmente necessária. Porque não podemos ignorar os fatos, isso aconteceu recentemente e pior, AINDA ACONTECE.
Acho que o que mais me chocou é saber que todos os relatos foram de 'ontem'... que Shin tem praticamente a minha idade, e uma vida marcada por coisas que sequer posso mensurar apesar do choque.
Shin é um menino escolhido pelo destino.


Paulo Antonio 14/04/2013minha estante
Esse livro é estarrecedor. Poderia ser de terror, e diriam que seria exagerado, mas é verídico. Isso (a situação em que vive o povo norte-coreano) é o Holocausto acontecendo hoje.


Le. 09/09/2016minha estante
This!




João 27/05/2020

Lixo anticomunista
Um livro simplesmente mentiroso. É extraordinário as manobras que o autor faz pra, desesperadamente, tentar convencer o leitor que a Coréia Popular é um inferno e que seu povo é totalmente alheio da realidade. É impossível descrever em palavras o quão ruim é o texto e é muito triste que as pessoas caem tão fácil nessa mentira que facilmente poderia ser desbancada com uma pesquisa de 15 minutos na internet (nos sites certos).
Mateus.Moreira 04/01/2021minha estante
E quais seriam esses sites "certos" camarada? Vc deveria ser enviado pra lá com uma passagem só de ida aí eu queria ver vc contar o paraíso que é lá.


João 09/01/2021minha estante
Pau no seu cu morenazi




Elisabete Bastos @betebooks 13/09/2018

Dinastia de Ditadores - Kim - Coreia do Norte
O livro é um campo de reflexão: nascer e viver em um campo de trabalhos forçados. A palavra amor não existe, pai, mãe o importante é trabalhar e purgar os pecados de seus familiares. Qual o pecado? Os irmãos do pai fugiram de um país sem liberdade, da fome, corrupção, que idolatra homem no poder, que deixa o povo sem enxerga à realidade...
O que gerou neste jovem?
"Eu era mais leal aos guardas do que a minha família" página 54
Shin trabalhou numa fazenda de porcos, por três anos, depois numa fábrica têxtil, lá perdeu parte do dedo por deixar uma máquina de costura cair e se quebrar...
A fome sempre o atormentou...
No campo delatou a sua mãe e irmão que foram mortos, só pensava na sobrevivência.
Conseguiu fugir do campo foi para China, depois Coreia do Sul, foi aos EUA, mas vive acorrentado no seu passado.
O seu primeiro aniversário comemorado com amigos foi com 26 anos na Coreia do Sul.
"Fugi fisicamente, não fugi psicologicamente. , às fls. 182."
O livro é o testemunho de que fazem governos totalitários lavagem no povo, sem direitos mínimos, sem direito a pensar, o Estado controla tudo até incutir trair seus pais, enganar, para sobreviver...
Vamos ler e ecoar as violações dos direitos humanos na Coreia do Norte.
Livro necessário.
Luci Eclipsada 13/09/2018minha estante
Esse livro é forte. Li uma vez e fiquei tão abismada que até hoje não penso em releitura. Muito pesado, porém necessário!


Elisabete Bastos @betebooks 13/09/2018minha estante
Concordo. Muito denso, triste e revoltante em relação a Estado Totalitários.




Aécio de Paula 03/07/2020

Fuga do Campo 14 - Blaine Harden
Shin nasceu em uma prisão, campo forçado, na Coreia do Norte, com respaldo na lei de condenar a família dos criminosos até a terceira geração. Assistiu a sua mãe e seu irmão serem assassinados por militares ao tentarem fugir da Coreia. Até hoje esses campos, que nenhuma imprensa internacional tem acesso, violam descaradamente os direitos humanos. Vivendo intensamente uma vida de fome, sendo maltratado e surrado como um animal, o jovem consegue fugir do campo e vai para a China. Esse livro ele conta os terrores que viu e como conseguiu sobreviver ao regime ditatorial da dinastia Kim
Angel.Pimentel 03/07/2020minha estante
Parece bom


Aécio de Paula 03/07/2020minha estante
sim. Sobre a Coreia do norte é interessante




Ana 17/05/2018

Fuga de um inferno
Shin, um ex-refugiado da Coréia do Norte, através do escritor Blaine Harden, conta neste livro as agruras que passou durante 23 anos de sua vida no Campo 14 desde que nasceu lá, até o momento em que conseguiu fugir. Uma leitura pungente, pois infelizmente há pessoas do mundo todo que defendem o regime norte-coreano, que maltrata e mata seus presos políticos, tirando-lhes os direitos humanos mais básicos. Essas mesmas pessoas negam a existência dos campos de trabalhos forçados da Coréia do Norte, mesmo que existam substanciais relatos de pessoas que conseguiram fugir de alguns deles.
O livro é bastante esclarecedor a respeito da cultura norte-coreana desde a divisão do país em dois, e do que tem sido sua política desde então. Blaine é bastante didático quando faz um apanhado de grandes acontecimentos do passado na Ásia que envolveram a China, Japão e ambas as Coréias, para explicar acontecimentos atuais. E, mais do que isso tudo, Shin corta o coração do leitor ao tratar do seu próprio sofrimento enquanto uma criança que nasceu num local isolado onde não era visto como um ser-humano, e onde todos os seus direitos foram sumamente ignorados. Triste e terrível. Um livro que todo mundo deveria ler.
Anderson 17/05/2018minha estante
Parabéns Ana. Feliz Aniversário!


Ana 17/05/2018minha estante
Obrigada!




Mura 06/08/2014

Impressionante
Por mais que as poucas notícias sobre a Coreia do Norte sejam impressionantes.
A história de um fugitivo de um dos piores campos de concentração, é algo extremamente pesado e chocante.
Rodrigo 03/09/2014minha estante
O que mais me provoca revolta é uma situação como essa ser tão "invisível" aos olhos do mundo. Palestina, Ucrânia, Síria, Iraque, Afeganistão etc... todos tem atenção da mídia e comoção das pessoas. A Coreia do Norte é muito esquecida.


Jeze 03/01/2015minha estante
E esse "esquecimento" a Coreia do Sul tem bastante culpa. Mas, entendo o medo deles de se envolverem em guerra. É uma situaçao complicada, pois o regime ditatorial tem conivencia da potencia China.




Marcelo 04/06/2014

Um relato lento de um caso complexo
Um assunto espinhosos precisaria ser tratado de forma mais clara. As considerações do autor nem abordam o lado emocional e psicológico do relato como também não foca na cronologia de forma nítida.

Em um ritmo meio marasmo meio político, não atendeu as minhas expectativas. Deixa a desejar com informações muitas vezes inconclusivas e freqüentemente transparece a idéia de não ter um objetivo claro.

Não recomendo a leitura.
woshingtonrs 05/07/2014minha estante
Leia novamente, outra vez, tente interpretar e não somente entender (conselho de meu professor Ary Carlos; é necessários saber interpretar as linhas, as entrelinhas e além das linhas, o quanto não recomendo talvez sirva somente para você. Leio qualquer tipo de Leitura para agregar conhecimento, e claro faço pesquisa para complementar.


Jeze 03/01/2015minha estante
Retirar 200 paginas de um menino desse é mais dificil que retirar 1 milhao de paginas de sua vida. Pense nisso.
o autor escreveu uma biografia com rapidas pinceladas sobre o país para entender o contexto, mas nao deixou se perder nisso.
melhor impossivel.




van.cazarotto 18/01/2021

Daqueles que não se consegue largar
O livro é construído de uma maneira que me fez querer ler de uma vez só. Mescla o básico sobre economia, história, cultura e política da Coreia do Norte com as experiências de um prisioneiro de um campo de trabalhos forçados que parece ter sido o único a conseguir fugir. Considerando ser real tudo o que consta no livro, trata-se de um relato aterrorizante! Privação da liberdade, condições sub-humanas de sobrevivência e torturas que não aconteceram na primeira metade do século passado, aconteceram nos dias atuais. É assustador!
Karine.Maco 19/01/2021minha estante
Que legal, vou por na minha lista. Amei ?




Matheus656 05/06/2021

1984, só que real
?Amor, misericórdia e família eram palavras sem significado. Deus não desapareceu ou morreu. Shin nunca ouvira falar dele.?

Esse livro conta a história real de um fugitivo de um campo de trabalhos forçados na Coreia do Norte, mostrando toda a violência sofrida por essas pessoas diante de um governo extremamente autoritário e opressor.

A vida de Shin é descrita como uma sequência extensa de agressões e de completa inversão de valores que conhecemos como ?humanos?, resultando em indivíduos fragilizados e presos a um sistema interminável de subserviência.

É muito interessante ver como as pessoas nascidas no campo tem uma visão distorcida do afeto familiar e são criadas para delatar todos a sua volta, em uma espécie de 1984 da vida real.

Achei o livro bem pesado, difícil de digerir em alguns trechos, mas muito necessário para que possamos ver as consequências devastadoras de um regime ditatorial.
Tiago.Marino 07/06/2021minha estante
Amei a resenha




Thiago Rapsys 08/06/2012

[Resenha] Fuga do Campo 14 - Blaine Harden
Depois de várias resenhas de fantasia e ficção, venho com este livro que é sério, real que ainda perpetua: Fuga do Campo 14. O autor é o jornalista americano Blaine Harden. O livro foi traduzido e publicado aqui no Brasil através da Editora Intrínseca.

O livro é um verdadeiro choque de realidade. Nós vivemos num padrão de vida diferente de muita, muita gente por aí no mundo. Isso é um fato que ninguém lembra cotidianamente. Vivemos num sistema onde trabalhamos ou estudamos nos dias úteis, recebemos salários, temos férias, fim de semana, fast-food, internet, interação social, eventos, aniversários, companhia.

Agora tente, apenas, imaginar você sem tudo isso. Tente imaginar uma vida em que você precisa da desconfiança para sobrevivência. Uma vida onde pessoas morrem por apenas CINCO grãos de milho.

Pois é. Esta foi a realidade do Norte-Coreano Shin: o ÚNICO ser humano que nasceu num campo de trabalhos forçados, fugiu e sobreviveu.

Shin é o protagonista na história toda. O narrador é o jornalista Blaine Harden, que fez entrevista com ele, com os novos amigos e com desertores dos campos de trabalhos forçados na Coréia do Norte. Ele nasceu dentro de um dos campos de trabalhos forçados... Aliás, no pior campo: o Campo 14.

Sua infância foi marcada por desconfiança, "caguetagem" e morte. Ele mesmo dedurou a mãe e o irmão que iriam fugir, para os guardas. Consequência: foi torturado para falar sobre o plano de fuga, o qual não sabia. No final de um bom tempo de tortura, ele foi obrigado a ver a execução de sua mãe e irmão: ela enforcada e ele fuzilado.

Essa era a única realidade dele. Ele não tinha amigos, não tinha mãe, não tinha irmão, não tinha férias, não tinha salário, não tinha liberdade, não tinha conhecimento. O mundo dele era até as barreias do Campo 14.

Agora ele está livre, na proteção dos EUA. Tudo está contido no livro: dados históricos, informações, dados políticos, etc. Uma obra completa, com ilustrações, da vida do pobre Shin - hoje naturalizado Sul-Coreano.

Recomendo a leitura, para que todos tenham consciência que há vida muito diferente do nosso padrão. Que foge dos Direitos Humanos Universais.

Leia mais: www.ecolivros.com.br
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dricolina 19/08/2012

A visão de um mundo desconhecido
Quando tive interesse pelo livro, achei que se tratava apenas de um romance, de algo fictício. A minha surpresa veio quando descobri que toda aquela história era real. O livro é excelente e abre os olhos do leitor para um mundo que parece inexistente. Antes do livro, eu não tinha a menor noção dos campos de trabalho na Coreia do Norte. E depois da leitura do livro, ainda me parece surreal que esse tipo de crueldade aconteça até hoje. Me veio a cabeça que enquanto eu era criança, o protagonista estava lá, sendo torturado e fazendo trabalhos forçados.
A história é super bem desenvolvida, cita fatos históricos que dão um entendimento ao leitor do que realmente se passa na Coreia do Norte.
Recomendo a todos, principalmente por se tratar de uma história real!
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Janaína Calmet 18/10/2012

Tento encontrar palavras para descrever esse livro...
Não consigo.
Impactante, impressionante, terrível, chocante...
Que país é essa tal Coreia do Norte, que mantém seu povo na mais completa alienação, "escondendo" campos, como este, de prisão perpétua, tortura e trabalhos forçados, em que a pena se estende por gerações?
Que mundo é este em que vivemos? Mundo globalizado??? Por nos entupirmos, todos, em qualquer buraco do universo, de coca-cola ou big macs??? Onde está a tão alardeada globalização quando nos deparamos com horrores como os descritos nesse livro, acontecendo há 50 anos, bem debaixo dos nossos narizes???
Agora entendo o porquê de eu ter demorado, tanto, para ler um livro de 230 páginas apenas: eu quis fugir dele. O tempo todo.
****
"Estou evoluindo, deixando de ser um animal", respondeu. "Mas é um processo muito, muito lento. Às vezes, tento chorar e rir como outras pessoas, só para ver se tenho alguma sensação. Mas as lágrimas não vêm. O riso não vem"
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Karine 15/04/2024

Excruciante
É difícil encontrar palavras que alcancem o nível a que a maldade humana pode chegar. Shin não foi preso por ser um dissidente político ou por qualquer pretexto do tipo. Ele nasceu dentro do campo de trabalhos forçados, filho de prisioneiros que tiveram que obter autorização especial para casar e ter filhos, caso contrário ele teria sido morto junto com a mãe antes do nascimento. Ele jamais conheceu, portanto, outra realidade. Violência, desconfiança, controle total pelo Estado, esse era o mundo como Shin o conhecia. Nunca soube o que era o amor, nem mesmo de seus pais. Não estranhou quando viu sua coleguinha de escola apanhar até a morte por uma bobagem, aos 6 anos de idade. Não tinha ideia de como era fora do campo, muito menos fora do seu país.
O livro, escrito por um jornalista, traz ainda alguns fatos e análises sobre a Coreia do Norte, um país sui generis que mais parece um delírio coletivo e consegue se manter totalmente isolado ainda hoje. A história de Shin segue ocorrendo, pois pelo pouco que se sabe não houve grandes mudanças na forma como o regime trata seus cidadãos. Acredito e espero que esse regime insano não irá durar para sempre, mas me pego imaginando como será para os milhões de pessoas que vivem lá, totalmente alienadas, adoecidas, "lobotomizadas" pela lavagem cerebral que sofrem diariamente, de repente verem-se no mundo real. Como irão se adaptar? Aqueles que conseguiram escapar, como Shin, nos dão uma pista: talvez nunca encontrem seu lugar no mundo.
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beka 18/01/2014

É uma história emocionante e ao mesmo tempo triste e revoltante.
Fuga do Campo 14 não é um livro que fala de romance, nem tampouco de mistério ou fantasia. Ele fala sobre uma história brutal e dolorosa de um menino que viveu boa parte da sua vida preso em um campo à mercê das ordens de um chefe. Sendo uma das biografias mais assustadoras e cruéis que já li em toda a minha vida, a obra de Blaine Harder me fez refleti bastante sobre a capacidade do ser humano e até onde ela pode chegar, do tamanho da sua crueldade, e da mentalidade de alguns países, que ainda são totalmente retrógrados na sua forma de pensar e liderar um povo. Eu ainda não complementei toda a minha leitura, mas de mais da metade que eu já li, eu pude perceber, que mesmo sendo brutal a forma como Shin é tratado, faz ressaltar a coragem, a vontade e a luta em meio a tanta pressão e tristeza.

Shin Dong-hyuk nasceu e cresceu em um campo de batalha de trabalhos forçados na Coreia do Norte, em Pyongyang, na parte mais pobre do país, onde era obrigado a plantar e a colher e a trabalhar em troca de míseros suprimentos, isolado de todas as pessoas que moravam fora da cerca. No campo, ele morava sobre péssimas circunstâncias e regras aos quais tinha que se submeter, senão poderia ser executado em praça pública ou ser punido a castigos severos, como ficar dias preso e sem comida. A primeira e mais importante regra era a de que não podia fugir, e quem o fizesse e outros ficassem sabendo, tinha que delatar aos guardas, por isso, Shin se pegava delatando diversas pessoas, como tática de sobrevivência, que tentavam e planejam fugir ou fazer algo que ia contra as regras do campo. Morando em um país estreitamente ditador, pelo poder do Grande Líder Kim II Sung, não foi fácil enfrentar o duro regime, pois ele era ignorado, e tratado como qualquer um, crescendo sem a mínima atenção, cuidado, ou mesmo amor. Um país onde as pessoas morriam de desnutrição, sendo executadas ou mesmo mau tratadas pelo próprio governo, escravizadas a duras horas de trabalho, debaixo de sol, chuva ou qualquer situação climática desfavorável, em fábricas, fazendas e minas de carvão, ainda tendo que acreditar que era uma raça inferior, recebendo a humilhação de receber a condenação de se ter um sangue impuro e ter que lavar sua herança pecaminosa delatando seus próprios pais. Não foi fácil para Shin, que aos 23 anos, após de correr vários riscos consegue fugir dessa chacina, e sobreviver a duras perdas e memórias em sua vida.
Com suas tristes e silenciosas memórias, depois de tanto tempo, o jornalista Blaine, vai tentando resgatá-las do norte-coreano fazendo com que ele fale as mais profundas e dolorosas recordações, que vão desde os tempos de criança, quando viu sua mãe e seu irmão sendo mortos na sua frente, sua prisão, os trabalhos forçados, as torturas, à sua fuga.
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